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DIÁRIO DA REPÚBLICA

Quarta-feira, 31 de Março de 2010 I Série — N.º 59

ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA


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SUMÁRIO LEI ORGÂNICA DA ASSEMBLEIA NACIONAL

CAPÍTULO I
Assembleia Nacional Disposições Gerais

Lei n.º 4/10: ARTIGO 1.º


Orgânica da Assembleia Nacional. — Revoga toda a legislação que (Objecto)
contrarie a presente lei, nomeadamente, a Lei n.° 5/93, de 28 de Maio
- Lei Orgânica da Assembleia Nacional e a Lei n.° 25/03, de 19 de
Setembro -Lei de Alteração à Lei Orgânica da Assembleia Nacional. A presente lei regula os instrumentos de gestão adminis-
trativa, financeira e de apoio técnico que permitem à Assem-
bleia Nacional o desenvolvimento das suas atribuições.

ASSEMBLEIA NACIONAL ARTIGO 2.º


(Autonomia)
———
A Assembleia Nacional é dotada de autonomia adminis-
Lei n.º 4/10 trativa, financeira e patrimonial.
de 31 de Março
ARTIGO 3.º
(Serviços)
Considerando a necessidade de regular a organização
interna, gestão dos recursos administrativo, financeiro, A Assembleia Nacional dispõe de serviços hierarqui-
patrimonial e do quadro de pessoal da Assembleia Nacional; zados, denominados Secretaria Geral da Assembleia Nacio-
nal na dependência directa do Secretário Geral, conforme
Havendo necessidade de dar cumprimento da nova ordem organigrama constante do Anexo I da presente lei.
constitucional e dar seguimento das actividades da Assem-
ARTIGO 4.º
bleia Nacional e dos seus serviços de execução, das suas (Sede)
atribuições como órgão de soberania com funções política e
A Assembleia Nacional tem a sua sede em Luanda.
legislativa, adequando-a com a Constituição de 21 de Janeiro
de 2010; ARTIGO 5.º
(Instalações)

Nestes termos, ao abrigo das disposições combinadas da


1. A Assembleia Nacional pode requisitar à estrutura
alínea a) do artigo 160.° e da alínea b) do n.º 2 do artigo 166.° competente da Administração Pública bens imobiliários,
ambos da Constituição da República de Angola, a Assem- mobiliários, arrendar ou adquirir para património próprio, as
bleia Nacional aprova a seguinte: instalações necessárias ao seu funcionamento.
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2. Em caso de necessidade, pode proceder-se à expro- Nacional, de acordo com os planos aprovados
priação por utilidade pública de bens imóveis e direitos pelo Plenário;
imobiliários de particulares, nos termos da lei. b) superintender os funcionários e as forças de segu-
rança ao serviço da Assembleia Nacional;
CAPÍTULO II c) praticar os demais actos que concorrem para o
Plenário e Comissão Permanente normal funcionamento da Administração da
Assembleia Nacional.
ARTIGO 6.º
(Plenário)
2. O Presidente da Assembleia Nacional pratica actos
materialmente administrativos sob a forma de despacho.
Ao Plenário, como órgão supremo da Assembleia Nacional,
compete, em matéria de gestão administrativa e financeira, ARTIGO 10.°
apreciar, discutir e aprovar: (Gabinete do Presidente)

a) os planos de actividades anuais e plurianuais da 1. O Presidente da Assembleia Nacional dispõe de um


Assembleia Nacional; gabinete integrado por pessoal da sua livre escolha e
b) o orçamento anual da Assembleia Nacional, bem nomeado em comissão de serviço.
como os orçamentos suplementares;
c) o relatório de execução financeira e a conta anual da 2. O Gabinete do Presidente da Assembleia Nacional é
Assembleia Nacional. constituído por um director de gabinete, um director-adjunto,
um director do cerimonial, quatro assessores, dois secre-
ARTIGO 7.º tários, dois administrativos, três motoristas e dois estafetas.
(Comissão Permanente)

3. O pessoal referido no presente artigo, cessa funções no


A Comissão Permanente exerce a competência do
termo do mandato do Presidente da Assembleia Nacional e a
Plenário referida no artigo anterior, nos períodos em que,
qualquer momento, por decisão deste.
nos termos constitucionais, deve substituir a Assembleia
Nacional.
4. A estrutura orgânica e organização do Gabinete do
CAPÍTULO III Presidente da Assembleia Nacional podem ser alteradas por
Administração da Assembleia Nacional despacho do Presidente da Assembleia Nacional, ouvido o
Conselho de Administração.
SECÇÃO I
Órgãos de Administração ARTIGO 11.°
(Regime aplicável ao pessoal do gabinete)
ARTIGO 8.º
(Órgãos)
Ao pessoal do Gabinete do Presidente da Assembleia
Nacional aplica-se, com as necessárias adaptações, o regime
São órgãos de Administração da Assembleia Nacional: jurídico dos funcionários parlamentares.

a) o Presidente da Assembleia Nacional que a preside; ARTIGO 12.°


b) o Conselho de Administração. (Despesas de representação)

SECÇÃO II Ao Gabinete do Presidente da Assembleia Nacional é


Presidente da Assembleia Nacional atribuída, nos limites a definir pelo Plenário, uma verba para
despesas de representação a propor pelo presidente, ouvido o
ARTIGO 9.º
(Competência) Conselho de Administração.

ARTIGO 13.°
1. Ao Presidente da Assembleia Nacional de entre outros (Gabinetes dos vice-presidentes)
poderes conferidos pela Constituição, pela Lei Orgânica do
Funcionamento e do Processo Legislativo da Assembleia 1. Os Vice-Presidentes da Assembleia Nacional dispõem
Nacional e demais disposições normativas, compete: de gabinetes, integrados por um chefe de gabinete, um secre-
tário, um administrativo e um motorista da sua livre escolha,
a) superintender toda actividade de gestão adminis- requisitados, se necessário, aos organismos da Administração
trativa, financeira e patrimonial da Assembleia Pública.
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2. O pessoal referido no número anterior é nomeado, em Administração é igual ao número de Grupos Parlamentares
comissão de serviço, por despacho do Presidente da Assem- existentes.
bleia Nacional.
6. O Conselho de Administração é apoiado por um
3. O pessoal referido no presente artigo, cessa funções no gabinete constituído por funcionários do quadro de pessoal da
termo dos mandatos dos vice-presidentes e a qualquer Assembleia Nacional, designadamente um director de
momento, por decisão destes. gabinete, dois assessores, um secretário, um motorista e um
auxiliar.
4. Ao pessoal dos gabinetes dos vice-presidentes aplica-
-se, com as necessárias adaptações, o regime jurídico dos ARTIGO 16.°
funcionários parlamentares. (Competência)

