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[Literatura Portuguesa I – Das Origens ao Romantismo]

[JARDIM DA EUROPA Á BEIRA-MAR PLANTADO]

“Falar de Portugal, querer estudar a sua história, é falar da Terra e do Mar”

_Juntem-se a isso as varias influências étnicas e culturais(de árabes e inglesas) que marcaram seu
nascimento e toda a sua história e o fato de ser Língua Portuguesa seus meio de expressão e termos
uma “literatura com características próprias e permanentes.

_As obras literárias portuguesas registram por um lado, o apego à terra “matriz de todas as
inquietudes e confidente de todas as dores, por outro a propensão à fuga, que se dá para o mar, fonte
de riquezas – de qualquer forma, ele é sinônimo de emoção e aventura sugerindo horizontes
inimagináveis (...)”

(Os temas predominantes, giram em torno dessa ambivalência: a dúvida metafísica, a condição
humana, o ser e o não ser, por um lado, e a saudade, os temas populares e folclores por outro.
Mesmo quando se instalam novas “modas”, esses temas sobrevivem.
“Entende-se, que a poesia seja o gênero predominante na Literatura Portuguesa: o lirismo de raiz e
sua superação.”

[HISTÓRIA DA LITERATURA: PERIODIZAÇÃO]

_Ao estudarmos a Literatura de qualquer país, deparamo-nos sempre com um panorama geral que
tenta dar uma visão diacrônica de sua produção literária. Isso significa que, ao longo do tempo, as
formas literárias não só se avolumaram, mas também sofreram várias modificações alterando suas
relações umas com as outras, evoluindo, e algumas até desaparecendo.

_Tais mudanças, por sua vez, não acontecem de uma hora para outra e só depois de um tempo é que
se percebe como, quando e porque novas ideias e concepções passaram a vigorar com mais
intensidade. Assim, o agrupamento de obras e autores em eras, períodos, movimentos e escolas é
feito, em geral, a posteriori, isto é, depois que já passou algum tempo e que já ha uma produção
literária capaz de evidenciar uma ideia que o homem tem de si mesmo, do seu destino, de Deus e do
modo de representar, simbolicamente, essa visão do mundo.

_Portanto, a periodização de uma literatura baseia-se características predominantes de um


determinado momento da vida de um povo.
_Quanto a literatura propriamente dita, o estilo de época diz respeito aos recursos linguísticos
empregados por um com números de autores num determinado lapso de tempo.

[OS MOVIMENTOS LITERÁRIOS]

_ Cada movimento que surge na literatura é uma atitude singular, diferente, perante a vida, uma
nova visão de mundo que se instala sem, entretanto deixar completamente de lados os avanços que
o homem foi conseguindo ao longo de sua história.
_É assim que as obras literárias transformam-se ao longo da língua temporal, mostrando diferentes
posturas diante da realidade, posturas essas comandadas pela razão, ora pela emoção.

RAZÃO E EMOÇÃO – duas atitudes antagônicas, diante da complexidade dos fenômenos com que
o homem de depara.

_Podemos dizer, portanto que no.


TROVADORISMO, BARROCO, ROMANTISMO E SIMBOLISMO – Há o predomínio da
emoção, do subjetivismo.
CLASSICISMO, ARCADISMO E REALISMO – Predomina a razão, a objetividade.

*Refletindo uma visão do homem submetido à fé, a ideia de Deus como centro de todas as coisas
(teocentrismo) o TROVADORISMO produz obras literárias em que a emoção é o meio de acesso é
de expressão da realidade.
*HUMANISMO, aparece como um movimento de transição entre os valores medievais e o mundo
renascentista que começa a despontar. O homem passa a acreditar em suas próprias possibilidades
perante o mundo, e coloca-se como agente da história.
*Tal valorização do humano vai se impor no movimento subsequente, o CLASSICISMO,
manifestação literária do renascimento, concretizando, na obra de arte, as filosofias, as visões do
mundo. Vem daí a valorização da razão, a busca de valores universais e absolutos e a inspiração na
cultura greco-latina, tida como um modelo a ser seguido.
*BARROCO, aparece como uma tentativa de fundir as duas linhas que haviam sido seguidas até
então: a medieval, teocêntrica, baseada na emoção e a clássica, antropocêntrica, baseada na razão.
Essas das se chocam, gerando um homem conflituoso dividido entre os apelos do corpo e da alma,
da razão e da emoção. Por isso apresenta tantos contrastes: claro/ escuro, feio/belo, luz/sombra.
*Em contraposição, os excessos barrocos, surge o ARCADISMO quando mais uma vez se busca a
razão. Procura-se a simplicidade em todos os aspectos tanto na vida, como na arte.
*Numa reação, até violenta contra o racionalismo, a ordem, as normas, surge o ROMANTISMO,
batendo-se pela total liberdade criadora. Mais que qualquer outro movimento, o Romantismo
ultrapassa o âmbito literário: é uma verdadeira revolução, cultural, envolvendo uma metamorfose e
nos padrões estéticos, filosóficos, morais, etc.
*E novamente, tentando conter “abusos” surge a razão, mas agora ligada fortemente a novas
descobertas de ordem científica e filosófica. É o REALISMO que, preconizando um enfoque o
objetivo do mundo, substitui o egocentrismo romântico pelo universalismo o culto do “eu” pelo do
“não eu”.
*SIMBOLISMO, resultando a emoção e o subjetivismo mas juntado a eles dados novos,
mergulham no seu mundo interior.
*MODERNISMO, é um momento em que “as consequências se elevam para planos de universal
indagação para a verificação de uma angústia geral, fruto da crise que engolfa a Europa e o Mundo.
É o inicio de um processo que chega até nossos dias.

