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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ – UNIFAP

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS – DCET


COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

ESTRUTURAS DE AÇO
FADIGA

ARTHUR FONSECA, EDILAN LACERDA, ILLGNER, CORRÊA, ISRAEL


PIRES, JONIHSON DIAS, MARLON SILVA E RILIANE BARROS.
SUMÁRIO
1. Introdução
2. Fenômeno da fadiga
3. Etapas do fenômeno da fadiga
4. Tensões cíclicas
5. Mecanismo de fadiga
6. Curvas S-N e avaliação de fadiga
7. Mitigação da fadiga
8. Comportamento em fadiga de um aço estrutural
9. Mitigação dos riscos de fadiga
10. Cuidado com o método de soldagem
11. Considerações
12. Referências
1. INTRODUÇÃO

Os materiais, quando são solicitados por diferentes ações sobre o aço que é
utilizado na estrutura, estes sofrem deformações, chegando à ruptura mecânica
após ser ultrapassado o limite de resistência do material utilizado. Entretanto, em
muitas situações, a ruptura pode ocorrer para níveis de carregamento inferiores
ao limite de escoamento do aço, sendo suficiente, para tal, que o material seja
solicitado por ações cíclicas.
2. FENÔMENO DA FADIGA
Considerando que grande parte dos componentes estruturais de engenharia
está submetida em serviço a carregamentos que se repetem continuamente no
tempo (tensões e/ou deformações), também denominados carregamentos
cíclicos, pois possuem uma repetição o que pode causar a ruptura da estrutura. O
processo de alteração estrutural permanente, progressivo e localizado,
caracterizado pela geração e propagação de trincas, que ocorre em um material
seguido de eventual falha estrutural devido a esses carregamentos é denominado
fadiga.
3. ETAPAS DO FENÔMENO DA FADIGA
Observamos alguns aspectos da fratura por fadiga
nas imagens:
1. Apresenta uma região fibrosa.
2. Marcas de praia, formada por cada parada da
máquina ou mudança
de carga.
3. Estrias, são formadas por cada
ciclo de carga aplicada.
4. TENSÕES CÍCLICAS
4. TENSÕES CÍCLICAS
a. Dependência de tempo regular e senoidal onde a amplitude é simétrica em
torno de um nível de tensão zero médio é conhecido como ciclo de tensões
alternadas
b. O ciclo de tensões repetidas ocorre quando os máximos e mínimos são
assimétricos em relação ao nível de tensão zero.
c. O nível de tensão pode ainda variar aleatoriamente em amplitude e frequência.
5. MECANISMOS DE FADIGA
O fenômeno de fadiga resulta da interação complexa de diversos
mecanismos micro mecânicos presentes no material da estrutura. Inicialmente, a
aplicação repetida de cargas induz a formação de microtrincas em regiões de
concentração de tensão ou inclusões, onde a deformação é mais intensa. Estas
microtrincas crescem progressivamente a cada ciclo de carregamento, até que se
unam e causem a falha macroscópica da estrutura.
5. MECANISMOS DE FADIGA

Além disso, há outros fatores que podem influenciar o fenômeno da fadiga,


como a corrosão, a presença de agentes químicos agressivos, as variações
térmicas e os efeitos ambientais, que podem acelerar o processo de danos e
reduzir a vida útil da estrutura.
6. CURVAS S-N E AVALIAÇÃO DE FADIGA

Uma das ferramentas essenciais para avaliar o comportamento de fadiga em


estruturas é a curva S-N, também conhecida como curva de Wöhler. Essa curva
representa a relação entre o nível de tensão aplicado e o número de ciclos para
falha. Por meio dessa curva, é possível estimar a vida em fadiga de uma estrutura
sob condições específicas de carregamento. Para a captação desses dados
utiliza-se a máquina universal de ensaio com módulos e ensaios cíclicos.
7. MITIGAÇÃO DA FADIGA
A mitigação da fadiga em estruturas é uma área crítica da engenharia que busca
prolongar a vida útil e garantir a segurança das construções. Diversas abordagens
são adotadas para minimizar os efeitos da fadiga, tais como:
● Melhoria no projeto: A concepção de estruturas com detalhes geométricos
adequados, que evitem concentração de tensões e reduzam as chances de
iniciação de trincas, é fundamental para aumentar a resistência à fadiga.
● Utilização de materiais mais resistentes: A seleção de materiais com maior
resistência à fadiga pode contribuir significativamente para aumentar a vida
útil das estruturas.
● Inspeções e manutenção periódicas: A realização de inspeções regulares
permite identificar e reparar possíveis trincas incipientes antes que elas se
propaguem e causem a falha da estrutura.
● Controle de carregamentos: A implementação de sistemas de monitoramento
de cargas dinâmicas permite evitar a aplicação de carregamentos excessivos
ou indesejados, reduzindo o risco de fadiga.
8. COMPORTAMENTO EM FADIGA DE UM AÇO
ESTRUTURAL
.

