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Língua Portuguesa
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Escola FUTURO Formação Profissional /Língua Portuguesa / 2ª Fase Ensino Médio
UNIDADE I
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22ªª Fase do Ensino Médio – Língua Portuguesa
Nesta Fase Continuaremos a estudar Movimentos Literários a
Partir do Classicismo ou Renascimento.
Soneto
Luís de Camões
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Escola FUTURO Formação Profissional /Língua Portuguesa / 2ª Fase Ensino Médio
aqui falta
saber,
engenho
e arte.
ORIGEM E CONTEXTO
HISTÓRICO
A sociedade que era dominada pelo teocentrismo medieval passa a dar lugar ao
antropocentrismo, ou seja, a valorização do homem, onde o homem passa a ser o centro dos
estudos e a exaltação da natureza humana, pois o homem começa a entender sua capacidade
realizadora: ele pode conquistar inventar, criar, produzir e fazer qualquer outra coisa. Esse
caráter humanista ou antropocêntrico estava esquecido nas "trevas" da Idade Média, embora
já estivesse existido na Antiguidade clássica, como exemplo na civilização grega. No início do
século XVI, ocorre o renascimento do Antropocentrismo. No Renascimento, as obras passam
a perder o primitivismo e a ingenuidade das obras medievais e a ganhar um aprimoramento
técnico igual ou até superior as obras da antiguidade.
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2ª Fase do Ensino Médio – Língua Portuguesa
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2ª Fase do Ensino Médio – Língua Portuguesa
sua influência e saber poderiam ser considerados importantes ao ponto de serem estudado
em “classes”.
CARACTERÍSTICAS
» Imitação dos autores greco-latinos: como exemplo: Homero, Aristóteles, que eram gregos;
Cícero, Virgílio, Horácio que eram latinos.
• Preocupação com a forma: Rígida exigência quanto à métrica e a rima dos poemas;
acentuada preocupação com a correção gramatical, principalmente com a clareza na
expressão do pensamento, a sobriedade e a lógica; preocupa-se com a observância das
distinções ou diferenças entre os gêneros literários.
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2ª Fase do Ensino Médio – Língua Portuguesa
• Idealismo: A arte clássica era naturalista e objetiva; a realidade era idealizada pelo
artista. A mulher amada era descrita como a Mulher Ideal, igual aos anjos; a natureza
era vista como uma região paradisíaca, onde a paz e a harmonia de bosques e florestas
eram mostradas.
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Bernardim Ribeiro: (1482-1552), sua obra de destaque foi Menina e Moça, publicada em 1554.
Antônio Ferreira: (1528-1569), Sua obra principal foi A castro (ou Tragédia de D.Inês de
Castro), escrita em versos, publicada em 1587, em Portugal.
Como Luís de Camões foi o mais destacado e conhecido poeta português deste período, será
dado maior ênfase a ele.
CAMÕES LÍRICO
A obra lírica camoniana foi publicada postumamente, em 1595, sob o título Rimas.
Camões cultivou as duas tendências presentes na época: a forma poética tradicional, chamada
medida velha (versos redondilhos maiores e menores) e a medida nova (versos decassílabos
heroicos e sáficos, ou seja, os sonetos). Sua obra pode ser considerada síntese entre a tradição
poética portuguesa e as inovações renascentistas.
Outro poeta que influenciou os poetas portugueses foi o filósofo grego Platão.
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PLATONISMO
OS LUSÍADAS
Estrutura: Publicado em
1572, Os lusíadas é considerado o
maior poema épico da língua
portuguesa. Constituído de dez cantos.
Canto é a maior unidade de composição
da epopeia, estando para esse gênero
como o capítulo está para o romance.
Os lusíadas somam 1102 estrofes, em oitava-rima [ABABABCC]. Ao todo, são 8816 versos
decassílabos.
Título: Lusíadas - significa 'Lusitanos', ou seja, são os próprios lusos, em sua alma como em sua
ação.
Herói: O herói de Os lusíadas não é Vasco da Gama, mas sim todo povo português [do qual
Vasco da Gama é digno representante].
