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Quarta-feira, 18 de Julho de 2007 ! c.

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BOLETIM DA REPUBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE 2. O Deputado representa todo o país e não apenas o círculo pelo
qual é eleito.
AVISO ARTIGO 2

A matéria a publicar no «Boletim da República» deve ser remetida (Função)


em cópia devidamente autenticada, uma por cada assunto, donde
conste, além das indicações necessárias para
I. A Assembleia da República é o mais alto órgão legislativo na
esse efeito, o averbamento seguinte, assinado e autenticado: República de Moçambique,
Para publicação no «Boletim da República».
2. AAssembleia da República determina as normas que regem o
••••••• e"e •• ti •• ti ••• ti. ti. ~ •• ti ••• ti •• funcionamento do Estado e a vida económica e social através de leis
e deliberações de carácter genérico.
SUMÁRIO
ARTIGO 3
Assembleia da República:
(Sede da Assembleia da Rep~bllca)
Lei "."1712007: I. A Assembleia da República tem a sua sede na capital do pais,
Concernenteà revisãodo Regimento daAssembleiada podendo realizar sessões em qualquer outro local, quando assim o-
República, aprovado pela Lei n.· 612001. de 30 de Abril. deliberar.
Lei ".·1812007: 2. Os locais da Assembleia da República são inviolãveis.
Estabelece o quadro jurídico legal para a realização de
eleições dos Órgãos das Autarquias Locais. ARTIGO 4
Lei n.· 1912007: (Leglslalura)
Aprova a Lei de Ordenamento do Território. I. A legislatura tem a duração de cinco anos e inicia com a
Lei n.· 2012007: primeira sessão da Assembleia da República. após as eleições e
Altera os artigos 11 e 14 da Lei n.· 512003. de 21 de Janeiro. termina com a primeira sessão- da nova Assembleia eleita.
Lei do Ensino Superior. 2. A primeira sessão da Assembleia da República tem lugar até
vinte dias após a validação e proclamação dos resultados eleitorais .
•••••••••••••••••••••••••••••••••
ARTIGO 5
ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA (Convocação e presidência da primeira sessão)

1. A primeira sessão da legislatura é convocada e presidida pelo


Lei n." 17/2007
Chefe do Estado, nos termos do n." 2 do artigo 190 da Constituição.
de 18 de Julho

Havendo necessidade de rever o Regimento da Assembleia da 2. Depois de aberta a sessão, o Presidente do Conselho
República. aprovado pela Lei n.· 6/2001, de 30 de Abril, nos termos Constitucional procede a leitura da acta que valida e proclama os
da alínea b) do n.· 4 do artigo 179 da Constituição, a Assembleia da resultados das eleições.
República determina: 3. Lido o teor do juramento. perante" Chefe do Estado. pelo mais
velho dos deputados eleitos, os deputados assinam o termo do
CAPiTULO I juramento. dando, assim, início ao exercício do mandato e da
Disposições gerais legislatura, que cessam quando, na sequência de eleições legislativas,
novos deputados iniciam o mandato.
ARTIGO I
4. Os deputados eleitos que estiverem ausentes na primeira sessão
(Oellnlção) da legislatura assinam o lermo de posse perante o Presidente da
I. A Assembleia da República é a Assembleia representativa de Assembleia da República, tal como os suplentes que vierem a
todos os cidadãos moçambicanos. substituir definitivamente os titulares.
J 8DE JULHO DE 2007 275

ARTIGO 178 2. O apurlllllento dos resultados das eleições obedece ao sistema


(Secretariado) de representação proporcional seguodo as regra$ fixadas na presente
Lei..
1. O Secretariado é a estrutura técnico-administrativa de apoio 3. Os membros dos conselhos são designados nos termos da Lei
à Assembleia da República, sendo dirigido por, um Secretário-- das Autarquias, Locais.
Geral que, tal como os demais funcionários, 'é nomeado pelo
Presidente da Assembleia. AimG03
2. Compete à Comissão Permanente da Assembleia da República
(DIreIto de aulráglo)
aprovar o Regulamento do Secretariado.
L O sufrágio constitui um direito pessoal e inalienável dos
ARTIGO179 cidadãos.
(Intarpretaçlo do Regimento) 2. O recenseamento eleitoral dos cidadãos é condição
1. COmpete ao Plenário daAssembleia da República proceder indispensável para o exercicio do direito de voto.
à interpretação e integração de lacunas do presente Regimento.
2. As deliberações são publicadas- no Boletim da Assembleia da cAPlTuLon
República. Capacidade e Eleitoral Activa
ARTIGO180 AimG04
(DlapoalçAo translt6rla) (C )

L As alteraçõesintroduzidas nos artigos 68, 69, 71, 72, 73, São eleitores os cidadãos moçambicanos, maiores de dezoito anos
74 e 75 s6 produzem efeitos a partir da instalação da VII Legislatura. à data das eleições, recenseados na cin:unscrição 1enilDrial da
respectiva autarquia local, que não estejam abrangidos pelas
2. As actuais Comissões regimentais mantêm a sua organização e incapacidades eleitorais activas previstas na presente Lei.
funções.
ARTIGO181 Aim005
(Entrada em vigor) (Incapac lda<IeeIeItDnII_)
O presente Regimento entra em vigor na data da sua publicação. Não podem votar:
a) OSinterditos por sentença transitada emjulgado;
Aprovado pela Assembleia da República, aos 30 de Abril de 2007. b) OSnotoriamente reconhecidos como dementes, ainda que
não estejam interditos por sentença, quando internados em
O Presidente da Assembleia da República, Eduarda Joaquim esiabelecimento psiquiálricoou como tais declarados por
Mulémbwe. uma junta médica;
Promulgada em 11 de Julho de 2007 c) os definitivamente condenados a pena de prisão por crime
doloso de delito comum, eaquanto'não haja expirado a
Publique-se. respectiva pena, e os que se encootremjudicialmente
O Presidente da República, ARMANDOEMiuo GUEBUZA. privados dos seus direitos políticos;
d) os cidadãos sob prisão preventiva, por decisão judicial.

lei n." 1812007


CAPITuLo m
'de 18 de Julho
Capacidade Eleitoral Passiva
Havendo necessidade de proceder a revisão da Lei n," 1912002, de
ARTIGO6
10 de Outubro, relativa à eleição dos Órgãos das Autarquias Locais,
(Cldadloa elegíveis)
nos termos do n.? 4 do artigo 135, conjugado com a alínea d) do n." 2
do artigo 179, ambos da Constituição, a Assembleia da República 1. São elegíveis os cidadãos moçambicanos que residam, à data da
determina: votação, na autarquia local, há pelo menos 6 meses e Dãopadeçam de
TÍTULO r qualquer incapacidade eleitoral passivaPrevisIa na presenteLei.
2. Não gozam de capacidade eleitoral passiva:
DlSPOSIÇOES 'GEORAIS
a) os cidadãos que não gozem de capacidadeeleitoral activa;
CAPiTULO I
b) os que tiverem sido judicialmente dec1aIados delinquentes
Princípios fundamentais habituais de diflcil correcção;
ARTIGO1 ' c) os cidadãos que tiverem renunciado ao, mandato
(Âmbito do Lo') imediatamente anterior.

A presente Lei estabelece o quadro jurídico legal para o realização AimG07


de eleições dos Órgãos das Autarquias Locais. (Inelegibilidade)
ARTJG02 1. Não podem ser eleitos:
(Elelçlo dOI 6rglol autárquk:oa) a) OSmagistrados judiciais e os do Ministério Público, os
L Os presidentes dos conselhos e as assembleias são eleitos por funcionários de justiça e os de finanças com funções de
sufrágio universal, directo, igual, secreto, pessoal e periódico. chefia, em efectividade de funções;
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J SÉRIE - NÚMERO 29

h) os lllCIIIlm; das furças militan:s ou militarizadas e furças CAPITULO II


de segtD"lUiçano activo; Candidaturas
c) falidos ou insolventes, salvo se n:abilitados por lei;
OS
SECÇÃO I
ti) os devedores em moraeom a autarquia local e Apresentaçlo das candidaturas
respectivos fiadores;
ARTIGO 13
e) os membros dos corpos sociais e os gerentes de sociedades,
(Recepção .• prazo)
bem como os proprietários de empresas que tenham
contrato com a autarquia local não integralmente 1. As candidaturas são apresentadas perante o Secretariado
Técnico da Administração Eleitoral.
cumprido ou de execução continuada.
2. As candidaturas devem ser apresentadas até setenta e
2. Os magistrados judiciais e os do Ministério Público, os cinco dias antes da data das eleições.
funcionários de justiça e de finanças com funções de chefia, os 3. Findo O prazo referido no número anterior o Secretariado
membros das forças militares e militarizadas e das forças de Técnico de Administração Eleitoral organiza todo o processo
das candidaturas e remete-o à Comissão Nacional de Eleições
segurança que, nos termos da preSenteL:i, pretendam concorrer às
para decisão quanto à regularidade das mesmas.
eleições dos õrgâos autárquicos devem solicitar a suspensão do
exercício das respectivas funções a partir do momento da ARTIGO 14
apresentação de candidatura, (ExclusivIdade das candIdaturas)
A1mG08 1.Nenhum partido político, coligação de partidos ou grupo
(DnIto a dispensa de funções) de cidadãos eleitores proponentes pode apresentar mais de uma
lista à eleição de cada órgão da autarquia local.
A partir do início da campanha eleitoral até ao fim da 2. Ninguém pode concorrer simultaneamente a eleição de
votação, os candidatos admilidos têm direito a dispensa do dois ou mais órgãos de diferentes autarquias locais.
exercício das respectivas funções, sejam públicas ou privadas, 3. Ninguém pode integrar mais do que uma lista de
contando esse tempo para todos oseíeitos, incluindo o direito à candidatura para o mesmo órgão autárquico.
remuneração, como tempo de serviço efectivo.
A1mG09 ARTIGO 15
(ImunIdade) (Requisitos formal. da apresentação)
1.Nenhum candidato pode ser sujeito a prisão preventiva, a 1. A apresentação das candidaturas consiste na entrega da
não serem Ilagrantedelito, por crime doloso punível com pena lista contendo os nomes e demais elementos de identificação
de prisão maior. dos candidatos e da declaração por todos assinada, conjunta ou
2. Movido processo crime contra algum caudidatoque não separadamente, de que aceitam a candidatura e ainda da
esteja em regime de prisão preventiva e indicíado este por declaração, sob compromisso- de honra, de que não se
despacho de pronúncia ou equivalente, 0'»1'OCCSSO só pode seguir encontram feridos de qualquer incapacidade eleitoral.
os seus termos após a proclamação dos resultados das eleições. 2. A referida apresentação deve ser acompanhada, para cada
candidato, dos seguintes documentos:
TíTuLon a) fot0c6pia autenticada do bilhete de identidade ou respectivo
PROCEDIMENTO ELE:ITORAL talão;
CAPITULO! h) certificado do registo criminal;
c) certidão comprovativa da inscrição no recenseamento
Marcação das Eleiiçôes
eleitoral;
ARTIGO 10 d) fot0c6pia autenticada do cartão de eleitor.
(Competências)
ARTIGO 16
As eleições autárquicas são marcadas por Decreto do
Conselho de Ministros, sób proposta da Comissão Nacional de (Mandatárloo de eandldatu~as)
Eleições, com a;unecedência minima de cento e vinte dias 1. Os candidatçs devem designar, de entre eles ou de entre
relativamente ao termo do mandato cessante. os eleitores inscritos na circunscrição autârquíca a que respeita
A1mGO li aeleição.. um mandatário para os representar em todas as
(DIIta) operações do procedimento eleitoral.
As eleições autárquicas realizam-se, simLIltaneamente,num único
2. A morada do mandatário é sempre indicada no processo
de candidatura para efeitos de notificação.
dia, dentro dos trinta dias anteriores ao termo do mandato cessante.
ARTIGO 17
A1mGO 12
(Inscrição)
(Slmultanel_ das eleições)
Os partidos políticos, coligações de partidos
As eleições para o presidente do conselho municipal ou de ou grupo de
povoação e para os membros da assembleia municipal ou de
cidadãos eleitores proponentes devem realizar a sua inscrição
povoação são feitas simultaneamente.
junto da Comissão Nacional de Eleições para efeitos eleitorais,
devendo apresentar os estatutos e o documento de registo.
18 DE JULHO DE 2007 277