● Entendendo a Fadiga em Aço: A fadiga é um fenômeno complexo que


ocorre quando uma estrutura é submetida a solicitações cíclicas de tensão,
mesmo abaixo do limite de resistência estática do material. A fadiga pode ser
especialmente problemática em estruturas de aço devido à sua sensibilidade
à concentração de tensões e à natureza do material.
● Causas da Fadiga em Estruturas de Aço: Várias causas contribuem para a
ocorrência de fadiga em estruturas de aço. Entre as principais estão:
➔ Variação de cargas: As estruturas estão sujeitas a variações nas
cargas aplicadas ao longo do tempo, especialmente em ambientes
dinâmicos. Essas variações podem acelerar o processo de iniciação e
propagação das trincas de fadiga.
➔ Vibrações: A presença de vibrações mecânicas pode aumentar a
concentração de tensões em regiões específicas, favorecendo o
surgimento de trincas de fadiga.
➔ Corrosão: A corrosão é outra causa significativa de fadiga em
estruturas de aço, enfraquecendo a integridade do material e tornando-o
mais suscetível a danos por fadiga.
➔ Condições térmicas: Mudanças extremas de temperatura podem levar
a variações dimensionais na estrutura, criando tensões adicionais e
contribuindo para a fadiga.
9. MITIGAÇÃO DOS RISCOS DE FADIGA
A mitigação dos riscos de fadiga em estruturas de aço é essencial para
garantir a segurança e a confiabilidade a longo prazo. Algumas estratégias
eficazes incluem:
● Projeto adequado: Desde a concepção da estrutura, é importante
considerar as solicitações cíclicas esperadas e projetar a geometria de
maneira a minimizar concentrações de tensões.
● Inspeções regulares: A realização de inspeções periódicas ajuda a detectar
trincas incipientes antes que elas atinjam um tamanho crítico, permitindo a
tomada de medidas preventivas.
● Tratamentos superficiais: A aplicação de tratamentos superficiais, como
revestimentos protetores, pode proteger o aço contra a corrosão e reduzir o
risco de fadiga.
● Materiais resistentes à fadiga: A utilização de aços com alta resistência à
fadiga pode aumentar significativamente a vida útil da estrutura.
10. CUIDADOS COM O MÉTODO DE SOLDAGEM
Materiais com boa soldabilidade tendem
após a soldagem ter poucas tensões internas
e boas propriedades mecânicas como
tenacidade e ductilidade. Esse método de
execução permite a união permanente dos
elementos estruturais, no entanto o mesmo
processo por ser em elevada temperatura
possibilita a mudança da microestrutura e a
contaminação com a região.
11. CONCLUSÃO
● A fadiga em estruturas de aço é um fenômeno importante a ser considerado em
projetos de engenharia. Compreender os mecanismos subjacentes e
implementar estratégias de mitigação adequadas são fundamentais para
garantir a segurança, a durabilidade e o desempenho confiável dessas
estruturas ao longo do tempo.
● Ao adotarmos uma abordagem preventiva, os riscos associados à fadiga podem
ser minimizados, assegurando a integridade das estruturas de aço em várias
aplicações industriais e civis, promovendo assim a sustentabilidade e a
confiabilidade das edificações em nossa sociedade.
12. REFERÊNCIAS
1. GARCIA, A.; SPIM, J.A.; SANTOS, C.A. Ensaios dos Materiais. LTC : Rio de
Janeiro/RJ 2000 1.ed.

2. MITCHELL, M. R. Fatigue analysis for design. I Seminário Internacional de


fadiga – SAE Brasil 31 de outubro de 2001 São Bernardo do Campo – SP.

3. SURESH, S. Fatigue of materials Cambridge Press : Boston 2. ed. 1998


cap.4. 4. RODRIGUES, R. S. Teste de Materiais Mogi das Cruzes – SP 1990
1.ed.

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