SECÇÃO III Ao Conselho de Administração compete:


Conselho de Administração

a) pronunciar-se sobre a política geral de adminis-


ARTIGO 14.°
(Definição) tração e os meios necessários à sua execução;
b) proceder ao acompanhamento e controlo da activi-
O Conselho de Administração é um órgão de consulta e dade administrativa e financeira da Assembleia
de gestão da Assembleia Nacional. Nacional;
c) apreciar os planos de actividade anuais e pluria-
ARTIGO 15.° nuais;
(Composição)
d) apreciar o orçamento da Assembleia Nacional;
e) apreciar o relatório de execução financeira e a conta
1. O Conselho de Administração é composto por um anual;
número máximo de sete membros efectivos, assim distri- f) pronunciar-se, sob proposta do Secretário Geral da
buídos: Assembleia Nacional, relativamente à abertura
de concursos de pessoal a admitir, bem como
a) até cinco Deputados, eleitos pelo Plenário, em propostas de provimento de pessoal de direcção
representação de cada um dos cinco maiores e chefia;
Grupos Parlamentares, a quem compete a sua g) pronunciar-se sobre actos de administração rela-
indicação; tivos ao património da Assembleia Nacional,
b) o Secretário Geral da Assembleia Nacional; incluindo a alienação, expropriação, troca, cedên-
c) o representante dos funcionários e agentes parla- cia, aluguer e arrendamento de quaisquer bens e
mentares, eleito em Assembleia Geral, especial- direitos que o integrem;
mente convocada para o efeito, sendo o voto h) pronunciar-se sobre a realização de despesas em
directo e secreto. conformidade com o estabelecido no artigo 71.°
da presente lei.
2. Conjuntamente com os membros efectivos referidos
nas alíneas a) e c) do número anterior, são eleitos outros ARTIGO 17.°
tantos membros suplentes que substituem aqueles nas suas (Funcionamento)
faltas, ausências e impedimentos temporários.
1. O Conselho de Administração é presidido por um
3. Os membros suplentes podem participar nas reuniões Deputado eleito pelo Plenário, sob proposta do Partido
e usar da palavra, mas sem direito a voto. maioritário.

4. Quando o número de Grupos Parlamentares for 2. Nas faltas, ausências ou impedimentos do Deputado
superior a cinco e se verificar igualdade para a designação referido no n.º 1 do presente artigo, os trabalhos do Conselho
do quinto representante, este é eleito pelo Plenário de entre os de Administração são dirigidos pelo seu suplente.
candidatos apresentados pelos respectivos Grupos Parla-
mentares. 3. O Conselho de Administração reúne ordinariamente
duas vezes por mês e extraordinariamente, sempre que con-
5. Quando o número de Grupos Parlamentares for inferior vocado para o efeito pelo seu presidente, por sua iniciativa ou
a cinco, o número de Deputados membros do Conselho de por solicitação de 1/3 dos seus membros.
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4. A convocação deve ser feita com antecedência mínima SECÇÃO IV


Secretário Geral da Assembleia Nacional
de 48 horas, constando dela a proposta da ordem de traba-
lhos acompanhada dos respectivos documentos. ARTIGO 21.°
(Definição)
ARTIGO 18.°
(Quórum de funcionamento e de deliberação)
O Secretário Geral é o órgão que dirige e coordena todos
os serviços da Secretaria Geral da Assembleia Nacional.
1. O Conselho de Administração funciona com a presença
de quatro dos seus membros, incluindo o presidente. ARTIGO 22.°
(Competência)

2. Não comparecendo, em primeira convocatória, o


1. Ao Secretário Geral da Assembleia Nacional compete:
número dos membros exigido no número anterior, é convocada
uma nova reunião podendo o Conselho de Administração,
a) propor alterações ao quadro de pessoal da Assem-
havendo urgência, deliberar desde que esteja assegurada a
bleia Nacional, bem como os regulamentos neces-
representação da maioria dos Deputados em efectividade de
sários à organização interna e ao funcionamento
funções.
dos serviços;
b) propor a celebração de contratos de pessoal e a
3. As deliberações do Conselho de Administração são
abertura de concursos;
tomadas por consenso, e, na sua falta, por maioria absoluta
c) propor a nomeação do pessoal de direcção e chefia;
dos votos dos membros efectivos, tendo o seu presidente voto d) nomear os chefes de serviço e demais pessoal de
de qualidade em caso de empate. categoria inferior;
e) exercer o poder disciplinar sobre os funcionários e
4. As deliberações do Conselho de Administração reves- agentes parlamentares;
tem a forma de pareceres e recomendações. f) autorizar ou determinar a mobilidade de funcio-
nários dentro da estrutura orgânica da Assem-
ARTIGO 19.° bleia Nacional;
(Cessação de funções)
g) coordenar a preparação das propostas referentes aos
planos de actividades anuais e plurianuais, orça-
1. Os membros do Conselho de Administração cessam as
mento anual e orçamentos suplementares, rela-
suas funções no termo da legislatura ou em caso de dis- tório de actividades anual e relatório de gestão
solução da Assembleia Nacional, mantendo-se, todavia, em administrativa e de execução financeira e contas
funções até à primeira reunião da Assembleia Nacional da anuais da Assembleia Nacional;
nova legislatura. h) autorizar a realização de despesas em conformidade
com o estabelecido pelo Plenário, nos termos do
2. Quando um Deputado que integra o Conselho de artigo 92.° da presente lei;
Administração cessar as suas funções ou tiver o seu mandato i) assinar, em nome da Assembleia Nacional, mediante
suspenso, a vaga é preenchida, nos termos do artigo 15.° da autorização do Presidente da Assembleia Nacio-
presente lei. nal, protocolos, acordos e contratos com entida-
des públicas e privadas no domínio da actividade
administrativa parlamentar.
3. O representante dos funcionários e agentes parla-
mentares cessa as suas funções no termo da legislatura ou, a 2. O Secretário Geral submete a despacho do Presidente
todo tempo, por deliberação da Assembleia Geral dos da Assembleia Nacional os assuntos cuja decisão não esteja
funcionários e agentes parlamentares. no âmbito da sua competência.

