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C.E.

Professor José de Souza Herdy

PARNASIANISMO E SIMBOLISMO

Aluno: Gustavo Lucas


Turma: 3002
PARNASIANISMO
O Panasismo nasceu na França em 1866. Publicação contemporânea de Parnasse ("Parnas
Contemporânea") é sua prioridade, que é uma adoração à forma, "Arte e arte", apego e alienação da
sociedade do problema. Como o realismo, este é um movimento contra o romantismo, que já está em um
declínio franco.

CONTEXTO HISTÓRICO
O Panasismo é uma pessoa contemporânea em moderno e naturalismo. É o herdeiro do último trimestre
do século XIX. Naquela época, as idéias empíricas de Auguste Comte foram popularizadas, que
promoveram métodos científicos para os únicos meios de conhecimento e progresso.
A burguesia industrial foi consolidada e causou o surgimento do proletariado explorado, então a luta de
classes. No entanto, os tópicos relacionados a eventos sociais e históricos não são introduzidos pelo autor
de Panas.
O nome do movimento refere -se à antiga Panaso grega, à família de Apollo, ao encorajador Deus e poeta
do artista e ao patrocinador da beleza ideal. Portanto, é uma tendência literária que atribui grande
importância e restaura elementos clássicos.

CARACTERÍSTICAS
• Formalmente rigoroso: eles refutam as escrituras gratuitas românticas e nos substituem por medidas e
rimas convencionais, especialmente o Alexander (doze sílabas públicas) ou devasários (dez toneladas);
• "Arte e arte": as obras de arte não devem ser úteis, mas puras, estranhas e acadêmicas, um culto bonito e
perfeito, para não lidar com problemas reais;
• Apreciação e desempenho do artista: o poeta e o termo artífice são comparados com a palavra artífice,
responsável por cortar o texto em pedras ásperas para se tornar jóias;
• Alienação da linguagem oral: buscando formas clássicas (como a existência dos deuses de Alexandre e o
deus da mitologia romana grega);
• Contra -divulgação de frases: ("Ipiranga ouça o grito do banco calmo /pessoas chorando", não "a calma
de Ipiranga e ouve a voz de uma pessoa heróica"););
• Vocabulário preciso e complexo: palavras pouco conhecidas, elites de linguagem, poesia como
aristocracia espiritual;
• Eliminar os problemas reais atuais: a preferência pela reflexão e o tema universal, a descrição dos objetos
e a descrição das cenas naturais;
• Não -pessoal: ao contrário da grande subjetividade do romantismo.

PRINCIPAIS AUTORES
Parnas, conhecido como Brasil ou os três autores mais famosos do movimento: Olavo Bilac, Alberto de
Oliveira (Alberto de Oliveira) e Raimundo Correia.
Olavo Bilac (Rio de Janeiro, 1865-1918)

OLAVO BILAC é o grande nome do parnasianismo brasileiro.


O mais conhecido dos poetas parnasianos brasileiros e um dos fundadores da Academia Brasileira de
Letras, Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac foi também jornalista e orador ativo na política brasileira.
Defensor dos ideais republicanos, participou de campanhas com alcance nacional, sendo perseguido e
preso durante a Revolta da Armada, que ocorreu entre os anos de 1893 e 1894.
Teve notória estreia literária com a publicação Poesias, em 1888. Em seus diversos livros, Bilac contemplou
as temáticas do amor – platônico, espiritual, sensual –, da mitologia greco-romana e de cunho filosófico,
criando atmosferas de reflexão sobre o sentido da vida. Escreveu também poesias didáticas e patrióticas,
além de ser o autor do Hino à Bandeira do Brasil.
O soneto XIII do livro Via Láctea (1888) é um exemplo de sua lírica amorosa e uma de suas obras mais
conhecidas:

Alberto de Oliveira (Saquarema, 1857 – Niterói, 1937)