SEcçÃOU 2. A organização e forma derealização do sorteio é definida pela


Apreclaçlo das candidaturas Comissão Nacional de Eleições. .
3. Do sorteio ref'en'l;lo no n,o 1 do presente artígo lavra-se
ARTIGO 18
auto e os resultados obtidoa são comunicados ao Secretariado
(Verificação dae ca_turas) Técnico da Administração EleitOral para efeitos de impressão
Findo o prazo para a apresentação das candidaturas, a Comissão dos boletins de voto.
Nacional de Eleições verifica, até sessenta dias antes da data das Artigo 24
eleições, a regularidade do respectivo processo, a autenticidade dos (Legitimidade)
documentos que o integram e a elegibilidade dos candidatos.
Têm legitimidade para interpor recurso os candidatos, os
ARTIGO 19 respectivos mandatários, os partidos políticos, coligações de
partidos, grupo de cidadãos eleitores proponentes de candidaturas.
(Irregularidades formais)

I. Registando-se irregularidades formais, é o mandatário da ARTIGO 25


candidatura em causa imediatamente notificado pela Comissão (Interposlçlo e subida do recurso)
Nacional de Eleições para efectuar o respectivo suprimento, no
I. O requerimento de interposição de recurso, do qual
prazo de cinco dias.
constam os seus furidamentos, é entregue no órgão eleitoral
2. O não suprimento de qualquer irregularidade formal no prazo
previsto no número precedente, implica a nulidade da candidatura.
recorrido, acompanhado de todos os elementos de prova.
2. Tratando-se de recurso contra a admissão de"qualquer
3. O mandatário da candidatura nula é imediatamente
candidatura, o Conselho Constitucional manda notificar
notificado para que proceda, querendo, à substituição da mesma,
imediatamente o mandatário da respectiva lista para responder,
no prazo de três dias. Se tal não suceder, o lugar da candidatura
querendo, no prazo de cinco dias.
nula é ocupado, na lista, pelo primeiro candidato suplente cujo 3. Tratando-se' de recurso contra a não admissão de
processo de candidatura preencha todos os requisitos exigidos, nos qualquer candidatura, o Conselho Constitucional manda
termos do n.o 2 do artigo 15 da presente Lei. notificar imediatamente os mandatários das listas que hajam
impugnado a sua admissão, se for esse o caso, para
ARTIGO 20 responderem, querendo, no prazo de três dias.
(Rejeição de candidaturas) ARnG026

I. Apenas podem ser rejeitadas as candidaturas de (Dellbaraçlo)


indivíduos sem capacidade eleitoral passiva ou que tenham l. O Conselho Constitucional delibera no prazo de dez dias a
desistido, nos termos da presente Lei.. contar dos prazos mencionados no artigo anterior.
2. O mandatário da candidatura rejeitada é imediatamente 2. Adeliberação é comunicada imediatamente, por qualquer
notificado para que proceda à substituição do candidato ou meio disponível, ao órgão eleitoral recorrido.
candidatos inelegíveis, no prazo de cinco dias e, se tal não
suceder, o lugar do candidato é ocupado, na lista, pelo CAPITULO III
primeiro candidato suplente cujo processo de candidatura
preencha a totalidade dos requisitos exigidos. Campanha e Propaganda Eleitoral
3. A candidatura é definitivamente rejeitada se, por falta de ARTIGO 27
candidatos suplentes, não for possível perfazer o número legal (Campanha eleitoral)
dos candidatos efectivos.
ARnG021
Entende-se por campanha eleitoral a actividade que vise,
direcia ou indirectamente, promover candidaturas, bem como a
(Recurso para o Conselho Constitucional)
divulgação de textos, imagens ou sons que exprimam ou
Das deliberações da Comissão Nacional de Eleições cabe recurso reproduzam o conteúdo dessa actividade.
ao Conselho Constitucional, que delibera em última instância. ARnG028

(Período)
ARTIGO 22
A campanha eleitoral inicia quinzedias antes da data das
(Dlvulgaçlo das listas dellnlllvas)
eleições e termina dois dias antes da votação.
I. A Comissão Nacional de Eleições procede à divulgação
das listas definitivas até trinta dias antes da data das eleições -, ARTIGO 29
2. Cópias das listas referidas no número anterior devem ser (Promoça<>e reallzaçlo)
afixadas nos lugares de estilo- à porta da Comissão Nacional de
A promoção e realizaçãodacampanha eleitoral cabe
Eleições, nos órgãos de administração eleitoral de nível central,
directamente aos candidatos, partidos polítioos ou coligações de
provincial, distrital e local, e entregues aos. mandatários das listas.
partidos e grupos de cidadãos eleitores proponentes de listas, sem
ARTIGO 23
embargo da participação activa dos cidadãos eleitores em geral.
(Sorteio da. listas a.,.....entadas) ARnG030

I. Nos três dias seguintes, depois da divulgação das listas (Âmbito)


definitivas, a Comissão Nacional de Eleições procede ao sorteio
Qualquer candidato, partido político ou coligação de partidos ou
das mesmas, na presença dos mandatários, para que lhes seja
grupo de cidadãos eleitores proponentes pode realizar·livremente a
atribuída uma ordem nos boletins de voto.
campanha eleitoraI em qualquer lugar do território da autarquia.

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278 J SÉRIE - NÚMERO 29

ARTIGO31 2. Em caso de comprovada insuficiência. a Cçmissão Nacional de


(Igual_ de oportunlded •• ele candidaturas) Eleições pode requisitar as salas e os recintos que considere
necessários à campanha eleitorel, sem prejuízoda actividade normal e
Os candidatos, partidos políticos. ou. coligação de partidos ou programa dos mesmos.
grupo de cidadãos eleitores proponentes têm direito a igual 3. O tempo destinado à campanha eleitoral, nos tennosdo número
tratamento por parte das entidades públicas e privadas: a fim de anterior. é igualmente repartido pelos partidos políticos, coligações
efectuarem. livremente e nas melhores condições. a sua campanha de partidos e grupos deeidadãos eleitores proponentes que o desejem
eleitoral. e tenham apresentado candidaturas para as eleições autárquicas.
ARUGo32
(Liberdade de e><preseio a de "Inlormaçio) ARTIGO37
I. No decurso da campanha eleitoral não pode ser imposta (Custo de utIl1zaçio)
qualquer limitação à livre expressão de princípios políticos, I. Os proprietários das salas de especláculos ou os que as
económicos, sociais e culturais. explorem, no caso do n,? I doartígo anterior, ou quando tenha havido
2. Durante o período da campanha eleitoral não podem ser a requisição aí prevista. indicam o preço a cobrar pela sua utilização.
aplicadas às empresas que explorem meios de comunicação social, depois de prévia negociação com as candidaturas interessadas.
nem aos seus agentes. quaisquer sanções por actos integrados na 2. O preço estipulado e demais condições de utilização são
campanha. uniformes para todas as candidaturas interessadas.
ARTIGO33
(Uberclade de raunllo a de manifestação) ARTIGO38

I. No período da campanha eleitora! li liberdade de reunião e de (Utlllzaçio da lugares e de edlfleloa públicos)


manifestação para fins eleitorais rege-se pelo disposto tias Leis n." I. As candidaturas podem utilizar, na campanha eleitoral. lugares e
9191, de 18 de Julho e n.? 712ooJ. de 7 de Julho, com as adaptações edifícios públicos pertencentes ao Estado e a outras pessoas colectivas
constantes' dos números seguintes. de direito público. nos termos a regulamentar pela Comissão Nacional
2. Os cortejos e desfiles podem realizar-se em qualquer dia e hora. de Eleições. sem prejuízo dos regulamentos internos das respectivas
respeitaodo-se os limites. impostos pela manutenção da ordem instituições.
pública, do ordenamento do trânsito e do período de descanso dos 2. É interdita a utilização. para efeitos de campanha eleitoral, dos
cidadãos. seguintes lugares:
3. A presença de agentes da autoridade em reuniões ou
a) unidades militares e militarizadas;
manifestações organizadas por qualquer candidatura apenas pode ser
b) repartições do Estado e das autarquias locais;
solicitada pelos seus órgãos competentes, ficando a entidade
c) outros centros de trabalho durante OS períodos normais de
organizadora responsável pela manutenção da ordem quando não faça
funcionamento;
tal solicitação.
d) instituições de ensino durante o período de aulas;
4. O prazo para o aviso a que se refere o artigo 10 da Lei n" 91
e) locais normais de culto;
191. de 18de Julho. paracfeitos da presente Lei. é reduzido para um
j) outros lugares para fins militares ou paramilitares; g}
dia.
u!\idades sanitárias.
5. O prazo Para o aviso a que serefere.o n, o I do artigo 11daLei n°
9191. de 18 de Julho, para efeitos da presente Lei, é fixado em doze 3. A utilização de lugares e de edificios públicos para fins de
horas. campanha eleitoral é gratuita, mas não pode prejudicar o
A1mG034 desenvolvimento normal dos serviços que neles se prestam.
(Prolblçio de divulgação d. IOndegens)
ARTIGO39
É proibida a divulgação dos resultados de sondagens ou de (Direito de antena)
inquéritos reIalivos·à opiniãO dos eleiton~ quanto eos concorrentes
à eleição. desde o início da campanha eleitoral até à diVJ1\gaçãodos Os candidatos a cargo de presidente das autarquias. os partidos
resultados eleitorais pela Comissão Nacional de Eleições. políticos, as colig~ções de partidos e os grupos de cidadãos eleitores
concorrentes às eleições têm direito à utilização dó serviço público de
ARTIGO35 radiodifusão e televisão durante o período da campanha eleitoral, nos.
(PublIceç6ee de CllIl1Ieterjomellatlco) termos definidos por regulamento da Comissão Nacional de Eleições.

As publicações noticiosas do sector público que insiram matéria


respeitante à campanha eleitoral devem conferir um tratamenlll ARTIGO40
jornalístico não discriminatório às diversas candidaturas.
(Propagande IOnora)
ARTIGO36 O recurso à propaganda com utilização de meios sonoros não
(satae de espeet6cuIOll) carece de autorização. nem de comunicação às autoridades
administrativas e sQé permitido entre as sete e vinte uma horas.
l.Os proprietários de salas de espectáculos ou de outros recintos
de normal utilização JlÚblica. que reúnam condições para serem ARTIGO41
utilizados na campanha eleitoral. devem pô-las à disposição da (Propagande gráfica)
Comissão Nacional de Eleições até vinte dias antes do início do
período de campanha eleitoral. com a indicação das datas e noras em I. A afixação de cartazes não carece de autorização nem de
que essas salas poderão ter aquela utilização. comunicação às autoridades.administratives.

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18 DE JULHO DE 2007 279

2. Não é permitida a fixação de cartazes, nem a realização de 2. Na falta de edifícios públicos adequados, podem ser
pinturas. murais em monumentos nacionais, templos e edifícios requisitados, para o efeito, edifícios privados.
religiosos, sedes de órgãos do Estado a nível central e.local ou onde 3. O local de funcionamento da assembleia de voto coincide,
vão funcionar as assembleias de voto, nos sinais de trânsito ou placas sempre que possível, com o posto de recenseamento eleitoral.
de sinalização rodoviária ou ferroviária, no interior das repartições ou 4. Não é permitido a constituição e o funcionamento de
edifícios públicos e em edifícios privados, sem autorização dos assembleias de voto nos seguintes locais:
usufrutuários. a) unidades policiais;
b) unidades militares;
ARTIGO42
c) residências de ministros de culto;
(Deveres dos órgãos de informação •• crlta do sactor público)
á) edifícios de qualquer partido político, coligações de partidos,
1. Os órgãos de informação escrita pertencentes ao sector público grupo de cidadãos eleitores proponentes e associações
devem inserir nas suas publicações material eleitoral. filiadas a partidos políticos;
2. Sempre que os órgãos de informação escrita referidos no e) locais onde se vendam bebidas alcoólicas; fi
número anterior incluam informações relativas ao processo locais de culto ou destinados a culto;
g) unidades sanitárias.
eleitoral, devem reger-se por critérios de absoluta isenção e rigor,
evitando a deturpação dos assuntos a publicar e discriminação entre as A$TIG047
diferentes candidaturas.
(Anún~lo do dia, hora e local)
3. As publicações gráficas que sejam propriedade do Estado ou
estejam sob o seu controlo devem inserir obrigatoriamente material A Comissão Nacional de Eleições anuncia publicamente, em cada
respeitante aos actos eleitorais em todos os seus números editados lugar, Odia, a hora e os locais onde funcionam as assembleias de voto.
duranteo período de propaganda eleitoral, pautando-
-se pelos princípios referidos nos números anteriores do presente ARTlG048
artigo. (Relação de candidaturas)
ARTIGO43
O Secretariado Técnico da Administração Eleitoral ao proceder
(Utilização em comum ou troca) â distribuição dos boletins de voto, entrega ao presidente da mesa da
Os partidos políticos, coligações de partidos ou grupos de cidadãos assembleia de voto, juntamente com estes, a relação de todas as
eleitores proponentes podem acordar na' utilização, em comum ou na candidaturas definitivamente aceites, com a identificação completa dos
troca entre si, de espaço de publicação que lhes pertença ou das salas candidatos, a fim de serem afixadas no local onde funcione a
de espectáculo cujo uso lhes seja atribuído. assembleia de voto.
ARTIGO49
ARTIGO44
(Funclonamenlo das ossemblelas de voto)
(Proibição de uso de bens públicos em campanha eleitoral)
As assembleias de voto funcionam, simultaneamente, em todo o
1. É expressamente proibida a utilização pelos partidos políticos país no dia marcado para as eleições.
ou coligações de partidos e demais candidaturas em campanha
eleitoral, de bens do Estado, autarquias locais, institutos autónomos, ARTIGO50
empresas estatais, empresas públicas e s~iedades de capitais exclusiva (Mesa da as.omblela de voto)
ou maioritariamente públicas.
I. Em cada assembleia de voto há uma mesa ou mais mesas a
2. Exceptua-se do disposto no número anterior, os bens públicos
quem compete promover e dirigir a votação e o apuramento dos
referidos nos artigos 38 e 39 da presente Lei.
resultados do escrutínio. .
CAPITULO IV 2. A mesa da assembleia de voto é composta por cinco membros.
Assembleias de voto sendo um presidente, um vice-presidente, um secretário e dois
escrutinadores, que também devem velar pela organização dos
SECÇÃO I
eleitores para o acto de votação.
Organização das assembleias de voto
3. Os membros das mesas devem saber ler e escrever português, e
ARTIGO45
possuir formação adequada à complexidade da tarefa.
(Formação)

