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Resumo teórico

Poesia lírica: o amor em três tempos


Provavelmente, o amor é o tema mais cantado pelos poetas de todos os tempos. Em língua portuguesa, o
tema lírico-amoroso foi documentado pela primeira vez na poesia em 1189 (ou 1198), na cantiga conhecida
como A Ribeirinha, de Paio Soares de Taveirós.

Durante o Trovadorismo, nos séculos XII, XIII e XIV, desenvolveu-se em Portugal uma poesia lírico-amorosa
que não era recitada, mas cantada. Daí a denominação cantiga, canção ou cantar para esse tipo de
produção, em geral bastante simples do ponto de vista da forma.

Os poemas passaram a se sofisticar e a ser interpretados sem acompanhamento musical apenas no século
XV, no contexto do chamado Humanismo. Mais tarde, no século XVI, durante o Renascimento
(Classicismo), o sentimento amoroso ganhará expressão escrita mais complexa e profunda, principalmente
com a poesia de Camões.

Trovadorismo: as cantigas medievais


O idioma empregado na composição das cantigas trovadorescas era o galego-português, bastante diferente
da língua que falamos hoje. As cantigas eram transmitidas oralmente, cantadas e acompanhadas por
instrumentos musicais. Escritas à mão em folhas soltas, elas foram sendo reunidas, ao longo dos anos, em
cancioneiros (coletâneas de canções), entre os quais se destacam: Cancioneiro da Ajuda, Cancioneiro da
Vaticana e Cancioneiro da Biblioteca Nacional.

As novelas de cavalaria

A prosa medieval é representada principalmente pelas novelas de cavalaria, narrativas surgidas das Canções de
Gesta em que homens valentes se lançam em grandes aventuras, em nome de ideais nobres e cristãos, que se
identificavam com os propósitos das Cruzadas. O cavaleiro medieval obedecia a rígidos padrões estabelecidos
pela Igreja — fidelidade, castidade e honra —, que constituíam uma espécie de estímulo da fé cristã. Essas
novelas, em geral de autores desconhecidos, Foram cultivadas inicialmente na França e Inglaterra, exaltavam os
ideais aristocráticos da cavalaria e seguiam as convenções do amor cortês.

Já no século XVII, a famosa obra Dom Quixote (1604), de Miguel de Cervantes, surgiu como paródia desse
gênero. Seu protagonista é um anti-herói que oscila entre o cômico e o dramático ao encarnar dilemas, sonhos e
desilusões que ainda hoje são comuns a todos nós. Trata-se de um verdadeiro marco cultural que há séculos se
renova em inúmeras releituras.

Humanismo
Durante o Humanismo, período de transição entre a Idade Média e a Idade Moderna, produziu-se em
Portugal a chamada poesia palaciana. Diferentemente da poesia trovadoresca, que era cantada ao som dos
instrumentos musicais, era composta para ser lida ou declamada, o que acontecia em saraus realizados nos
domínios do palácio (daí a denominação palaciana). A separação entre a palavra e a música exigiu
inovações, pois os poetas viram-se obrigados a elaborar mais os versos para alcançar a musicalidade.

O teatro no Humanismo: Gil Vicente


Ao longo da Idade Média, desenvolveu-se em grande parte da Europa um teatro diferente daquele que era
praticado na Antiguidade greco-latina. Usando o interior das igrejas como espaço cênico, representavam-se,
em datas como o Natal e a Páscoa, mistérios e milagres (como eram denominadas as peças). Com o tempo,
peças encenadas pelo povo e com caráter não religioso, profano, passaram a ser apresentadas em palcos
localizados em frente às igrejas, depois em mercados,
feiras, castelos etc.

Foi esse tipo de teatro popular que Gil Vicente (1465?-1536?) introduziu em Portugal durante o Humanismo.
Além dos autos religiosos ligados à tradição medieval, o autor escreveu farsas, por meio das quais compôs
um retrato satírico e crítico dos portugueses, com a intenção de moralizar uma sociedade que, para ele,
estava contaminada por vícios, injustiças e hipocrisias. Nessas peças e também nas de temática religiosa, Gil
Vicente não se afastava dos valores humanistas.

