Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
APOSTILA:
SISTEMAS ESTRUTURAIS III
NOTAS DE AULA
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 3
2 FABRICAÇÃO DO AÇO .................................................................................. 4
2.1 O ALTO-FORNO .................................................................................................. 5
3 CONSIDERAÇÕES SOBRE AS AÇÕES NAS ESTRUTURAS ....................... 6
3.1 COMBINAÇÕES ÚLTIMAS (ELU) ........................................................................ 7
3.1.1 COMBINAÇÕES DE SERVIÇO (CÁLCULO DE FLECHAS) ................. 8
4 ESTRUTURAS TÍPICAS .................................................................................. 9
4.1 ESTRUTURAS DE PISO ...................................................................................... 9
4.1.1 LAJES PRÉ MOLDADAS ...................................................................... 9
4.1.2 PAINÉIS DE CHAPAS CIMENTÍCIAS ................................................... 9
4.1.3 LAJES STEEL DECK ........................................................................... 10
4.2 EDIFÍCIOS DE MULTIPLOS PAVIMENTOS ...................................................... 11
4.2.1 SOLUÇÃO ESTRUTURAL EM PÓRTICOS RÍGIDOS ........................ 12
4.2.2 ESTRUTURA CONTRAVENTADA ...................................................... 13
4.2.3 ESTRUTURA COM NÚCLEO DE CONCRETO .................................. 14
4.2.4 ESTRUTURA TUBULAR ..................................................................... 16
4.3 GALPÕES .......................................................................................................... 16
5 PERFIS ESTRUTURAIS ................................................................................ 20
5.1 PERFIS LAMINADOS......................................................................................... 20
5.2 SOLDADOS........................................................................................................ 21
5.3 PERFIL DE CHAPA DOBRADA ......................................................................... 21
6 PRÉ-DIMENSIONAMENTO ........................................................................... 23
6.1 LAJES 23
6.2 VIGAS W ............................................................................................................ 23
6.3 PILARES ............................................................................................................ 24
6.4 TRELIÇAS PARA GALPÃO................................................................................ 27
7 LIGAÇÕES ENTRE ELEMENTOS ................................................................ 27
8 DIMENSIONAMENTO DE PERFIS A TRAÇÃO ............................................ 30
3
1 INTRODUÇÃO
Desvantagens:
a) Limitação de fabricação em função do transporte até o local da
montagem final, assim como custo desse mesmo transporte, em geral
bastante oneroso.
b) Necessidade de tratamento superficial das peças estruturais contra
oxidação devido ao contato com o ar, sendo que esse ponto tem sido
minorado através da utilização de perfis de alta resistência à corrosão
atmosférica, cuja capacidade está na ordem de quatro vezes superior
aos perfis de aço carbono convencionais.
c) Necessidade de mão-de-obra e equipamentos especializados para a
fabricação e montagem.
d) Limitação, em algumas ocasiões, na disponibilidade de perfis
estruturais, sendo sempre aconselhável antes do início de projetos
estruturais, verificar junto ao mercado fornecedor, os perfis que
possam estar em falta nesse mercado.
2 FABRICAÇÃO DO AÇO
2.1 O ALTO-FORNO
Sendo:
Fd= valor de cálculo das ações permanentes;
γg= coeficientes de segurança para cargas permanentes (Tabela 1);
8
4 ESTRUTURAS TÍPICAS
No caso do uso deste tipo de painel é interessante que se estude seu melhor
aproveitamento já que suas dimensões são padronizadas e não permitem
adaptações a dimensões variadas, a não ser pelo corte dos painéis.
10
acordo com a sua forma externa e resultando numa força global de arrasto na
estrutura.
De qualquer forma, a magnitude de efeito de vento, agindo isoladamente ou
em conjunto com qualquer outra ação que também provoque efeito horizontal, tem
influência decisiva na solução estrutural a ser adotada.
4.3 GALPÕES
B – Ordem Econômica:
base da coluna: rotulada ou engastada;
perfis disponíveis: soldados ou laminados;
tipo da estrutura: alma cheia ou treliçada.
C – Arquitetura do Galpão (que estão também ligados à finalidade ou
processo a que a estrutura se destina):
disposição dos tapamentos laterais e frontais ao longo das filas e eixos;
posição relativa dos tapamentos laterais e frontais e as colunas: mais
afastados ou menos afastados;
tipos de revestimento dos tapamentos laterais e frontais e cobertura;
D – Ações Atuantes:
magnitude das cargas permanentes;
sobrecarga na cobertura;
cargas de vento;
deformações e deslocamentos permitidos;
magnitude e tipo (estático ou dinâmico)
das cargas de equipamentos.
Os galpões podem ser classificados em
três tipos básicos:
de vãos simples;
de vãos múltiplos;
de tipo “shed”.
