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Universidade Aberta ISCED

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Português

Literatura Portuguesa E Brasileira

A Lírica Camoniana

Dilaila Delfim Damiano Guemo: 51230895

Macossa, Agosto de 2023


Universidade Aberta Isced (UnISCED)

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Português

Literatura Portuguesa E Brasileira

A Lírica Camoniana

Trabalho de Carácter avaliativo, desenvolvido no


Campo a ser submetido na Coordenação do Curso de
Licenciatura em Ensino de Português da UnISCED.
Tutor: Priscila Dos Anjos Alface

Dilaila Delfim Damiano Guemo: 51230895

Macossa, Agosto de 2023


Índice
CAPITULO I .................................................................................................................................. 1

1. Introdução ................................................................................................................................ 1

1.1. Objectivos ............................................................................................................................ 1

1.2. Objectivo Geral .................................................................................................................... 1

1.3. Objectivos específicos ......................................................................................................... 1

Fazer análise literária de um poema de Camões...................................................................... 1

CAPÍTULO II ................................................................................................................................. 2

2. Fundamentação teórica ............................................................................................................ 2

2.1. A Lírica Camoniana ............................................................................................................. 2

2.2. A época clássica em Portugal .............................................................................................. 3

2.2.1. Período renascentista ........................................................................................................ 4

2.3. Matizes de Camões lírico .................................................................................................... 6

2.4. À análise literária de um poema de Camões ........................................................................ 7

CAPITULO III ................................................................................................................................ 9

3. Metodologia ................................................................................................................................ 9

3.1. Tipo de Pesquisa ...................................................................................................................... 9

3.4. Métodos de abordagem .......................................................................................................... 10

CAPITULO IV.............................................................................................................................. 11

4. Conclusão.................................................................................................................................. 11

CAPÍTULO V ............................................................................................................................... 12
5. Bibliografia ............................................................................................................................... 12
CAPITULO I
Em resumo, este capítulo apresenta o contexto geral do estudo, indicando os objectivos.

1. Introdução

Ao abordar este tema, busca-se fornecer uma compreensão sobre o tema A lírica camoniana
refere-se à poesia lírica escrita por Luís de Camões, um dos maiores poetas da língua portuguesa.
Sua obra é marcada pelo amor, pela saudade, pela reflexão sobre a vida e pelos temas épicos.
Camões é conhecido principalmente pela sua obra épica "Os Lusíadas", mas também deixou um
legado significativo na poesia lírica.

O objetivo da lírica camoniana é expressar sentimentos e emoções por meio da poesia,


explorando temas como o amor, a saudade, a natureza e a reflexão sobre a condição humana.
Camões buscava transmitir suas experiências pessoais e universais por meio de uma linguagem
poética rica e expressiva.

1.1. Objectivos
Neste item irei descrever detalhadamente, os reais motivos da escolha do tema em questão.

1.2. Objectivo Geral


➢ Apresentar uma análise sobre o tema A lírica camoniana.

1.3. Objectivos específicos


➢ Apresentar uma análise literária de um poema de Camões, com enfoque para a
demonstração e identificar características temáticas;

➢ Descrever a época clássica em Portugal;

➢ Fazer análise literária de um poema de Camões.

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CAPÍTULO II

2. Fundamentação teórica

2.1. A Lírica Camoniana

A palavra lírica originou-se do grego (lyra) e do latim (lira), a “Lira” é o instrumento musical
que acompanhava a recitação dos poemas líricos. Antigamente, se classificava como lírica
apenas a poesia que fosse acompanhada de música e que seguisse o padrão do soneto, das
baladas ou de outras formas líricas. Mas, atualmente, este modelo grego já não serve mais e
passou a ser considerado lírico produções que apresentem um teor altamente emocional. A
poesia lírica é aquela na qual o “eu” flagela-se na tentativa de expor ao mundo suas dores
individuais, de uma maneira que consegue despertar no leitor e fazê-lo identicar-se e emocionar-
se com os temas. A poesia lírica camoniana apresenta-se marcada por uma dualidade; a qual é
marcada pelos textos de herança nitida da poesia tradicional portuguesa e pelas poesias
perfeitamente enquadradas no novo estilo do Renascimento. No entanto, não se pode afirmar que
Camões tenha conseguido isolar suas influências, ao contrário, tais influências aparecem
fundidas. Daí se resulta em uma obra típica do século XVI. È dessa forma que se observa a vasta
composição lírica de Luís Vaz de Camões, na qual aborda o amor, fazendo o uso de ideias
platônicas, onde perpassam os novos elementos neoplatônicos quinhentistas.