ARTIGO 20.°
3. O Secretário Geral da Assembleia Nacional pode
(Regulamento interno)
delegar e subdelegar parte da sua competência, podendo,
O Conselho de Administração dispõe de regulamento ainda, subdelegar as que lhe tenham sido delegadas com
interno, por si elaborado e aprovado pelo Plenário. autorização expressa de subdelegação.
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4. Das decisões do Secretário Geral da Assembleia CAPÍTULO IV


Nacional reclama-se e desta, cabe recurso hierárquico para o Secretaria Geral da Assembleia Nacional
Presidente da Assembleia Nacional.
SECÇÃO I
Disposições Gerais
ARTIGO 23.°
(Estatuto)
ARTIGO 25.°
(Secretaria Geral)
1. O Secretário Geral da Assembleia Nacional é nomeado
pelo Presidente da Assembleia Nacional, em comissão de A Secretaria Geral tem por finalidade prestar apoio
serviço, pelo período da legislatura, mediante parecer técnico e administrativo aos órgãos da Assembleia Nacional
favorável do Conselho de Administração, permanecendo em e aos Deputados, cabendo-lhe, nomeadamente:
funções até à nomeação do novo secretário geral.
a) garantir o suporte técnico e administrativo no
domínio das actividades de apoio ao Plenário, à
2. O Secretário Geral da Assembleia Nacional pode ser
Comissão Permanente, à Mesa, às Comissões de
exonerado a todo o tempo pelo Presidente da Assembleia
Trabalho Permanentes e aos demais órgãos que
Nacional, ouvido o Conselho de Administração. funcionem junto da Assembleia Nacional ou na
sua dependência;
3. O Secretário Geral da Assembleia Nacional não pode b) elaborar estudos técnicos especializados neces-
exercer actividades profissionais privadas nem desempenhar sários à actividade da Assembleia Nacional;
outras funções públicas, salvo as que resultem de inerência c) executar outras tarefas necessárias à actividade da
ou de actividades de reconhecido interesse público, cujo Assembleia Nacional.
exercício seja autorizado por despacho do Presidente da
ARTIGO 26.°
Assembleia Nacional. (Funcionamento)

4. O Secretário Geral da Assembleia Nacional é subs- O funcionamento da Secretaria Geral é definido em


tituído, nas suas ausências e impedimentos, pelo director que regulamento próprio, aprovado pelo Plenário da Assembleia
o Presidente da Assembleia Nacional designar, sob proposta Nacional, mediante proposta do Conselho de Administração.
daquele.
SECÇÃO II
Unidades Orgânicas
5. O Secretário Geral da Assembleia Nacional tem direito
a remuneração e demais regalias a prever no estatuto remu- ARTIGO 27.°
neratório dos funcionários parlamentares. (Estrutura)

A Secretaria Geral da Assembleia Nacional compreende


6. Ao Secretário Geral da Assembleia Nacional é atri-
as seguintes unidades orgânicas:
buída uma verba para despesas de representação, aprovado
pelo Plenário da Assembleia Nacional, mediante a proposta
a) Direcção de Apoio Parlamentar;
do Conselho de Administração. b) Direcção de Administração e Finanças;
c) Direcção de Documentação e Informação;
ARTIGO 24.°
d) Direcção de Relações Públicas, Protocolo e Rela-
(Gabinete do Secretário Geral)
ções Internacionais;
e) Direcção de Recursos Humanos;
O Secretário Geral da Assembleia Nacional dispõe de um
f) Direcção de Apoio às Províncias;
gabinete de apoio próprio, constituído por um director de
gabinete, dois assessores, um secretário, quatro adminis- g) Gabinete de Estudos Parlamentares;
trativos, dois auxiliares parlamentares e um motorista, de sua h) Gabinete de Assessoria Jurídica;
livre escolha, requisitados, se necessário, aos organismos da i) Gabinete de Comunicação e Imagem;
Administração Pública. j) Centro de Informática.
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SUBSECÇÃO I b) garantir o apoio técnico/administrativo à Mesa e ao


Direcção de Apoio Parlamentar
Plenário da Assembleia Nacional;
ARTIGO 28.º c) proceder o envio dos autógrafos à Imprensa Nacio-
(Funções e tarefas) nal para a publicação;
d) registar as deliberações das reuniões plenárias;
1. A Direcção de Apoio Parlamentar é a unidade orgânica e) organizar o processo legislativo e da actividade do
encarregada do apoio administrativo e técnico à Mesa da Plenário;
Assembleia Nacional. f) supervisionar, em colaboração com o Gabinete de
Assessoria Jurídica, a redacção final de todos os
2. Cabe à Direcção de Apoio Parlamentar:
diplomas aprovados em Plenário;
g) realizar outras tarefas incumbidas pela Mesa.
a) coordenar e organizar todo o processo legislativo;
b) receber e fazer a correspondência legislativa; ARTIGO 30.°
c) publicar os diários e as actas da Assembleia Nacio- (Divisão de Secretariado às Comissões)
nal;
d) supervisionar, em colaboração com o Gabinete de Cabe à Divisão de Secretariado às Comissões:
Assessoria Jurídica, a redacção final de todos os
diplomas legais aprovados pelo Plenário; a) prestar apoio administrativo e de secretariado;
e) receber as petições, reclamações ou sugestões de b) participar na organização e preparação das confe-
qualquer cidadão e instituição pública ou rências nacionais e internacionais, das reuniões
privada, contra acto ou omissão das autoridades da comissão, das audiências, audições, visitas,
e entidades públicas, ou imputadas a Deputados fiscalização política e do tratamento das petições;
e encaminhá-las por escrito às Comissões com- c) proceder a recepção, tratamento e encaminhamento
petentes em razão da matéria para análise; do expediente;
f) receber da sociedade civil pareceres técnicos, expo- d) sistematizar e analisar a informação resultante das
sições e propostas, nomeadamente, provenientes reuniões de trabalho, foros, entrevistas e demais
de entidades científicas e culturais, de associa- actividades e actos das comissões;
ções e sindicatos e demais instituições represen-
e) auxiliar na elaboração das actas das reuniões de
tativas e dar devido tratamento;
trabalho e levar a cabo o correspondente registo;
g) garantir o apoio técnico e administrativo às Comis-
f) auxiliar os secretários das comissões o registo dos
sões;
assuntos relativos ao processo legislativo;
h) garantir a gestão do sistema audiovisual da Assem-
g) auxiliar na elaboração de programas de trabalho,
bleia Nacional;
calendários e informações a submeter à consi-
i) organizar e manter actualizado os processos indivi-
deração do Plenário;
duais dos Deputados;
h) registar o histórico documental das comissões,
j) executar as directrizes emanadas do Presidente da
nomeadamente actas, relatório de actividades,
Assembleia Nacional e da Mesa.
pareceres, dossiers dos eventos, processos das
3. A Direcção de Apoio Parlamentar compreende: petições;
i) identificar as necessidades de cada comissão em
a) a Divisão de Apoio ao Plenário; suportes de informação para produção legislativa
b) a Divisão de Secretariado às Comissões; e temática;
c) a Divisão de Redacção e Apoio Audiovisual; j) exercer as demais funções constantes da presente lei
d) a Divisão de Apoio aos Deputados. e as que lhe forem incumbidas superiormente.