Devido à diversidade de alternativas de configurações que eles podem
apresentar, são indicados apenas os tipos considerados mais comuns:
18
SHED
As partes principais de uma estrutura de galpão podem ser vistas na Figura
abaixo:
19
20
5 PERFIS ESTRUTURAIS
5.2 SOLDADOS
Os perfis de aço formados a frio são cada vez mais viáveis para uso na
construção civil, em vista da rapidez e economia exigidas pelo mercado. Esse
22
6 PRÉ-DIMENSIONAMENTO
6.1 LAJES
6.2 VIGAS W
Onde:
Q é a carga distribuída da peça (kN/cm), valor característico;
L é o comprimento do vão (cm);
E é o módulo de elasticidade do aço (geralmente 20000 kN/cm2);
I é o momento de inércia da seção em cm4;
24
5 ∙ 𝑄 ∙ 𝐿4 5 ∙ 35 100 ∙ 7504
𝐼= → → 32086 𝑐𝑚4
384 ∙ 𝐸 ∙ ∆𝑙𝑖𝑚 384 ∙ 21000 ∙ 2,14
Conhecendo a inércia, podemos escolher nosso perfil na tabela da Açominas,
e podemos ter mais que uma opção:
W 460 x 74,0
W 530 x 66,0
6.3 PILARES
Exemplo:
placa de base;
emenda de viga I ;
29
emenda de coluna;
30
(a) barra redonda; (b) barra chata; (c) perfil laminado simples (cantoneira); (d)
seções compostas com dupla cantoneira.
As ligações das extremidades das peças tracionadas com outras da estrutura
podem ser feitas por diversos meios, sendo:
Soldagem;
Parafusadas;
32
8.1 CÁLCULO
i = Raio de giração (𝑖 = 𝐼
𝐴);
I = Momento de inércia;
A = Área da seção transversal;
O índice de esbeltez limite é de 300 para peças tracionadas, exceto tirantes
de barras redondas ( ou barras chatas) pré-tracionadas.
Exemplo
Verificar a esbeltez de um perfil W com comprimento de 350 cm com esforço
de tração:
A= 16,6 cm² (ver tabela de bitolas Açominas);
I= 82 cm4 (ver tabela de bitolas Açominas - utilizar o menor valor);
𝑖= 𝐼 82
𝐴= 16,6 = 2,22
33
𝑙 350
𝜆= = = 157,65
𝑖 2,22
157,65 < 300 – OK!
Nas peças sem furos, o cálculo deve ser feito com a fórmula de escoamento
da seção bruta:
𝐴𝑔 ∙ 𝑓𝑦
𝑅𝑑𝑡 =
𝛾𝑎1
𝑅𝑑𝑡 = Resistência á tração (kN);
𝐴𝑔 = Área da seção bruta (cm²);
𝑓𝑦 = Tensão de escoamento do aço (kN/cm²) ver Anexo 3);
𝛾𝑎1 = Coeficiente de segurança (1,1).
Nas peças com furos, o cálculo deve ser feito com o menor dos seguintes
valores:
escoamento da seção bruta:
𝐴𝑔 ∙ 𝑓𝑦
𝑅𝑑𝑡 =
𝛾𝑎1
𝑅𝑑𝑡 = Resistência á tração (kN);
𝐴𝑔 = Área da seção bruta (cm²);
𝑓𝑦 = Tensão de escoamento do aço (kN/cm²) (ver Anexo 3);
𝛾𝑎1 = Coeficiente de segurança (1,1).
Exemplo
b) Área da seção:
𝐴𝑠 = 10 ∙ 0,635 = 6,35 𝑐𝑚²
c) Verificação da Resistência:
𝐴𝑔 ∙ 𝑓𝑦 6,35 ∙ 25
𝑅𝑑𝑡 = = = 144,32𝑘𝑁 − 𝑵ã𝒐 𝒂𝒕𝒆𝒏𝒅𝒆!
𝛾𝑎1 1,10
Exemplo
c) Verificação da Resistência:
escoamento da seção bruta:
𝐴𝑔 ∙ 𝑓𝑦 1,13 ∙ 25
𝑅𝑑𝑡 = = = 25,68𝑘𝑁
𝛾𝑎1 1,10
escoamento da seção líquida:
0,75 ∙ 𝐴𝑔 ∙ 𝑓𝑢 0,75 ∙ 1,13 ∙ 25
𝑅𝑑𝑡 = = = 15,69 𝑘𝑁
𝛾𝑎2 1,35
d) Verificação da Resistência:
Área da seção líquida:
3,1415 ∙ 𝑑² 3,1415 ∙ 2,2²
𝐴𝑠 = = = 3,80 𝑐𝑚²
4 4
Segue um resumo dos passos que devemos seguir para o cálculo das barras
comprimidas:
Valores de (b/t)lim
(b/t)lim
40
A NBR 8800 limita a esbeltez de uma barra, para qualquer direção, a um valor
máximo de 200.