I. Em cada mesa da assembleia de voto há um único caderno de 4. Pelo menos dois membros da mesa devem falar a língua local
recenseamento eleitoral. da área onde se situa a assembleia de voto.
2. Vinte e cinco dias antes das eleições, o órgão de administração
5. Compete ao Secretariado Técnico da Administração Eleitoral a
eleitoral faz divulgar o mapa definitivo das assembleias de voto na
indicação dos nomes dos membros das mesas de voto, ouvidos os
sua sede, nos órgãos de comunicação social e noutros lugares de fácil
representantes das candidaturas. assim como capacitá--los para o
acesso ao público.
exercício das funções.'
ARTIGO46
6. A função de membro da mesa da assembleia de voto é
(Locais de funcionamento)
obrigatória para os membros indicados, salvo motivo de força maior
I. As assembleias de voto funcionam em edifícios públicos que ou justa causa, e é incompatível com a qualidade de mandatário ou
ofereçam as indispensáveis condições de acesso e segurança. delegado da candidatura.

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280
I SÉRIE - NÚMERO 29

ARTIGO 51 á) os boletins de voto;


(Recrutamento dos membros des in .sas das assembleIas e) as umas de votação, devidamente numeradas a nível
devoto) nacional;
Para constituição das assembleias' de voto, o Secretariado Técnico f) as cabines de-votação;
da Administração Eleitoral r••:ruta, mediante concurso público de g) os selos, lacre e envelopes para os votos;
avaliação curricular, cidadães moçambicanos maiores de dezoito anos h) as esférrogrãficas, lápis e borracha;
de idade, tecnicamente habilitados para o efeito. I) a almofada e tinta para impressão digital e tinta indelével;
j) o carimbo e a respectiva almofada;
ARTIGO 52 k) os meios de iluminação;
f) as máquinas de calcular.
(Constltulçlio des mesas)
2. Aos órgãos locais de administração do Estado compete criar e
1. As mesas das assembleias de voto constituem-se na hora
garantir as condições necessárias e indispensáveis à guarda,
marcada para o início do seu funcionamento e nos locais
conservação, segurança e inviolabilidade dos materiais referidos no
previamente indicados pela Comissão Nacional de Eleições e seus
órgãos de apoio. número anterior.
ARTIGO 55
2. A constituição das mesas fora dos locais previamente indicados
implica a nulidade das eleições e dos actos eleitorais praticados (TIpos de um •• )
nessas circunstâncias, salvo motivo de força maior, As urnas a serem utilizadas devem ser transparentes.
devidamente justificado e sancionado pela Comissão Nacional
de Eleições.
SECÇÃO li
3. Os membros das mesas das assembleias de voto derem estar
Delegados de candidatura
presentes no local de funcionamento da assembleia, duas horas antes
do início da votação. ARTIGO 56

4. Se o Secretariado Técnico de Adminístração Eleitoral verificar (Designação dos delegados de candidatura)


que, uma hora antes do início da votação, há impossibilidade de
1. Cada candidatuia tem o direito de designar um delegado
constituição da mesa por ausência de membros indispensáveis,
efectivo e outro suplente para cada mesa de assembleia de voto.
designa, após acordo com às delegados de candidaturas
2. Os delegados podem ser designados para uma assembleia de
presentes, os substitutos dos ausentes, de entre os cidadãos voto diferente daquela em que estão inscritos como eleitores, dentro
eleitores de reconhecida idoneidade, considerando--se sem efeito a da mesma unidade geográfica de recenseamento eleitoral.
designação daqueles que não tenham comparecido.
3. A falta de designação ou de comparência de qualquer delegado
não afecta a regularidade dos actos eleitorais.
5. Os membros designados para integrar as mesas das
assembleias de voto são dispensados do dever de comparência no
ARTIG05?
respectivo local de trabalho, enquanto durar a sua actividade e no dia
útil imediato. (Procedimento de deslgnaçlio)
6. A dispensa referida no número anterior não afecta os direitos e
regalias de que seja titular, devendo, contudo, fazer-se prova bastante I. Até ao vigésimo dia anterior ao sufrágio, os partidos políticos,
da qualidade de membro da mesa da assembleia de voto. coligação de partidos concorrentes às eleições, bem como os grupos
de cidadãos eleitores proponentes, designam os respectivos delegados
ARTIGO 53 para cada mesa da assembleia de voto, remetendo os seus nomes às
(Inalterabilidade das ,oeses) comissões de eleições provinciais, distritais ou de cidade para efeitos
de credenciação.
I. As mesas das assembleias de voto, lima vez constituídas, não
podem ser alteradas, salvo motivo de força maior, devendo a 2. Os órgãos de apoio da Comissão Nacional de Eleições ao nível do
Comissão Nacional de Eleições dar disso conhecimento público, distrito ou de cidade. devem emitir credenciais a que se refere
2. A presença efectiva do presidente ou do vice-presidente mais o número anterior do presente artigo e proceder a sua
dois membros da mesa é suficiente para se considerarem entrega às entidades interessadas, até quarenta e oito horas antes do
válidos a votação e os resultados do escrutínio, sufrágio.
ARTIGO 58
ARTIGO 54 (Direitos e deveres do delegado de candldstura)
(Elementos de trabalho das mesas)
1. O delegado de lista goza dos seguintes direitos:
1. O Secretario Técnico da Admiristração Eleitoral deve a) estar presente no local onde funciona a mesa de assembleia
assegurar, em tempo útil, Ófornecimento, a cada mesa de assembleia de voto e ocupar o lugar mais adequado para poder
de voto, de todo o material necessário, designadamente: fiscalizar todos os actos eleitorais;
a) a cópia autenticada dos cadernos de recenseamento eleitoral b) verificar, antes do início da votação, as umas e as cabinas de
referentes aos eleitores inscritos na área abrangida pela votação;
respectiva assembleia de voto; c) solicitar explicações à mesa da assembleia de voto, obter
b) o livro de actas e de editais das operações eleitorais, informações sobre os actos eleitorais e apresentar
rubricado em todas "as pãginas e com termo de reclamações;
abertura e de encerramento; á) ser ouvido em todas as questões que se levantem durante o
c) os impressos, mapas e modelos de registo e informação funcionamento da mesa da assembleia de voto, quer
necessária às operações eleitorais; durante a votação. quer durante o escrutínio;

----------~ ------
18 DE JULHO DE 2007 281

e) fazer observações sobre as actas, quando considere 5. Na área rectangular correspondente a cada candidatura figura
conveniente, e assiná-las, devendo, em caso de recusa de um quadrado no qual o eleitor deve assinalar com uma cruz ou com a
assinatura, fazer. constar as respectivas razões; impressão digital, a sua escolha.
f) rubricar todos os documentos respeitantes às operações
eleitorais; ARTIGO 62
g) consultar a todo o momento os cadernos de recenseamento (Cor e outras caracteristicas)
eleitoral;
h) receber cópias da acta e do edital originais, devidamente A cor e outras características dos boletins de voto são fixadas pela
assinadas e carimbadas. Comissão Nacional de Eleições. sob proposta do Secretariado
Técnico da Administração Eleitoral.
2. O delegado de lista tem os seguintes deveres:
a) exercer uma fiscalização conscienciosa e objectiva da ARTIGO 63
actividade da mesa da assembleia de voto; (Exame tlpogrAllco dos boletins de voto)
b) cooperar para o desenvolvimento normal da votação, do
Antes da impressão definitiva dos boletins de voto. os partidos
escrutínio e do funcionamento da mesa da
políticos, coligações de partidos ou grupo de cidadãos eleitorais
assembleia de voto em geral;
proponentes, ou seus mandatários, são notificados para, querendo, no
c) evitar intromissões injustificáveis e de má-fé na actividade
prazo a fixar pela Comissão Nacional de Eleições, verificar a
da mesa da assembleia de voto que perturbem o
conformidade da fotografia, denominação, sigla e símbolo, com os
desenvolvimento normal dos actos eleitorais; -
materiais entregoes à Comissão Nacional de Eleições. no momento de
cl) não permitir rasura em nenhum documento referente às
operações eleitorais. apresentação das candidaturas.

3. O não exercício de qualquer dós direitos e deveres previstos no ARTIGO 64


presente artigo não afecta a validade dos actos eleitorais.
(Produção dos boletins de voto)
4. O comprovado impedimento pela mesa da assembleia de voto
do exercício dos direitos e deveres previstos no presente artigo afecta Os boletins de voto são produzidos em séries numeradas
a validade dos actos eleitorais daquela mesa. sequencialmente.
CAPiTULO V
ARTIGO 59
Eleição
(ImunidAde dos delegados de candidaturas)
SECÇÃO I
Os delegados das candidatur as não podem ser detidos durante o Direito de sulrAglo
funcionamento da mesa da assembleia de voto, a não ser em flagrante
ARTIGO 65
delito por crime punível com pena de prisão superior a dois anos.
(Pessoalidade do voto)
SECÇÃO III 1. O direito desufrágio é exercido directamente por cada cidadão
Boletins de voto eleitor.
ARTIGO 60 2. Em caso algum o direito de sufrágio é susceptível de
representação.
(caracterlstlcaalundamentals)
ARTIGO 66
I. Os boletins de voto são impressos em papel a definir pela (Presencialldade do voto)
Comissão Nacional de Eleições, sob proposta do Secretariado
Técnico da Administração Eleitoral. O direito de voto é exercido presencialmente pelo cidadão eleitor
2. Os boletins de voto são de forma rectangular. com as no local de funcionamento da assembleia de voto em que se encontra
dimensões apropriadas para neles caber a inserção de todas as inscrito.
candidaturas submetidas à votação, em cada: círculo eleitoral. ARTIGO 67
(Unicidade do voto)
ARTIGO 61
A cada eleitor só é permitido votar uma única vez para a eleição
(Elementos Integrantes)
de cada órgão representativo das autarquias locais.
I. Em cada boletim de voto são dispostos horizontalmente. uns
abaixo dos outros. separados por uma faixa, por ordem de sorteio. os ARTIGO 68
elementos de identificação das candidaturas'. . (Direito de votar).
2. O sorteio das candidaturas e das listas é feito pela Comissão
1. O acto de votar constitui um direito de cada cidadão eleitor.
Nacional de Eleições.
2. As entidades públicas e privadas, as empresas e outros
3. São elementos de identificação as denominações. siglas e
empregadores. devem conceder aos respectivos funcionários e
bandeiras ou símbolos das candidaturas concorrentes, os quais. no trabalhadores, se for caso disso, dispensa pelo tempo necessário para
caso dos partidos políticos ou coligações de partidos. reproduzem os poderem votar.
constantes do registo existente no Conselho Constitucional e nos ARTIGO 69
órgãos de administração eleitoral. (Local de exercício de voto)
4. Na eleição do presidente do conselho municipal ou de
povoação são elementos de identificação os nomes completos dos O direi to de voto é exercido na assembleia de voto
candidatos. as suas fotografias e respectivos símbolos eleitorais. correspondente ao 10cal onde o eleitor esteja recenseado, salvo o
disposto no artigo 79 da presente Lei.
282 ISERIE - NÚMERO 29