[QUADRO SINTÉTICO DA PERIODIZAÇÃO DA LITERATURA PORTUGUESA]

Idade Média

_Trovadorismo 1189 – 1198


Cantiga da Ribeirinha de Paio Soares de Taveiros.
_Humanismo 1434
Fernão Lopez é nomeado cronista da Tone do Tombo.

Idade Moderna

_Classicismo – 1527
Sá de Miranda volta da Itália
_Barroco – 1580
Morte de Camões e início do domínio espanhol
_Arcadismo – 1756
Inauguração da Arcadia Lusitânia.
Idade Contemporânea.
_Romantismo – 1825
Publicação do poema narrativo Camões de Almeida Ganet.
_Realismo – 1865
Questão Coimbra
_Simbolismo – 1890
Publicação de Oaristos, de Eugênio de Castro.
_Modernismo – 1915
Publicação da Revista Orpheu.

[DOIS CASAMENTOS E UMA CANTIGA]

Por circunstâncias histórico – culturais, a Literatura Portuguesa nasceu quase simultaneamente a


nação portuguesa.
_No final do século XI, a península Ibérica era dividida em quatro reinos – Leão, Castelo. Aragão e
Navarra – todo na região norte, refúgio dos cristãos durante as invasões de povos árabes.

[UMA CANTIGA, DUAS INTERPRETAÇÕES]

*Cantiga da Ribeirinha.
_A simples referência a essas interpretações conduz-nos as duas espécies principais da poesia
trovadoresca: a cantiga lírico – amorosa (Cantigas de amor e de amigo) e a cantiga satírica( de
escárnio e de maldizer).

[CANCIONEIROS, TROVADORES, NEMESTREIS]

Pelo texto dos cancioneiros – como são conhecidos as coletâneas de poemas, ou melhor de cantigas
medievais. Assim esses registros constituem, até hoje, o corpus, a partir do qual se estudam as
produções da época não só do ponto de vista literário mas cultural e linguístico.

_Formado por 88 folhas de pergaminho, o Cancioneiro da Ajuda, é o mais antigo deles.

_O Cancioneiro da Biblioteca Nacional é também conhecido como Colloci – Brancuti: o primeiro,


um colecionador italiano do século XVI, o segundo seu último possuidor. Com 1647 cantigas, traz
composições de trovadores que produziram ao longo dos reinados de Afonso II e de D. Denis.

_O Cancioneiro da Vaticana é o composto por 1205 cantigas líricas e satíricas e tem esse nome por
ter sido descoberto na biblioteca do vaticano, em Roma.

_As Cantigas de Santa Maria, várias delas de autoria do rei Afonso X, em cuja corte foram
colégidas.

Trovadorismo – um instrumento de corda como o abaúde, o trovador fazia-se acompanhar por


outros artistas, como jograis ou menestréis.

TROVADOR – era o artista completa: compunha, cantava e podia instrumentar as cantigas.


JOGRAL – o saltimbanco, o ator mímico, o musico ou “até mesmo aquele que podia instrumentar
as cantigas, sendo renumerado”.
SEGREL – era um trovador profissional que perambula de até em corte interpretando suas cantigas,
diferentes do MENESTREL – agregado a uma corte.

RESUMO – UNIDADE I
_pudemos refletir sobre a necessidade da periodização e da organização histórica dos movimentos
literários e suas limitações.
_passamos pela essência do povo português, sua formação, sua história e sua visão de mundo, e
ainda forças que movem esse povo e sua literatura.
_Finalmente, procurarmos entender os movimentos literários e sua divisão para facilitar,
historicamente nosso desenvolvimento.

