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AULA 03
O ROMANTISMO NO BRASIL E NO MUNDO
A
Olá, pessoal! Hoje vamos falar sobre uma época linda da nossa Literatura!
Não só da nossa, claro, mas o Brasil viveu uma fase absolutamente nova a
partir da década de 30 do século XIX... querem saber mais? Venham comigo!
SUMÁRIO
O PERÍODO ROMÂNTICO........................................................................02
O ROMANCE DE COSTUMES....................................................................04
O ROMANTISMO NO BRASIL...................................................................05
PRIMEIRA GERAÇÃO: NACIONALISTA.......................................................06
SEGUNDA GERAÇÃO: MAL DO SÉCULO.....................................................09
TERCEIRA GERAÇÃO: CONDOREIRISMO...................................................15
LISTA DE QUESTÕES PARA PRATICAR......................................................22
QUESTÕES COMENTADAS.......................................................................38
GABARITO............................................................................................59
O MEU ATÉ BREVE.................................................................................59
ESQUEMATIZANDO................................................................................60
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O período ROMÂNTICO
O SURGIMENTO:
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- Oposição ao clássico;
- Surgimento de um público consumidor (a burguesia financiava a
literatura e ela própria consumia em forma de folhetim – pequenos capítulos
publicados diariamente ou semanalmente);
- Sentimentalismo; 33320407821
O ROMANCE DE COSTUMES
Foi no século XIX que o romance como conhecemos hoje ganhou forma e
foi consolidado, tendo se tornado o grande veículo de difusão de ideias,
sentimentos e emoções, e inclusive crítica social da época.
histórias publicadas. E era assim que o público com algum recurso e instrução
se reconhecia e comprava a literatura, buscando, em forma narrativa, uma
projeção de suas próprias emoções, expectativas, busca de amor e felicidade,
e ainda identificava suas desilusões.
O ROMANTISMO NO BRASIL
Momento Histórico:
Canção do exílio
Juca Pirama
enfraquecer os fortes”. Quando o tupi reencontra seu pai, é renegado por ele
que, envergonhado pela covardia do filho, o amaldiçoa.
Para se redimir, o tupi volta à tribo timbira e se entrega para ser morto.
O título do poema se justifica neste ponto, pois Juca Pirama significa, em
língua tupi, “o que é digno de ser morto”. O chefe da tribo, quando percebe
que o jovem será massacrado por seus guerreiros, ordena que o soltem pela
sua coragem.
Convido os meus alunos para uma crítica mais profunda. O Juca Pirama
parece mais um cavaleiro medieval do que um índio tipicamente brasileiro, não
é mesmo? Pensem... leiam o poema, vocês irão amar!
Grandes autores:
Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela,
Junqueira Freire.
Saudosismo
A infância é retratada como a doce lembrança ingênua, inocente e
perfeita. Casimiro de Abreu é o poeta que mais trabalha com o tema
saudosismo. Seus versos Meus oito anos ficaram muito conhecidos como
revelação dos momentos felizes da sua infância.
Minha desgraça
Contexto Histórico
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“A arte de hoje não deve buscar apenas o belo, mas sobretudo o bem”
Victor Hugo
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Navio Negreiro
(Castro Alves)
A canção do africano
Lá na úmida senzala,
Sentado na estreita sala,
Junto ao braseiro, no chão,
Entoa o escravo o seu canto,
E ao cantar correm-lhe em pranto
Saudades do seu torrão ...
ROMANCE URBANO
Deu ao romance urbano uma forma mais bem estruturada, pois não se
limitou a contar histórias românticas. Sua história apresenta um olhar que
conduz o leitor a examinar detida e reflexivamente o comportamento, ele
promove uma verdadeira crítica aos costumes da época, priorizando as
relações humanas. Embora as idealizações românticas sejam marca em sua
escrita, critica o casamento por interesse dando um caráter mais realista às
histórias de amor.
Romances urbanos: Cinco minutos (1856); A viuvinha (1857); Lucíola
(1862); Diva (1864); A pata da gazela (1870); Sonhos d'ouro (1872); Senhora
(1875); Encarnação (1877);
Romances regionalistas ou sertanistas: O gaúcho (1870); O tronco do ipê
(1871); Til (1872); O sertanejo (1875);
A chave para a compreensão da obra de Alencar talvez esteja na sua
célebre frase: "A literatura nacional que outra coisa é senão a alma da pátria?"
Ou seja, cabe ao texto literário expressar a nação. Ele é o espelho no qual os
brasileiros devem reconhecer-se como povo e como unidade Alencar percebeu
que, para criar de fato o romance nacional, não bastava apenas o uso explícito
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da temática brasileira e "cor local". Era preciso também tomar posição diante
da questão da linguagem. Romper com os cânones estilísticos da literatura
portuguesa passou a ser, para ele, um imperativo cultural e territorial.
Soneto
02. (FUVEST)
brasileira.”
(Antonio Candido, Formação da Literatura Brasileira)
03. (FUVEST)
Neste excerto, o eu-lírico parece aderir com intensidade aos temas de que
fala, mas revela, de imediato, desinteresse e tédio. Essa atitude do eu-lírico
manifesta a:
a) ironia romântica.
b) tendência romântica ao misticismo.
c) melancolia romântica.
d) aversão dos românticos à natureza.
e) fuga romântica para o sonho.
a) nacionalismo e religiosidade.
b) sentimentalismo e saudosismo.
c) subjetivismo e condoreirismo.
d) egocentrismo e medievalismo.
e) byronismo e idealização do amor
a) Apenas I é verdadeira.
b) Apenas II é verdadeira.
c) Apenas III é verdadeira.
d) Apenas I e II são verdadeiras.
e) I, II e III são verdadeiras.
“Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez
a mais atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa.
Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do
tempo, porque isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e
fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse
o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da
natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a
outro indivíduo, para os fins secretos da criação.”
(ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Jackson,1957.)
TEXTO A
Canção do exílio
[...]
TEXTO B
Canção do exílio
Gonçalves Dias
“Vocês mulheres têm isso de comum com as flores, que umas são filhas
da sombra e abrem com a noite, e outras são filhas da luz e carecem do Sol.
Aurélia é como estas; nasceu para a riqueza. Quando admirava a sua
formosura naquela salinha térrea de Santa Tereza, parecia-me que ela vivia ali
exilada. Faltava o diadema, o trono, as galas, a multidão submissa; mas a
rainha ali estava em todo o seu esplendor. Deus a destinara à opulência.”
“Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu biógrafo, Lira Neto. Ou,
ainda, “um romancista que colecionava desafetos, azucrinava D. Pedro II e
acabou inventando o Brasil”. Assim era José de Alencar (1829-1877), o
conhecido autor de O guarani e Iracema, tido como o pai do romance no
Brasil. Além de criar clássicos da literatura brasileira com temas nativistas,
indianistas e históricos, ele foi também folhetinista, diretor de jornal, autor de
peças de teatro, advogado, deputado federal e até ministro da Justiça. Para
ajudar na descoberta das múltiplas facetas desse personagem do século XIX,
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19. (UECE)
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Texto: IRACEMA
Além, muito além daquela serra que ainda azula no horizonte, nasceu
Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros
que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como o seu sorriso; nem a baunilha recendia
no bosque como seu hálito perfumado.
(José de Alencar)
Soneto
02. (FUVEST)
brasileira.”
(Antonio Candido, Formação da Literatura Brasileira)
03. (FUVEST)
Neste excerto, o eu-lírico parece aderir com intensidade aos temas de que
fala, mas revela, de imediato, desinteresse e tédio. Essa atitude do eu-lírico
manifesta a: 33320407821
a) ironia romântica.
b) tendência romântica ao misticismo.
c) melancolia romântica.
d) aversão dos românticos à natureza.
e) fuga romântica para o sonho.
a) nacionalismo e religiosidade.
b) sentimentalismo e saudosismo.
c) subjetivismo e condoreirismo.
d) egocentrismo e medievalismo.
e) byronismo e idealização do amor
a) Apenas I é verdadeira.
b) Apenas II é verdadeira.
c) Apenas III é verdadeira.
d) Apenas I e II são verdadeiras.
e) I, II e III são verdadeiras.
Gabarito: D
“Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez
a mais atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa.
Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do
tempo, porque isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e
fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse
o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da
TEXTO A
Canção do exílio
[...]
TEXTO B
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
Canção do exílio
Gonçalves Dias
qual faz parte Gonçalves Dias, buscava exaltar a terra natal, com vistas a criar
uma identidade nacional genuinamente brasileira. Outras características dessa
fase é a inclinação saudosista e nostálgica dos poemas e a expressão dos
sentimentos e da emoção. Percebemos no poema “Canção do exílio” todos
esses aspectos citados quando o poeta descreve sua terra distante, com sabiás
que lá cantam como não cantam nas terras do exílio.
Gabarito: C
“Vocês mulheres têm isso de comum com as flores, que umas são filhas
da sombra e abrem com a noite, e outras são filhas da luz e carecem do Sol.
Aurélia é como estas; nasceu para a riqueza. Quando admirava a sua
formosura naquela salinha térrea de Santa Tereza, parecia-me que ela vivia ali
exilada. Faltava o diadema, o trono, as galas, a multidão submissa; mas a
rainha ali estava em todo o seu esplendor. Deus a destinara à opulência.”
“Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu biógrafo, Lira Neto. Ou,
ainda, “um romancista que colecionava desafetos, azucrinava D. Pedro II e
acabou inventando o Brasil”. Assim era José de Alencar (1829-1877), o
conhecido autor de O guarani e Iracema, tido como o pai do romance no
Brasil. Além de criar clássicos da literatura brasileira com temas nativistas,
indianistas e históricos, ele foi também folhetinista, diretor de jornal, autor de
peças de teatro, advogado, deputado federal e até ministro da Justiça. Para
e algumas das belezas americanas vieram, por fim, a ser cantadas com a mais
pura e autêntica poesia.
Essa "mais pura e autêntica poesia" a que se refere o texto acima é a que
está, também,
a) nos poemas nacionalistas de Gonçalves Dias.
b) na lírica amorosa de Gregório de Matos.
c) nos sermões de Antônio Vieira.
d) nos textos simbolistas de Alphonsus de Guimaraens.
e) no nacionalismo crítico de Oswald de Andrade.
19. (UECE)
Texto: IRACEMA
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Além, muito além daquela serra que ainda azula no horizonte, nasceu
Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros
que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como o seu sorriso; nem a baunilha recendia
no bosque como seu hálito perfumado.
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o sertão e as
matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo, da grande nação tabajara.
O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a
terra com as primeiras águas.
(José de Alencar)
e a realização amorosa se dá
concretamente em imagens de sonho.
c) concilia sonho e realidade e ambos se alimentam da presença sensual
da mulher amada.
d) espiritualiza a mulher e a apresenta em recatado pudor sob “véu suave
de amorosas sombras”.
e) revela sentimento de frustração provocado pelo medo de amar e pela
recusa doentia e deliberada à entrega amorosa.
1. B 8. A 15. A
2. E 9. D 16. E
3. A 10. A 17. D
4. C 11. A 18. A
5. B 12. B 19. D
6. B 13. B 20. A
7. B 14. C
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Muitos bem, alunos! Espero que tenham gostado e que o estudo tenha
sido proveitoso!!
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