Observa-se nos poemas dele a ideia essencial da filosofia platônica que é justamente que o amor
conduz, elevando a amante à Beleza Absoluta. Este mesmo tem, visto em Platão e que
encontramos abundantemente na poesia lírica de Camões é o objeto central de nosso trabalho
acadêmico, tendo em vista toda a sua significância. Da lírica camoniana este é um dos temas
mais ricos, visto de duas formas, como ideia (neoplatonismo) e o amor como manifestação
carnal. No amor como ideia ou espiritualidade, é o que conduz a uma idealização da mulher.
Nota-se, também, que o amor surge á maneira de Petrarca e como extensão de Dante Alighieri, a
mulher amada é ininterruptamente retratada de forma ideal. Desta forma o poeta recorre a uma
inabalável adjetivação, descrevendo assim um ser superior, angelical, perfeito. Mas, por outro
lado, devido à vida atribulada do poeta e suas experiências concretas, ou seja, do mundo
sensível, o que o conduz a cantar não mais um amor espiritualizado, mas um amor terreno, carnal

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e até mesmo erótico. Desta maneira faz-se impossível sintetizar esses dois amores, o que leva a
poesia lírica camoniana, algumas vezes, a uma contradição que é manifestada no uso abusivo de
paradoxos.

2.2. A época clássica em Portugal

A época clássica em Portugal refere-se ao período histórico compreendido entre os séculos


XVIII e início do século XIX, caracterizado pela influência do iluminismo e pela valorização das
artes, da cultura e da ciência. Durante esse período, ocorreram avanços significativos nas áreas
da literatura, música, arquitetura e filosofia em Portugal. Alguns dos principais nomes associados
a essa época são o Marquês de Pombal, Bocage, Almeida Garrett e João de Deus.

Durante a época clássica em Portugal, houve um movimento intelectual e cultural significativo,


influenciado pelo pensamento iluminista que defendia a razão, a liberdade e o progresso. Esse
período foi marcado pelo fortalecimento do Estado e pela implementação de reformas políticas,
econômicas e sociais.
Na literatura, destacaram-se autores como Almeida Garrett, considerado o fundador do
romantismo em Portugal, e Bocage, conhecido por sua poesia irreverente e satírica. Na música,
surgiram compositores como Carlos Seixas e Marcos Portugal, que contribuíram para o
desenvolvimento da música clássica em Portugal.
Na arquitetura, o estilo neoclássico ganhou destaque, com a construção de edifícios imponentes e
monumentais, inspirados na antiguidade clássica. Exemplos notáveis são o Palácio Nacional de
Queluz e a Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra.
No campo da filosofia, destacou-se o Marquês de Pombal, responsável por implementar reformas
importantes no país, como a expulsão dos jesuítas e a reorganização do ensino.
Em resumo, a época clássica em Portugal foi um período de grande efervescência cultural e
intelectual, marcado pela valorização das artes e da ciência, além das transformações sociais e
políticas que moldaram o país.

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2.2.1. Período renascentista

O período renascentista em Portugal refere-se ao período histórico compreendido entre os


séculos XV e XVI, caracterizado pelo renascimento das artes, da cultura e do conhecimento.
Durante esse período, houve uma intensa influência do Renascimento italiano, que trouxe novas
ideias e valores humanistas para o país.
Em Portugal, o Renascimento teve um impacto significativo nas áreas da arquitetura, escultura,
pintura, literatura e navegação. Destacam-se personalidades como o poeta Luís de Camões, autor
de "Os Lusíadas", uma das obras mais importantes da literatura portuguesa; o pintor Nuno
Gonçalves, autor dos "Painéis de São Vicente"; e o arquiteto Diogo de Boitaca, responsável pela
construção do Mosteiro dos Jerónimos.
Além disso, durante o Renascimento, Portugal viveu a chamada "Época dos Descobrimentos",
com as grandes navegações e a expansão marítima. Navegadores como Vasco da Gama e Fernão
de Magalhães realizaram viagens históricas, estabelecendo rotas comerciais e descobrindo novos
territórios.
O período renascentista em Portugal foi marcado pelo florescimento das artes e das ciências, pela
valorização do conhecimento humano e pela expansão do império português através das
descobertas marítimas. Foi um momento de grande transformação e desenvolvimento cultural
para o país.
O Classicismo surgiu na Grécia e retornou (renasceu) na Europa, a partir de uma enorme
transformação política, econômica e cultural desencadeada no século XIV, a qual teve seu ápice
nos séculos XV e XVI, momento este que foi chamado de Classicismo ou “quinhentismo”, já
que se manifestou-se em 1527, logo após o poeta Sá de Miranda ter voltado da Itália trazendo
influências desse novo estilo, estes acontecimentos foram o marco inicial dos tempos modernos.
Foi em meio a todas essas mudanças que o homem deixou de ser dominado pelos valores
medievais, pelo teocentrismo e passou a abrir espaço para o antropocentrismo, ou seja, foi nessa
época que o homem se afastou um pouco do mundo onde Deus é o centro de tudo, e ele passou a
ser o centro dos estudos. É a partir deste momento que o homem começou a perceber sua
capacidade realizadora: de criar, conquistar, inventar e fazer inúmeras coisas, todo este espírito
antropocêntrico e Humanista havia sido esquecido na Idade Média, ainda que já estivesse
existido na Antiguidade Clássica, como se pode citar o exemplo da civilização grega, a qual foi o

