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1.

Literatura trovadoresca-origem da literatura portuguesa

Comecemos por dar conceito do que pode ser entendido como trovadorismo que corresponde à primeira
fase da história de Portugal e está intimamente ligado à formação do país como reino independente ou
então foi um movimento literário que surgiu na idade média no século XI, e teve seu declínio no século
XIV.

A poesia trovadoresca neste contexto já vem sendoa designação que se da as composições em verso
produzidas na península ibérica entre os finais do seculo XIV e que se encontraram guardadas em
cancioneiros (os únicos documentos que restam para o conhecimento do Trovadorismo; colectâneas de
cantigas com características variadas e escritas por diversos autores). Então na idade media, foi
desenvolvido um género chamado poesia trovadoresca, representado pelas diferentes cantigas. Tais
cantigas segundo Almeida Garrett “tinha compreendido como ninguém o valor do grande livro nacional
que é o povo e suas tradições a poesia brotou do coração do povo como a água duma fonte límpida. Os
cantares de amigos são as manifestações primeira desse jorrar poético. Na verdade, as cantigas de amigos
tiveram uma grande importância documental para o desenvolvimento cultural de Portugal.

Na Península Ibérica, o centro irradiador do Trovadorismo foi na região que compreende o norte de
Portugal e a Galiza.

Assim, a Catedral de Santiago de Compostela, centro de peregrinação religiosa, desde o século XI, atraía
multidões, onde as cantigas trovadorescas eram cantadas em galego-português, língua falada na região,
entretanto, os trovadores provençais eram considerados os melhores da época, e seu estilo foi imitado em
toda a parte.

É importante referir que o trovadorismo português teve seu apogeu nos séculos XII e XIII, entrando em
declínio no século XIV. O rei D. Dinis (1261-1325) foi um grande incentivador, que prestigiou a produção
poética em sua corte, tendo sido ele próprio um dos mais talentosos trovadores medievais com uma
produção de 140 cantigas líricas e satíricas aproximadamente. Além dele, outros trovadores obtiverem
grande destaque, a saber: Paio Soares de Taveirós, João Soares Paiva, João Garcia de Guilhade e Martim
Codax.

Nessa época, as poesias eram feitas para serem cantadas ao som de instrumentos musicais, como a flauta, a
viola, o alaúde, daí o nome “cantigas”, com isso, o cantor dessas composições era chamado de "jogral", o
autor delas era o "trovador" e o "menestrel", era considerado superior ao jogral por ter mais instrução e
habilidade artística, pois sabia tocar e cantar. Ainda na idade média era normal alguns povos circularem
pelos castelos á procura de qualquer ocupação. As festas nos palácios nobrezas eram animadas pelo jogral
que, em princípio é profissional nesta área. Do mesmo modo entretinha o povo “as folgas do peble”. Era,
por assim dizer “um homem do povo”, contudo, o jogral recebia remuneração pelo seu trabalho, ao passo
que o trovador era uma simples ressonância do trabalho do primeiro.

A corrente provençal: a Provença no sueste da Franca, a partir do seculo XI foi o berço dum encantador
lirismo. O lirismo provençal que concebia o amor como um culto, quase uma religião com os seus direitos e
leis que formavam como um código amante. Apresentava três características: supremacia da mulher; amor
a margem do casamento; fingimento de amor.

Este lirismo amoroso constitui de todo o lirismo europeu dos seculos posteriores pois alguns trovadores
levam-no a toda parte, viajando por cortes de reis e senhores feudais.

Natureza dos mais antigos textos literários


Os mais antigos testos literários são de natureza poética. A literatura portuguesa arrancou para história
antes do fim do seculo XII e o passo inicia deu-se a poesia. Foi esta, alias, que pela sua maior sensibilidade
teve não só um condão de abrir as literaturas a portuguesa e as outras, mas também o de provocar e de
caracterizar os vários movimentos literários”.

