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BARROCO
Praça Tiradentes
Ouro Preto/MG
ARCADISMO
Outro termo latino amplamente divulgado pelo Arcadismo que ainda está
presente na nossa vivência e, consequentemente, no discurso, é Fugere Ubem.
Essa fuga da cidade pode ser vista em muitos eixos criativos de propagandas
que exaltam a vida no campo, por exemplo, em detrimento de uma vida mais
agitada na urbe. A moda, normalmente, é cíclica e sempre retoma aspectos de
tempos passados.
ROMANTISMO
A primeira fase é uma das mais emblemáticas, pois também formou nosso
pensamento de nação. Dessa forma, um exemplo da manutenção desse discurso
nos dias de hoje é o dia do Índio na escola, em que os alunos e alunas
simplesmente se vestem de índios, como se essa comunidade não tivesse
valores próprios e um sistema social, isto é, a escola mostra um índio passivo e
europeizado.
Minha mente
Nem sempre tão lúcida
É fértil e me deu a voz
Minha mente
Nem sempre tão lúcida
Fez ela se afastar
Mas ela vai voltar
Mas ela vai voltar
Ela não é
Do tipo de mulher
Que se entrega na primeira
Mas melhora na segunda
E o paraíso é na terceira
Ela tem força
Ela tem sensibilidade
Ela é guerreira
Ela é uma deusa
Ela é mulher de verdade
Ela é daquelas
Que tu gosta na primeira
Se apaixona na segunda
E perde a linha na terceira
Ela é discreta
E cultua bons livros
E ama os animais
Tá ligado, eu sou o bicho
Minha mente
Nem sempre tão lúcida
REALISMO
NATURALISMO
PARNASIANISMO
Soneto de Fidelidade
Vinicius de Moraes
SIMBOLISMO
Aprendendo a Voar
Pink Floyd
MODERNISMO
Veloso, que passou pelos dois movimentos – o musical e o poético – disse que
o funk, na atualidade, é o movimento que mais compreende a antropofagia da
primeira fase do modernismo. Inclusive, recentemente, foi criado um site
chamado “Modernismo Funkeiro”, onde são disponibilizadas imagens, com
recursos concretistas, de trechos de letras de funk.
1. (ENEM/ 2015)
Comentário: O aluno deve ser capaz de perceber que, ainda que não tenha
ligação com a forma da poesia árcade, o poema, produzido em 1975, faz menção
e relação com o período do arcadismo. O próprio título de poema já demonstra
isso, uma vez que a casa de contos era onde, em Vila Rica, se pagavam os
impostos e se faziam contratos, além de, posteriormente, o prédio ter servido
2. (CEFET MG 2014)
intelectuais dos problemas éticos que envolvem nossa relação com os animais e
com o próprio conceito de humano. Além disso, a noção de espécie e a divisão
hierárquica dos viventes têm provocado discussões ético-políticas relevantes,
que acabam por contaminar as artes e a literatura. A isso se soma a tentativa,
por parte dos humanos, de recuperar sua própria animalidade, que por muito
tempo foi reprimida em nome da razão e do antropocentrismo.
MACIEL, Maria Esther. No mundo dos animais. Entrevista a Roberto B. de Carvalho. Ciência
Hoje, 21 nov. 2012. Disponível em <http://cienciahoje.uol.com.br>. Acesso em: 05 nov. 2013
(Texto Adaptado).
A) árcade.
B) barroca.
C) realista.
D) romântica.
E) concretista.
3.
O ÚLTIMO ROMÂNTICO
(Lulu Santos, Antônio Cícero e Sérgio Souza)
Te ganhar e te perder
Falta eu acordar
Ser gente grande
Prá poder chorar...
Me dá um beijo, então
Aperta a minha mão
Tolice é viver a vida
Assim, sem aventura...
Deixa ser
Pelo coração
Se é loucura então
Melhor nem ter razão...
(...)
Oh! Oh! Oh! Oh! Oh!
4.
OS OUTROS
(Leoni)
SEGREDOS
(Casimiro de Abreu)
(...)
Rio – 1857
COLUNA I
COLUNA II
tinha
Nos tempos antigos? - Amar não faz mal;”
B. “- A flor dos meus sonhos é moça e bonita
Qual flor entreaberta do dia ao raiar,”
C. “Aqui faço ponto; - segredos de amores
Não quero, não posso, não devo contar!”
D. “As almas que sentem paixão como a minha
Que digam, que falem em regra geral.”
E. “- Depois... mas já vejo que vós, meus
senhores, Com fina malícia quereis me enganar.”