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2ª Fase do Ensino Médio – Língua Portuguesa
Ação: A ação histórica- a viagem de Vasco da Gama, onde são também apresentados fatos
importantes da história de Portugal;
A ação mitológica- luta entre Vênus [protetora dos portugueses] e Baco [adversário desses
navegantes].
Partes:
5ª parte - Epílogo contendo um fecho dramático a respeito da cobiça [estrofes 1046 a 1102]
No nosso dia a dia utilizamos a escrita para nos comunicarmos com as pessoas que nos
cercam, por isso é imprescindível que saibamos escrever corretamente
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UNIDADE II
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2ª Fase do Ensino Médio – Língua Portuguesa
A NOVA ORTOGRAFIA
Mudanças no alfabeto
ABCDEFGHIJ
KLMNOPQRS
T U V W X Y Z
As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa
língua, são usadas em várias situações. Por exemplo:
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Trema
Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser
pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.
agüentar aguentar
argüir arguir
bilíngüe bilíngue
cinqüenta cinquenta
delinqüente delinquente
eloqüente eloquente
ensangüentado ensanguentado
eqüestre equestre
freqüente frequente
lingüeta lingueta
lingüiça linguiça
qüinqüênio quinquênio
sagüi sagui
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seqüência sequência
seqüestro sequestro
tranqüilo tranquilo
2.
alcalóide alcaloide
alcatéia alcateia
andróide androide
apóia (verbo apoiar)apoia
bóia boia
celulóide celuloide
clarabóia claraboia
colméia colmeia
Coréia Coreia
debilóide debiloide
epopéia epopeia
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estóico estoico
estréia estreia
estréio (verbo estrear) estreio
geléia geleia
heróico heroico
idéia ideia
jibóia jiboia
jóia joia
odisséia odisseia
paranóia paranoia
paranóico paranoico
platéia plateia
tramóia tramoia
Atenção:
Essaregra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as
palavras oxítonas e os monossílabos tônicos terminados em éis e ói(s). Exemplos: papéis,
herói, heróis, dói (verbo doer), sóis.
2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois
de um ditongo.
baiúca baiuca
bocaiúva bocaiuva*
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cauíla cauila**
Atenção: Sea palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o
acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí;
abençôo abençoo
enjôo enjoo
vôos voos
zôo zoo
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Esse gato tem pêlos brancos. Esse gato tem pelos brancos.
Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.
- Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir,
assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
Exemplos:
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5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles)
arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.
6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como
aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos
admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do
subjuntivo e também do imperativo. Veja:
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2. Usa-se o hífen em compostos que têm palavras iguais ou quase iguais, sem elementos
de ligação. Exemplos: reco-reco, blá-blá-blá, zum-zum, tico-tico, tique-taque, cri-cri, glu-glu,
rom-rom, pingue-pongue, zigue-zague, esconde-esconde, pega-pega, corre-corre.
Incluem-se nesse caso os compostos de base oracional. Exemplos: Maria vai com as outras,
leva e traz, diz que diz que, deus me livre, deus nos acuda, cor de burro quando foge, bicho de
sete cabeças, faz de conta.
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6. Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies animais e botânicas (nomes de
plantas,flores, frutos, raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação. Exemplos: bem-
te-vi, peixe-espada, peixe-do-paraíso, mico-leão-dourado, andorinha-da-serra, lebreda-
patagônia, erva-doce, ervilha-de-cheiro, pimenta-do-reino, peroba-do-campo, cravo-daíndia.
Obs.: não se usa o hífen, quando os compostos que designam espécies botânicas e zoológicas
são empregados fora de seu sentido original. Observe a diferença de sentido entre os pares:
b) olho-de-boi (espécie de peixe) - olho de boi (espécie de selo postal).Uso do hífen com
prefixos
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos (anti,
super, ultra, sub etc.) ou por elementos que podem funcionar como prefixos (aero, agro, auto,
eletro, geo, hidro, macro, micro, mini, multi, neo etc.).
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2ª Fase do Ensino Médio – Língua Portuguesa
Casos gerais
2. Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a outra palavra.
Exemplos: micro-ondas
anti-inflacionário sub-
bibliotecário inter-
regional
3. Não se usa o hífen se o prefixo terminar com letra diferente daquela com que se inicia a
outra palavra. Exemplos:
autoescola antiaéreo
intermunicipal
supersônico
superinteressante
agroindustrial
aeroespacial
semicírculo
* Se o prefixo terminar por vogal e a outra palavra começarpor r ou s, dobram-se essas letras.