Alberto de Oliveira tem como característica poética o descritivismo.
Antônio Mariano Alberto de Oliveira foi poeta, professor de literatura e diretor de Instrução Pública do Rio
de Janeiro. Em meados de 1880, conheceu o grupo de intelectuais formado, entre outros nomes, por Olavo
Bilac, Raimundo Correa, Aluísio Azevedo e Raul Pompeia, que se reuniam em Niterói, na casa de Alberto de
Oliveira. Publicou seu primeiro livro em 1877, ainda sob influência da estética romântica. O livro seguinte,
de 1884, tem prefácio assinado por Machado de Assis.
Uma de suas composições mais famosas é “Vaso chinês”, exemplo de soneto parnasiano que toma por
tema a descrição de um objeto que inspira pela perfeição de sua forma, pelo trabalho artístico de sua
feitura

Raimundo Correia (Costa do Maranhão, 1860 – Paris, 1911)

Raimundo Correia inseriu em sua poesia aspectos filosóficos.


Nascido a bordo de um navio no litoral maranhense, Raimundo da Mota Azevedo Correia foi poeta, juiz e
professor. Formou-se em Direito na Faculdade do Largo São Francisco, em São Paulo, e foi juiz e promotor
nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Foi também fundador da Academia Brasileira de Letras.
Sua primeira obra, Primeiros sonhos (1879), ainda evidencia traços da poesia romântica. Recebeu
influência da filosofia de Arthur Schopenhauer, de ressonância pessimista, registrando em seus versos tons
mais sombrios, imagens de ruínas, da moralidade deteriorada. Consolidou-se como autor parnasiano com
Sinfonias (1883), e segundo os métodos de composição dessa escola literária, foi um dos mais perfeitos
poetas da língua portuguesa.
“As pombas” é um de seus sonetos mais conhecidos, no qual se nota o estilo parnasiano, especialmente
pela temática e composição rigorosa dos versos.

SIMBOLISMO
Movimento literário do fim do século XIX, o simbolismo propunha um retorno poético ao transcendente e
às questões metafísicas abandonadas pela objetividade realista.
"O simbolismo foi uma tendência literária que nasceu na França, com as teorias estéticas de Charles
Baudelaire, e floresceu principalmente na poesia, em diversas partes do mundo ocidental, no final do
século XIX. É o último movimento antes do surgimento do modernismo na literatura, por isso é também
considerado pré-moderno.
Como o nome aponta, a poesia simbolista propunha um resgate dos símbolos, isto é, de uma linguagem
que compreendesse uma universalidade. O poeta é, aqui, um decifrador dos símbolos que compõem a
natureza ao seu redor. Contra a superficialidade material do corpo, a objetividade do realismo e as
descrições animalescas do naturalismo, o simbolismo quer mergulhar no espírito, que se relaciona a algo
maior, a uma instância coletiva universal, a uma transcendência."

CONTEXTO HISTÓRICO
A literatura simbolista foi uma reação às correntes cientificistas e positivistas do último quartel do século
XIX. A Europa vivenciava a ebulição da Segunda Revolução Industrial, que trazia consigo, além do
capitalismo financeiro, as ideologias do empirismo e do determinismo. Trata-se de uma concepção técnico
analítica do mundo, em que a realidade é apreendida apenas pela quantificação e análise de dados, em
prol do desenvolvimento da técnica.
Havia um otimismo predominante no avanço da indústria, expresso na ideia do progresso. Os simbolistas,
entretanto, percebem no surgimento das metrópoles, acompanhado da miséria, da sujeira industrial e da
exploração da força de trabalho, uma decadência desesperada, uma morbidez que nada tem de
progressista.

Por isso, direcionam sua lírica não para as descrições objetivas, mas para uma tentativa de conciliação entre
matéria e espírito, tentativa de resgate de uma humanidade deteriorada. Por essa postura, foram também
chamados “decadentistas” e “malditos”.