Agora, assinale a sequência CORRETA.
A) I. A; II. D; III. E.
B) I. E; II. B; III. A.
C) I. A; II. B; III. C.
D) I. A; II. C; III. D.
E) I. D; II. B; III. C.
Gabarito: C
5.
6) (UFSM)
“Eles não usam barba, elas têm cabelos compridos e tranças. Esguios,
alimentados a peixe moqueado com biju, mingau de amendoim e frutas. Falam
baixo, dormem cedo e só têm uma conversa: índio. É a tribo dos brancos
composta de cientistas sociais, médicos, pedagogos, enfermeiras, biólogas e
engenheiros agrônomos, vindos de diversas regiões brasileiras. Boa parte da
engenhosa engenharia social e cultural que mantém o Parque do Xingu
funcionando em harmonia se deve ao trabalho desses especialistas. O foco agora
é preparar os índios para o inevitável confronto com a civilização que um dia
ocorrerá. As cidadezinhas vizinhas do parque vão transformar-se em municípios
de porte médio, a urbanização baterá às portas da reserva. Os moradores do
parque, cada vez mais, dependerão de produtos fabricados pelo branco. Em
todos os momentos da humanidade, sempre que o choque ocorreu, o mais forte
sobrepujou o mais fraco. Quase sempre de forma violenta. Neste canto do Brasil,
um punhado de brancos está conseguindo driblar essa inevitabilidade. Procuram
transformar o abraço sufocante em um caminhar de mãos dadas de culturas tão
diferentes.”
A sequência correta é:
A) F – F – V.
B) V – V – F.
C) F – V – F.
D) V – F – V.
E) F – V – V.
IDEOLOGIA
(Cazuza e Roberto Frejat)
Meu partido
É um coração partido
E as ilusões estão todas perdidas
Os meus sonhos foram todos vendidos
Tão barato que eu nem acredito
Eu nem acredito
Que aquele garoto que ia mudar o mundo
(Mudar o mundo)
Frequenta agora as festas do “Grand Monde”
O meu prazer
Agora é risco de vida
Meu sex and drugs não tem nenhum rock ‘n’ roll
Eu vou pagar a conta do analista
Pra nunca mais ter que saber quem eu sou
Pois aquele garoto que ia mudar o mundo
(Mudar o mundo)
Agora assiste a tudo em cima do muro
E as ilusões estão todas perdidas (v. 3) Esse verso pode ser lido
como uma alusão a um livro intitulado Ilusões perdidas, de Honoré de
Balzac. Tal procedimento constitui o que se chama de:
A) metáfora
B) pertinência
C) pressuposição
D) intertextualidade
E) NDA
8. (UFF 2007)
É um contentamento descontente.
É dor que desatina sem doer.
Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.
Legião Urbana, "Monte Castelo"
Senhor: Escrevo esta carta para vos dar conta dos sucessos da terra de
Vera Cruz desde o dia de seu achamento até a construção desta Brasília onde
agora me encontro. Eu a tenho, Senhor, por derradeiro feito e última louçania
da gente de cepa e me empenharei em bem descrevê-la, nada pondo ou tirando
para aformosear nem para enfear, mas só praticando do que vi, ouvi ou me
pareceu.
Segunda Carta de Pero Vaz de Caminha, a El Rei, escrita da Novel
Cidade de Brasília com a data de 21 de abril de 1960. (Por Darcy Ribeiro)
9. (UFF 2011)
MODINHA DO EXÍLIO
(Ribeiro Couto)
Gabarito: A
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) I e II, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
integrado pelos árcades, que tinha como lema a frase em latim. Por isso, a
alternativa I está correta, e também a II, uma vez que esse amor à pátria está
ligado a um sentimento de vê-la livre, de fato, não podendo ser, assim, algo
conformista. Contudo, a III está equivocada, pois a menção é ao arcadismo,
neoclássico, mas não ao classicismo em si.
Gabarito: C
11. (UNIFESP-2002)
Texto I:
Ao longo do sereno
Tejo, suave e brando,
Num vale de altas árvores sombrio,
Estava o triste Almeno
Suspiros espalhando
Ao vento, e doces lágrimas ao rio.
(Luís de Camões, Ao longo do sereno.)
Texto II:
Bailemos nós ia todas três, ay irmanas,
so aqueste ramo destas auelanas
e quen for louçana, como nós, louçanas,
se amigo amar,
so aqueste ramo destas auelanas
uerrá baylar.
(Aires Nunes. In Nunes, J. J., Crestomatia arcaica.)