2. Amor platónico de Luís Vaz de Camões

Amor platônico é qualquer tipo de relação afetuosa ou idealizada em que se abstrai o elemento sexual, por
vários gêneros diferentes, como em um caso de amizade pura, entre duas pessoas.
Amor platônico também pode ser um amor impossível, difícil ou que não é correspondido. Muitas vezes
uma pessoa tem um amor platônico e nunca tenta sair dessa fase porque tem medo de se machucar ou medo
de verificar que as suas fantasias e expectativas não correspondem à realidade.
A poesia lírica de Camões tem com principais temas o discurso sobre o amor e o destino do ser humano.
Influenciado pelo Humanismo, o escritor lusitano utilizava a forma fixa do soneto petrarquista, tanto na
métrica (decassílaba), quanto na disposição de suas estrofes (dois quartetos e dois tercetos), além de outros
traços da escola clássica.
As poesias camonianas, como todos os poetas que buscam por meio da expressão filosófica a explicação e
expressão do amor cristão, possuem uma estreita relação com as idéias de Platão acerca do que seja esse
amor. Para o filósofo, existe um mundo sensível (mundo real, concreto) e um mundo inteligível (mundo das
idéias), o primeiro vive à sombra do segundo, e o mundo inteligível pode ser (re)interpretado como sendo
o Paraíso Cristão, no qual existe uma beleza absoluta, um grande gerador e gerenciador do mundo, aquilo
que se tornou a grande busca cristã: Deus.
Sendo Deus o paraíso bíblico e a beleza absoluta, segundo Platão, a única maneira de chegar a este destino
divino é por meio do amor. Este é o grande preceito das líricas camonianas. Porém, as idéias platonistas
tratam de um amor celeste, puro, não carnal, vulgar, pois o amor carnal remete ao pecado, ao contrário do
amor celeste que conduz os homens ao bem. O erotismo existia, mas era tratado o mais discretamente
possível, por conta da severidade cristã. Apesar das influências neoplatônicas renascentistas, é fácil
observar nas líricas de Camões três idéias que o aproxima das filosofias de Platão:
 O amor, quando idealizado, eleva o espírito ao ponto de proporcioná-lo a contemplação de uma
realidade extraterrena;
 Esse amor como o grande orientador do espírito, deve ser usado para o bem para que assim, a
realidade inteligível possa ser iluminada;
 O amor ou a contemplação platônica da mulher amada, que é o reflexo da beleza divina, enobrece a
alma e nela executa a imagem incorporal.
Nos mais conhecidos sonetos camonianos a temática amorosa é a mais recorrente. Apesar de se entregar ao
amor terreno, o eu lírico camoniano, reconhece que não é esse o amor que deve almejar, e sim, o amor
divino. Esse conflito entre o pensamento divino e o corpo terreno é constante.
A natureza contraditória do amor que vagueia entre o amar e o querer, o sentir e opensar, sofrimento que o
amor carnal causa aos amantes e apaixonados, é visivelmente observada no célebre soneto de Camões
"Amor é um fogo que arde sem se ver", onde é notável a percepção do autor sobre o aspecto experimental
do amor, que ao tentar analisar racionalmente um sentimento imensurável, vago, acaba tornado-o
paradoxal.
3. Surgimento do Brasil
No dia 22 de abril de 1500, as caravelas da esquadra portuguesa, comandada por Pedro Álvares Cabral,
chegou ao litoral sul do atual estado da Bahia. Era um local que havia um monte, que foi batizado de Monte
Pascoal.
No dia 24 de abril, dois dias após a chegada, ocorreu o primeiro contato entre os indígenas brasileiros que
habitavam a região e os portugueses. De acordo com os relatos da Carta de Pero Vaz de Caminha foi um
encontro pacífico e de estranhamento, em função da grande diferença cultural entre estes dois povos.
A medeira oreciosa Pau-Brasil foi o primeiro produto a ser esportado para p metropole, tendo dado desta
maneira o nome ao pais Brasil. Desta situacao os navegafores portugueses escreveram uma carta ao rei
dando informe sobre o achamento. A carta tinha como objectivos:

 Alegrar o rei com os discursos exoticos da terra e dos homens descobertas nas americas,
chamando-as terras indias.
 Credenciar os exitos da descoberta, neste ponto tambem informam ao rei sobre a riquezas da terra
em recursos como PAU BRASIL, madeira preciosa. Este foi o primeiro produto de exportacao para
a mtropole, ainda nao era chamado brasil.
3.1. A primeira literatura brasileira

A primeira literatura brasileira pode sim ser consiferado como sendo dos brasileiro porque aconteceu nos
seculos XVII a XVIII num momento depois do brasil ter deixao de ser objecto da informacao e catequese.

3.2. A designacao pre-romantismo

A designacao e dado na historia da literatura portuguesa ao conjunto das manifestacoes duma sensibilidade
e dum gosto romanticos antes de 1825, data que se torna convecionalmente para marcar o inicio do
romantismo em portugal.