Gil Vicente seguiu as tradições religiosa e profana do teatro medieval na criação de seus personagens. Para
tratar de temas abstratos, ele usou alegorias. Gil Vicente trabalhou detalhadamente a caracterização de tipos
representativos de determinados setores da sociedade. Assim, pela linguagem, pelo comportamento e pelo
figurino, podemos identificar grupos que formavam a sociedade da época do autor. Em Auto da barca do
inferno, o Fidalgo é um desses tipos.

Crônicas históricas

À época do Trovadorismo, os cronistas históricos se restringiam a escrever livros de linhagens (chamados de


nobiliários), em que registravam os nomes dos fidalgos e as narrativas históricas sobre Portugal. No Humanismo,
Fernão Lopes, com olhar crítico e linguagem simples, produziu textos literários em que investigou e interpretou a
história portuguesa utilizando como fontes documentos escritos. Muitos especialistas o consideram o “pai da
História” em Portugal.

Classicismo: a lírica de Camões


Em 1500, quando os portugueses aportaram nas terras que viriam a se chamar Brasil, a Europa vivia o auge
do Renascimento, movimento intelectual e artístico que ocorreu no início da Idade Moderna. O homem do
Renascimento buscava recuperar os valores da Antiguidade clássica, que davam ênfase ao ser humano, por
isso privilegiou o pensamento racional e investigativo.

A literatura do período renascentista ficou conhecida como Classicismo e, em Portugal, Luís Vaz de Camões
(1525?-1580) foi seu maior representante. O poeta é mais conhecido por sua obra épica Os lusíadas, mas
seus poemas líricos (publicados postumamente) também são de enorme valor.

Assim como outros poetas portugueses do Classicismo, Camões conservou alguns traços de inspiração
medieval em parte de sua poesia lírica. No entanto, inovou a abordagem amorosa, fez uso de referências
clássicas e valeu-se de recursos formais advindos, sobretudo, da poesia italiana. Leia o poema a seguir.

Um mover de olhos, brando e piedoso,


Sem ver de quê; um riso brando e honesto,
Quase forçado; um doce e humilde gesto,
De qualquer alegria duvidoso;

Um despejo quieto e vergonhoso;


Um repouso gravíssimo e modesto;
Uma pura bondade, manifesto
Indício da alma, limpo e gracioso;

Um encolhido ousar; uma brandura;


Um medo sem ter culpa; um ar sereno;
Um longo e obediente sofrimento:

Esta foi a celeste fermosura


Da minha Circe, e o mágico veneno
Que pôde transformar meu pensamento.

CAMÕES, Luís de. In: SALGADO JÚNIOR, Antônio (org.). Luís de Camões: obra completa. Rio de Janeiro: Nova
Aguilar, 2008. (Fragmento).

Observe que o poema “Um mover de olhos, brando e piedoso” trata da Mulher, um ser não particularizado,
que representa todas e, ao mesmo tempo, nenhuma em especial. Em muitos textos de Camões, a Mulher é
um meio que proporciona ao eu lírico a experiência de um sentimento superior. Trata-se, portanto, de um
amor racional, impessoal; ou seja, trata-se do amor ao Amor (ao sentimento amoroso sublime).

Diversos autores do Classicismo foram influenciados pelas ideias de Platão (428-348? a.C.), considerado um dos
mais importantes filósofos gregos. Segundo ele, a verdadeira realidade estaria no “mundo incorpóreo das ideias”, e
a esfera em que vivemos (chamada de mundo sensível) constituiria apenas um conjunto imperfeito de cópias e
lembranças de um mundo inteligível (do Bom, do Belo e do Verdadeiro). Platão concebia o Amor (com maiúscula)
como um sentimento ideal, de espírito, que transcenderia o mundo sensível para eternizar-se no mundo inteligível.
As releituras das concepções platônicas fazem parte de uma tendência denominada neoplatonismo.