[A TERMINOLOGIA POÉTICA]

Assim como “cantiga” significa no Trovadorismo “poema”, há várias outras palavras e expressões
que compõem o que pode ser chamado de “terminologia poética” dessa época. Algumas são:

Palavra – verso, cada uma das linhas


Cobra, cobla ou talha – estrofe, cada conjunto de verso
Palavra – perduda – versos sem rima na estrofe
Cobras singulares – cobras com rimas próprias
Cobras uníssonas – Cobras com rimas comuns entre si
Refrão – Palavra ou conjunto de palavras que se repete ao final de cada cobra.
Atafinda – encadeamento, final de um verso liga-se diretamente ao seguinte
Funda – cobra de estrutura própria ligadas as outras pela rima.
Dobre – repetição de um termo em dois ou mais lugares da mesma cobra
Mordobre – repetetição de um termo por meio de suas derivações
Leixa – pren – repetição do último verso de uma estrofe
Paralelismo – repetição das mesmas expressões ou de sinônimos nas rimas
Cantiga paralelística – Cantiga em que se utiliza o recurso do paralelismo.
Tenção - cantiga dialogada
Cantiga de Maestria – cantiga sem refrão
Cantiga de refrão – cantiga com refrão.

EXEMPLO – CANTIGA DA RIBEIRINHA

No mundo non me sei parilha (A)


Mentre me for como me vai (B)
Ca já moiro pa vos -e aí (B)
meia senhor branca e vermelha (A) ATAFUNDA
queredes que voz retraia (C)
quando vos eu vi em saia (C )
Mao dia me levantei (D)
que os enton nos vi fea (E)

E mia senhor, des aquel, di, ai (B)


me foi a mi mui mal (palavra perduda)
e vos, filha de dom paai (B)
Moniz, e bem vos semelha (A)
d'auver eu por vos guavaia (C )
pois eu mia sinha, d alfaia (C )
nunca de vos ouve nem ei (D)
valia d'ria correia (E)

[ORIGENS {REMOTA E PRÓXIMA} DA LÍRICA TROVADORESCO]

Tese Arábica – defendida, pelo francês Fauriel, pelo alemão Adolfo F. D Slack, essa tese baseia-se
na identidade de alguns temas e de determinado esquema de metrificação e justifica-se não só pela
superioridade da cultura árabe, mas também pela facilidade da sua comunicação.

Tese Folclórica – baseia-se na ideia do “povo criada” e foi fórmula do por Vico, defende a origem
popular das cantigas trovadorescas.

Tese Médio Latinista – parte do pressuposto de que, se muitas das características do lirismo
trovadoresco são acentuamente literárias sua origem deve ser procurada na literatura latina
medieval.

Tese litúrgica – vê a origem das cantigas nas formas da poesia culta da Igreja cristão, estabelecendo
uma ligação entre estas e as produções populares.

_Por esses e outros aspectos, fica evidente a decisiva importância da França nas cantigas trovadores.

[ENFIM, AS CANTIGAS...PRIMEIRO, AS DE AMOR]

_Esta cantiga, magistralmente, construída, deixa evidente a complexidade do tratamento dado ao


tema predominantemente nas cantigas de amor e dos recursos utilizados por trás da aparente
simplicidade, para o expressar.

[CANTIGA DA RIBEIRINHA]
*Nas cantigas de amor, o homem registra seu sofrimento por amor a uma mulher inacessível, que
pela posição superior que ela alção, dedicando a ela um amor que não é – ou não pode ser –
correspondido.

[E AGORA, AS CANTIGAS DE AMIGO]


Embora compostas por um trovador o eu que se expressa na cantiga de amigo é feminino: quem faz
a confissão amorosa é a mulher, geralmente do pão (pastora, camponesa) cujos sofrimentos e
saudades do amigo são contados à mãe, as amigas, aos pássaros, as flores, ao mar.

[MAS HÁ, TAMBÉM, ESCÁRNIO E MALDIZER]


*Não só de amor foram feitas as cantigas trovadorescas. As cantigas satíricas refletem as opiniões e
sentimentos do trovador sore vários temas: religião, moral, política.
_Segundo Mossaud Moisés, as cantigas de escárnio e de maldizer expressaram “o modo de sentir e
de viver próprio de ambientes dissolutos e acabaram por ser canções da vida boêmia.

[NEM TUDO É POESIA, A PROSA MEDIEVAL]

Em resumo, A Demanda do Santo Graal é uma novela em que o espírito guerreiro, a religiosidade, a
busca da perfeição para o encontro com Deus apontam para uma visão teocêntrica do mundo,
característica da primeira época medieval.
_Essa novela constitui a mais importante obra de ficção do primeiro período literário português,
cujos valores são postos em ação por meio das aventuras vividas por suas personagens.
*Nessa obra de transição o cavaleiro humaniza-se, vive conflitos, adenda-se psicologicamente –
personifica o homem medieval a conviver com os valores renascentistas que se vão impondo cada
vez mais.

[A HUMANIZAÇÃO DO HOMEM]

São, novidades que vão criando, aos poucos uma atmosfera totalmente diferente do período anterior.
Se, no primeiro período medieval, o teocentrismo condicionava o pensamento e, consequentem
entre sua expressão, inclusive literário.

E em Portugal, Fernão Lopes foi aquele que, em sua função de “historiador”, melhor incorporou
essa nova visão, a qual vai desaguar no Renascimento.