Os simbolistas questionaram as conclusões racionalistas e mecânicas em voga na época, pois elas não
davam espaço à existência do sujeito, servindo apenas como combustível para a ascensão da burguesia
industrial. Buscavam algo além do materialismo e além do empirismo: um sentido de universalidade, que
seria recuperado por meio da linguagem poética. Buscavam, ao contrário da impessoalidade numérica e
tecnológica, os valores transcendentais — o Bom, o Verdadeiro, o Belo."

CARACTERÍSTICAS
Uso de pausas, reticências, espaços em branco e rupturas sintáticas para representar o silêncio metafísico;
Sinestesia: construção de versos que descrevem sons, aromas e cores, pois os cinco sentidos são
instrumentos de captação dos símbolos ao redor;
Temáticas voltadas à interioridade humana, ao êxtase do espírito;
Vocabulário etéreo e remissões ao Nada e ao Absoluto;
Presença comum de antíteses e oposições, graças às tentativas de encarnar o que é divino e espiritualizar o
que é terreno: o poema é a forma de conciliação entre os planos material e espiritual;

Entendimento da poesia como uma visão da existência;


Presença da religiosidade, não somente cristã como também oriental, compondo a busca simbolista da
transcendência;
Descrições crepusculares, presença simultânea de luz e sombra;
Imagens sombrias, lúgubres, decadentes;
Afrouxamento do rigor métrico parnasiano, dando espaço para metrificações irregulares e versos livres;
Conceito musical do poema.

O poema “Correspondências”, de Charles Baudelaire, tem no seu próprio título a ideia central do
simbolismo: a linguagem simbolista pretende estabelecer uma correspondência entre o plano material e o
plano transcendental, entre o divino e o profano."

SIMBOLISMO NO BRASIL
O movimento simbolista brasileiro incorporou, grosso modo, os procedimentos composicionais do
simbolismo francês. No entanto, as cenas noturnas de boemia e o epíteto de malditos são substituídos por
uma literatura de tons mais religiosos e litúrgicos.

PRINCIPAIS AUTORES
João da Cruz e Sousa (1863-1898)

Figura central do Simbolismo brasileiro, Cruz e Sousa nasceu em Florianópolis. Filho de escravos
alforriados, mas, tendo participado de uma educação formal elitizada, sua obra revela uma erudição
inconciliável com a situação racial de um Brasil que acabara de abolir oficialmente a prática escravista.
É a partir da publicação de Missais, livro de prosas líricas, e de Broquéis, escrito em versos, ambos
publicados em 1893, que se percebe o desenvolvimento de uma estética simbolista no Brasil. Seu trabalho
traz grande novidade ao procedimento literário brasileiro: aliterações, prolongamentos sonoros,
rompimento com o rigor parnasiano da métrica, ressonâncias internas, entre outros."

Afonso Henriques da Costa Guimarães (1870-1921)

Mais conhecido como Alphonsus de Guimaraens, o autor latinizou seu nome em 1894, intenção mística e
que o aproximava dos hinos católicos dos quais tanto gostava. Quando tinha apenas 17 anos, faleceu uma
prima que ele muito amava e considerava como noiva. O episódio deixou-o obcecado com a temática da
morte, que tanto atravessa seus versos. Há um perene desencanto com o mundo que se traduz em
lamento mórbido, e que coexiste com uma temática religiosa, litúrgica."

Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos (1884-1914)

Difícil de encaixar-se em qualquer movimento literário, estando ao mesmo tempo fora e acima disso,
Augusto dos Anjos retoma de Cruz e Sousa a dificuldade de adaptar-se ao cotidiano e a estrutura de alguns
versos. No entanto a novidade trazida pelo poeta, entendido por Otto Maria Carpeaux como o mais original
de todos os poetas brasileiros, era a mistura de uma terminologia científica com uma obra permeada por
profunda tristeza e amargura.
Perturbado por uma enorme angústia metafísica, Augusto dos Anjos aproxima-se dos simbolistas pela ânsia
da unidade, da superação de todos os contrastes matéria-espírito. Escreveu um único livro, intitulado Eu
(1912), e morreu prematuramente, aos 30 anos, vítima de tuberculose."

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