A epopeia portuguesa: Os lusíadas


O contexto do Renascimento foi também o das Grandes Navegações. Portugal, favorecido em parte por sua
posição geográfica, alargou os horizontes europeus ao se aventurar pelos mares, tornando-se importante em
seu continente. Para celebrar as conquistas, Camões, cujos poemas líricos você já conheceu, lançou-se um
desafio: escrever uma epopeia nos modelos homéricos. Todavia, o contexto era outro e o desenvolvimento
mercantil, a expansão cristã e o crescimento da classe burguesa não combinavam com uma narrativa calcada
na mitologia clássica.

O fato histórico era recente demais para tornar-se um mito (uma das características da epopeia clássica), e
os personagens reais a que se referia a história não despertavam tanta emoção quanto aqueles fictícios que
gravitavam em torno de Ulisses (da Odisseia) e de Eneias (da Eneida). Como, então, harmonizar esse
modelo com fatos históricos recentes, reis de verdade, valores cristãos e ideais patrióticos? Camões
respondeu a esse dilema com os 10 cantos e as 1.102 estrofes de Os lusíadas. Publicada em 1572, a obra
tem como tema, já sugerido em seu título, a história dos portugueses e traz como ação central a viagem de
Vasco da Gama às Índias, realizada entre 1497 e 1499. E, para resolver o desacerto com seus modelos
clássicos, Camões recorreu a um recurso já neles usado: a presença, em paralelo, de deuses pagãos cheios
de amor e ódio. Nessas entidades mitológicas residem a força e a vida da narrativa portuguesa.

Há, assim, dois planos narrativos em Os lusíadas: um plano histórico (real), centrado tanto na viagem de
Vasco, quanto nos fatos que fizeram de Portugal um país importante na Europa no século XVI, e um plano
mítico (maravilhoso, sobrenatural), em que estão presentes os deuses da mitologia greco-romana. Além
disso, há menções na obra ao universo cristão, uma vez que fazia parte da tarefa de Camões prestigiar a
expansão da fé católica promovida pelos portugueses. Logo, há a articulação de três ações principais: a
jornada de Vasco da Gama até seu destino no Oriente; a história de Portugal, seus reis, heróis e batalhas; e
um plano mitológico, em que acontecem lutas e intervenções dos deuses do Olimpo.

In medias res

In medias res (latim para "no meio das coisas") é uma técnica literária em que a narrativa começa no meio da
história, em vez de no início (ab ovo ou ab initio). As personagens, cenários e conflitos são frequentemente
introduzidos através de uma série de flashbacks ou através de personagens que discorrem entre si sobre
eventos passados. Obras clássicas tais como a Eneida de Virgílio, a Odisseia de Homero ou a obra
renascentista Os Lusíadas de Luís de Camões começam no meio da história quando a viagem já vai a
meio, “Já no largo oceano navegavam” (C. I, est. 19) , encontrando-se já os portugueses em pleno Oceano
Índico.

Um personagem marcante: o Velho do Restelo


Em Os lusíadas, muitas histórias importantes são narradas dentro de uma história maior. O trágico caso de
amor de Inês de Castro e D. Pedro (filho do rei D. Afonso IV); a lenda do Gigante Adamastor; e a mítica Ilha
dos Amores são alguns dos episódios mais conhecidos de Os lusíadas.

Um dos episódios de maior destaque é o Velho do Restelo. No dia 8 de julho de 1497, as naus S. Gabriel
(comandada por Vasco da Gama), S. Rafael e Bérrio (além de uma quarta, abastecida de alimentos) partiram
de uma praia chamada Restelo, em Portugal, rumo ao “Mar Tenebroso”, expressão cunhada pelo infante D.
Henrique para se referir ao oceano Atlântico, ainda inexplorado.
As estrofes 84 a 93 do canto IV narram a partida das naus. Na estrofe 94, inicia-se o episódio do Velho do
Restelo, personagem descrito como um velho de aparência respeitosa e de “voz pesada”. No trecho a seguir
(estrofes 95 a 97), o Velho do Restelo
dirige-se aos navegantes.