ARTIGO 70
b)· ocorrência, na assembleia de voto, de quaisquer
(Liberdade e confidencialidade de voto) perturbações-ou tumultos.
1. O voto é livre e secreto. 2.As operações eleitorais só são retomadas depois de o
2. Ninguém pode ser, sob qualquer pretexto, obrigado ou presidente da mesa da assembleia de voto verificar a
obrigar outrem a re~elar o sentido do voto. eliminação das causas que determinaram a sua interrupção.
3. Dentro da assembleia de voto e fera dela, até à distância 3. Nos casos referidos no n.o I do presente artigo e sempre
de mil metros, ninguém pode revelar em que candidatura votou que se ponha em causa a integridade das umas, as operações
ou vai votar. eleitorais voltam a repetir-se, considerando-se sem efeito
ARTIGO 71 quaisquer actos que eventualmente tenham sido praticados.
(Requisitos de exercício do direito devoto) 4. 'Na impossibilidade de repetição das operações eleitorais
Para efeitos de admissão à votação, o nome do eleitor deve constar referidas no n. o 3 do presente artigo, realizam-se eleições no
do caderno de recenseamento e a sua identidade reconhecida pela segundo Domingo após a realização das eleições em referência.
respectiva mesa, salvo o disposto no art go 79 da presente Lei. ARTIGO 77

SECÇÃO II (Presença de não eleltoreo)


Processo de votação 1. Sem prejuízo do disposto no artigo 58 da presente Lei,
ARTIGO 72 não é permitida a presença nas assembleias de voto:
(Abertura da assembleia de voto) a) de cidadãos que não sejam eleitores;
b) de cidadãos que já tenham exercido o seu direito de voto.
1. As assembleias de voto abrem, err todo o território
nacional, às sete horas e encerram às dezoito boas. 2. É, contudo, permitida a presença dos órgãos de comunicação
2. O presidente da mesa declara aberta a assembleia de voto e social nas assembleias de voto, desde que devidamente
procede, com os restantes membros e delegados das candidaturas, credenciados pela Comissão Nacional de Eleições, devendo:
à revista da cabina de voto e dos documentos de trabalho da mesa.
3. O presidente da mesa exibe as urnas vazias perante os a) identificar-se perante o presidente da mesa da
outros membros da mesa, delegados das candidaturas e assembleia de voto, exibindo a credencial referida;
observadores presentes, após o que procede à selagem das b) abster-se de colher imagens em lugares próximos das
mesmas, elaborando--se a respectiva acta. cabinas e urnas de votação e de registar declarações de
ARTIGO 73 eleitores dentro da área de trezentos metros circundante
(Impossibilidade de abertura da 'ssemblela de voto) do local de furicionamento da assembleia de voto.

A abertura das assembleias de voto não tem lugar nos casos de: 3. A Comissão Nacional de Eleições autorizará a presença
de observadores designados por organizações não partidárias.
a) impossibilidade de constituição da respectiva mesa;
b) ocorrência, no local ou na; suas proximidades, de
ARTIGO 78
calarnidade ou perturbaçãd da ordem pública, na véspera
ou no próprio dia marcado para o acto eleitoral.
(Ordam da votação)
I. Os eleitores VOtampela ordem de chegada às assembleias
ARTIGO 74
de voto, dispondo-se em fila para Oefeito.
(Irregularidades e seu •.uprlmento) 2. Sem prejuízo do disposto no numero anterior, votam em
1. Verificando-se quaisquer irregi laridades que impeçam o primeiro lugar o presidente, outros membros da mesa de
assembleia de voto, bem como os_delegadosdas candidaturas
processo de votação, a mesa procede ao seu suprimento dentro
que se encontrem inscritos nos cadernos eleitorais
das duas horas subsequentes à sua verificacão, correspondentes à assembleia de voto que fiscalizam ..
2. Tomando-se impossível suprir a:iirregularidades
3.Os presidentes das mesas dão prioridade 8<)S seguintes
dentro.do prazo previsto no número anterior, O presidente
cidadãos eleitores:
declara encerrada a mesa da assembleia de voto e par:icipa o
facto à Comissão Nacional de Eleições para decisão através do a) candidato a presidente da autarquia;
Secretariado Técnico de Administração Eleitoral. b) incumbidos do serviço de protecção e segurança das
assembleias de voto;
ARTIGO 75 c) doentes;
ti) deficientes;
(Continuidade das operal6e& elelloralo) e) mulheres grávidas;
A votação decorre ininterruptamen e, devendo os membros da j) idosos; .
mesa da assembleia de voto fazer-se substituir quando necessário. g) pessoal médico e paramédico.

ARTIGO 76 ARTIGO 79
(tnterruJl9llo das opara9lesaleltoralo) (Votos dos elaltores não Inscrlloo no local da aooemblela
da voto)
I. As operações eleitorais são interro npidas, sob pena de
nulidade da votação, nos seguintes casos: 1. Os membros da mesa da assembleia de 'voto, os agentes
da polícia e os jornalistas. devidamente credenciados, podem
a) ocorrência, na área da autarquia local, de calamidade ou
exercer o direito de sufrágio nessa mesma assembleia.
perturbação da ordem pública que possa afectar a ainda que não se encontrem inscritos no correspondente
realização do acto eleitoral. caderno de recenseamento eleitoral.
18 DE JULHO DE 2UU 7 283

2. Os boletins de voto correspondentes ao voto referido no ARTIGO 83


número anterior são processados em separado. mencionando- (Voto de cldadios que nãe saibam ler ou escrever)
se na acta a respectiva ocorrência.
Os cidadãos que não saibam ler ou escrever.e que não possam
3. Antes da votação, o nome e o número do cartão dos eleitores
colocar a cruz, votam. mediante a aposição de um dos dedos no
referidos no presente artigo são registados em impresso próprio, que
quadrado ou na área rectangular correspondente à candidatura que
segue em anexo à acta de apuramento dos resultados a elaborar pela
escolhem, depois de o terem mergulhado em tinta apropriada para o
mesa da assembleia de voto.
efeito existente na cabina de voto.
ARTIGO 80
AIITIGO 84
(Encerramento da votação)
(Voto de eleitores com eartões extraviados)
1. O presidente da mesa declara encerrada a votação logo que
O eleitor cujo cartão se tenha extraviado, fora do período de
tenham votado todos os inscritos e presentes na assembleia de voto até
reemissão fixado pelos órgãos eleitorais, só pode votar se constar do
às 18 horas do dia previsto para as eleições.
caderno eleitoral respectivo, confirmado pelos delegados de
2. Em caso de impossibilidade de cumprimento dos prazos
candidaturas, devendo, para o efeito, apresentar o bilhetp de
eleitorais, cabe à Comissão Nacional de Eleições decidir sobre a
identidade, passaporte ou outro documento que contenha fotografia e
eventual alteração do momento de encerramento global da votação.
que seja geralmente utilizado para identificação.
SECÇÃO III
SECÇÃO IV
Modo de votação
Garantias de liberdade de voto
81
ARTIGO
AtmGO 85
(Modo de votação de cada eleitor)
(Dúvidas, reclamaç6es e protestos)
1. Ao apresentar-se perante a mesa da assembleia de voto, cada
1." Além dos delegados de candidaturas, qualquer eleitor
eleitor mostra as suas mãos aos membros da mesa e entrega ao
pertencente à assembleia de voto pode colocar dúvidas e apresentar,
respectivo presidente o seu cartão de eleitor.
por escrito, reclamações e protestos relativamente às operações
2. Identificado o eleitor e verificada a sua inscrição, o presidente eleitorais da respectiva mesa da assembleia de voto, devendo instruí--
entrega-lhe os boletins de voto. Ios com OS meios de prova necessários.
3. Em seguida, o eleitor dirige-se à cabina de voto onde, sozinho, 2. A mesa não pode recusar a recepção das reclamações e dos
assinala, com uma cruz, ou com a aposição da impressão digital no protestos, devendo rubricá-los e anexá- los às actas.
quadrado ou na área rectangular correspondente ao candidato em 3. As reclamações eos protestos têm de ser objecto de deliberação
quem vota, dobra cada boletim de voto em quatro partes. da mesa da assembleia de voto, que pode tomá-Ia no final da votação
4. Voltando para junto da mesa, O eleitor introduz os boletins de se entender que isso não afecta o andamento normal da votação.
voto nas urnas correspondentes "mergulha o dedo indicador direito 4. Todas as deliberações na mesa da assembleia de voto sobre esta
em tinta indelével, enquanto os escrutinadores registam a votação, matéria; são tomadas por maioria de votos dos membros presentes,
rubricando os cadernos de recenseamento eleitoral na coluna tendo o presidente ou o seu substituto voto de qualidade, em caso de
correspondente ao nome do eleitor. empate, podendo ser objecto de recurso à Comissão respecti va,
5. Se o eleitor não expressar a sua vontade em relação a um dos
ARTIGO 86
órgãos a eleger, não recebendo ou não entregando o respectivo
(Manutençio da ordem e da disciplina)
boletim de.voto, esse facto consta da acta como abstenção.
6. Se, por inadvertência, o eleitor inutilizar um boletim de voto, 1. Compete ao presidente da mesa da assembleia de voto,
deve pedir outro ao presidente da mesa, devolvendo-lhe o primeiro, coadjuvado pelos membros da respectiva mesa, assegurar a liberdade
dos eleitores, manter a ordem e a disciplina, tomando para o efeito as
que é rubricado pelo presidente e conservado.
providências adequadas.
7. Uma vez exercido o direito de voto, o eleitor recebe o cartão e
2. Não são admitidos na assembleia de voto e são mandados
retira-se do local da votação. retirar pelo presidente da mesa, os eleitores que se apresentem
manifestamente embriagados ou drogados, os que sejam portadores
ARTIGO 82
de qualquer arma, os dementes e os que, por qualquer forma,
(Voto dos portadores de deflelênela) perturbem a ordem pública e a disciplina.
1. Os eleitores cegos e os afectados por doença ou deficiência
ARTIGO 87
física notória, que a mesa verifique não poderem praticar os
actos descritos no artigo precedente. votam acompanhados de outro (Prolbl~ de propaganda)
eleitor, por si livremente escolhido, que deve garantir a fidelidade de I. É proibida qualquer propaganda dentro das assembleias de voto
expressão do seu voto, ficando obrigado a absoluto sigilo. e fora delas e na área circundante até uma distância.cle trezentos
2. Se a mesa decidir que não se verifica a notoriedade da doença metros.
ou deficiência fisica, exige que lhe seja apiesentado, no acto da 2. O disposto no número anterior aplica-se igualmente à exibição
votação, documento passado pela entidade competente, em de símbolos, sinais, distintivos ou autocolantes dos candidatos. de
comprovação da impossibilidade da prática dos actos descritos no partidos políticos, coligações de partidos ou de grupo de cidadãos
artigo anterior. eleitores proponentes.
284
I SÉRIE - NÚMERO 29