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berço do Classicismo. Dentro deste movimento, a partir do Humanismo, mais precisamente no
início do século XVI, surge o Renascimento do antropocentrismo. Com o Renascimento as obras
passam a perder todo o primitivismo e a candura das obras medievais e ganham um
aperfeiçoamento igual ou até superior ás obras da Antiguidade.
Camões segue os preceitos de Platão. Camões considera-se pendente no plano humano, pois o
mundo “sensível” passa a ser esmagado pelas memórias do mundo “inteligível”, assim como nos
ideais platônicos, ou seja, as coisas desse mundo são apenas lembranças ou sombras, quando
Luiz Vaz de Camões surge com tais ideias, estava transitando da poesia tradicional para a
clássica. Ele é produto dessa poesia nova, deste modo ele já vislumbrava tais ideais, uma vez que
seriam um meio de alcançar respostas ás suas interrogações de homem intelectual e
ultrassensível, a sua poesia passa a ser a confissão duma vida atribulada 4 interiormente, repleta
de disparates e incertezas, não apenas por suas vivências pessoais, mas ao mesmo tempo pela
percepção dum desconcerto universal no qual os seres humanos estavam imersos. A partir de
todos esses pensamentos Camões passa a sondar o nebuloso mundo do “eu”, da mulher, da Pátria
e de Deus.
Assim ele apresenta um amor racionalizado onde fragmenta a dor, não apenas a dor cósmica,
mas há o sofrimento individual do autor e por consequência faz ecoar o sofrimento universal,
fragmentando o próprio “eu” com o intuito de erguer um “eu” composto da soma de todos os
“eus” alheios impressos na inteligência e sensibilidade. Ele adota a concepção racionalista de
Platão como se observa no fragmento a seguir, segundo afirma MOISÈS (2008).
(...) ama a mulher não por ela mas por encontrar nela refletido o
sentimento do Amor em grau absoluto; amor do Amor, e não do
ser que o inspirou. Amor portanto, mais pensado que sentido, ou,
ao menos, submetido ao crivo da Razão. (p. 75).
Notamos através da citação a forte influência que Platão exerceu sobre as poesias de Camões,
primordialmente no que diz respeito à Beleza e ao Amor, pois Camões comunga dos mesmos
ideais platônicos, que o amor não pode ser apenas cantado. No entanto precisa-se racionalizar o
sentimento e para que isso aconteça tem-se que vivê-lo.
O Renascimento está inserido no Classicismo, assim fica difícil de desassociar um de outro. O
segundo é constituído através da arte inspirada na imitação dos clássicos gregos e latinos, tais
clássicos eram considerados modelos da perfeição estética, enquanto o Renascimento eram todas

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essas ideias novas que surgiam e buscavam a idealização do homem através do
antropocentrismo. Luiz Vaz de Camões poeta lírico, épico e dramaturgo, é tido como um dos
poetas portugueses mais importantes de sua época. Há inúmeras dúvidas envolvendo a sua
biografia. Sabe-se de alguns fatos de sua vida através de confissões que ele deixou registradas
em cartas e testemunhos de contemporâneos. Essas informações são poucas e vagas, pois, as
primeiras investigações biográficas sobre o poeta só veio a ocorrer 50 anos após a sua morte.
Luíz Vaz de Camões, possivelmente nascido em 1524 (ou 1525), pois não existe nenhum
documento que comprove a data. Alguns estudiosos dizem que ele é natural de Lisboa, mas
outros falam em Coimbra não há documentos que comprovem a veracidade dos factos. Filho de
Simão Vaz de Camões e D. Ana de Sá e Macedo. Foi educado em Coimbra, onde se acredita que
tenha começado a ler Petrarca e outros poetas. Coimbra foi o lugar onde teria escrito os seus
primeiros versos. Foi onde ele criou as bases de uma sólida cultura e o conhecimento profundo
da língua portuguesa. Mas, também, vivenciou muitas experiências e dissabores através de suas
expedições militares, que principiou na Àfrica durante a conquista de Ceuta. E em seguida,
viajou com destino as Ìndias, chegando, primeiramente em Goa, em seguida passou por vários
países; dentre esses esteve por um período em Moçambique e, em 1569 estudiosos dizem que ele
estava passando por necessidades e vivendo à custa de amigos. Através dessas viagens, ele
perdeu um dos olhos durante a conquista de Ceuta, em um naufrágio na Indochina, perdeu sua
companheira, a chinesa que se chamava Dinamene. Em 1570, volta à terra natal, e vive
pobremente, recebendo uma mísera pensão do rei D. Sebastião até sua morte em 10 de junho de
1580, em Coimbra foi enterrado como indigente, em vala comum.