[FERNÃO LOPES, O PAI DA HISTÓRIA]

Fernão Lopes era extremamente consciosioso: não se limitava a trabalhar exclusivamente do relato
oral, mas pesquisava a fim de basear-se em documentos escritos que lhe subdisiassem.
_É para nós muito importante, também o trabalho de linguagem, os recursos de que Fernão Lopes
lança mão para apresentar os fatos

[O TEATRO DE GIL VICENTE]

_Típico homem de seu tempo, Gil Vicente fixou em suas peças o momento de transição entre duas
formas de cultura: a do mundo medieval agonizante e a do mundo renascentista que ele intervia. É
em consequência dessa dualidade que seu teatro ganha contornos líricos ou cômicos.
_No teatro de costumes e nas alegorias religiosas, contudo, encontra-se o Gil Vicente
compromissado com a atmosfera renascentista, fazendo de suas peças armas de combate aos vícios
e defeitos do povo. Nas sátiras sociais, prática o lema “ridendo castigat mores” (rindo, corrige os
costumes)

[A POESIA PALACIANA]

_O poema acima transcrito representa mito bem a continuação, no século XV, do lirismo amoroso
do trovadorismo, embora haja nele um refinamento no modo como o tema amoroso é tratado: o
sofrimento do eu – lirico por se afastar da mulher amada parece ser um sentimento mais sincero que
o do trovador que queria vê-la, pois os seus “olhos” já viram a mulher e no momento da enunciação,
vão se afastar dela.

*Outra novidade é que, agora, a sonoridade dos vocábulos utilizados é mais explorada.
*Alguns poetas (não mais trovadores) conseguiram encontrar o melhor “arranjo” para a expressão
de seus conteúdos, enquanto outros falharam. Mas realmente tentaram, a ponto de terem
desenvolvido novas técnicas e estruturas poéticas como.
_A esparsa – Poema composto de uma única estrofe de 8 a 16 versos.
_A trova – Poema com duas ou mais estrofes de quatro versos.
_O vilancete – Formado de um mote (onde esta o tema) seguindo de voltas ou glosas (Estrofes de
retomada e desenvolvimento do tema do mote), é também conhecido como mote glosado.
_A cantiga – composta de um mote de 4 ou 5 versos, seguido de uma glosa de 8 a 10 versos (como
a cantiga sua partindo-se).

O verso redondilho (maior – quando de 7 sílabas poéticas – e menor – quando de 5 sílabas poéticas)
foi amplamente empregado nesse período – são as famosas redondilhas – a partir do qual difundiu-
se até hoje é bastante empregado pelos poetas líricos de Língua Portuguesa.

Além de tratarem do amor, os poetas do Cancioneiro Geral dedicaram-se a outros temas, como a
natureza, num enfoque parecido com o que será dado no romantismo: buscam nela consolo, refúgio
para o padecimento.

[A LITERATURA DO RENASCIMENTO]

*O eu – lirico, agora, não é mais individual, mas coletivo, um eu em que estão todos os “eu” do
mundo, para o qual ele se volta a fim de conhecer seu equilíbrio, sua harmonia e assim poder
participar deles. E ele utiliza sua razão para isso e sua inteligência.
_Além do revigoramento do verso decássilabo (verso de 10 sílabas) algumas das outras novidades
foram:

*O terceto – estrofe de três versos


*O soneta – poema de 14 versos distribuídos em dois quartetos e dois tercetos.
* A canção – composição de caráter amoroso, de estrofes longas, em versos decassilabos
entremeados com os de seis sílabas.
*A égloga ou écloga – composição, em geral dialogada, que trata sobre campestres.
*A elegia – poema de caráter triste, lamentoso.
*A ode – composição de tom solene, grave, próximo do drama e da poesia épica.
*A sextina – composição de seis estrofes de seis versos, cujas rimas tem uma distribuição
padronizada
*A epístola – composição em que o autor expõe suas ideias e opiniões em estilo calmo e famílias.
*A oitava – Poema de oito versos decassilabos disposto num esquema fixo de rima ABABABCC

*A essas novidades formais, convencionou-se chamar medida nova, em oposição ao que venha
sendo usado anteriormente, ficaram conhecidos como medida velha.
_O grande poeta português da época é, sem dúvida Camões.

[CAMÕES LIRICO A MULHER]

Quando estudamos a poesia palaciana, vimos que no segundo período medieval foi cultivado um
tipo de poema composto por um mote (onde esta o seu tema) que, em seguida é glosado (isto, é
desenvolvido): o vilancete.
*Hermani Cidade diz que este soneto foi feito “por modelo do italiano”. Petrarca, mas que o de
Camões tem pinceladas de toques mais leves e espiritualizante.