ARTIGO 88 3. Do número de boletins de voto contados é dado imediato


(Proiblçílo da presença da Iorça armada) conhecimento público através de edital original, que o
presidente da mesa lê em voz alta e rnanda afixarno local do
J. Nos locais onde se reunirem as assembleías.de voto, e
funcionamento da assembleia de voto.
num raio de trezentos metros, é proibida a presença de força
ARTIGO 92
armada, com excepção do disposto nos números seguintes.
2. Quando for necessário pôr termo a tumultos ou obstar a (Suprimento de divergência na contagem)
agressões ou violência, quer no local dr. assembleia d~ voto, quer I. Em caso de divergência entre o número de votantes
na sua proximidade, ou ainda em caso de desobediência às suas apurados nos termos do n.o I do artigo anterior e o número dos
ordens, o presidente da rnesa da assembleia de voto pode, boletins de voto contados, prevalece, para efeitos de
ouvida esta, requisitar a presença da força de manutenção da apuramento, o segundo destes números, desde que não seja
ordem pública, com menção, na acta, das razões da requisição superior ao número de eleitores inscritos.
e do período de presença da força armada. 2. Verificando-se que o número de boletins de voto existentes
3. Sempre que o comandante da força de manutenção da
na urna é superior ao número de eleitores inscritos, considera-
ordem pública verificar a existência de indícios. de que se
exerce sobre os membros da assembleia de voto coacç ••) física se nula a votação e as operações eleitorais correspondentes são
ou psicológica que impeça o respectivo presidente de fazer a repetidas no segundo Domingo posterior à decisão.
respectiva requisição, pode mandar a força intervir, devendo
esta retirar-se logo que o presidente assim o determine ou ART1GO 93
quando a sua presença já não se justifique. (Contagem dps votos)
4.Para pôr termo a tumultos ou obstar agressões ou
violência, a força de manutenção da ordem pública deve I. Após a reabertura das umas de votação, o presidente da
recorrer a formas lícitas de actuação estabelecidas na lei. mesa da assembleia de voto manda proceder à contagem dos
S -,Nos casos previstos nos n." 2 e 3,su spendem-se imediatamente boletins de voto, separada para cada órgão autárquico e com
as operações eleitorais até que o presidente considere reunidas as respeito pelas seguintes regras:
condições para que elas possam prosse guír,'sob pena de nulidade da a) o presidente abre o boletim, exibe-o e anuncia em voz
eleição na respectiva mesa de assem oleia de voto. alta qual a candidatura ou lista votada;
b) o secretário da mesa ou seu substituto aponta os votos
ARTIGO 89
atribuídos à cada candidato ou lista em duas folhas
(Deveres especiais dos profissionais de eomunleaçíl<>social) Os separadas de papel branco ou, caso exista, num
profissionais de comunicação social que. no exercício das quadro grande;
suas funções se deslocam as assemb.eias de voto, não devem c) o segundo escrutinador coloca em separado e por lotes,
agir de formá a comprometer o segredo de voto ou perturbar a depois de os exibir, os votos já lidos correspondentes
acto eleitoral, bem como difundir cor i parcialidade. a cada candidato ou lista, os votos em branco e os
votos nulos;
CAPITULO H ti) o primeiro eo segundo escrutinadores procedem à
Apuramento contagem dos votos e o presidente da mesa divulga o
SECÇÃO I núrnero de votos que coube a cada candidato ou lista.
Apuramento pa.ela' 2. Terminada a operação a que se refere o número anterior,
ARTIGO 90 o presidente da mesa procede ao confronto entre o número de
(Operação prellrr Inar) votos existentes na urna e o número de votos por cada lote.
3. Logo de seguida é afixado na assembleia de voto, em lugar de
I. Encerrada a votação, o presidente da mesa da assembleia de
acesso ao público, edital contendo os dados do apuramento parcial.
voto procede à contagem dos boletins que não foram utilizados e
dos que foram inutilizados pelos eleitores e encerra-os, com a
ART1G094
necessária especificação, em dois sobn :scritos Próprios, um para a
eleição do presidente da autarquia e outro para a eleição dos (Cópias da acta e do editai originais)
membros da assembleia da autarquia, qt e fecha e lacra. Em O presidente da mesa da assembleia de voto distribui cópias da
seguida, tranca a lista de eleitores, que é assinac a por todos os acta e do edital originais do apuramento de votos referido no n.o 3
membros da mesa e delegados de candidaturas para posterior
do artigo anterior, devidamente assinadas e carimbadas, aos
envio à comissão de eleições distrital ou de cidade correspondente,
delegados de candidaturas dos partidos políticos, coligações de
2. Todas as operações previstas nesra secção são efectuadas
partidos ou grupos de cidadãos eleitores proponentes.
no local da assembleia de voto.
ARTIGO 91 ARTIGO 95
(Contagem dos votantes e dos bol••tlns de voto utlll.ados) (Votos em branco)
1. Concluída a operação preliminar, o presidente da mesa da É voto em branco o boletim de voto que não contenha
assembleia de voto manda contar o número dos votantes pelas qualquer sinal.
descargas efectuadas nos cadernos de recenseamento eleitoral. ARTIGO 96
2. Seguidamente, o presidente da nesa manda abrir as urnas (Votos nulos)
uma a uma, a fim de conferir o número de boletins de voto
entrados e. no fim da contagem, volta a depositá-los nelas, I. É voto nulo o boletim de voto no qual:
selando-as-em seguida. a) tenha sido assinalado mais de um quadrado;
18 DE JULHO DE 2007 285

b) haja dúvidas sobre o quadrado ou a área rectangular â) as deliberações tomadas pela mesa durante as operações
assinalada; eleitorais;
c) tenha sido assinalado o quadrado ou a área rectangular
correspondente a uma candidatura que tenha desistido das e) o número total dos eleitores inscritos, dos que votaram e dos
eleições; que não votaram;
d) tenha sido feito qualquer corte, desenho ou rasura; fi O número de votos obtidos por cada candidatura;
e) tenha sido escrita qualquer palavra. g) o número de votos brancos e de votos nulos;
2. Não é considerado voto nulo o boletim de voto no qual a cruz h) o número de boletins de voto sobre os quais haja incidido
ou impressão digitàl, não tenha sido perfeitamente desenhada ou reclamação ou protesto;
l) as divergências de contagem, se as houver, com a indicação
colocada, ou ainda exceda os limites do quadrado ou da área
precisa das diferenças notadas;
rectangular, quando assinale, inequivocamente, a vontade do eleitor.
j) o número de reclamações e protestos apensos à acta;
ARnoo97 k) quaisquer outras ocorrências que a mesa julgar dignas de

(Intervençllo dos delegados das candldatwas)


menção;
l) assinatura dos membros da mesa da assembleia de voto.
I. Concluídas as operações referidas nos artigos 91 e 93 da
presente Lei, os delegados das candidaturas podem examinar os lotes ARTIGO 101
dos boletins de voto separados, sem alterar a sua composição.
(Publlcaçlo 'do apuramenlo parcial)
2. Se entenderem dever suscitar dúvidas ou deduzir reclamações
quanto à contagem ou quanto à qualificação dada a qualquer voto, 1. O apuramento parcial é imediatamente publicado por acta e
devem as mesmas ser apresentadas ao presidente da mesa edital originais, devidamente assinado c carimbado no local do
da assembleia de voto. funcionamento da assembleia de voto, no qual se
3. Caso as reclamações apresentadas não sejam atendidas pela discrimina o número de votos de cada candidatura, o número de
mesa da assembleia de voto, os boletins de votos e o objecto da votos em branco e o número de votos nulos.
reclamação em causa são separados, anotados no verso com a 2. O apuramento parcial só pode ser tomado público após a.
qualificação dada pela mesa, rubricados pelo presidente da mesa e hora estabelecida para O encerramento da votação ao nível
pelo delegado de candidatura. nacional.
3. A acta e o edital do apuramento parcial são afixados na
ARnG098
assembleia de voto em lugar de acesso público.
(Destino dos boletins de voto reclamados ou protestados)

I. Os boletins de voto sobre os quais haja reclamações ou protestos ARTIGO 102


são, depois de rubricados pelo presidente da mesa ou seu substituto, (Comunicações para o efeito de contagem provisória de votos)
remetidos à Comissão de Eleições Distrital ou de Cidade até às doze
horas do dia seguinte após à votação. O presidente da mesa de assembleia de voto comunica, de
2. No prazo de vinte e quatro horas, contanõo a partir da hora do imediato, os elementos constantes do edital previsto no artigo anterior
encerramento da votação na respectiva assembleia de voto, os votos à comissão de eleições distrital ou de cidade que, por SU~ vez os
referidos no número anterior devem ser entregues à Comissão transmite à comissão provincial de eleições e esta, directamente à
Provincial de Eleições, que por sua vez os remete à Comissão Comissão Nacional de Eleições.
Nacional de Eleições.
ARTIGO 103
ARnG099

(Desllno dos reslanles boletins de volo) (Cópias da acla e do edital originais)

I. Os restantes boletins de voto são colocados em pacotes que são O presidente da mesa da assembleia de voto distribui cópias da
devidamente lacrados e confiados à guarda da Comissão de Eleições acta e do edital originais do apuramento de votos, referidos no n. o 1 do
Distrital ou de Cidade. artigo 90'da presente Lei, devidamente assinados e carimbados, aos
2. Esgotado o prazo para a interposição do recurso contencioso ou delegados de candidatura dos partidos políticos, coligações de partidos
decidido este definitivamente, o presidente da comissão referida no ou grupo de cidadãos eleitores proponentes.
número anterior promove a destruição dos boletins.de voto.
SECÇÃO 11

ARTIGO 100 Apuramento autárquico Intermédio

(Acta e editai das operações eleitorais) ARTIGO 104

I. Compete ao secretário da mesa da assembleia de voto elaborar a (Compelêncla)


acta e o edital das operações de votação e do apuramento parcial. O apuramento autárquico intermédio na área de cada autarquia
, 2. Da acta constam obrigatoriamente: local compete à Comissão de Eleições Distrital ou de Cidade.
a) o número de inscrição no recenseamento eleitoral e o nome
ARTIGO 105
dos membros da mesa da assembleia de voto e dos
delegados de candidatura; (Envio de material eleitoral à assembleia de apuramento
Intermédio)
b) o local de funcionamento da assembleia de voto;
c) a hora de abertura e de encerramento da assembleia de voto; I. Até as doze horas do dia seguinte ao apuramento parcial, os
presidentes das mesas das assembleias de voto entregam pessoalmente
ou remetem pela. via mais segura. contra recibo.
------~-------------
286 I SÉRIE - NÚMERO 29

as urnas, as actas, os cadernos e demais documentos respeitantes originais referidos no artigo anterior devidamente assinadas e
à eleição. à Comissão de Eleições Disti ital ou de Cidade. através do carimbadas.
Secretariado Técnico da Administração Eleitoral. ARTIGO 110
2. Os delegados das candidaturas e os observadores podem (Publicação doa resultados do apuramento-,Intermédlo)
acompanhar e devem ser avisados da ho ã de partida do transporte dos
Os resultados do apuramento intermédio são anunciados pelo
materiais referidos no n.? 1 do presente artigo.
presidente da comissão de eleições distrital ou de cidade no prazo
ARTIGO 106 máximo de setenta e duas horas, contadas a partir do encerramento da
votação e são afixados em edital à pana do edifício onde funciona a
(Apuramento Intern,édlo)
Comissão de Eleições Distrital ou de Cidade e do edifício da
1. A comissão de eleições distrital ou de cidade centraliza os Administração de Distrito.
resultados eleitorais obtidos na totalidade das assembleias de voto
constituídas nos limites geográficos da jurisdição das autarquias e SECÇÃQ III

procede ao apuramento intermédio dos resultados eleitorais ao nível Apuramento geral


de cada autarquia. ARTIGO 111
2. Em caso de duvida quanto a existência de alguma mesa (Competllncla)
procede-se à averiguação para apurar lento da verdade.
3. Havendo ilegalidade, os dados apurados nessa mesa são O apuramento geral da eleição na área de cada autarquia local e a
proclamação dos, candidatos eleitos compelem à Comissão Nacional
declarados nulos e sem nenhum efeito.
de Eleições.
ARTIGO 112
ARTIGO 107
(Elementoa de apuramento geral)
(Conteúdo do apuramento Intermédio)
1. O apuramento geral é realizado com base nas actas e editais do
O apuramento intermédio de voto, referido no artigo anterior
apuramento intermédio.
consiste:
2. A falta de alguns elementos do apuramento intermédio não
a) na verificação do número to .al de eleitores inscritos; impede o apuramento geral, que deve iniciar-se com base nos
b) na verificação do número total de eleitores que votaram e o elementos já recebidos, marcando o presidente da comissão de
dos que não votaram r a área a que o apuramento se, eleições do nível respectivo nova reunião dentro das vinte e quatro
reporta, com as respectivas percentagens relativamente ao horas seguintes, para se concluir os trabalhos, tomando, entretanto, as
número .otal de inscritos; providências necessárias para que a falta seja suprida.
c) na verificação do número tetal de votos em branco, de
ARTIGO 113
votos nulos e de votos vulidarnente expressos, com
as percentagens relativa nente ao número total de (Apreciação de ques16es prévias)
votantes; No início dos trabalhos a Comissão Nacional de Eleições decide
ti) na verificação do número tal aI de votos obtidos por cada sobre os boletins de voto em relação aos quais tenha havido
candidatura, com as respectivas percentagens reclamação ou protesto, verifica os boletins considerados nulos e
relativamente ao número total de votos validamente reaprecia-os segundo um critério uniforme, podendo desta operação
expressos. resultar a correcção da centralização ou do apuramento feito em cada
ARTIGO 108 comissão de eleições distrital ou de cidade, sem prejuízo do disposto
(Acta e editai do apuramonto Intermédio) em matéria de recurso contencioso.