2.3. Matizes de Camões lírico

Os matizes da poesia lírica de Camões são diversos, variando desde a exaltação amorosa e a
celebração da natureza até a reflexão melancólica sobre a efemeridade da vida e a angústia
existencial. Sua lírica apresenta uma linguagem refinada, rica em metáforas e imagens poéticas,
expressando uma ampla gama de emoções e experiências humanas.

Os matizes da poesia lírica de Camões podem ser descritos da seguinte forma:

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1. Exaltação amorosa: Camões expressa intensamente o amor, seja ele idealizado, platônico ou
carnal. Seus poemas exaltam a beleza da amada, descrevendo-a de forma sublime e apaixonada.

2. Celebração da natureza: O poeta valoriza a natureza em sua poesia lírica, descrevendo


paisagens, animais e elementos naturais com uma linguagem poética e sensorial, transmitindo
uma profunda conexão com o mundo natural.

3. Reflexão melancólica: Camões também aborda a melancolia e a tristeza em seus poemas


líricos. Ele reflete sobre a efemeridade da vida, os desencontros amorosos e as dores existenciais,
transmitindo uma sensação de nostalgia e resignação.

4. Angústia existencial: Em alguns momentos, a lírica de Camões revela uma profunda angústia
existencial. Ele questiona o sentido da vida, a fugacidade do tempo e a inevitabilidade da morte,
explorando questões filosóficas e metafísicas.

Esses são apenas alguns dos matizes presentes na poesia lírica de Camões, que revelam a
complexidade e a riqueza de sua obra.

2.4. À análise literária de um poema de Camões

Os Lusíadas" é uma obra épica escrita por Luís de Camões, considerada um dos maiores marcos
da literatura portuguesa. O poema narra a epopeia dos navegadores portugueses, liderados por
Vasco da Gama, em sua jornada para descobrir o caminho marítimo para as Índias.

As principais características temáticas presentes em "Os Lusíadas" são:

1. Épica nacional: O poema exalta as conquistas e o heroísmo dos navegadores portugueses,


destacando sua coragem, determinação e capacidade de superar desafios em busca de novas
terras e riquezas.

2. Nacionalismo: "Os Lusíadas" celebra a nação portuguesa, ressaltando seu papel na expansão
marítima e sua importância histórica como potência global.

3. Mitologia: Camões incorpora elementos da mitologia greco-romana em seu poema, fazendo


referências a deuses, heróis e episódios mitológicos para enriquecer a narrativa e atribuir
grandiosidade à história dos navegadores.

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4. Valorização da cultura e história portuguesa: O poeta enaltece a cultura, a língua e a história
de Portugal ao longo do poema, destacando figuras históricas importantes e eventos marcantes da
história do país.

Essas são algumas das características temáticas presentes em "Os Lusíadas", que demonstram o
nacionalismo, o heroísmo e a valorização da história e cultura portuguesas presentes na obra de
Camões.

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CAPITULO III

3. Metodologia
Neste item, debruçaremos as formas ou metodologias usadas para a aquisição de dados para a
efectivação deste trabalho.