— Ó glória de mandar, ó vã cobiça


Desta vaidade a quem chamamos Fama!
Ó fraudulento gosto, que se atiça
Cuã aura popular, que honra se chama!
Que castigo tamanho e que justiça
Fazes no peito vão que muito te ama!
Que mortes, que perigos, que tormentas,
Que crueldades neles exprimentas!

Dura inquietação da alma e da vida,


Fonte de desamparos e adultérios,
Sagaz consumidora conhecida
De fazendas, de reinos e de impérios:
Chamam-te ilustre, chamam-te subida,
Sendo di[g]na de infames vitupérios;
Chamam-te Fama e Glória soberana,
Nomes com quem se o povo néscio engana.

A que novos desastres determinas


De levar estes Reinos e esta gente?
Que perigos, que mortes lhe destinas,
Deba[i]xo dalgum nome preminente?
Que promessas de reinos e de minas
De ouro, que lhe farás tão facilmente?
Que famas lhe prometerás? Que histórias?
Que triunfos? Que palmas? Que vitórias?

CAMÕES, Luís de. In: SALGADO JÚNIOR, Antônio (org.). Luís de Camões:
obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008. (Fragmento).

Como você viu, em meio a uma epopeia que valoriza a bravura dos portugueses que empreenderam as
Grandes Navegações, surge um personagem com um ponto de vista crítico. Para o Velho do Restelo, a
expansão marítima não estava ligada ao crescimento de sua pátria, mas aos desejos de ambição e glória
particulares — para os quais Camões novamente chama a atenção do leitor no epílogo (parte final) de Os
lusíadas.

Embora pertença ao povo, o Velho do Restelo tem um discurso que se alia ao de parte da nobreza fundiária
portuguesa, de princípios medievais, que defendia o crescimento por intermédio da agricultura, e não pelo
comércio mercantil burguês. A fala alegórica do Velho do Restelo critica os enormes gastos despendidos
pelos reis e a fragilidade de Portugal diante de perigos bem concretos, como os oferecidos pelos espanhóis e
pelos árabes. Apesar de esse grito de revolta, saído de um “experto peito” (peito experiente), ir somente da
estrofe 95 à 104, representa um dos pontos altos da narrativa camoniana.

A leitura que você fez das estrofes do canto IV permite experimentar um pouco da força de Os lusíadas. Com
sua epopeia, Camões pretendia não apenas estabelecer um diálogo direto com a tradição, caracterizada pela
imitação dos grandes feitos culturais greco-latinos, mas superar essas referências cantando em oitava-rima
as glórias de um povo que, segundo ele, possuía um “valor mais alto”, que necessitava ser espalhado “por
toda parte”.

Gigante Adamastor

Ao chegar ao extremo sul do continente africano, no Cabo das Tormentas (atual Cabo da Boa Esperança), as naus
deparam-se com uma estranha nuvem que, aos poucos, mostra-se um gigante. Este, quando confrontado por
Vasco da Gama, revela ter sido um titã e narra a história de seu amor pela ninfa Tétis. Depois de concluir seu
relato contando que Júpiter, como castigo, o transformara no Cabo das Tormentas, o Gigante começa a chorar e
suas lágrimas se transformam em uma grande tempestade que, aos poucos, vai se dissipando. Os navegantes,
então, vislumbram o enorme rochedo em que se transformou Adamastor e prosseguem viagem. O episódio
conhecido como Gigante Adamastor desenvolve-se no canto V, da estrofe 37 à 61.
Quinhentismo brasileiro
Os primeiros relatos escritos a respeito do Brasil do século XVI deixam transparecer a visão eurocêntrica, isto
é, um ponto de vista que considera os valores europeus como universais. Além disso, como, na época das
grandes expedições, as tribos brasileiras eram ágrafas, não há registros de uma segunda visão, o que
dificulta a superação do eurocentrismo. Embora sem grande valor artístico, esses relatos têm importância
histórica inegável, uma vez que forneceram dados sobre a formação do Brasil, inclusive sobre os interesses
econômicos ligados ao projeto do descobrimento. Além disso, serviram de fonte de inspiração para muitos
escritores brasileiros que, anos mais tarde, participariam do processo de construção de uma literatura
representativa da nossa identidade.