I. Das operações do apuramento intermédio são imediatamente ARTIGO 114


lavrados acta e edita, onde constem os resultados apurados, as (Operaç6ea de apuramento geral)
reclamações, os -protestos e os contraprotestos apresentados bem
O apuramento geral consiste:
como as decisões que sobre os mesmos tenham sido tomadas.
a) na verificação do número total de eleitores inscritos,
2. Um exemplar da acta do apuramento intermédio é enviado votantes e de abstenções, na área da respectiva autarquia
imediatamente pelo presidente da Comissão de Eleições Distrital ou local;
de Cidade à Comissão Nacicnal de Eleições através da Comissão b) na verificação do número total de votos obtidos por cada
Provincial de Eleições cue também conserva em seu poder uma cópia lista, do número de votos em branco e do número de
da referida acta. votos nulos;
3. Outro exemplar da acta é entregue ao Administrador de Distrito c) na distribuição dos mandatos pelas diversas listas;
que conserva sob sua guarda e responsabilidade. ti) na determinação dos candidatos eleitos por cada lista.

ART'GO 09 ARTIGO t15


(Cópias do editai e da acta origina a do apuramento Intermédio) (Acta e editai do apuramento gerol)
Aos mandatários de candidaturas de partidos políticos, L Do apuramento geral é imediatamente lavrada acta,
coligações de partidos O" grupos de cidadãos eleitores proponentes, devidamente assinada, da qual constam os resultados das respectivas
são entregues cópias do edital e-da acta operações, as reclamações, protestos e contra-
_. "--~. ----------~
18 DE JULHO DE 2007

protestos apresentados e as decisões que sobre eles tenham sido


tomadas.

2. Em seguida é elaborado o edital contendo os dados do


apuramento geral que é remetido e afixado no edifício da Comissão
Nacional de Eleições, em lugar de-acesso públíco.

ARTIGO 116
(Publicação da centralização nacional e do apuramento geral)

1. O Presidente da Comissão Nacional de Eleições, num prazo


máximo de quinze dias contados a partir da data do encerramento da
votação, anuncia os resultados da centralização nacional e do
apuramento geral, mandando-os divulgar nos órgãos de comunicação
sócial e afixar à porta das instalações da Comissão Nacional de
Eleições.
2. Um exemplar da acta e do edital são remetidos ao Conselho
Constitucional, num prazo de cinco dias, para efeitos de proclamação
e validação dos resultados eleitorais.

ARTIGO. I 1.7
(Cópias do editai e da acta de apuramento geral)

Aos candidatos e aos mandatários de cada lista proposta à eleição é


passada pela Comissão Nacional de Eleições, uma cópia do edital e da
acta de apuramento geral. Estas cópias podem também ser passadas a
qualquer partido político, ainda que não tenha apresentado candidatos,
se o requerer. Igual tratamento é observado em relação ao núcleo de
observadores e jornalistas,

ARTIGO 118
(Proclamação, valldaçio e publlcaçlio dos resultados)

1.Os resultados do apuramento geral são proclamados e validados


pelo Conselho Constitucional, de seguida, afixados por meio de edital
à porta do edifício da sua sede, da Comissão Nacional de Eleições, do
Secretariado Técnico da Administração Eleitoral c nos lugares de
estilo.
2. A divulgação dos resultados do apuramento geral tem lugar até
quinze dias após o acto eleitoral.

ARTIGO 119
(Publicação dos resultados gerais das eleições)

Após a proclamação e validação dos resultados gerais das eleições,


o Conselho Constitucional manda publicar, na I.' série do Boletim da
República, no prazo de cinco dias, dando a conhecer os seguintes
dados:
a) número dos eleitores inscritos, por autarquia local;
b) número de votantes e de abstenções, por autarquia IQCal;
c) número de votos em branco e votos nulos, por autarquia
local;
á) número, com a respectiva percentagem, de votos atribuídos a
cada candidatura relativamente aos dois órgãos
autárquicos;
e) número de mandatos atribuídos a cada candidatura
relativamente aos dois órgãos autárquicos;
f) nomes dos eleitos bem como dos suplentes das diversas
listas relativamente aos dois órgãos autárquicos.
segundo escrutínio, ao qual
28 288
7 concorrerão apenas os dois
comunicado ao Secretariado candidatos mais votados na
TÍTULorn Técnico da '\dministração primeira volta.
ELEiÇÃO DO PRESIDENTE DO CONSELHO Eleitoral, no prazo de um 2. No segundo escrutfnio,
MUNICIPAL OU DE POVOAÇÃO dia, com a indicação da in considera- se eleito o
enção de substituição ou não candidato que obtiver o
CAPiTuLOl
do candidato, sem prejuízo maior número de votos
Organização Eleitoral do normal andamento da
validamente expressos.
ARTIGO 120 campanha eleitoral, devendo
(Mandato) aquele órgão eleitoral fazer a ARTI
sua adequada publicitação. GO
2. Sempre que haja a 128
o presidente do conselho municipal ou de povoação é eleito para um intenção de s rbstituir o (E
mandato de cinco anos. candidato, o Secretariado m
Técnico daAdministração pa
ARTIGO 121 Eleitoral concede um prazo de te)
(Principio electivo) três dias para a apresentação
de nova candidatura e Em caso de empate entre
O presidente do conselho municipal ou de povoação é eleito candidatos que devam passar
Comunica o facto à Comissão
através de sufrágio universal, directo, igual, secreto, pessoal e à segunda volta, o Conselho
Nacional de Eleições e esta ao'
periódico. Conselho de Ministros para os de Ministros, sob prop
ARTIGO 122
efeitos do previsto no r .0 4 do JStada Comissão Nacional
(Usta uninominal) presente artigo. de Eleições, marca nova
3. A Comissão Nacional votação, à qual concorrerão
O presidente do conselho municipal ou de povoação apresenta--se "penas. os candidatos
de Eleições tem dois dias
ao eleitorado em lísta uninominal. para apreciar e decidir da empatados.
aceitação da candidatura de CAPÍ
CAPiTULO II substituição. TULO
1\
Candidaturas 4. O Conselho de
ARTIGO 123 Ministros, sob proposta da segunda vol ta
Comissão Nacional de ARTI
(Poder de apresentação de candidaturas)
Eleições, marca uma nova GO
129
1. As candidaturas ao cargo de presidente do conselho municipal data para a eleição
ou de povoação podem ser apresentadas: autárquica não excedendo o (Marcação)
a) pelos órgãos dos partidos políticos ou coligações de partidos perfodo de trinta dias, A data da segunda volta é
políticos estaiutariamente competentes, apoiados por um contados da data
marcada p :10 Conselho de
por cento de assinaturas relativamente ao universo de inicialmente prevista para a
cidadãos eleitores recenseados na respectiva autarquia; votação. Ministros, sob proposta da
b) por grupos de cidadãos eleitores, inscritos na área da 5. Não havendo intenção Comissão Nacional de
respectiva autarquia local, com um mínimo de um por de substituir a candidatura, Eleições.
cento de assinaturas relativamente ao universo de
as eleições têm lugar na data
cidadãos eleitores recenseados. ARTIGO 130
anteriormente fixada.
2. Nenhum partido político, coligação de partidos ou grupo de (Data)
cidadãos eleitores proponentes pode apresentar mais de uma lísta à CAPI
eleição de cada órgão da autarquia local. TuL A segunda volta tem lugar
3. As assinaturas são apresentadas em papel próprio conforme O III até trinta dias após a
modelo previamente depositado no Secretariado Técnico da publicação dos resultados
Regime de eleil,ão
Administração Eleitoral respectivo. eleitorais.
ARTIGO 126 ARTI
GO
ARTIGO 124 (Eleição à
t31
(Desistência dos candidatos) primeira \
'olta) (Morte ou Incapacidade de
1. Qualquer candidato pode desistir da candidatura, até dez dias 11mdos candidatos)
antes da data do acto eleitoral, mediante declaração escrita, com a É logo eleito o candidato
que obtiver nais de metade Em caso de morte ou de
assinatura notarialmente reconhecida, entregue à Comissão Nacional
incapacidade de um dos dois
de Eleições. dos votos validamente
expressos. não se contando os candidatos mais votados, a
2. Verificada a regularidade da declaração de desistência, a
Comissão Nacional. de Eleições manda imediatamente afixar cópia. votos em branco, os nulos e as Comissão Nacional de Eleições
à portada sua sede, fazendo-o publicitar pelos meios da comunicação abstenções. declara a nulidade do processo e
social disponíveis. ARTIGO 127 submete ao Conselho de
ARTIGO 125 Ministros a proposta de
(Necessidade _..: ""_ -1__ ~ •• 1_:_::: __
(Morte ou Incapacidade dos candidatos) de uma
1. Em caso de morte de qualquer candidato ou da ocorrência de segunda volta)
qualquer circunstância que determine a incapacidade do candidato para I. Se nenhum dos
continuar a concorrer à eleição autárquica. o facto deve ser candidatos obtiver essa
maioria, procede-se a um
Comissão Nacional de b) a indicação da direcção ou de
1 SÉRIE - NÚMERO 29 denominação, sigla e coordenação da
Eleições, mediante edital e
nos órgãos de comunicação símboJps da coligação; coligação;
ARTIGO 132 c) a designação dos á) o documento
social, com a antecedência
titulares dos comprovativo da
(Camp mínima de trinta dias da Órgãos de aprovação do convénio da
anha data do acto eleitoral. ,.,.,,1; •..•";lO,.,.~n
eleitora
------------~ _-
l)
..
CAPÍ
TUL
A campanha eleitoral da O II
segunda volta tem a Candidaturas
duração de dez dias e ARTIGO 136
termina um dia antes do dia
(Poder de
das eleições.
apresentação de
candidaturas)
AR
TIG Podem apresentar
O
candidaturas à eleição da
13 assembleia municipal os
3 partidos políticos, as
(Votação coligações de partidos e grupos
e de cidadãos eleitores, inscritos
apurame na área da respectiva autarquia
nto) local, em número
Ao segundo escrutínio não inferior a um por cento do
universo dos cidadãos eleitores
aplicam-se, com as devidas inscritos.
adaptações, as disposições ARTIGO 137
que regulam a votação e o (COligações de partidos
apuramento. políticos para llns
eleitorais)
TfT
I. É permitido a dois ou
UL
mais partidos políticos
OI
apresentarem conjuntamente
V
uma lista única à eleição da
ELEiÇÃO DOS assembleia municipal ou de
MEMBROS DA povoação, desde que tal
ASSEMBLEIA coligação, depois de autorizada
MUNICIPAL pelos órgãos competentes dos
OU DE partidos, seja anunciada
P.OVOAÇÃO publicamente até ao início do
período de apresentação de
CAP
ÍTU
candidaturas.
LO I 2. As coligações. de
partidos políticos para fins
Organização Eleitoral eleitorais constituem-se nos
ART termos previstos na Lei n°
IGO 7191, de 23 de Janeiro.
134 3. Os partidos políticos
( que realizem convénios de
M coligação para fins eleitorais
an devem comunicar o facto,
da mediante a apresentação da
to prova bastante à Comissão
) Nacional de Eleições até à
apresentação efectiva das
O mandato dos membros candidaturas, em documento
das assembleias municipais assinado conjuntamente
e de povoação é de cinco pelos órgãos competentes
anos. dos respectivos partidos
ARTIGO 135 políticos.
(Número de 4. A comunicação prevista
membros a no número anterior deve
eleger) conter:
a) a definição do âmbito
O número de membros a da coligação;
eleger por cada autarquia
local é divulgado pela
18 DE JULHO DE 2007 289