Exemplos:
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minissaia
antirracismo
ultrassom semirreta
Casos particulares
1. Com os prefixos sub e sob, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r.
Exemplos: sub-
região sub-reitor
sub-regional sob-
roda
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal.
Exemplos:
circum-murado circum-
navegação pan-americano
3. Usa-se o hífen com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, vice.
Exemplos:
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4. O prefixo cojunta-se com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o ou h.
Neste último caso, corta-se o h. Se a palavra seguinte começar com r ou s, dobram-se essas
letras. Exemplos:
coobrigação coerdeiro
coedição corréu
coeducar corresponsável
cofundador cosseno
coabitação
5. Com os prefixos pre e re, não se usa o hífen, mesmo diante de palavras começadas por e.
Exemplos:
preexistente reescrever
preelaborar reedição
6. Na formação de palavras com ab, ob e ad, usa-se o hífen diante de palavra começada por
b, d ou r. Exemplos:
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2. Com mal*, usa-se o hífen quando a palavra seguinte começar por vogal, h ou l. Exemplos:
mal-entendido mal-humorado
mal-estar mal-limpo
* Quando mal significa doença, usa-se o hífen se não houver elemento de ligação. Exemplo:
mal-francês. Se houver elemento de ligação, escreve-se sem o hífen. Exemplos: mal de lázaro,
mal de sete dias.
3. Usa-se o hífen com sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas,
como açu, guaçu, mirim. Exemplos:
capim-açu amoré-guaçu
anajá-mirim
4. Usa-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam,
formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares.
Exemplos:
ponte Rio-Niterói eixo
Rio-São Paulo
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UNIDADE III
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GÊNEROS TEXTUAIS
Crônica e conto
Onde termina a “crônica” e começa o “conto”? Esse é o questionamento que, não raro, tenho
visto.
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Com efeito, muitas vezes a crônica confunde-se com o conto. Mas, que fique bem entendido,
não é qualquer crônica que se assemelha ao conto. Quando a crônica recebe um tratamento
linguístico mais apurado, como o uso de várias figuras de linguagem, quando um pequeno
enredo é desenvolvido, principalmente com diálogo; é que ela traça fronteiras muito próximas
do conto. Tão próxima, que muitas vezes, é difícil estabelecer uma linha divisória. No entanto,
podemos enumerar algumas características da crônica que podem ser confrontadas com as
do conto.
ELEMENTOS DA NARRATIVA
Personagens
Enquanto o contista mergulha de ponta-cabeça na construção da personagem, o cronista age
de maneira mais solta. As personagens não têm descrição psicológica profunda; são
levemente caracterizadas (uma ou duas características), suficientes para compor seus traços
genéricos, com os quais, qualquer pessoa pode se identificar.
Nas crônicas de Sérgio Porto (Stanislaw Ponte Preta), por exemplo, as personagens-parentes
são construídas em torno de uma única ideia ou característica: Rosa mundo é o distraído; Alta
mirando, o mau-caráter; Bonifácio, o nacionalista xenófobo, isto é, que tem aversão a
estrangeiros.
Em geral, não têm nomes: é a moça, o menino, a velha, o senador, a mulher, a dona de casa.
Ou, se têm, são nomes comuns, como: dona Nena, seu Chiquinho, para só citar esses nomes.
Às vezes, o cronista cria personagens,mas sempre a partir de uma matriz real, isto é, pessoas
reais que se tornam personagens.
Narrador
Enquanto no conto o narrador (protagonista ou observador) é um personagem. Na crônica, o
cronista sequer tem a preocupação de colocar-se na pele de um narrador-personagem. Assim,
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quem narra uma crônica é o seu autor mesmo; pois, o cronista parte de experiências próprias,
de fatos que testemunhou (com certo envolvimento) ou dos quais participou:
Diz que era um menino de uma precocidade extraordinária e agente percebe logo que o
menino era um chato, pois não existe nada mais chato que menino precoce e velho assanhado.
Mas deixemos de filosofias e narremos; diz que o menino era tão precoce que nasceu falando.
