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LITERATURA
Realismo e Naturalismo (O corti o)
Manaus - AM
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COLÉGIO ADVENTISTA IAM
LITERATURA
Realismo e Naturalismo (O corti o)
Tr a b a l h o a p r e s e n t a d o a o C o l é g i o
Adventista IAM sob orientação do
professor Nonato França da disciplina de
Língua Portuguesa e Literatura, 3° Ano AM.
Manaus - AM
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Sumário
Introdução 4
1. Realismo 5
2. Naturalismo 6
3. Parnasianismo 8
4. Simbolismo 10
Acrobata da Dor 15
Ismália 16
Sob os ramos 16
4.5. O simbolismo em Portugal 17
Correspondências 20
4.8. O simbolismo nas artes plásticas 21
Conclusão 24
Bibliogra a 25
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Introdução
Este trabalho tem como objetivo apresentar um pouco dos períodos do Realismo,
Naturalismo, Parnasianismo e Simbolismo.
Como o próprio nome sugere, essa manifestação cultural signi cou um olhar mais
realista e objetivo sobre a existência e as relações humanas, surgindo como oposição ao
romantismo e sua visão idealizada da vida.
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1. Realismo
Como o próprio nome sugere, essa manifestação cultural signi cou um olhar mais
realista e objetivo sobre a existência e as relações humanas, surgindo como oposição ao
romantismo e sua visão idealizada da vida.
• oposição ao romantismo;
• caráter descritivo;
• valorização da coletividade;
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1.2. Contexto histórico do realismo
O modelo capitalista se intensi cou e a classe burguesa passou a ter maior poder
de decisão, gerando um aprofundamento das desigualdades sociais, com maior
exploração da classe trabalhadora, exposta a longas jornadas de trabalho.
É ainda nesse contexto que surgem teorias cientí cas que objetivavam interpretar
e explicar o mundo, como o Evolucionismo de Darwin e o Positivismo de Auguste Comte.
O movimento realista re ete seu tempo, na busca por uma linguagem mais clara e
verossímil, ao passo que questiona os princípios e padrões burgueses.
2. Naturalismo
In uenciado pelas correntes cientí cas e losó cas que surgiam na Europa como
o determinismo, o darwinismo e o cienti cismo, para os artistas naturalistas, tudo estava
determinado e possuía uma explicação lógica pautada na ciência.
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Através de uma visão imparcial dos fatos, nada era sugerido ou apresentado de
maneira subjetiva. O ser humano passou a ser visto como uma máquina, sem livre
arbítrio, e in uenciado pelo meio social e físico em que está inserido.
Assim, surge uma arte de denúncia social, focada nos temas da pobreza, das
desigualdades, da disputa de poder e das patologias sociais.
Objetivismo cientí co: para os naturalistas, a ciência era a chave e os fatos eram
explicados à luz das correntes cientí cas que vigoravam em meados do século XIX.
Assim, os artistas naturalistas não projetam em suas obras utopias e ideias idealizadas.
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Zoomor zação: in uenciado pelo darwinismo social, no naturalismo as
personagens apresentam características animalescas e instintivas, através de uma
perspectiva biológica. Assim, os comportamentos humanos se aproximam dos animais,
mostrando que o homem é condicionado pelo meio em que vive.
3. Parnasianismo
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Os autores parnasianos criticavam a simplicidade da linguagem, a valorização da
paisagem nacional e o sentimentalismo. Para eles, essa era uma forma de subjugar os
valores da poesia.
• Rimas raras
• Vocabulário culto
• Objetivismo
• Racionalismo
• Universalismo
• Rejeição do lirismo
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3.2. Contexto histórico
4. Simbolismo
No entanto, isso acabou gerando muitos problemas sociais, como o aumento das
desigualdades, o que levou os artistas a negarem a ideia de progresso.
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foi posta de lado para dar lugar a uma nova abordagem mais subjetiva, individual,
pessimista e ilógica.
Se por um lado ele apresentou uma ligação com o romantismo, por outro, o
simbolismo rejeitou as ideias dos movimentos anteriores do realismo, do parnasianismo e
do naturalismo.
Houve grande interesse pelas zonas mais profundas da mente humana, como o
universo inconsciente e subconsciente, mostrando uma arte mais pessoal, emocional e
misteriosa.
O movimento simbolista surge nas últimas décadas do século XIX na França, num
momento em que o continente Europeu assistia à ascensão da burguesia industrial. O
capitalismo se fortalecia com a II Revolução Industrial, permitindo a industrialização de
diversos países.
Esse processo industrial foi alavancado pela uni cação da Alemanha, em 1870, e
da Itália, no ano seguinte. Por outro lado, esse progresso capitalista gerou uma grande
desigualdade social, levando a insatisfação dos trabalhadores mais pobres.
Há, assim, a disputa das grandes potências (como Inglaterra, Alemanha e Rússia)
pela diversi cação de mercados, de consumidores e matéria-prima.
• o progresso do capitalismo;
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• o imperialismo e o neocolonialismo alavancados pela industrialização.
Diante desse panorama, o movimento simbolista surge para desa ar esse cenário
opondo-se às correntes materialistas, cienti cistas e racionalistas que vigoravam,
negando a realidade objetiva.
Além disso, ele vem apoiar a camada da sociedade que está à margem do
processo de avanço tecnológico e cientí co, promovido pelo capitalismo.
3. Presença de religiosidade
Embora diversos temas da arte simbolista estejam relacionados com um universo
mais sombrio e misterioso, é possível identi car em algumas obras uma visão cristã
aliada ao desejo da fuga da realidade.