[CAMÕES LIRICO: O AMOR]

_Assim como a beleza feminina, o amor era visto pelo poeta como um caminho para chegar ao
bem, ao bebo, a virtude. Percebemos, assim, que o lirismo amoroso de Camões caminha do sensível
em direção ao absoluto, já que amar não seria desejo por determinada mulher, mas o desejo do
sentimento em si.

[CAMÕES LIRICO – O DESCONCERTO DO MUNDO]

As redondilhas (poema) acima tratam de um dos temas que mais perturbou Camões: o desconcerto
do mundo. Esse tema deve ser entendido como uma vertente de suas reflexões sobre a condição
humana em que se incluem, na verdade, o Amor e a Mulher, que, por questões didáticas e de
“tradição”, costumam ser tratados separadamente.
_Nessa poesia de reflexão, revelam-se a relatividade humana é o sofrimento causado por essa
descoberta: a dor de pensar sentido pelo poeta é a de todos aqueles que descobrem.

[CAMÕES ÉPICOS – OS LUSÍADAS]

As três primeiras estrofes de Os Lusíadas “Poema de Raça”, Bíblia da Nacionalidade constituem a


primeira parte de sua intro, que esta assim organizada.
_Proposição – na qual o poeta apresenta seu objeto : cantar “o peito ilustre lusitano na figura das”
armas e os barões assinalados
_Invocação – corresponde às estrofes 4 e 5, nas quais o poeta invoca as musas do rio Tejo (Tagides)
para que as inspirem.
_Oferecimento – da obra a D. Sebastião, rei de Portugal à época da publicação do poema
_Epopeia – é uma narrativa de fundo histórico em que se registram poeticamente fatos heróicos do
passa do longiquo.

[OS LUSÍADAS: CAMÕES ÉPICO – LIRICO]

_Para que se alcance o entendimento completo do poema camoniano, é preciso que se some as
necessárias “acomodações” por que passou o material épico do poema (e que foram anteriormente
mencionadas) a “substância lirica”.

*Inserido exatamente no meio da epopeia “a lhe servir de eixo ou a insinuar que o cabo da boa
esperança marcava a metade da viagem e o seu ponto crucial”.

[OUTROS POETAS]

Dentre os poetas clássicos, destaca-se Sá de Miranda, introdutor do classicismo em Portugal. Seus


poemas na medida velha (como a Trova abaixo transcrita uma das suas produções mais conhecida)
estão no cacioneiro geral de Garcia de Rezende.

*A trova apresenta um tema que vai permanecer ao longo da literatura e que sera retomado mais
tarde pelos poetas do Modernismo: o eu dividido.
* Outro poeta, Cristovão Falcão é o pressumivel autor da écloga Crisfal.

*O conjunto dos poemas (conetas éclogas, odes) de Antônio Ferreira foram públicas dos seus filhos
sobre os títulos de Poemas Lusitanas.

[OS PROSADORES]

_Além dos poetas, despontam nessa época alguns historiadores preocupados em estudar aquilo que
os poetas haviam registrados.
*Dentre eles desponta João de Barros, que planejou uma história de Portugal dividida em três partes
é conquistar, navegação e comércio, das quais só compôs uma parte da primeira.
*Ainda dentro do espírito renascentista e da ufania pelos descobrimentos a literatura de viagens e
anovela de cavalaria foram uma tendência da época.
*Na prosa literária são necessários, aqui, alguns registros. O primeiro é o de Gonçalo Fernandes
Trancoso, autor de narrativas breves de fundo moralizantes.

O segundo diz respeito as novelas, que, neste momento, nacionalizaram-se, pois passaram a ser
produzidas por escritores portugueses, com temáticas também portuguesas.

[O TEATRO CLÁSSICO]

Opondo-se “conscientemente” ao de Gil Vicente, o teatro clássico não conseguiu o vigor nem o
brilho alcançado por aquele.
São comédias, a produção de camões que, em pleno século XVI escolheu a palavra auto para
designar as suas peças.
O já poeta Antônio Ferreira escreveu as comédias Bistro, que trata da rivalidade amorosa entre dois
amigos e Cioso. Mas sua obra principal é a Tragédia de Inês Castro, conhecida como A Castro cujo
tema, tal qual o famoso episódio lírico de Os Lusíadas.

_Apesar disto, A Castro é considerada, até hoje, uma das mais importantes obras da dramaturgia
portuguesa.

[BARROCO: LINHAS GERAIS]

Dois acontecimentos, amos em 1580, são responsáveis pelas mudanças ocorridas em Portugal, em
várias áreas é a morte de Camões e a anexação de Portugal à Espanha marcam definitivamente o
fim de um período de conquistas do povo português. Termina a Renascença e inicia-se o Barroco,
que se estende até meados do século XVII.

[BARROCO]

1) Uma das hipóteses para a etimologia do vocábulo barroco é a de que ele designava-se uma pérola
de formato irregular.
2) As raízes da estética barroca devem ser buscadas na crise espiritual e moral desencadeada, ainda
no Renascentista.
3) É de “linhas cruzadas” que surgem as duas tendências da literatura barroca: o Cultismo e o
Conceptismo.