Artigo 138 3.Não há lugar ao preenchimento de vaga ocorrida na


(SubsUtulç.llode candidatos) assembleia municipalou de povoação no caso de já não
existirem candidatos efectivos ou suplentes da lista a que
I. Pode haver lugar à substituição de candidatos. até vinte pertencia o titular do mandato vago.
dias antes do acto eleitoral. apenas nos seguintes casos: CAPiTULO IV
a) posterior rejeição de candidato por inelegibilidade Regime da Eleição
superveniente; ARTIGO 145
b) morte ou doença de que resulte incapacidade física ou (Princípio electivo)
psíquica do candidato;
c) desistência do candidato. Os membros da assembleia municipal ou de povoação são
eleitos com base no sufrágio universal. directo. igual. secreto.
2. É necessária a publicitação da nova- lista de candidatura
pessoal e periódico.
alterada.
ARTIGO 146
ARTIGO 139
(Voto singular de lista)
(Desistência de lista e de candidatos)
Cada cidadão eleitor dispõe de um voto singular delista.
I. É permitida a desistência de candidatura até cinco dias
antes da data do acto eleitoral.
ARTIGO 147
2. Adeclaração de desistência. a apresentar à Comissão
Nacional de Eleições. é subscrita pelo respectivo mandatário. (Conversão dos votos em mandatos)
3. É também lícita a desistência de qualquer candidato através de
declaração. por ele assinada e notarialmente reconhecida, entregue
A conversão dos votos em mandatos faz-se através do
à Conl!ssão Nacional de Eleições. dentro daquele mesmo prazo. método da representação proporcional. segundo a variante de
Hondt, obedecendo às seguintes regras;
CAPÍTULO III a) apura-se em separado o número de votos recebidos
Organização das listas por cada candidatura no colégio eleitoral respectivo;
b) o número de votos apurado por cada candidatura édividido
ARTIGO 140
sucessivamente por 1,2. 3, 4. 5, ete., sendo seguidamente
(Listas plurlnomlnalslechadas) alinhados os quocientes pela ordem decrescente da sua
I. Os membros da assembleia municipal são eleitos em grandeza. numa série de tantos termos quantos os
listas plurinominais. mandatos atribuídos ao colégio eleitoral respectivo;
2. Não é permitida a transferência de candidatos entre listas c) os mandatos pertencem'ãs candidaturas a quecorrespondam
ou a alteração da respectiva posição relativa. os termos da série estabelecida pela regra anterior.
recebendo cada uma das candidaturas tantos
ARTIGO 141 mandatos quantos são OS seus termos na série;
(Candldatoa electivos e suptentes) dJ no caso de restar um só mandato para distribuir e de os
I. As listas JlfÍlpostas à eleição dos membros à assembleia
termos seguintes das séries serem iguais ede
municipal ou de povoação devem conter a indicação de candidatos candidaturas diferentes. o mandato cabe à candidatura
efectivos em número igual ao número dos mandatos a preencher. que tiver obtido menor número de votos.
2. As listas propostas à eleição da assembleia municipal ou
de povoação devem conter. pelo menos. metade de candidatos TÍTULO V
suplentes. CONTENCIOSO E ILlc,ITO ELEITORAIS
ARTIGO 142
CAPITULO I
~rdenoç.o nas listas)
Contencioso eleitoral
Os candidatos de cada lista consideram-se ordenados segundo
ARTIGO 148
a sequência constante da respectiva declaração de candidatura. (Reclama91o para o Comlado Nacional de EIeIç6es do
ARTIGO 143 processo eleitoral)
(Dlstrlbulçlo de mondatos dentro das listas) I. As irregularidades ocorridas no decurso da votação e no
apuramento parcial e geral podem ser apreciadas em reclamação
Os mandatos dentro das listas são atribuídos segundo a apresentada à Comissão Nacional de Eleições. desde que
ordem de precedência delas constante. h'lian>-sido objecto de reclamação ou protesto epresensados no
acto cm que se verificaram. quando delas se teve conhecimento.
ARTIGO144
2. Da decisão sobre a reclamação ou protesto podem recorrer.
(Incompatibilidade e morte ou !mpedlmento) além do apresentante da reclamação. protesto ou contraprotesto,
I. A existência de incompatibilidade entre a função os candidatos, os' seus mandatários e Os partidos políticos que. na
desempenhada pelo candidato e o exercício do cargo de membro circunscrição distrital. concorrem à eleição.
da assembleia municipal ou de povoação não impede a atribuição 3. Caso se trate de recurso contencioso sobre o apuramento geral.
do mandato. a Comissão Nacional de Eleições ou os seus órgãos de apoio
2. Em caso de morte ou doença que determine a impossibilidade devem facultar toda a documentação necessária a. ser exigida pelo
física ou mental do candidato. o mandato é atribuído ao candidato recorrente para efeitos de formulação da sua petição,
imediatamente a seguir, de acordo com a ordem de precedência
4. A reclamação é apresentada no prazo de dois dias. a contar
mencionada.
da afixação do edital que publicita os resultados eleitorais.
--- --- -------------
290
I SÉRIE NÚMERO 29
5.A Comissão Nacional de Eleições delibera sobre a ARTIGO 155
reclamação, no prazo de três dias.
(Prescrlçio)
ARTIGO 14~
O procedimento criminal por infracção relativa às operações
(Recurso ao Conselho Constitucional)
eleitorais prescreve no prazo de um ano a contar da data da eleição.
1.Das deliberações tomadas pela Cc missão Nacional de
Eleições sobre reclamações apresentadas, cabe recurso a SECÇÃO II
interpor junto do Conselho Constitucional.
'nfracçOes relativas a apresentação de candidaturas
2. O recurso é interposto no prazo de três dias a contar 'da
ARTIGO 156
comunicação da deliberação da Com issão Nacional de
Eleições sobre a reclamação apresentada. (Candidatura de cIdadão Inelegível)
3. No prazo de cinco dias, o Conselho Constitucional julga Aquele que, não tendo capacidade eleitoral passiva, dolosamente
definitivamente o recurso, comunicando imediatamente a aceitar a sua candidatura é punido com a pena de prisão de seis
decisão a todos os interessados, incluindo os ó,gãos eleitorais. meses a dois anos e multa de um a dois salários mínimos nacionais.

ARTIGO 15C
ARTIGO 157
(Nulidade das ele ções) (Candidatura plúrima)
I. A votação em qualquer assemble ia de voto e a votação Aquele que, intencionalmente, subscrever mais do que uma lista
em toda a área da autarquia local só são julgadas nulas desde de candidatos à assembleia municipal ou de povoação a presidente
que se hajam verificadas ilegalidades que possam influir no do conselho municipal ou de povoação é punido com a pena de
resultado geral da eleição referente a cada órgão autércuico. multa de dois a cinco salários mínimos nacionais.
2. Declarada nula a eleição de uma 011 mais assembleias de voto,
os actos eleitorais correspondentes sã" repetidos até ao segundo SECÇÃO III

Domingo posterior à decisão, em data a fixar pelo Conselho de InfracçOes relativas a campanha eleitoral
Ministros; sob proposta da Comissão Nacional de Eleições. 158
ARTIGO

(Vlolaçio do dever de neutralidade e Imparcialidade)


CAPÍTULO r
Ilícito Eleltoi'al Todo aquele que violar o dever de neutralidade e imparcialidade
perante as candidaturas é punido com a pena de prisão até um ano e
SECÇÃO I
multa de um a dois salários mínimos nacionais.
Disposições gl.rais
ARTIGO 151 ARTIGO 159
(Concorrência com crimes mais graves· (Utilização Indevida de denominação, sigla ou srmbolo)
e responsabilidade dluclpllnar) Aquele que, durante a campanha eleitoral, utilizar a denominação,
1.A~sanções cominadas na presente I ei não excluem a u sigla ou símbolo de um partido político, coligações de partidos ou
aplicação de outras mais graves pela prática de qurIquer crime grupos de cidadãos eleitores proponentes com intuito de os prejudicar
previsto na lei penal geral. ou injuriar é punido com a pena de prisão até um ano e multa de meio
2. As infracções previstas na presem e Lei constituem a um salário mínimo nacional ..
também faltas disciplinares quando cometidas par agentes
sujeitos ii essa responsabilidade. ARTIGO 160,
ARTIGO 152 (Violação da liberdade de reunião eleitoral)
(CircunstAncias agravantes especIaIs)
Aquele que impedir a realização ou o prosseguimento de
Para além das previstas na lei penal geral, constituem reunião, comício, cortejo ou desfile de propaganda eleitoral é
circunstâncias agravantes especiais do iHcito eleitoral penal: punido com a pena de prisão de seis meses a um ano e multa de
a) o facto de a infracção influir no resultado da votação; um a dois salários mínimos nacionais.
b) o facto de os seus agentes frzerem parte dos órgãos ARTIGO 161
eleitorais; (Desvio de material de propaganda eleitoral)
c) o facto de o agente ser candidate, delegado de
Aquele que desviar, retiver ou não entregar ao destinatário
candidatura ou mandatário de lista.
circulares, cartazes ou papéis de propaganda eleitoral de
ARTIGO 153 qualquer lista é punido com a pena de prisão até um ano e
multa de meio a um salário mínimo. nacional.
(Não suspensão ou substitui! ão das penas)
ARTIGO 162
As penas aplicadas por infracções eleitorais dolosas não
podem ser suspensas nem substituídas por qualq uer outra. (Propaganda depois de encerrada a campanha eleitoral)
1. Aquele que. no dia das eleições ou no dia anterior, fizer propaganda
ARTIGO 154 eleitoral por qualquer meio é punido com a pena de prisãoa~ seis meses e
(Suspensão de dlreltos'lOlítlcos) multa de meio a um salário mínimo nacional.
2. Aquele que, no dia das eleições, fizer propaganda nas
A condenação em pena de prisão por infracção eleitoral assembleias de voto ou nas suas imediações até trezentos
dolosa prevista na presente Lei é acompanhada de condenação metros é punido com a pena de prisão até um ano e multa de
em igual período de suspensão de direitos políticos. meio a um salário mínimo nflrjonal.
------------------- .. --
18 DE JULHO DE 2007 291

ARTIGO 163 2. Aquele que, na assembleia de voto ou nas suas imediações


(Revelaçlo ou divulgação da resultados de sondagens) até mil metros, revelar em que lista vai votar ou votou é punido
com a multa de meio a um-salãrío mínimo nacional.
Aquele que fizer a divulgação dos resultados de sondagens
ou de inquéritos relativos à opinião dos eleitores quanto aos ARTIGO 170
concorrentes às eleições dos órgãos das autarquias locais no (Coacçlo e artificio fràudutento sobre o eleitor)
período de 'sete dias, antes da votação até a divulgação dos
resultados eleitorais, é punido com prisão até um ano e multa I. Aquele que, por meio de violência ou ameaça de violência
de um a cinco salários mínimos nacionais. sobre qualquer eleitor, usar de artifícios fraudulentos para
constranger ou induzir a votar em determinado candidato, ou a
SECÇAOlv abster-se de votar, épunído com a pena de.prisão de seis meses a
Infracç6ea relativas à capacIdade eleitoral activa dois anos e multa de um a dois salários mínimos nacionais,
2. A mesma pena é aplicada àquele que, com a conduta prevista no
ARTIGO 164 número anterior, visar obter a desistência de algum candidato .
(Vlolaçlo da capacidade eleitoral activa) . 3. Apena prevista nos números anteriores éagravada, nos termos
da lei penal geral em vigor, se a ameaça for praticada com o uso de
l. Aquele que, não possuindo capacidade eleitoral activa, se arma ou a violência for exercida por duas ou mais pessoas.
apresentar a votar é punido com a pena de multa de meio a um 4. Se a mesma infracção for cometida por cidadão investido de
salário mínimo nacional. poder público, funcionário ou agente do Estado, agente de
2. A pena de prisão até um ano e multa de um a dois salários outra pessoa colectiva pública, ministro de qualquer culto ou
mínimos nacionais é imposta ao cidadão que, não possuindo seita é punida com a pena de prisão de seis meses a dois anos e
capacidade eleitoral activa, consiga exercer o direito de voto. multa de um a três salários mínimos nacionais.
3. Se, para exercer aquele direito, utilizar fraudulentamente
identidade de outro cidadão regularmente recenseado, a pena ARTIGO 171
de prisão prevista no número anterior pode ir até dezoito (DespedImento ou ameaça de despedimento)
meses e multa de dois a três salários mínimos nacionais. Aquele que despedir ou ameaçar despedir algum cidadão do
seu emprego, impedir ou ameaçar impedir alguém de obter
ARTIGO 165
emprego, aplicar qualquer outra sanção para o forçar a votar ou
(Admlsaao ou exclusão abusIva do voto) a não votar, porque votou ou não votou em certa candidatura
Aquele que concorrer para que seja admitido a votar quem não ou porque se absteve de valar ou de participar na campanha
eleitoral, é punido 20m a pena de prisão de seis meses a dois
tem esse direito ou para a exclusão de quem o tiver e, bem assim,
anos e multa de dois a cinco salários mínimos nacionais.
quem atestar falsamente uma impossibilidade de exercício do
direito de voto é punido com a pena de prisão até dezoito meses e ARTIGO 172
multa de dois a três salários mínimos nacionais.
(Corrupçlo eleItoral)
ARTIGO 166 Aquele que, para persuadir alguém a votar ou a deixar de votar em
(ImpedImento de sulrág~o) determinada lista, oferecer, prometer .ou conceder emprego público
ou privado, outra coisa ou vantagem a um ou mais eleitores ou, por
O agente de autoridade que dolosarnente, no dia das acordo com estes, a uma-terceira pessoa, mesmo quando a coisa ou
eleições, sob qualquer pretexto, impedir qualquer eleitor de vantagem utilizadas, prometidas.ou conseguidas, forem dissimuladas a
exercer o seu direito dê voto é punido com a pena de prisão até título de indemnização pecuniária dada ao eleitor para despesas de
doze meses e multa de um a dois salários mínimos nacionais. viagem, de estada ou de pagamento de alimentos, bebidas ou a
ARTIGO 167 pretexto de despesas com a campanha eleitoral, é punido com a pena
de prisão de seis meses a dois anos e multa de lIDJ a dois salários
(Voto plúrlmo) mínimos nacionais.
Aquele que votar ou permitir dolosamente que se vote mais
ARTIGO 173
de uma vez é punido com a pena de prisão de seis meses a dois
anos e multa de um a dois salários' mínimos nacionais. (NIo exlblçlo da uma)
1. O presidente da mesa da assembleia de voto quedolosamente
ARTIGO 168 não exibir a urna perante os eleitores no acto da abertura da votação
(Mandatário InfIel) é punido com a pena de prisão até seis meses e multa de meio
Aquele que acompanhar um cego ou portador de outra a um salário mínimo nacional.
deficiência a votar e dolosamente exprimir infielmente a sua 2. Quando se verificar que na urna não exibida se
vontade é punido com a pena de prisão de seis meses a dois encontravam boletins de voto, a pena de prisão será até dois
anos e multa de três a quatro salários mínimos nacionais. anos e multa de um a dois salários mínimos nacionais, sem
prejuízo da aplicação do disposto no artigo seguinte.
ARTlGO·169 ARTIGO 174
(Vlolaçlo do segredo de voto) (Introdução de boletins de voto na uma e desvio desta
I. Aquele que, na assembleia de voto ou nas suas imediações até ou de bOletInsde voto)
mil metros, usar de coacção ou artifício de qualquer natureza ou se Aquele que. fraudulentamente, depositar boletins de voto na urna
servir do seu ascendente sobre o eleitor para obter a revelação do antes ou 'depois do início da votação. se apoderar da urna com
voto é punido com a pena de prisão até seis meses. boletins de voto nela recolhidos mas 'ainda não apurados ou se
292 1SÉRIE NÚMERO 29
apoderar de um boletim de voto em qualquer momento, desde a 181
ARTIGO
abertura da assembleia de voto até ao apur amento geral da eleição,
(Falslflcaçlo dos documantos relativos à elelçio)
é punido com a pena de prisão de seis mes os a dois anos e
multa de um a três salários mínimos nacionais. Aquele que, de alguma formacom dolo, vicie, substitua, suprima,
destrua ou altere os cadernos eleitorais, os boletins de voto, as actas
AJ<JlGO 175 das assembleias de voto ou quaisquer outros documentos respeitantes
(Fraudes nos bolelins d,' voto) à eleição é punido com a pena de dois a oito anos de prisão maíore