3.3. Concepcao idealista da vida e da estetica numa atitude de constante desprezo e rebeldia
na face das normas estabelecidas

E pelo facto de háver divergências de perspectivas teóricas entre os filósofos idealistas. De todo modo,
podemos considerar primado do Eu subjetivo como central em todo idealismo, o que não significa
necessariamente reduzir a realidade ao pensamento. Assim, na filosofia idealista, o postulado básico é que
Eu sou Eu, no sentido de que o Eu é objeto para mim (Eu). Ou seja, a velha oposição
entre sujeito e objeto se revela no idealismo como incidente no interior do próprio eu, uma vez que o
próprio Eu é o objecto para o sujeito (Eu).

4. O primo Basilio
i. A obra possui 16 capitulos;
ii. A accao principal é o romance que apresenta o triângulo amoroso Jorge-Luísa-Basílio. Ela é
acompanhada pelos olhos observadores e perspicazes de um narrador onisciente  de terceira
pessoa e chega ao leitor “moldada” por sua perspectiva crítica e analítica.
iii. Os personagens principais sao Luisa, Basilio, Jorge, conselheiro acacio, dona felicidade,
Leopoldina de Quebrais, Sebastiao, Juliao Zuzarte e Ernestinho;
iv. O narrador é onisciente;
v. O espaco principal é portugal;
vi. O tempo historico: pertence à chamada geração de 70, constituída pelos escritores que
combateram o romantismo e lutaram pela instauração das ideias realistas em Portugal, a partir
de 1870, propondo uma literatura de crítica social e de denúncia do atraso lusitano.
4.1. Resumo da obra O primo Basilio
Jorge e Luísa formam um jovem casal pertencente à burguesia de Lisboa. Convivem com um círculo de
amizades formado, entre outros, pelo Conselheiro Acácio, homem apegado a convenções sociais; Dona
Felicidade, que nutre uma ardente paixão por ele; e Sebastião, o melhor amigo de Jorge.  
Jorge parte para uma viagem de trabalho. Durante sua ausência, Luísa recebe a visita de um antigo
namorado de juventude, seu primo Basílio, residente em Paris. Admirado com a beleza da moça, Basílio
envolve Luísa em um jogo de sedução, que faz com que ela se imagine vivendo uma das aventuras
amorosas de suas leituras românticas. Eles se tornam amantes, passando a trocar bilhetes e cartas de amor.
Luísa encontra estímulo na amiga Leopoldina, mulher casada, colecionadora de casos extraconjugais. Toda
a movimentação da casa é observada pela governanta Juliana, sempre às voltas com planos de
enriquecimento rápido.  
Para escapar das desconfianças dos vizinhos, o casal de amantes passa a se encontrar em um quarto alugado
nos subúrbios de Lisboa. A despeito da decrepitude decadente do lugar, chamam-no de Paraíso. Ali, vivem
tórridas cenas de amor. Com o tempo, Luísa percebe um esfriamento na paixão de Basílio, que passa a lhe
tratar com certo desprezo.  
Juliana se apodera de algumas cartas trocadas entre os amantes e passa a chantagear a patroa. Luísa expõe
um plano de fuga a Basílio, mas este se recusa a segui-lo e retorna a Paris. 
Jorge chega da viagem e Luísa continua a sofrer o assédio de Juliana, que exige uma grande quantia em
dinheiro para devolver-lhe as cartas. Para conter seus ímpetos, Luísa se vê obrigada a conceder à
empregada uma série de privilégios: presenteia-lhe com seus vestidos, deixa seu quarto mais confortável e
chega até mesmo a substituí-la em alguns serviços domésticos, sempre às escondidas do marido. 
Jorge se apercebe do que acredita ser desprezo de Juliana pelo trabalho e resolve demiti-la. Juliana exige o
dinheiro da chantagem e Luísa apela então para Sebastião. Ele escuta toda a história do adultério e fica
horrorizado, mas resolve ajudar a amiga. Vai até a casa de Jorge em um momento em que Juliana está só e,
com ameaças de prisão, obtém as cartas. Vendo escapar-lhe o sonho de enriquecimento, Juliana tem uma
síncope e morre. Sebastião entrega as cartas a Luísa.  
Luísa adoece. Jorge apanha, em meio à correspondência, uma carta de Basílio. Imaginando que a causa da
doença da esposa seja algum problema familiar de cujo conhecimento ela o poupa, Jorge abre a carta. Nela,
Basílio relembra os bons momentos passados no Paraíso. Quando a esposa melhora, Jorge lhe mostra a
carta de Basílio. Luísa sofre um choque e, alguns dias depois, morre. 

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