(PORTO, Sérgio; O Menino Precoce; in: Garoto Linha Dura)
O Assunto
Conforme vimos nofragmento, o assunto de uma crônica é sempre resultado daquilo que o
cronista colhe em suas conversas; das frases que ouve; das pessoas que observa; das situações
que registra; dos flagrantes de esquina; dos fatos do noticiário; dos incidentes domésticos e
coisas que acontecem nas ruas. Portanto, o assunto da crônica, geralmente, está centrado em
uma experiência pessoal. Ao passo que o conto, não raro, é produto da imaginação, da ficção.
O cronista “pode” numa mesma crônica abordar diversos assuntos, desde que estes estejam
ligados entre si por uma mesma linha de raciocínio.
O Desfecho
No conto há um conflito e, geralmente, um desfecho para ele. Como a finalidade da crônica é
analisar as circunstâncias de um fato e não concluí -lo, o desfecho é, praticamente, inexistente.
“Vamos supor que você surpreenda um garoto pobre tremendo de frio e olhado fixamente
para um pulôver novinho na vitrina duma loja. Ora, isso dá uma excelente crônica. Você
relataria o flash, a cena em si, mas não o desfecho: o menino comprou ou não o pulôver? Nada
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disso. Acabando de "pintar" o quadro, terminaria o texto, deixando ao leitor a tarefa de refletir
sobre a miséria, a fome, a má distribuição de renda, a injustiça social etc. É essa, muitas vezes,
a finalidade da crônica e a intenção do cronista. Seu texto não tem resolução, não tem moral
como na fábula, é aberto para que cada leitor crie o final que melhor desejar. O cronista, no
fundo, deseja que seu leitor seja um cautor.” (ASESBP, Associação dos Escritores de Bragança
Paulista).
A Linguagem
O cronista procura trazer para suas crônicas a oralidade das ruas. Daí ser predominante nas
crônicas a linguagem coloquial. Muitas vezes, o cronista rompe com os padrões linguísticos;
desrespeita a norma culta para introduzir um linguajar de bate-papo (do botequim, da
esquina), de conversa-fiada todos carregados de gírias.
“[...], pois o artista que deseje cumprir sua função primordial de antena do seu povo, captando
tudo aquilo que nós outros não estamos aparelhados para depreender, terá que explorar as
potencialidades da língua; buscando uma construção frasal que provoque significações várias
(mas não gratuitas ou ocasionais), descortinando para o público uma paisagem até então
obscurecida ou ignorada por completo.” (SÁ, Jorge de. A crônica. São Paulo: Ática, 1985. Série
Princípios)
O Diálogo
É a presença do diálogo na crônica, que faz com que ela se aproxime do conto. Mas, na crônica,
o diálogo é forma de interação com o leitor, principalmente, através de perguntas lançadas ao
ar; ou então, para manter um formato que se aproxime do bate-papo, sua característica
marcante:
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[...] Ainda ontem, parado às seis e meia da tarde na esquina das Avenidas Montagne com
ChampsElysées, na certeza de que não encontraria um táxi, disse para o operador de rádio de
uma emissora carioca que estava comigo:
Conclusão
A crônica tem, hoje, uma linguagem própria, um espaço definido e independente - no jornal
ou em qualquer outro veículo de comunicação. Não é superior ou inferior ao conto (como é
classificada por alguns críticos). Ela é literatura graças ao trabalho consciente dos
cronistasescritores, que fizeram e fazem de seu ofício uma profissão de fé.
Machado de Assis, Olavo Bilac, Humberto Campos, Raquel de Queirós ou Rachel de Queiroz,
Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Rubens Braga, Paulo Mendes, Paulo Francis,
Arnaldo Jabor, Érico Veríssimo e tantos outros, cultivaram-na ou cultivam-na com peculiar
engenhosidade, criatividade e assiduidade.
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LEIA:
O Departamento de
Influência
Estratégica teve seu plano de ação elaborado por um antigoassessor do presidente Carter. Em
Washington, militares consideraram a iniciativa ilegal e nociva àcredibilidade dos EUA.
A Notícia é a expressão de um fato novo, que desperta o interesse do público a que o jornal
se destina. Caracteriza-se por uma linguagem clara, impessoal, concisa e adequada ao veículo
que a transmite. Deve ter o predomínio da função referencial da linguagem. Há predominância
da narração.