9.4.2 Coeficiente K
𝑄. 𝐴𝑔 . 𝑓𝑦
𝜆0 =
𝑁𝑒
EXEMPLO:
Notas:
(1)
Inércia em relação ao eixo indicado
(2)
Momento de inércia à torção uniforme
Flambagem
Plano ZX Plano ZY
1.00 1.00
LK 3.000 3.000
Cb -
Notação:
: Coeficiente de flambagem
LK: Comprimento de flambagem (m)
Cb: Fator de modificação para o momento crítico
20
: 78.0
Onde:
: Índice de esbeltez.
x : 43.8
y : 78.0
Sendo:
ry : 3.85 cm
45
46
47
𝑀𝑝𝑙
𝑀𝑅𝑑 = , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝜆 ≤ 𝜆𝑝
𝛾𝑎1
50
𝑀𝑝𝑙
𝑀𝑅𝑑 = , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝜆 ≤ 𝜆𝑝
𝛾𝑎1
51
𝐶𝑏 𝜆 − 𝜆𝑝 𝑀𝑝𝑙
𝑀𝑅𝑑 = ∙ 𝑀𝑝𝑙 − 𝑀𝑝𝑙 − 𝑀𝑟 ∙ ≤ , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝜆 ≤ 𝜆𝑟
𝛾𝑎1 𝜆𝑟 − 𝜆𝑝 𝛾𝑎1
52
EXEMPLO:
Verificar a viga W 310 x 44,5 cujo momento fletor é Md=239 kN.m. A viga tem
6 metros de comprimento e tem um travamento no centro do vão. O tipo de aço é o
ASTM A-572-Gr50.
a) Verificar se a viga é de alma não esbelta:
291
𝜆= = = 44,09
𝑡𝑤 6,6
𝐸 21000
𝜆𝑟 = 5,70 ∙ = 5,70 ∙ = 140,62
𝑓𝑦 34,5
𝜆 < 𝜆𝑟 − 𝑂𝐾!
𝐸 21000
𝜆𝑝 = 1,76 ∙ = 1,76 ∙ = 42,38
𝑓𝑦 34,5
1,38 ∙ 𝐼𝑦 ∙ 𝐽 27 ∙ 𝐶𝑤 ∙ 𝛽1 2
𝜆𝑟 = ∙ 1+ 1+
𝑟𝑦 ∙ 𝐽 ∙ 𝛽1 𝐼𝑦
𝜆𝑝 ≤ 𝜆 ≤ 𝜆𝑟 → 𝑂𝐾
𝐶𝑏 𝜆 − 𝜆𝑝 𝑀𝑝𝑙
𝑀𝑅𝑑 = ∙ 𝑀𝑝𝑙 − 𝑀𝑝𝑙 − 𝑀𝑟 ∙ ≤
𝛾𝑎1 𝜆𝑟 − 𝜆 𝑝 𝛾𝑎1
54
𝐸 21000
𝜆𝑝 = 0,38 ∙ = 0,38 ∙ = 9,38
𝑓𝑦 34,5
𝜆 ≤ 𝜆𝑝 → 𝑂𝐾
𝑀𝑃𝑙 = 𝑍 ∙ 𝑓𝑦 = 712,8 ∙ 34,5 = 24696𝑘𝑁. 𝑐𝑚
𝑀𝑃𝑙
𝑀𝑅𝑑 = = 22450,9𝑘𝑁. 𝑐𝑚 → 𝟐𝟐𝟒, 𝟓𝟎𝒌𝑵. 𝒎
1,1
𝐸 21000
𝜆𝑝 = 3,76 ∙ = 3,76 ∙ = 92,77
𝑓𝑦 34,5
𝜆 ≤ 𝜆𝑝 → 𝑂𝐾
𝑀𝑃𝑙 = 𝑍 ∙ 𝑓𝑦 = 712,8 ∙ 34,5 = 24696𝑘𝑁. 𝑐𝑚
𝑀𝑃𝑙
𝑀𝑅𝑑 = = 22450,9𝑘𝑁. 𝑐𝑚 → 𝟐𝟐𝟒, 𝟓𝟎𝒌𝑵. 𝒎
1,1
f) Verificação:
𝑀𝑆𝑑 = 239,00
𝑀𝑅𝑑 = 189,77
𝑴𝑺𝒅 𝟐𝟑𝟗
𝜼= = = 𝟏, 𝟐𝟔 → 𝑁ã𝑜 𝑂𝐾
𝑴𝑹𝒅 𝟏𝟖𝟗, 𝟕𝟕
55
ANEXO 1