Texto III:
Tão cedo passa tudo quanto passa!
morre tão jovem ante os deuses quanto
Morre! Tudo é tão pouco!
Nada se sabe, tudo se imagina.
Texto IV:
Os privilégios que os Reis
Não podem dar, pode Amor,
Que faz qualquer amador
Livre das humanas leis.
mortes e guerras cruéis,
Ferro, frio, fogo e neve,
Tudo sofre quem o serve.
(Luís de Camões, Obra completa.)
Texto V:
As minhas grandes saudades
São do que nunca enlacei.
Ai, como eu tenho saudades
Dos sonhos que não sonhei!...)
(Mário de Sá Carneiro, Poesias.)
A) I e II.
B) II e III.
C) III e IV.
D) IV e V.
E) I e V.
12. (UFSCAR-2002)
Nos dois poemas a seguir, Tomás Antônio Gonzaga e Ricardo Reis refletem,
de maneira diferente, sobre a passagem do tempo, dela extraindo uma "filosofia
de vida". Leia-os com atenção:
LIRA 14 (Parte I)
(Tomás de Antônio Gonzaga)
ODES
(Ricardo Reis)
Quando, Lídia, vier o nosso outono
Com o inverno que há nele, reservemos
Um pensamento, não para a futura
Primavera, que é de outrem,
Nem para o estio, de quem somos mortos,
Senão para o que fica do que passa -
O amarelo atual que as folhas vivem
E as torna diferentes.
A ÚLTIMA ROMÂNTICA
O SERTÃO E O SERTANEJO
Ali começa o sertão chamado bruto. Nesses campos, tão diversos pelo matiz
das cores, o capim crescido e ressecado pelo ardor do sol transforma-se em
vicejante tapete de relva, quando lavra o incêndio que algum tropeiro, por acaso
ou mero desenfado, ateia com uma faúlha do seu isqueiro. Minando à surda na
touceira, queda a vívida centelha. Corra daí a instantes qualquer aragem, por
débil que seja, e levanta-se a língua de fogo esguia e trêmula, como que a
contemplar medrosa e vacilante os espaços imensos que se alongam diante dela.
O fogo, detido em pontos, aqui, ali, a consumir com mais lentidão algum estorvo,
vai aos poucos morrendo até se extinguir de todo, deixando como sinal da
avassaladora passagem o alvacento lençol, que lhe foi seguindo os velozes
passos. Por toda a parte melancolia; de todos os lados tétricas perspectivas. É
cair, porém, daí a dias copiosa chuva, e parece que uma varinha de fada andou
por aqueles sombrios recantos a traçar às pressas jardins encantados e nunca
vistos. Entra tudo num trabalho íntimo de espantosa atividade.
16.
Texto I
"Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
(Gonçalves Dias)
Texto II
Minha terra tem macieiras da Califórnia
onde cantam gaturamos de Veneza.
Os poetas da minha terra
são pretos que vivem em torres de ametista,
os sargentos do exército são monistas, cubistas,
os filósofos são polacos vendendo a prestações.
A gente não pode dormir
com os oradores e os pernilongos.
Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda.
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
18.
Texto 1
DESCUIDAR DO LIXO É SUJEIRA
Texto 2
O BICHO
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
A) I, III e IV.
B) III e IV.
C) I, II, III e IV.
D) I e IV.
E) II, III e IV.
1. (ENEM/ 2015)
2. (CEFET MG 2014)
coelhos e outros bichos. Como fui sempre muito tocada pelo olhar animal, decidi
não comê-los mais. Ainda mantive peixes e frutos do mar, mas deixei de comer
várias espécies ao saber de seus hábitos. Recuso também ovos de granja, em
repúdio à situação absurda das aves nos espaços de confinamento das fazendas
industriais. Meu projeto de vida, certamente influenciado por meus estudos, é
parar de consumir também carne de peixe. Chegarei lá.
MACIEL, Maria Esther. No mundo dos animais. Entrevista a Roberto B. de Carvalho. Ciência
Hoje, 21 nov. 2012. Disponível em <http://cienciahoje.uol.com.br>. Acesso em: 05 nov. 2013
(Texto Adaptado).
A) árcade.
B) barroca.
C) realista.
D) romântica.
E) concretista.
3.
O ÚLTIMO ROMÂNTICO
(Lulu Santos, Antônio Cícero e Sérgio Souza)
4.
OS OUTROS
(Leoni)
SEGREDOS
(Casimiro de Abreu)
(...)
Rio – 1857
COLUNA I
COLUNA II
A) I. A; II. D; III. E.
B) I. E; II. B; III. A.
C) I. A; II. B; III. C.