[CULTISMO – parte do pressuposto de que o conhecimento se faz pelo acesso ao como do objeto a
ser conhecido, isto é a representação do objeto deve ser feita por meio da descrição]

[CONCEPTISMO – tem por pressuposto que o conhecimento se faz pelo ser do objeto, pelo acesso
à sua essência, o que não é possível só por meio dos pentidos, mas principalmente da inteligência e
da razão]

*Embora algumas de suas características tenham despontado ao longo do Renascimento, o Barroco


português não firmou um “todo” como aconteceu no Classicismo.
*O barroco tem sido tachado de “a arte da Contra-Reforma” por esta rer absorvido a estética desse
movimento como uma estratégia para a ação doutrinária e pedagógica da Igreja.

[A POESIA BARROCA]

_O poema de Jeronimo Braia é um ótimo exemplo da poesia gongórica ou cultista. Observe que se
trata de um retrato de mulher (crueldade formosa) típico dessa tendência, tanto nas partes do corpo
feminino descritas.
Neste, também o uso que o poeta faz das cores, a comparação da mulher.

[A PROSA BARROCA: NA VERDADE ANTÔNIO VIEIRA]

_Padre Antônio Vieira é o mais ilustre representante do Barroco e dos mais importantes da
Literatura Portuguesa. Nascido em Portugal, com seis anos de idade veio para o Brasil, onde
estudou em um colégio jesuítico baiano, e mais tarde entrou para a Companhia de Jesus, ordenado
sem em 1634.

_Embora incompreendido pela Igreja católica, Vieira foi um militante de ideologia da Contra –
Reforma.

_Sua prosa é conceptista “Se gostar de afetação e pompas de palavras e do estilo que chamam culto,
não leias” adverte Vieira no prólogo que abre seus Sermões.

[ARCADISMO: LINHAS GERAIS]


_De tudo isso, podemos deduzir facilmente que estamos diante de uma arte totalmente conduzida
pela razão: idealização, normas, imitação, equilíbrio. Alguns estudiosos consideram que os poetas
árcades pareciam.
*Viver como que em um exílio voluntário numa “torre de marfim”
Tanto é assim que todas essas características dizem respeito somente à poesia, pois a prosa se
desenvolve “fora dos quadros doutrinários rigorosamente arcádios”

_Para os árcades, o bucolismo e a vida campestre opõem-se a artificialidade da vida citadina.

[AS ARCÁDIAS E OS DISSIDENTES]

O clima de renovação surgiu também em Portugal, no começo do século XVIII, passava pelo
período final de sua reestruturação econômica, política e cultural.
Durante o reinado de João V de Portugal (1707 – 1750) percebe-se, no país, uma certa abertura
intelectual e política, como por exemplo a licença concedida à Congregação Oratório para ministrar
ensino, até então privilégio da Companhia de Jesus.

_Em 1746, Luís António Verney, inspirado nas ideias dos racionalistas franceses, publica as cartas
que compõem o seu “Verdadeiro Método de Estudar”, obra em que critica o ensino tradicional e
propõe reformar que visam colocar a cultura portuguesa a par com a do resto da Europa.

*Caberá, entretanto, ao marquês de Pombal, ministro de José I de Portugal (1750 – 1777),


concretizar essas aspirações. Agindo com plena autonomia de poderes, o despotismo esclarecido de
Pombal operou verdadeira transformação nos rumos da cultura portuguesa:
_expulsou os jesuítas em 1759, o que enfraqueceu bastante influência religiosa no campo cultural
_incentivou os estudos científicos
_reformou o ensino e,
_apesar de manter um sistema de censura, afrouxou muito a repressão que era exercida pelo Santo
Ofício (a Inquisição).

Em Portugal, o arcadismo iniciou-se oficialmente em 1756, com a fundação da “Arcádia Lusitana”,


entidade em que se reuniam intelectuais e artistas para discutirem Arte.

[ARCÁDIA LUSITANA]

A “Arcádia Lusitana” tinha por lema a frase latina “Inutilia truncat” (“acabe-se com inutilidades”),
escrito por António Dinis da Cruz e Silva no capítulo II do Estatuto da Arcádia que vai caracterizar
todo o movimento no país. Visavam com isto erradicar os exageros, o rebuscamento, e a
extravagância preconizados pelo Barroco, retornando a uma literatura simples. No capítulo II é
definido a divisa do lírio, alusivo a Virgem Nossa Senhora, tomada como protetora da instituição
com o título de Conceição. Nesse primeiro momento, não havia o preceito contra a religião, o que
mudaria na última década do século XVIII com a Nova Arcádia (1790 – 1794), com a participação
de Bocage e Nicolau Tolentino, dentre outros.