A carta de Caminha
O escrivão Pero Vaz de Caminha era o responsável por registrar aspectos do dia a dia dos navegantes da
esquadra liderada pelo capitão Pedro Álvares Cabral, que aportou, em 1500, nas terras que hoje fazem parte
do Brasil. A carta que escreveu sobre o “achamento” das novas terras é o primeiro texto oficial a retratar
nosso território aos olhos de sua metrópole. Tinha como destinatário D. Manuel, o rei de Portugal, e era um
documento importante para o patrocinador das custosas aventuras marítimas. Leia, a seguir, um trecho desse
documento e observe como foi registrado o contato dos nativos com os europeus.

Foi o Capitão com alguns de nós um pedaço por este arvoredo até um ribeiro grande, e de muita água, que ao
nosso parecer é o mesmo que vem ter à praia, em que nós tomamos água. Ali descansamos um pedaço, bebendo
e folgando, ao longo dele, entre esse arvoredo que é tanto e tamanho e tão basto e de tanta qualidade de
folhagem que não se pode calcular. Há lá muitas palmeiras, de que colhemos muitos e bons palmitos. Ao sairmos
do batel, disse o Capitão que seria bom irmos em direitura à cruz que estava encostada a uma árvore, junto ao rio,
a fim de ser colocada amanhã, sexta-feira, e que nos puséssemos todos de joelhos e a beijássemos para eles
verem o acatamento que lhe tínhamos. E assim fizemos. E a esses
dez ou doze que lá estavam, acenaram-lhes que fizessem o mesmo; e logo foram todos beijá-la.

Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa, seriam logo cristãos, visto
que não têm nem entendem crença alguma, segundo as aparências. E portanto se os degredados que aqui hão de
ficar aprenderem bem a sua fala e os entenderem, não duvido que eles, segundo a santa tenção de Vossa Alteza,
se farão cristãos e hão de crer na nossa santa fé, à qual praza a Nosso Senhor que os traga, porque certamente
esta gente é boa e de bela simplicidade. E imprimir-se-á facilmente neles qualquer cunho que lhe quiserem dar,
uma vez que Nosso Senhor lhes deu bons corpos e bons rostos, como a homens bons. E o Ele nos para aqui
trazer creio que não foi sem causa. E portanto Vossa Alteza, pois tanto deseja acrescentar a santa fé católica,
deve cuidar da salvação deles. E prazerá a Deus que com pouco trabalho seja assim!

CAMINHA, Pero Vaz de. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/ download/texto/ua000283.pdf>. Acesso em:
29 abr. 2020. (Fragmento).

A carta de Pero Vaz de Caminha, bem como os relatos de outros viajantes da época, nasce da observação
direta e do testemunho pessoal. E, apesar de sua função ser, basicamente, informativa e descritiva, revelam
as relações de poder que se estabeleciam na época e o questionamento dos europeus diante de um mundo
que era maior do que acreditavam.

Literatura de catequese

Alguns autores do início da colonização não escreveram sobre os nativos, mas para eles. Tais autores, como o
Padre José de Anchieta (1534-1597), eram religiosos que vieram para cá em busca de “novas almas”, em pleno
processo de retomada da fé católica, proposto pela Contrarreforma na Europa. Seus textos tinham por objetivo a
catequese e o ensino.

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