O membro da mesa da assembleia d, voto que dolosamente multa de vinte a cinquenta salários mínimos nacionais.
aponha ou permita que se aponha indictção de confirmação em
eleitor que nOOvotou, que troque na leitura dos boletins de AKnGO 182
voto a lista valada, que diminua ou adicione votos a uma lista (Reclamação e recurso de má-Ié)
no apuramento de valas ou que, por qualquer forma, falseie o Todo aquele que, com má-fé; apresentar reclamações, recursos,
resultado da eleição é punido com a pena de prisão de um a
protestos ou contra protestos, ou que impugne as decisões dos
dois anos e multa de um a dois salários mínimos nacionais.
órgãos através de recursos infundados é punido com a pena de
AmiGO 176 multa de seis a doze salários mínimos nacionais.
(Oposição ao exercício doo direik.o dos delegados
ARTIGO 183
dos candidaturas)
(Não comparêncIa da força policiai)
L Aquele que impeça a entrada ou saída de delegados das
candidaturas nas assembleias de voto ou que, por qualquer forma, se Se, para garantir o regular decurso da operação de votação, for
oponha a que eles exerçam os poderes que lhes são reconhecidos pela competentemente requisitada uma força policial e esta não
presente Lei é punido com a pena d" prisão até seis meses. comparecer e não for apresentada justificação idónea no prazo de
2. Tratando-se de presidente da mesa, a pena de prisão não vinte e quatro horas, o comandante da mesma é punido com a pena de
prisão até seis meses e multa de um a dois salários mínimos
será, em qualquer caso, inferior a um ano.
nacionais.
AKnGO 177 TÍTULO VI
(Recusa de receber reclamação, proleitos e contra protestos) DISPOSiÇÕESFINAIS E TRANSITÓRIAS
AKnGO 184
O presidente da mesa da ass embleia de voto que
injustificadamcnte se recusar a receber -eclamações, protestos (Observaçio das eleições)
ou contra protestos é punido com a pená de prisão até seis Os actos referentes ao sufrágio eleito",' podem ser objecto de
meses e multa de um a dois salários mínimos nacionais. observação por entidades nacionais e ou internacionais nos
ARTIGO178 termos a regulamentar pela Comissão Nacional de Eleições.
(Perturbação das assembl ••las de voto) ARTIGO 185
L Aquele que perturbar o normal func .onamento das (Isenções na emissão de certidões)
assembleias de voto com insultos, ameaças ou acto) de
São isentos de quaisquer impostos, taxas, emolumentos e
violência. originando tumulto, é punido com a pena de prisãc até
outros encargos os documentos destinados ao cumprimento do
seis meses e multa de um a dois salários mínimos nacionais.
2. Aquele que, durante as operações eleitorais, se introduzir
preceituado na presente Lei.
ARTIGO 186
nas assembleias de voto sem ter direito a razê-lo e se recusar a
sair, depois de intimado pelo respectivo presi dente, é punido (Conservaçio dé documentaçio eleitoral)
com a pena de' prisão até seis meses e multa de dois a três
salários mínimos nacionais. L A documentação relativa à apresentação de candidaturas é
3. Aquele que se introduza armado n as assembleias de voto fica conservada pelo Secretariado Técnico da Administração Eleitoral
sujeito a imediata apreensão da arma e é punido com pena de prisão
durante o perfodo de cinco anos a contar da investidura dos órgãos
eleitos, após o que um 'exemplar da referida documentação é
até dois anos e milita de um a dois salários mínimos nacionais.
transferido para o Arquivo Histórico de Moçambique.
ARTIGO 179 2. Toda a outra documentação dos processos eleitorais será
(Obstruçio dos candidatos, mandatários e representantes conservada pelo Secretariado Técnico da Administração
des candidaturas) Eleitoral nos termos da lei.
ARTIGO 187
O candidato, mandatário, repre sentante ou delegado de
(Investidura dos órglios eleitos)
candidatura que perturbar o funcionan iento regular das operações
eleitorais é punido com pena de prisão até três meses e multa de A investidura dos órgãos eleitos tem lugar:
quatro a cinco salários mínimos nacior tais. a) até vinte dias depois da proclamação dos resultados gerais
AmIGO 18(, das eleições, para o presidente do conselho municipal ou
de povoação, competindo a Comissão Nacional de
(NIo cumprimento do dever de partlclll8Çlo no processo eleitoral)
Eleições a marcação da data exacta;
Todo aquele que for designado p.ira fazer parte da mesa de b) até quinze dias depois da proclamação dos resultados
assembleia de voto e, sem motivo justificativo, não realizar ou gerais das eleições, para a assembleia municipal ou
abandonar essas funções é punido COITl multa de um a dois de povoação, competindo a Comissão Nacional de
salários mínimos nacionais, Eleições a marcação da data exacta.
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18 DE JULHO DE 2007 293

ARnGOI88 Instrumentos de ordenamento territorial: elaborações reguladoras e


(Revog'çáo) normativas do uso do espaço nacional, urbano ou rural, vinculativos
para as entidades públicas e para os cidadãos, conforme o seu ãmbito
É revogada a Lei n," 1912002, de 10 de Outubro, e demais e operacionalizados segundo o sistema de gestão territorial.
legislação que contrarie o disposto napresente Lei.
Ordenamento territorial: conjunto de princípios, directivas e regras
ARTIGO189 que vísam.garantír a organização do espaço nacional através de um
(Entrada em vigor) processo dinâmico, contínuo, flexível e participativa na busca do
A presente Lei entra em vigor na data da sua publicação. equilíbrio entre o homem, o meio físico e os recursos naturais. com
vista à promoção do desenvolvimento sustentável.
Aprovada pela Assembleia da República, aos II de Abril de 2007.
O Presidente da Assembleia da República, Eduardo Joaquim Planeamento territorial: processo de elaboração dos planos que
Mulémbwê. definem as formas espaciais da relação das pessoas com o seu meio
físico e biológico, regulamentando os seus direitos e formas de uso e
Promulgada em 11 de Julho de 2007. ocupação do espaço físico.
Publique-se. Plano de ordenamento territorial: documento estratégico,
informativo e normativo, que tem como objectivo essencial a produção
O Presidente da República, ARMANDOEMluo GUEBlJZA.
de espaços ou parcelas territoriais socialmente úteis, estabelecido com
base nos princípios e nas directivas do ordenamento do território.
2
Lei 0. 1912007
de 18 de Julho Sistema de gestão territorial: quadro geral do âmbito das
intervenções no território, operacionalizado através dos instrumentos
O território é a base física do Estado, constituindo a realidade de gestão territorial. hierarquizado aos níveis nacional, provincial.
espacial sobre a qual se fixa e se desenvolve a sociedade distrital e municipal.
moçambicana e onde se realizam as suas potencialidades intelectuais
Solo rural: parte do território nacional exterior aos perímetros dos
e materiais, deixando nela gravada a sua história.
municípios, cidades, vilas e das povoações, legalmente instituída.
A Constituição da República define que O território é uno,
indivisível e inalienável e que se organiza como o conjunto das
Províncias, Distritos, Postos Administrativos e Localidades, Solo urbano: toda a área compreendida dentro do perímetro dos
Povoações e ainda as zonas urbanas, estruturadas em cidades e vilas. municípios, vilas e das povoações, sedes de postos administrativos e
localidades, legalmente instituídas.
A Lei de Ordenamento do Território faz em conformidade Território: realidade espacial sobre a qual se exercem as
com os princípios e objectivos gerais e especificas o enquadramento
interacções sociais e as do Homem com o meio ambiente e que tem a
jurídico da Política de Ordenamento do Território, para que se
sua extensão definida pelas fronteiras do país.
alcancem. como objectivos essenciais, o aproveitamento racional e
sustentável dos recursos naturais, a preservação do equilíbrio Bens tangíveis: colheitas, imóveis e benfeitorias efectuadas na
ambiental, a promoção da coesão nacional, a valorização dos diversos área expropriada.
potenciais de cada região, a promoção da qualidade de vida dos Bens intangíveis: vias de comunicação e acessibilidade aos meios
cidadãos, o equilíbrio entre a qualidade de vida nas zonas rurais e nas de transporte.
zonas urbanas, o melhoramento das .condições de habitação, das Ruptura da coesão social: aumento da distância do novo local de
infra-estruturas e dos sistemas urbanos, a segurança das populações
reassentamento de estruturas sociais e do núcleo familiar habitual.
vulneráveis a calamidades naturais ou provocadas.
cemitérios familiares, plantas medicinais.
0
Nestes termos, ao abrigo do preceituado no 0. 1 do artigo 179 da ARTIGO2
Constituição, a Assembleia da República, determina:
(Objecto)
CAPiTULO I A presente Lei tem por objecto:
Princípios gerais
a) criar um quadro jurídico-legal do ordenamento do território.
A~TlGO I
em conformidade com os princípios. objectivos e direitos
(Definições) dos cidadãos consagrados na Constituição da República;
Para os efeitos da presente Lei, entende-se por:
b) materializar, através dos instrumentos de ordenamento
Comunidade local: agrupamento de famílias ou indivíduos,
vivendo numa circunscrição territorial de nível de localidade ou territorial, a Política de Ordenamento Territorial.
inferior, que visa a salvaguarda de interesses comuns através da
ARTIGO3
protecção de áreas habitacionais. áreas agrícolas, sejam cultivadas ou
em pousio, florestas, locais de importáncia cultural, pastagens. fontes (Âmbito)
de água e áreas de expansão. A presente Lei aplica-se a todo O território nacional e. para efeitos
Desenvolvimento sustentável:" desenvolvimento baseado numa do ordenamento do território, regula as relações entre os diversos
gestão ambiental que satisfaz as necessidades da geração presente níveis da Administração Pública, das relações desta com os demais
sem comprometer o equilíbrio do ambiente e a possibilidade das sujeitos públicos e pri vados, representantes dos diferentes interesses
gerações futuras satisfazerem também as suas necessidades. económicos, sociais e culturais. incluindo as comunidades locais.

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