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MANCHETE: Para chamar atenção dos leitores, ele se inicia com uma objetividade, com os
verbos no presente. É também chamada de título. Na notícia que nós lemos a manchete é
“EUA criam para mentira oficial”.
LEAD: consiste num parágrafo que apresenta um relato sucinto dos aspectos essenciais da
notícia, cujo objetivo é dar informações básicas ao leitor e motivá-lo a continuar a leitura.
Precisa, normalmente, responder às questões fundamentais do jornalismo: o quê, quem,
quando, onde, como e por quê. Corposão os demais parágrafos da notícia, nos quais se
apresentam o detalhamento do exposto no “lead”, fornecendo ao leitor novas informações
em ordem cronológica ou de importância.
O FATO noticiado é, então, essencial na produção das notícias jornalísticas. Nelas, comunicam-
se apenas fatos importantes, que podem interessar a muitas pessoas. Fatos corriqueiros,
mesmo que sejam novidades, não servem para a constituição das notícias de jornal, pois não
chamam a atenção de grandes grupos de leitores.
O LEITOR: “para quem se escreve”, sempre presente nas situações de produção de linguagem.
É preciso considerá-lo para saber “como” escrever. Uma vez que os jornais são dirigidos a
diferentes públicos, a seleção dos fatos noticiados e o modo de escrever as notícias dependem
do perfil do público a quem o jornal (seu espaço de circulação) é dirigido, interferindo no estilo
da redação do texto.
PIRÂMIDE INVERTIDA
Técnica de redação jornalística pela qual as informações mais importantes são dadas no
início do texto e as demais vêm em seguida, de modo que as dispensáveis
fiquem no final.
Um leitor competente sabe que todo texto carrega marca das intenções, opiniões, valores e
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ADJETIVO
Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil:
O poema se estrutura numa comparação entre ela era no passado e como ela é no presente.
São utilizadas determinadas palavras, que, aos poucos, vão descrevendo a pessoa que fala e
revelando algumas de suas características. Veja:
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Locução adjetiva
Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e frias e mortas;
Além de paradas e frias o substantivo mãos apresenta outra característica: Sem força.
A expressão “sem força” é uma locução adjetiva, pois tem a função de adjetivo.
Realismo-Naturalismo
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CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA
Panorama Europeu
A segunda metade do século XIX ,foi marcada por acontecimentos que transformaram a
mentalidade do homem. Nessa época, a burguesia havia se consolidado como classe
dominante e, graças à Revolução Industrial, era notável o avanço científico e tecnológico.
O olhar científico observava o mundo. A ciência era considerada capaz de explicar toda a
realidade e de atender às necessidades intelectuais do homem.
Se de um lado a burguesia aumentava seu capital; de outra a classe menos favorecida sofria
as consequências negativas do "progresso".
- Socialismo Marxista: Karl Marx aponta a luta de classes como definidora da história
da sociedade. Segundo ele, "o trabalhador é o único produzir riqueza, tendo, portanto, o
direito de usufruir totalmente o fruto de seu trabalho".
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Panorama Brasileiro
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Aluísio Azevedo
Raul Pompéia
AUTORES
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Machado de Assis
SIMBOLISMO
O simbolismo foi um movimento que se desenvolveu nas artes plásticas, teatro e literatura.
Surgiu na França, no final do século XIX, em oposição ao Naturalismo e ao Realismo.
O surgimento desse estilo por um lado reflete a grande crise dos valores racionalistas da
civilização burguesa, no contexto da virada do século XIX para o século XX, e por outro inicia
a criação de novas propostas estéticas precursoras da arte da modernidade.
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Características do Simbolismo:
Simbolismo no Brasil
No Brasil, o simbolismo teve início no ano de 1893, com a publicação de duas obras de Cruz e
Souza: Missal (prosa) e Broqueis (poesia). O movimento simbolista na literatura brasileira teve
força até o movimento modernista do começo da década de 1920.
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2ª Fase do Ensino Médio – Língua Portuguesa
Anuncia o Modernismo, em sua busca pela Poesia Pura: uma realidade tecida apenas
Literatura brasileira:
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