ARTIGO 29.° ARTIGO 31.°


(Divisão de Apoio ao Plenário) (Divisão de Redacção e Apoio Audiovisual)

Cabe à Divisão de Apoio ao Plenário: Cabe à Divisão de Redacção e Apoio Audiovisual:

a) recepcionar as iniciativas legislativas e emitir nota a) elaborar os diários da Assembleia Nacional nas suas
técnica de admissibilidade em conformidade com 1.ª e 2.ª séries;
a Lei Orgânica do Funcionamento e do Processo b) elaborar as actas sínteses das reuniões plenárias da
Legislativo da Assembleia Nacional; Assembleia Nacional;
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c) publicar os diários e as actas da Assembleia c) gerir e assegurar a manutenção dos recursos patri-
Nacional; moniais, dos equipamentos e do parque auto-
d) elaborar as actas da Comissão Permanente da móvel;
Assembleia Nacional; d) assegurar o aprovisionamento de bens e a aquisição
e) elaborar as actas da Conferência dos Presidentes de serviços;
dos Grupos Parlamentares; e) gerir o expediente comum da Assembleia Nacional.
f) elaborar as asctas das Comissões de Trabalho Per-
manentes e das Comissões Eventuais; 3. A Direcção de Administração e Finanças compreende:
g) garantir a captação e gestão do som e imagem do
Plenário da Assembleia Nacional ou outras a) a Divisão de Gestão Financeira;
reuniões dos órgãos internos da Assembleia b) a Divisão de Gestão Patrimonial;
Nacional; c) a Divisão de Administração do Palácio.
h) assegurar a redacção de documentos das confe- ARTIGO 34.°
rências nacionais e internacionais; (Divisão de Gestão Financeira)
i) elaborar outros textos que lhe sejam solicitados pelo
Presidente ou pela Mesa da Assembleia Nacio- Cabe à Divisão de Gestão Financeira:
nal.
a) preparar o anteprojecto de orçamento da Assem-
ARTIGO 32.° bleia Nacional;
(Divisão de Apoio aos Deputados) b) propor alterações no orçamento da Assembleia
Nacional, sempre que se imponham;
Cabe à Divisão de Apoio aos Deputados: c) elaborar os relatórios de execução orçamental;
d) registar todas as transacções ou movimentos de
a) organizar e manter actualizado os processos indi- recursos financeiros da Assembleia Nacional;
viduais dos Deputados; e) conferir, liquidar, pagar as remunerações, abonos e
b) assegurar os processos para acesso à assistência outras despesas necessárias ao funcionamento da
médico-medicamentosa dos Deputados e Assembleia Nacional;
ex-Deputados; f) gerir os recursos financeiros da Assembleia Nacio-
c) emitir o cartão de identificação dos Deputados e nal;
ex-Deputados; g) apurar e controlar os pagamentos dos serviços
d) recolher dados para o processamento de salários e prestados à Assembleia Nacional;
outros subsídios; h) manter um mecanismo de verificação dos registos
e) garantir os benefícios e regalias do Deputado e dos contabilísticos e de procedimentos que envolvam
ex-Deputados; recursos financeiros;
f) organizar os processos de reforma dos Deputados; i) velar para que a execução do orçamento cumpra as
g) realizar as demais tarefas orientadas superiormente. políticas e disposições jurídicas e administrativas
aplicáveis;
SUBSECÇÃO II j) gerir processos de contas a pagar e receber;
Direcção de Administração e Finanças k) responder pelo relacionamento com instituições
financeiras;
ARTIGO 33.°
l) fazer o planeamento e provisões financeiras;
(Funções e tarefas)
m) elaborar mensalmente os planos de caixa da
Assembleia Nacional;
1. A Direcção de Administração e Finanças é a unidade
n) acompanhar a gestão do fundo de maneio das
orgânica encarregada da administração e gestão dos recursos
unidades orgânicas;
financeiros e patrimoniais da Assembleia Nacional.
o) velar pela conservação do suporte documental de
registo de despesas.
2. Cabe à Direcção de Administração e Finanças:
ARTIGO 35.°
a) preparar e executar o orçamento anual e o relatório (Divisão de Gestão Patrimonial)
de execução financeira e conta anuais;
b) liquidar e pagar as remunerações e outros abonos; Cabe à Divisão de Gestão Patrimonial:
412 DIÁRIO DA REPÚBLICA

a) gerir e assegurar a manutenção dos recursos patri- SUBSECÇÃO III


Direcção de Documentação e Informação
moniais, dos equipamentos e do parque auto-
móvel;
ARTIGO 37.°
b) assegurar a aquisição e o aprovisionamento de bens
(Funções e tarefas)
e de serviços;
c) dirigir e zelar pela qualidade e eficiência do patri-
mónio imobiliário e mobiliário; 1. A Direcção de Documentação e Informação é a unidade
d) propor e aplicar normas administrativas de uso e orgânica encarregada da aquisição de publicações, de difusão
conservação de bens e serviços; bibliográfica, da reprodução e do arquivo de toda a
e) propor e executar o programa anual de aquisição de documentação da Assembleia Nacional.
bens e serviços da Assembleia Nacional;
f) proceder ao registo e movimentação de todos os 2. Cabe à Direcção de Documentação e Informação:
bens do imobilizado da Assembleia Nacional;
g) organizar e manter actualizado o inventário e cadas- a) assegurar o apoio documental e bibliográfico aos
tro de bens móveis e imóveis da Assembleia
trabalhos da Assembleia Nacional;
Nacional;
b) recolher, analisar, tratar, arquivar e promover a
h) promover as inscrições nas matrizes prediais e na
Conservatória do Registo Predial de todos os difusão da legislação nacional e estrangeira;
bens próprios imobiliários da Assembleia Nacio- c) analisar e tratar as publicações de interesse para a
nal; Assembleia Nacional;
i) executar todo o expediente relacionado com a d) promover a conservação e preservação do acervo
alienação de bens móveis e imóveis; histórico parlamentar;
j) proporcionar as informações solicitadas pelas uni- e) garantir a produção reprográfica, a microfilmagem
dades orgânicas competentes para a elaboração e o offset;
de estudos de rentabilização do património da f) executar e supervisionar o programa editorial da
Assembleia Nacional;
Assembleia Nacional;
k) efectuar o controlo dos seguros dos bens móveis e
g) pronunciar-se sobre a colocação e localização de
imóveis da Assembleia Nacional;
l) executar outras funções que lhe sejam superior- obras de arte do acervo histórico;
mente cometidas por lei. h) cuidar da reserva do depósito legal;
i) realizar as demais tarefas orientadas superiormente.
ARTIGO 36.°
(Divisão de Administração do Palácio)
3. A Direcção de Documentação e Informação com-
preende:
Cabe à Divisão de Administração do Palácio:

a) a Divisão de Informação Legislativa;


a) gestão e conservação do Palácio da Assembleia
b) a Divisão de Edições;
Nacional;
c) a Biblioteca Parlamentar;
b) promover a manutenção e restauração do Palácio
d) o Arquivo Histórico-Parlamentar.
da Assembleia Nacional, incluindo o património
mobiliário, em colaboração com a Divisão de
Gestão Patrimonial; 4. As unidades orgânicas referidas nas alíneas c) e d) deste
c) garantir a aquisição de bens e serviços; artigo são equiparadas à Divisão.
d) pronunciar-se sobre a contratação de serviços;
ARTIGO 38.°
e) supervisionar a execução dos serviços contratados; (Divisão de Informação Legislativa)
f) pronunciar-se sobre a cedência de salas para
reuniões; Cabe à Divisão de Informação Legislativa:
g) assegurar e controlar a preparação e afectação das
salas destinadas às reuniões nacionais ou inter- a) organizar, tratar e disponibilizar a legislação nacio-
nacionais e a outras actividades da Assembleia nal e manter actualizados o acervo dos diplomas
Nacional; legais em vigor na República de Angola e os
h) colaborar com a Direcção de Relações Públicas e dados sobre jurisprudência;
Internacionais na organização de visitas ao b) definir os procedimentos de conservação dos
Palácio. arquivos e expedientes do processo legislativo;
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c) registar, classificar e conservar os documentos de f) executar e supervisionar o programa editorial da


suporte dos trabalhos do Plenário e das Comis- Assembleia Nacional;
sões de Trabalho; g) realizar as demais tarefas orientadas superiormente.
d) colocar a disposição, para consulta, toda a documen-
tação necessária ao apoio da actividade legis- ARTIGO 40.°
(Biblioteca Parlamentar)
lativa;
e) organizar, tratar e disponibilizar a informação
Cabe à Biblioteca Parlamentar:
decorrente da actividade legislativa e parlamentar
estrangeira e de organizações internacionais com
a) desenvolver as técnicas de organização do acervo
interesse para a Assembleia Nacional;
bibliográfico e documental, bem como promover
f) prestar apoio os trabalhos da Assembleia Nacional,
o seu registo e inventário;
organizando cadernos de informação, notas
b) promover a aquisição, conservação e restauro do
informativas e boletins de difusão, contendo
sínteses, análises e estudos comparados em património documental e bibliográfico;
matéria de interesse legislativo e parlamentar; c) adquirir, catalogar e difundir a informação científica
g) apoiar a Mesa na preparação do relatório de e técnica nacional e estrangeira de interesse
actividades da Assembleia Nacional, corres- parlamentar;
pondente à cada sessão legislativa; d) proporcionar serviços especializados de acesso às
h) apoiar a Mesa da Assembleia Nacional na fontes de informação, para análise e investi-
elaboração do projecto de relatório da actividade gação;
legislativa da Assembleia Nacional, corres- e) criar espaços para a divulgação da cultura geral e
pondente à cada legislatura; parlamentar;
i) disponibilizar os pedidos de informação sobre a f) promover a aquisição de material bibliográfico e
actividade legislativa e parlamentar nacional, documental de suporte ao trabalho parlamentar;
estrangeira e das organizações internacionais, aos g) elaborar e propor regulamentos sobre a utilização
Deputados, Grupos Parlamentares, cidadãos e do acervo bibliográfico e documental da Biblio-
organismos interessados; teca;
j) assegurar a organização, funcionamento e gestão h) realizar as demais tarefas orientadas superiormente.
dos conteúdos das bases de dados relativos à
ARTIGO 41.°
actividade parlamentar e ao processo legislativo, (Arquivo Histórico-Parlamentar)
em colaboração com as subunidades orgânicas
intervenientes; Cabe ao Arquivo Histórico-Parlamentar:
k) realizar as demais tarefas orientadas superiormente.
a) recolher, registar, classificar, indexar e conservar as
ARTIGO 39.°
(Divisão de Edições) espécies documentais relativas às legislaturas
findas;
Cabe à Divisão de Edições: b) recolher, seleccionar, tratar, conservar e reciclar a
informação audiovisual e os documentos foto-
a) editar e publicar os actos normativos da Assembleia gráficos e microfilmagem, referentes aos actos e
Nacional; factos da Assembleia Nacional;
b) propor, planear, editar e difundir as publicações c) recolher, seleccionar e divulgar manuscritos e outras
com interesse para a Assembleia Nacional; fontes históricas de interesse parlamentar;
c) proceder à recepção, depósito, distribuição, d) promover a divulgação do acervo histórico-
comercialização e gestão das publicações; -documental da Assembleia Nacional;
d) editar em língua oficial e nas demais línguas de e) elaborar e propor regulamentos de conservação e
Angola e estrangeiras os actos normativos da eliminação dos documentos de serviços e de
Assembleia Nacional, tendo em conta o interesse acesso dos utilizadores aos diferentes tipos de
público e diplomático, sempre que possível e documentos;
necessário; f) prestar informações sobre a documentação existente
e) reproduzir e distribuir o expediente destinado às em arquivo, quando lhe sejam pedidas indivi-
reuniões plenárias e das Comissões de Trabalho dualmente ou por quaisquer instituições nacio-
Permanentes da Assembleia Nacional; nais ou estrangeiras;
414 DIÁRIO DA REPÚBLICA