D) I. A; II. C; III. D.
E) I. D; II. B; III. C.
5.
6) (UFSM)
“Eles não usam barba, elas têm cabelos compridos e tranças. Esguios,
alimentados a peixe moqueado com biju, mingau de amendoim e frutas. Falam
baixo, dormem cedo e só têm uma conversa: índio. É a tribo dos brancos
composta de cientistas sociais, médicos, pedagogos, enfermeiras, biólogas e
engenheiros agrônomos, vindos de diversas regiões brasileiras. Boa parte da
engenhosa engenharia social e cultural que mantém o Parque do Xingu
funcionando em harmonia se deve ao trabalho desses especialistas. O foco agora
é preparar os índios para o inevitável confronto com a civilização que um dia
ocorrerá. As cidadezinhas vizinhas do parque vão transformar-se em municípios
de porte médio, a urbanização baterá às portas da reserva. Os moradores do
parque, cada vez mais, dependerão de produtos fabricados pelo branco. Em
todos os momentos da humanidade, sempre que o choque ocorreu, o mais forte
sobrepujou o mais fraco. Quase sempre de forma violenta. Neste canto do Brasil,
um punhado de brancos está conseguindo driblar essa inevitabilidade. Procuram
transformar o abraço sufocante em um caminhar de mãos dadas de culturas tão
diferentes.”
A sequência correta é:
A) F – F – V.
B) V – V – F.
C) F – V – F.
D) V – F – V.
E) F – V – V.
IDEOLOGIA
(Cazuza e Roberto Frejat)
Meu partido
É um coração partido
E as ilusões estão todas perdidas
Os meus sonhos foram todos vendidos
O meu prazer
Agora é risco de vida
Meu sex and drugs não tem nenhum rock ‘n’ roll
Eu vou pagar a conta do analista
Pra nunca mais ter que saber quem eu sou
Pois aquele garoto que ia mudar o mundo
(Mudar o mundo)
Agora assiste a tudo em cima do muro
E as ilusões estão todas perdidas (v. 3) Esse verso pode ser lido
como uma alusão a um livro intitulado Ilusões perdidas, de Honoré de
Balzac. Tal procedimento constitui o que se chama de:
A) metáfora
B) pertinência
C) pressuposição
D) intertextualidade
E) NDA
8. (UFF 2007)
Senhor: Escrevo esta carta para vos dar conta dos sucessos da terra de
Vera Cruz desde o dia de seu achamento até a construção desta Brasília onde
agora me encontro. Eu a tenho, Senhor, por derradeiro feito e última louçania
da gente de cepa e me empenharei em bem descrevê-la, nada pondo ou tirando
para aformosear nem para enfear, mas só praticando do que vi, ouvi ou me
pareceu.
Segunda Carta de Pero Vaz de Caminha, a El Rei, escrita da Novel
Cidade de Brasília com a data de 21 de abril de 1960. (Por Darcy Ribeiro)
9. (UFF 2011)
MODINHA DO EXÍLIO
(Ribeiro Couto)
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) I e II, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
11. (UNIFESP-2002)
Texto I:
Ao longo do sereno
Tejo, suave e brando,
Num vale de altas árvores sombrio,
Estava o triste Almeno
Suspiros espalhando
Ao vento, e doces lágrimas ao rio.
(Luís de Camões, Ao longo do sereno.)
Texto II:
Bailemos nós ia todas três, ay irmanas,
so aqueste ramo destas auelanas
e quen for louçana, como nós, louçanas,
se amigo amar,
so aqueste ramo destas auelanas
uerrá baylar.
(Aires Nunes. In Nunes, J. J., Crestomatia arcaica.)
Texto III:
Tão cedo passa tudo quanto passa!
morre tão jovem ante os deuses quanto
Morre! Tudo é tão pouco!
Nada se sabe, tudo se imagina.
Circunda-te de rosas, ama, bebe
E cala. O mais é nada.
(Fernando Pessoa, Obra poética.)
Texto IV:
Os privilégios que os Reis
Não podem dar, pode Amor,
Que faz qualquer amador
Livre das humanas leis.
mortes e guerras cruéis,
Ferro, frio, fogo e neve,
Tudo sofre quem o serve.
(Luís de Camões, Obra completa.)
Texto V:
As minhas grandes saudades
São do que nunca enlacei.
Ai, como eu tenho saudades
Dos sonhos que não sonhei!...)
(Mário de Sá Carneiro, Poesias.)
A) I e II.
B) II e III.
C) III e IV.
D) IV e V.
E) I e V.