Os seus membros propunham-se combater os excessos do espírito barroco e orientar a produção


poética para uma estética neoclássica, com fundo na razão e no culto do natural. Tinham ainda
como características literárias.

*Linguagem simples
*Elogio dos prazeres físicos, sensualismo
*Inspiração nos autores renascentistas e clássicos gregos e latinos
*Adotam pseudônimos
*Recorrem a figuras ornamentais como ninfas, cupidos, Vênus, Zéfiro
*Assumem-se como pastores e transferem os seus sentimentos amorosos para gentis pastoras
*Ambiente rústico como refúgio para a alma e modo de fuga das agitações da cidade.

[PRINCIPAIS AUTORES]

*Manuel Maria Barbosa du Bocage


*António Dinis da Cruz e Silva
*Correia Garção
*Marquesa de Alorna
*Francisco José Freiro, ou Cândido Lusitano

[ROMANTISMO]

Contexto histórico
_Em Portugal o Romantismo durou cerca de 40 anos 1835 a 1865
_A invasão de Napoleão em 1807 fez com que a corte portuguesa fugisse para o Brasil
_Guerra Civil Portuguesa – Absolutistas versus Liberais.
_D. Pedro IV foi defensor de uma constituição liberal e seu irmão D. Miguel defendia idéias
absolutistas. Por isso D. Pedro reuniu um exército para enfrentar seu irmão.
_Independência do Brasil
_D. Pedro IV declara a independência do Brasil e se proclama imperado como D. Pedro I
_D. Pedro cede o trono português ao irmão.

[CARACTERÍSTICAS – ROMANTISMO]

Subjetivismo: o autor trata os assuntos de uma forma pessoal, de acordo com o que sente,
aproximando-se da fantasia.
•Sentimentalismo: exaltam-se os sentidos, e tudo o que é provocado pelo impulso é permitido.
•Culto ao fantástico: a presença do mistério, do sobrenatural, representando o sonho, a imaginação;
frutos da pura fantasia, que não carecem de fundamentação lógica, do uso da razão.
•Idealização: motivado pela fantasia e pela imaginação, o artista romântico passa a idealizar tudo;
as coisas não são vistas como realmente são, mas como deveriam ser segundo uma ótica pessoal.
•Egocentrismo: cultua-se o "eu" interior, atitude narcisista, em que o individualismo prevalece;
microcosmos (mundo interior) X macrocosmos (mundo exterior).
•Escapismo psicológico: espécie de fuga. Já que o romântico não aceita a realidade, procura modos
de refugiar-se, por exemplo, no passado, no sonho ou na morte.
•Liberdade de criação: O escritor romântico recusa formas poéticas, usa o verso livre e branco,
libertando-se dos modelos greco-latinos, tão valorizados pelos clássicos, e aproximando-se da
linguagem coloquial.
•Medievalismo: há um grande interesse dos românticos pelas origens de seu país, de seu povo. Na
Europa, retornam à idade média e cultuam seus valores, por ser uma época obscura.
•Condoreirismo: corrente de poesia político-social os autores defendem a justiça social e a
liberdade.
•Nativismo: fascinação pela natureza. Muitas vezes, o nacionalismo romântico é exaltado através da
natureza, da força da paisagem.
•Luta entre o liberalismo e o absolutismo: poder do povo X poder da monarquia. Até na escolha do
herói, o romântico dificilmente optava por um nobre. Geralmente, adotava heróis grandiosos,
muitas vezes personagens históricos, que foram de algum modo infelizes: vida trágica, amantes
recusados, patriotas exilados.
•Byronismo: atitude amplamente cultivada entre os poetas da segunda geração romântica e
relacionada ao poeta inglês Lord Byron. Caracteriza-se por mostrar um estilo de vida e uma forma
particular de ver o mundo; um estilo de vida boêmia, noturna, voltada para o vício e os prazeres da
bebida, do fumo e do sexo. Sua forma de ver o mundo é egocêntrica, pessimista, angustiada e, por
vezes, satânica.
•Religiosidade: como uma reação ao racionalismo materialista dos clássicos, a vida espiritual e a
crença em Deus são enfocadas como pontos de apoio ou válvulas de escape diante das frustrações
do mundo real.
•Nacionalismo (também denominado patriotismo): é a exaltação da Pátria, de forma exagerada, em
que somente as qualidades são enaltecidas.
•Pessimismo: também conhecido como o "mal-do-século". O artista vê-se diante da impossibilidade
de realizar o sonho do "eu" e, desse modo, cai em profunda tristeza, angústia, solidão, inquietação,
desespero, frustração, levando-o, muitas vezes, ao suicídio, solução definitiva para o mal-do-século.
•Fusão do grotesco e do sublime: o romantismo procura captar o homem em sua plenitude,
enfocando também o lado feio e obscuro de cada ser humano.