3.1. Tipo de Pesquisa

Do ponto de vista da abordagem do problema, será feita uma pesquisa mista, isto é, qualitativa e
quantitativa. AFONSO & BALOI (s/d, p.135) afirma que, ambas são importantes formas de
investigação com os seus próprios pontos fracos e fortes. Elas não são formas exclusivas uma da
outra, razão pela qual existem pesquisadores que optam por empregar as duas formas num
mesmo projecto de investigação. Quanto a natureza, a pesquisa a ser desenvolvida deverá ser
pesquisas de ciências naturais que tem como objectivo empregar medidas padronizadas e
sistemáticas, reunindo respostas prédeterminadas, facilitando a comparação e a análise de
medidas estatísticas de dados.
Segundo SILVA & MENEZES (2005), uma pesquisa aplicada objectiva gerar conhecimentos
para aplicação prática e dirigidos a solução de problemas específicos. Envolve verdades e
interesses locais. Quanto aos objectivos, a pesquisa deverá ser exploratória, que de acordo com
GIL (2002) têm como objectivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vista a
torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. Ainda de acordo com o mesmo autor, pode se
dizer que estas pesquisas têm como objectivo principal o aprimoramento de ideias ou descoberta
de intuições. No que respeita aos procedimentos técnicos será uma pesquisa de campo, que
segundo FONSECA, citado por GERHARDT & SILVEIRA (2009), caracteriza-se pelas
investigações em que, além da pesquisa bibliográfica e/ou documental, se realiza colecta de
dados junto as pessoas, com recurso a diferentes tipos de pesquisa.

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3.4. Métodos de abordagem

Segundo CERVO & BERVIAN (1983) citados por ANDRADE (2007), método de abordagem é
o conjunto de procedimentos utilizados na investigação de fenómenos ou caminhos para chegar-
se à verdade. O método de abordagem a ser usado na presente pesquisa é o método dedutivo,
que de acordo com GIL (1999) & LAKATOS, MARCONI (1993) citados por SILVA &
MENEZES (2005), usa o silogismo, construção lógica para, a partir de duas premissas, retirar
uma terceira logicamente decorrente das duas premissas, denominada de conclusão. No método
dedutivo procura-se a todo o custo confirmar a hipótese.

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CAPITULO IV

4. Conclusão

Todo o processo de pesquisa para a realização deste trabalho, desde a minuciosa pesquisa,
realização das análises e conclusão, foi de grande valia, uma vez que ao decorrer deste estudo foi
possível conhecer a poesia lírica camoniana assim como a vida de Luiz Vaz de Camões, dando
ênfase ao tema do amor em sua poesia lírica. Desta forma, divulgar a sua lírica e fazer uma
análise crítica do conteúdo de sua composição lírica. Também pudemos perceber que apesar de
Os Lusíadas, o autor apresenta muitas incertezas sobre o tema, ao nos mostrar que tal sentimento
deve ser vivenciado e não apenas escrito e cantado em versos. Em síntese, a poesia camoniana é
riquíssima tanto nas formas como foram escritas, no estilo renascentista herdado dos clássicos e
na temática abordada, em comum acordo com os pensamentos de MOISÉS (2008), conforme nos
referimos anteriormente no item quatro (Camões canta o amor), chegamos à conclusão que
nenhum outro autor de sua época até os dias atuais, tenha realizado um trabalho de tão grande
profundidade, expressando as formas do amor de maneira sutil, sublime: os sonetos camonianos
na poesia lírica de todos os tempos.

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CAPÍTULO V

5. Bibliografia

[1]. ABDALA, Benjamin Junior. Camões Épica e Liríca - Coleção Margens do Texto,São Paulo
: Scipione, 1993.

[2]. ABDALA, Benjamin Junior; PACHOALIN, Maria Aparecida. História Social da Literatura
Portuguesa, São Paulo: Àtica, 1994.

[3]. AFONSO, Emília; BALOI, Mário Suarte. Módulo de metodologia científica. Introdução a
investigação científica. Ensino à distância. Universidade Pedagógica, (s/d).
[4]. AGUIAR JÚNIOR, O.; SARAIVA, J. F. (1999). Modelos de ensino para mudanças
cognitivas: fundamentação e diretrizes de pesquisa. In: Ensaio- Pesq. Educ. Ciênc. 1 (1), 47-67.
[5]. ANDRÉ, Marli E. D. A de. (2000). Etnografia da prática escolar. 4. ed. Campinas/ BRA:
Papirus. (Série prática pedagógica).
[6]. ANDRADE, Maria Margarida de Introdução a metodologia do trabalho científico, 8a ed.
São Paulo, Atlas, 2007.
[7]. MOISÉS, Massaud. A criação Literária – Poesia,11ª ed. São Paulo: Cultrix, 1989.
[8]. MOISÉS, Massaud. A literatura portuguesa, 36ª ed. São Paulo: Cultrix, 2008.
[9]. NEVES, João Alves; TUFANO, Douglas. Luís de Camões- Lírica, Èpica, Teatro, Cartas, 1ª
ed. São Paulo: Moderna, 1980.
[10]. TELES, Gilberto Mendonça, Camões e a poesia brasileira. 2ª Ed. São Paulo, Quíron;
Brasília, INL, 1976.

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