g) publicar com regularidade instrumentos de traba- c) atender e tramitar as solicitações dos Deputados,
lhos relativos às espécies histórico-documentais funcionários e agentes parlamentares, para a
reunidas; obtenção de passaportes e vistos;
h) restaurar, organizar, dirigir, supervisionar e avaliar d) organizar visitas guiadas às instalações da Assem-
os recursos patrimoniais bibliográficos e serviços bleia Nacional;
de informação, hemerográfico, museográfico e e) gerir o serviço de expediente geral e comunicações;
cultura parlamentar; f) realizar as demais tarefas orientadas superiormente.
i) realizar as demais tarefas orientadas superiormente.
ARTIGO 44.°
SUBSECÇÃO VI (Divisão de Protocolo)
Direcção de Relações Públicas, Protocolo e Relações Internacionais
Cabe à Divisão de Protocolo:
ARTIGO 42.°
(Funções e tarefas) a) prestar apoio às delegações da Assembleia Nacio-
nal, em missões oficiais ao interior e exterior do
1. A Direcção de Relações Públicas, Protocolo e Relações País;
Internacionais é a unidade orgânica encarregada de apoiar e b) planear e colaborar na realização de solenidades,
dinamizar as relações com os eleitores, os organismos e as comemorações e visitas à Assembleia Nacional
entidades nacionais e estrangeiras. e assegurar o respectivo cerimonial e protocolo;
c) participar na prestação de apoio às delegações de
2. Cabe à Direcção de Relações Públicas, Protocolo e visitantes nacionais ou estrangeiras;
Relações Internacionais: d) apoiar as áreas administrativas na sua participação
em eventos de representação institucional;
a) promover a divulgação da actividade da Assembleia
e) gerir a obtenção de bilhetes de passagens para
Nacional no País e no estrangeiro;
Deputados, funcionários e agentes parlamentares,
b) prestar apoio às delegações parlamentares nas
nos termos da legislação em vigor;
missões oficiais no País e no estrangeiro;
f) realizar as demais tarefas orientadas superiormente.
c) recolher, analisar e tratar a informação de interesse
parlamentar produzida pelos órgãos congéneres ARTIGO 45.°
nacionais, estrangeiros ou internacionais; (Divisão de Relações Internacionais)
d) planear e colaborar na realização de solenidades,
comemorações e visitas à Assembleia Nacional Cabe à Divisão de Relações Internacionais:
e assegurar o respectivo protocolo;
e) assegurar o protocolo da Assembleia Nacional; a) assegurar as relações de cooperação com outros
f) regular e organizar as visitas e assistência do parlamentos e com organizações internacionais,
público às sessões da Assembleia Nacional e das governamentais e não-governamentais;
suas comissões; b) garantir a celebração e implementação de proto-
g) assegurar a participação pública e da sociedade civil colos e programas de cooperação com institui-
nas outras actividades da Assembleia Nacional; ções congéneres;
h) gerir o serviço de expediente geral e comunicações. c) apoiar as delegações parlamentares externas na
preparação e condução das suas missões de
3. A Direcção de Relações Públicas, Protocolo e Relações
serviço;
Internacionais compreende:
d) auxiliar, em articulação com o Cerimonial do Presi-
a) a Divisão de Relações Públicas; dente da Assembleia Nacional, a planificação e
b) a Divisão de Protocolo; coordenação de visitas de dignitários estrangeiros
c) a Divisão de Relações Internacionais. à Assembleia Nacional;
e) acompanhar as missões das delegações parlamen-
ARTIGO 43.°
tares estrangeiras de visita a Angola;
(Divisão de Relações Públicas)
f) articular com o Ministério das Relações Exteriores
e as representações diplomáticas angolanas, na
Cabe à Divisão de Relações Públicas: preparação das missões de delegações parlamen-
tares externas;
a) regular e organizar as visitas e assistência do g) coordenar, administrativamente, a actividade do
público às sessões da Assembleia Nacional e das Gabinete dos Grupos Nacionais e de Amizade;
suas comissões; h) recolher, tratar e disponibilizar informações refe-
b) assegurar a participação pública e da sociedade civil rentes às actividades parlamentares estrangeiras e
nas outras actividades da Assembleia Nacional; de organizações internacionais;
I SÉRIE — N.º 59 — DE 31 DE MARÇO DE 2010 415

i) assegurar os serviços de tradução e interpretação; e) proceder o levantamento das necessidades de for-


j) realizar as demais tarefas orientadas superiormente. mação e propor o projecto de plano anual de
formação;
SUBSECÇÃO VII f) informar e dar pareceres sobre questões relativas ao
Direcção de Recursos Humanos regime jurídico do pessoal que presta serviço na
Assembleia Nacional;
ARTIGO 46.° g) promover a execução da avaliação do desempenho;
(Funções e tarefas) h) colaborar com os centros de formação na concep-
ção e execução da política de formação;
1. A Direcção de Recursos Humanos é a unidade orgânica i) realizar as demais tarefas orientadas superiormente.
encarregada da gestão dos recursos humanos, das compe-
tências e da prestação de acção social. ARTIGO 48.°
(Divisão de Gestão de Remunerações e de Acção Social)
2. Cabe à Direcção de Recursos Humanos:
Cabe à Divisão de Gestão de Remunerações e de Acção
a) assegurar a implementação de políticas de gestão Social:
de recursos humanos;
b) conduzir os processos de recrutamento, selecção, a) processar as remunerações e afins, nomeadamente
contratação, promoção e avaliação permanente salário, abonos e subvenções;
dos funcionários e agentes parlamentares; b) emitir as guias de vencimento e declaração de salário
c) participar, assistir e representar nos actos de carácter ou quaisquer abonos ou descontos;
administrativo relacionados com os recursos c) controlar e elaborar a efectividade do pessoal;
humanos; d) recolher os dados para efeitos da elaboração do
d) assegurar a gestão de carreiras; orçamento tendo em conta o quadro existente;
e) coordenar e assegurar a prestação de assistência e) coordenar e assegurar a prestação de assistência
médica e medicamentosa; médica e medicamentosa, nos termos da legis-
f) promover e gerir o sistema de normas de higiene, lação em vigor;
saúde e segurança no trabalho; f) promover e gerir o sistema de normas de higiene,
g) gerir o sistema de segurança social; saúde e segurança no trabalho;
h) organizar e manter actualizado os processos indi- g) gerir o sistema de segurança social;
viduais dos funcionários e agentes parlamentares; h) elaborar o plano de acção social e o balanço social;
i) processar as remunerações e outros abonos; i) propor e realizar acções tendentes a promover rela-
j) realizar as demais tarefas orientadas superiormente. ções de trabalho harmoniosas;
j) participar na resolução dos conflitos laborais;
3. A Direcção de Recursos Humanos compreende: k) emitir cartões de identidade dos funcionários e
agentes parlamentares;
a) a Divisão de Gestão de Carreiras e Formação; k) elaborar o mapa de férias;
b) a Divisão de Gestão de Remunerações e de Acção l) realizar as demais tarefas orientadas superiormente.
Social.
SUBSECÇÃO VIII
Direcção de Apoio às Províncias
ARTIGO 47.°
(Divisão de Gestão de Carreiras e Formação) ARTIGO 49.°
(Funções e tarefas)
Cabe à Divisão de Gestão de Carreiras e Formação:
1. A Direcção de Apoio às Províncias é a unidade
a) assegurar a implementação de políticas de recursos orgânica encarregada do apoio às delegações parlamentares
humanos; às províncias e aos Círculos Eleitorais Provinciais de
b) assegurar a gestão de competências, talentos e per- Deputados.
fis do pessoal;
c) promover as acções de recrutamento, selecção, 2. Cabe à Direcção de Apoio às Províncias:
provimento, promoção, progressão, modificação
e extinção da relação jurídica de emprego; a) garantir o apoio técnico e administrativo às missões
d) desenvolver estudos de descrição e análise de fun- de fiscalização política e visitas oficiais de
ções visando a criação de um sistema previsional Deputados às províncias;
de recursos humanos, planos de carreiras, perfil b) receber e encaminhar, aos órgãos competentes da
dos postos de trabalho, normas de mobilidade e Assembleia Nacional, as petições, reclamações e
o diagnóstico do potencial humano; sugestões dos cidadãos;
416 DIÁRIO DA REPÚBLICA