[PRIMEIRA GERAÇÃO]
_Entre os anos de 1835 e 1840
_Bastante ligado ao Classicismo, contribui a consolidação do liberalismo em Portugal
_Os ideais românticos dessa geração estão embasados na pureza e ORIGINALIDADE,
SUBJETIVISMO, IDEALIZAÇÃO DA MULHER, DO AMOR E NA NATUREZA,
NACIONALISMO, HISTORICISMO E MEDIEVALISMO.

*Principais Autores

ALEXANDRE HERCULANO
*nasceu em 1810 e faleceu em 1877. Ficou conhecido por suas narrativas históricas. Lutou contra
democratas (nome que se dava na altura aos defensores da “democracia de massas”) e tornou-se
defensor das ideias liberais conservadoras.
_Tendências – Medievalismo, Ficção e Nacionalismo.

Obras
[Historiografia] – História de Portugal, História da Origem e Estabelecimento da Inquisição em
Portugal.
[Polêmicas] – Eu e o Clero, Opúsculos, Estudo sobre o Casamento Civil, A voz do Profeta e A
ciência arábica – acadêmica.
[Poesia] – A semana santa e A Voz.
[Poema] – A harpa do crente
[Prosa] – Eurico, o Prebíster, O Monge do Cister, Lendas e Narrativas e O Bobo.

ANTÕNIO FELICIANO DE CASTILHO


*nasceu em 1800. Faleceu em 1875. Perdeu a visão quase completamente aos 6 anos. Contou com o
apoio de seu irmão, Augusto Frederico de Castilho, que o incentivou a continuar a estudar. Com
muita força de vontade conseguiu se formar em Direito na Universidade de Coimbra. Além disso
era tradutor. A partir de 1842 passou a dirigir “Revista Universal Lisbonense”, o que lhe permitiu
exercer influência sobre o meio cultural português.

Obras
*Cartas de Eco a Narciso, A primavera, Amor e Melancolia ou a Novíssima Heloísa, A noite do
Castelo, Quadros Históricos de Portugal, Escavações Poéticas, Mil e Um Miste´rios, Crônica Certa
e Muito Verdadeira de Maria de Fonte, A felicidade de Versificação Portuguesa, Felicidade pela
Instrução, A Chave do Enigma e O Outono.
[SEGUNDA GERAÇÃO]
_Entre os anos de 1840 e 1860
_Também conhecido com Ultra – Romantismo
_Marcado pelo Exagero, Desequilíbrio, Sentimentalismo
_Maior emoção nas obras, dando valor ao: tédio, melancolia, desespero, pessimismo, fantasia
_Liberdade de Expressão

[PRINCIPAIS AUTORES]

Camilo Castelo Branco


_Nasceu em Lisboa, no ano de 1825. Suicidou-se em S. Miguel de Seide, em 1890.
*Tendências: situações ridículas e originais, novelas passionais, acontecimentos dramáticos e finais
trágicos.

OBRAS
Passionais – Amor de Perdição, Amor de Salvação, Carlota Ângela, O romance de um homem rico
e A Doida do Candal.
Satíricas – A queda de um anjo e coração, cabeça e estômago.
Realistas – Novela do Minho, Eusébio Macário, A Corja, A Brasileira de Prazins e Vulcões de
Lama.

Soares de Passos.
*nasceu em Porto em 1826. Faleceu em 1860. Estudou na Universidade de Coimbra onde fundou o
jornal “O Novo Trovador”. Nele muitos poetas da época publicaram algo. E em 1856, reuniu todas
essas poesias publicadas em um livro chamado “Poesias”. Mesmo tendo uma vida curta, é
considerado um dos poetas ultra – românticos portugueses mais importantes

*Tendências: Liberdade, exaltação cívica, confiante na vitória do homem, poesia delicada, reflexo
da dor.
OBRAS
Poesia – A firmamento e A Camões.

[TERCEIRA GERAÇÃO]
_Entre os anos de 1860 a 1870
_É considerado momento de transição, por já enunciar o Realismo
_Traz um romantismo mais equilibrado, renegado (corrigido, reconstituído).
_Autores Pré – Realistas
_Lirismo simples e sincero

PRINCIPAIS AUTORES

JÚLIO DINIS
*Nasceu em 1839. Faleceu em 1871. Visão detalhada do ambiente. Romances ambientados no
campo.

Tendências: Pré – realista


Obras
Romances – As pupilas do senhor reitor, Uma família inglesa, Sertões da Província, A morgadinha
dos Canaviais, Os fidalgos da Casa Mourisca e Inédito e Esparsos.
Poesia – Poesias
Teatro – Teatro Inédito.

João de Deus
*Nasceu em 1830. Faleceu em 1896. Retomou a tradição lírica portuguesa. Foi admirado pelos
realistas. Teófilo Braga foi quem reuniu seus poemas e os publicou sob o título “Campos de Flores”
(1893).
Tendências – Pré – realistas, Idealismo amoroso, a visão espiritualizada da mulher.

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