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Dessa maneira, há um grande interesse pelas zonas mais profundas da mente,
como o inconsciente e o subconsciente.
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10. Oposição ao mecanicismo e a aproximação do universo do sonho
Apesar de ter escrito diversos textos poéticos, publicou somente duas obras em
vida: Broquéis (1893) e Missal (1893). Missal é uma obra em que constam poemas
escritos em prosa, enquanto Broquéis apresenta 54 poemas, dentre os quais 47 são
sonetos.
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Postumamente foram publicados outros de seus escritos: Evocações (1898),
Faróis (1900) e Últimos Sonetos (1905).
Vítima de preconceito racial, o escritor lutou a favor da causa negra. Sua obra é
bem diversa e reúne temas como: obsessão pela cor branca, a dor, a morte e o
pessimismo.
Veja abaixo um de seus poemas, publicado em sua obra poética Broquéis (1893).
Acrobata da Dor
Gargalha, ri, num riso de tormenta,
como um palhaço, que desengonçado,
nervoso, ri, num riso absurdo, in ado
de uma ironia e de uma dor violenta.
Os temas mais presentes em sua obra poética são: a dor do amor, a saudade da
amada e a morte. Isso porque o grande amor de sua vida, sua prima Constança, morreu
muito jovem.
De sua obra, destacam-se: Septenário das Dores de Nossa Senhora (1899), Dona
Mística (1899), Kyriale (1902), Pauvre Lyre (1921) e Pastoral aos Crentes do Amor e da
Morte (1923).
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Ismália
Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar…
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar…
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...
Durante sua vida, Kilkerry não publicou nenhuma obra, no entanto, seus escritos
foram reunidos postumamente. Com uma poesia diversa, ele explora diversos temas
relacionados com a religiosidade, o misticismo, os sonhos e o amor.
Sob os ramos
É no Estio. A alma, aqui, vai-me sonora,
No meu cavalo — sob a loira poeira
Que chove o sol — e vai-me a vida inteira
No meu cavalo, pela estrada afora.
Oaristos é uma coletânea de poemas que foi escrita após o regresso do seu autor
da França, onde teve contacto com poetas simbolistas, cujo movimento já in uenciava a
literatura portuguesa.
De sua obra poética, destacam os livros: Oaristos (1890), Horas (1891), Interlúnio
(1894), Salomé e Outros Poemas (1896) e Saudades do Céu (1899).
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As estrelas em seus halos
Brilham com brilhos sinistros…
Cornamusas e crotalos,
Cítolas, cítaras, sistros,
Soam suaves, sonolentos,
Sonolentos e suaves,
Em Suaves,
Suaves, lentos lamentos
De acentos
Graves
Suaves...
Ó Quarta-Feira de Trevas!
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Mais os que vão na diligência pela serra!
Ó Extrema-Unção nal dos que se vão da Terra!
Clepsidra é seu único livro de poemas que foi publicado em 1920. O resto de seus
escritos foram publicados postumamente.
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Na época, esse livro foi censurado por conter poesias com temas eróticos,
sensuais e sombrios. Veja abaixo um soneto de Charles Baudelaire em seu livro Flores do
Mal:
Correspondências
A Natureza é um templo vivo em que os pilares
Deixam ltrar não raro insólitos enredos;
O homem o cruza em meio a um bosque de segredos
Que ali o espreitam com seus olhos familiares.
Entretanto, foi somente em 1886 que o termo “simbolismo” foi utilizado pela
primeira vez pelo poeta grego Jean Moréas (1856-1910). Ele escreveu o Manifesto
Simbolista expondo os princípios de uma arte mais preocupada com a espiritualidade e
as sensações.
Assim, além dos poetas franceses simbolistas mais notáveis (Charles Baudelaire,
Stéphane Mallarmé, Paul Verlaine e Arthur Rimbaud), podemos citar os poetas russos
Viatcheslav Ivánov (1866-1949), Andreï Biély (1880-1934) e Aleksandr Blok (1880-1921).
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4.8. O simbolismo nas artes plásticas
A pintura simbolista foi diretamente in uenciada pelas poesias dos poetas franceses
Stéphane Mallarmé, Paul Verlaine e Arthur Rimbaud, sendo também uma arte de
oposição ao realismo.
Alguns pintores franceses que tiveram grande destaque foram: Gustave Moreau
(1826-1898) e Odilon Redon (1840-1916). Além deles, merece citar as obras do alemão
Carlos Schwabe (1866-1926). Con ra abaixo algumas de suas telas:
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Salomé (1876), obra de Gustave Moreau
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A Morte do Coveiro (1895-1900), obra de Carlos Schwabe
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Conclusão
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Bibliogra a
Endereços (Links)
Toda Matéria
https://www.todamateria.com.br/simbolismo-caracteristicas-e-contexto-historico/
https://www.todamateria.com.br/parnasianismo-caracteristicas-e-contexto-historico/
https://www.todamateria.com.br/naturalismo-movimento-naturalista/
https://www.todamateria.com.br/realismo/
Módulo 4 (Literatura)
Vários autores.
Suplementado pelo manual do professor.
Conteúdo: Língua portuguesa - Literatura -
Língua inglesa - Biologia - Física - Química
Matemática - História - Geogra a.
Bibliogra a.
ISBN 978-85-345-2202-1
Autores de Literatura:
Ronnie Roberto Campos
Wander Rocha de Oliveira
Consultoria Pedagógica:
Almir Augusto de Oliveira
Flávio Henrique Menezes da Silva
Silvia Naara da Silva Pinto
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