c) colaborar com as Comissões Permanentes de 2. Cabe ao Gabinete de Estudos Parlamentares:


Trabalho na preparação das condições técnico-
-administrativo para o cumprimento das missões a) efectuar estudos e trabalhos de investigação e pes-
às províncias; quisa;
d) receber e encaminhar, aos órgãos competentes da b) prestar serviços de consultoria;
Assembleia Nacional, os relatórios dos Deputa- c) emitir pareceres e informações de carácter técnico;
dos dos Círculos Eleitorais Provinciais; d) identificar, conceber, implementar e avaliar projec-
e) executar outras tarefas que forem orientadas tos;
superiormente. e) preparar o relatório de gestão administrativa da
Secretaria Geral;
3. A Direcção de Apoio às Províncias compreende os f) difundir e promover o aperfeiçoamento da infor-
Gabinetes Locais de Apoio aos Círculos Eleitorais Provin- mação estatística relativa à produção legislativa
ciais de Deputados. da Assembleia Nacional, em articulação com
outros serviços;
4. A Direcção de Apoio às Províncias é dirigida por um g) investigar e proceder a estudos de direito com-
director. parado, tendo em vista a elaboração ou aperfei-
çoamento da legislação submetida à apreciação
ARTIGO 50.°
(Gabinetes Locais de Apoio aos Círculos Eleitorais
das comissões de trabalhos da Assembleia
Provinciais de Deputados) Nacional;
h) coligir, controlar e manter actualizada toda documen-
1. Cabe aos Gabinetes Locais de Apoio aos Círculos tação de natureza científica e jurídica necessária
Eleitorais Provinciais de Deputados: à apreciação da Assembleia Nacional;
a) dar apoio técnico-administrativo aos Deputados dos i) desenvolver análise e investigações relativas aos
Círculos Eleitorais Provinciais e à fiscalização assuntos tratados pelas comissões de trabalho, a
política dos Deputados; pedido dos seus presidentes;
b) reportar as actividades de carácter parlamentar à j) elaborar relatórios, informações e pareceres sobre
Direcção de Apoio às Províncias; quaisquer assuntos que lhe sejam submetidos;
c) gerir os recursos financeiros, patrimoniais e huma- k) realizar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas.
nos postos à sua disposição; 3. O Gabinete de Estudos Parlamentares é estruturado por
d) manter actualizado o arquivo histórico-parlamentar; áreas, por decisão do Presidente da Assembleia Nacional, sob
e) constituir depósito legal dos actos administrativos proposta do Secretário Geral e ouvido o Conselho de Admi-
emitidos na província; nistração.
f) publicar as actividades da Assembleia Nacional;
g) recolher bibliografia e documentação necessária à 4. As funções do Gabinete de Estudos Parlamentares são
informação dos Deputados; desempenhadas por indivíduos habilitados com o grau
h) recepcionar e expedir as exposições, reclamações académico não inferior à licenciatura.
e petições dos eleitores à Direcção de Apoio às
Províncias. 5. O Gabinete de Estudos Parlamentares é dirigido por
um director.
2. Os Gabinetes Locais de Apoio aos Círculos Eleitorais
SUBSECÇÃO X
Provinciais de Deputados equiparam-se, para efeitos da Gabinete de Assessoria Jurídica
presente lei, à Divisão.
ARTIGO 52.°
3. Os Gabinetes Locais de Apoio aos Círculos Eleitorais (Funções e tarefas)
Provinciais de Deputados são dirigidos por secretários,
1. O Gabinete de Assessoria Jurídica é a unidade orgânica
nomeados pelo Presidente da Assembleia Nacional, mediante
encarregada do apoio técnico e de consulta jurídica, solici-
proposta do secretário geral e ouvido o Conselho de Admi-
tados pelos órgãos da Assembleia Nacional.
nistração.

SUBSECÇÃO IX 2. Cabe ao Gabinete de Assessoria Jurídica:


Gabinete de Estudos Parlamentares
a) prestar assessoria jurídica ao Presidente da Assem-
ARTIGO 51.°
(Funções e tarefas) bleia Nacional, à Secretaria Geral e às unidades
orgânicas;
1. O Gabinete de Estudos Parlamentares é a unidade b) emitir pareceres e informações preparatórias de
orgânica encarregada dos estudos técnicos e de consultoria tomada de decisões sobre qualquer assunto que
especializada, solicitados pelos órgãos da Assembleia Nacio- lhe seja incumbido pelos órgãos de gestão da
nal. Assembleia Nacional;
I SÉRIE — N.º 59 — DE 31 DE MARÇO DE 2010 417