12. (UFSCAR-2002)
Nos dois poemas a seguir, Tomás Antônio Gonzaga e Ricardo Reis refletem,
de maneira diferente, sobre a passagem do tempo, dela extraindo uma "filosofia
de vida". Leia-os com atenção:
LIRA 14 (Parte I)
(Tomás de Antônio Gonzaga)
ODES
(Ricardo Reis)
Quando, Lídia, vier o nosso outono
Com o inverno que há nele, reservemos
Um pensamento, não para a futura
Primavera, que é de outrem,
Nem para o estio, de quem somos mortos,
Senão para o que fica do que passa -
O amarelo atual que as folhas vivem
E as torna diferentes.
A ÚLTIMA ROMÂNTICA
dão prazer, podem viciar e fazem mal à saúde. Para além da homenagem, era
uma forma de participar do universo de excessos da cantora.
É curioso o apelo de Amy num mundo conservador, cada vez mais
antitabagista e alerta para os riscos das drogas - um mundo onde vamos sendo
ensinados a comprar produtos sem gordura trans e onde até as garotas de
esquerda consomem horas dentro da academia.
Numa época em que as pessoas são estimuladas a abdicar de certos
prazeres na expectativa de durar bastante, simplesmente para durar, Winehouse
fez o roteiro oposto - intenso, autodestrutivo, suicida.
Sob o aspecto clínico, era uma viciada grave, necessitando
desesperadamente da ajuda que insistia em recusar. Uma de suas canções mais
famosas trata exatamente disso.
Amy foi presa fácil do jornalismo de celebridades, voltado à escandalização
da intimidade dos famosos (quanto pior, melhor). Foi também, num tempo
improvável, a herdeira de Janis Joplin, morta aos 27 em 1970, e de Billie Holiday,
morta aos 44, em 1959, ambas por overdose.
Como suas antecessoras, Amy leva ao extremo o éthos romântico - do
artista que vive em conflito permanente e se rebela contra o curso prosaico e
besta do mundo. Na sua figura atormentada e em constante desajuste, o
autoflagelo quase sempre se confunde com o ódio às coisas que funcionam.
Numa cultura inteiramente colonizada pelo dinheiro e que convida à idolatria,
fazer sucesso parecia uma espécie de vexame e de vileza, o supremo fiasco
existencial, contra o qual era preciso se resguardar.
Nisso Amy evoca os gênios do romantismo tardio - Lautréamont, Rimbaud
e outros poetas do inferno humano, que tinham plena consciência da vergonha
de dar certo.
O SERTÃO E O SERTANEJO
Ali começa o sertão chamado bruto. Nesses campos, tão diversos pelo matiz
das cores, o capim crescido e ressecado pelo ardor do sol transforma-se em
vicejante tapete de relva, quando lavra o incêndio que algum tropeiro, por acaso
ou mero desenfado, ateia com uma faúlha do seu isqueiro. Minando à surda na
touceira, queda a vívida centelha. Corra daí a instantes qualquer aragem, por
débil que seja, e levanta-se a língua de fogo esguia e trêmula, como que a
contemplar medrosa e vacilante os espaços imensos que se alongam diante dela.
O fogo, detido em pontos, aqui, ali, a consumir com mais lentidão algum estorvo,
vai aos poucos morrendo até se extinguir de todo, deixando como sinal da
avassaladora passagem o alvacento lençol, que lhe foi seguindo os velozes
passos. Por toda a parte melancolia; de todos os lados tétricas perspectivas. É
cair, porém, daí a dias copiosa chuva, e parece que uma varinha de fada andou
por aqueles sombrios recantos a traçar às pressas jardins encantados e nunca
vistos. Entra tudo num trabalho íntimo de espantosa atividade.
16.
Texto I
"Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
(Gonçalves Dias)
Texto II
Minha terra tem macieiras da Califórnia
onde cantam gaturamos de Veneza.
Os poetas da minha terra
são pretos que vivem em torres de ametista,
os sargentos do exército são monistas, cubistas,
os filósofos são polacos vendendo a prestações.
A gente não pode dormir
com os oradores e os pernilongos.
Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda.
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia.
18.
Texto 1
DESCUIDAR DO LIXO É SUJEIRA
Texto 2
O BICHO
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
A) I, III e IV.
B) III e IV.
C) I, II, III e IV.
D) I e IV.
E) II, III e IV.
1. E 17. D
2. C 18. C
3. D 19. A
4. C 20. B
5. C
6. A
7. D
8. C
9. A
10. C
11. C
12. A
13. D
14. E
15. D
16. D
Rumo ao sucesso!!!
Rafaela Freitas.