c) participar nas negociações e formação dos contratos e) elaborar, quinzenalmente, o boletim informativo da
para aquisição de bens e serviços, fiscalizar o seu Assembleia Nacional;
cumprimento e, quando seja o caso, acompanhar f) divulgar as notícias sobre votações, reuniões e
o processo de atribuição do visto no Tribunal de audiências públicas nas Comissões e no Plenário;
Contas; g) manter a interligação com os meios de comuni-
d) pronunciar-se sobre as reclamações e recursos em cação social, colocando à sua disposição os
matéria de concursos públicos para aquisição de documentos de carácter não reservado apreciados
bens e serviços e processos disciplinares; pelo Plenário;
e) prestar assessoria jurídica na elaboração de pro- h) exercer toda actividade afim de interesse público
jectos de leis e demais instrumentos jurídicos, que prevista por disposição normativa.
lhe sejam submetidos;
f) verificar o rigor técnico jurídico dos textos legis- 3. As funções do Gabinete de Comunicação e Imagem
lativos normativos que lhe sejam submetidos são desempenhadas por indivíduos habilitados preferen-
para apreciação, propondo as alterações que se cialmente com o grau académico não inferior a licenciatura.
afiguram pertinentes;
g) verificar a redacção final dos textos da Assembleia 4. O Gabinete de Comunicação e Imagem é dirigido por
Nacional de acordo com as deliberações dos seus um director.
órgãos e promover a preparação de autógrafos;
h) formular propostas de revisão ou aperfeiçoamento SUBSECÇÃO XII
Centro de Informática
da legislação parlamentar;
i) elaborar os estudos de natureza jurídica que lhe ARTIGO 54.°
sejam solicitados; (Funções e tarefas)
j) controlar e verificar que todos os actos jurídicos que
sejam celebrados por qualquer funcionário ou 1. O Centro de Informática é a unidade orgânica encar-
agente parlamentar cumpram com os requisitos regada da gestão do sistema informático da Assembleia
e formalidades legais; Nacional.
k) manter actualizado a súmula da legislação;
l) manter actualizado o registo dos compromissos 2. Cabe ao Centro de Informática:
jurídicos da Assembleia Nacional;
m) representar a Assembleia Nacional em questões a) conceber políticas no domínio das tecnologias de
jurisdicionais em que ela seja parte; informação e comunicação;
n) realizar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas. b) gerir os sistemas e equipamentos de informática e
telecomunicações e promover o seu aproveita-
3. As funções do Gabinete de Assessoria Jurídica são mento racional;
desempenhadas por indivíduos habilitados com o grau acadé- c) implantar, em coordenação com as demais unidades
mico não inferior à licenciatura em direito. orgânicas, bases de dados e mantê-las opera-
cionais com a finalidade de agilizar a comuni-
4. O Gabinete de Assessoria Jurídica é dirigido por um cação electrónica interna e externa;
director. d) recomendar as unidades orgânicas as soluções
SUBSECÇÃO XI
tecnológicas e informáticas para a optimização
Gabinete de Comunicação e Imagem dos recursos e processos operativos;
e) desenvolver e promover os serviços de intranet e a
ARTIGO 53.° página web da Assembleia Nacional;
(Funções e tarefas)
f) formular e aplicar os programas de manutenção
1. O Gabinete de Comunicação e Imagem é a unidade preventiva e correctiva, bem como de substi-
orgânica encarregada da difusão e promoção da imagem da tuição do equipamento informático;
Assembleia Nacional. g) realizar as demais tarefas orientadas superiormente.

2. Cabe ainda ao Gabinete de Comunicação e Imagem: 3. O Centro de Informática é dirigido por um director.

a) contribuir para a estandardização e promoção da SECÇÃO III


imagem da Assembleia Nacional; Serviço de Segurança
b) recolher, analisar e tratar a informação produzida ARTIGO 55.°
pelos órgãos de comunicação social referente a (Funções e tarefas)
assuntos de interesse parlamentar;
c) defender o bom-nome da Assembleia Nacional; 1. O Serviço de Segurança constitui a estrutura encar-
d) apoiar os órgãos de comunicação social na sua regada da prevenção, controlo, vigilância, protecção e defesa
actividade de informação parlamentar; das instalações e dos bens da Assembleia Nacional, dos seus
418 DIÁRIO DA REPÚBLICA

serviços e das pessoas que nela exercem funções e per- 2. Constitui direito subsidiário a pertinente legislação da
manecem. Administração Pública.

ARTIGO 58.°
2. Cabe ao Serviço de Segurança: (Carreiras parlamentares)

a) organizar e dispor de recursos humanos e técnicos 1. As carreiras do pessoal da Assembleia Nacional têm
necessários para aplicação dos serviços de natureza especial e denominam-se carreiras parlamentares.
protecção dos Deputados, funcionários e agentes
parlamentares e visitantes da Assembleia Nacional; 2. São carreiras parlamentares:
b) auxiliar o Presidente da Assembleia Nacional na
elaboração e execução de um programa de a) a carreira técnica superior parlamentar;
protecção dos Deputados, funcionários e agentes b) a carreira técnica parlamentar;
parlamentares e visitantes da Assembleia Nacio- c) a carreira técnica média parlamentar;
nal; d) a carreira administrativa parlamentar;
c) auxiliar o secretário geral na elaboração e execução e) a carreira auxiliar.
de um programa de protecção dos bens móveis e
ARTIGO 59.°
imóveis da Assembleia Nacional; (Categorias)
d) auxiliar o secretário geral na elaboração e execução
de um programa de protecção civil da Assem- As categorias que integram as carreiras parlamentares
bleia Nacional; constam do Anexo II da presente lei.
e) prestar o serviço de vigilância permanente das ins-
talações da Assembleia Nacional, conforme as ARTIGO 60.°
técnicas e estratégias de segurança aplicáveis; (Conteúdos funcionais)
f) operar sistemas de controlo de acesso, permanência
1. Os conteúdos funcionais das carreiras parlamentares
e saída das instalações, bem como de orientação
constam do Anexo III da presente lei, dela fazendo parte
para os visitantes das instalações.
integrante.
3. A segurança é prestada de forma permanente por um
2. Os conteúdos funcionais das carreiras parlamentares
destacamento da Polícia Nacional.
podem ser alterados por resolução da Assembleia Nacional,
sob proposta do Secretário Geral e mediante o parecer
4. O funcionamento do Serviço de Segurança é definido
favorável do Conselho de Administração.
em regulamento aprovado pelo Presidente da Assembleia
Nacional, sob proposta do Comando do Serviço de Segu-
ARTIGO 61.°
rança, ouvido o secretário geral.
(Regime remuneratório do pessoal da Assembleia Nacional
CAPÍTULO V e dos Gabinetes)
Pessoal da Assembleia Nacional
SECÇÃO I O regime remuneratório do pessoal da Assembleia
Disposições Gerais Nacional, do pessoal dos Gabinetes do Presidente da Assem-
bleia Nacional, dos Vice-Presidentes e do Secretário Geral, é
ARTIGO 56.°
(Definições) fixado pelo Plenário da Assembleia Nacional, sob proposta
do Secretário Geral e mediante o parecer favorável do Conse-
1. O pessoal da Assembleia Nacional compreende funcio- lho de Administração.
nários e agentes parlamentares.
ARTIGO 62.°
2. São funcionários parlamentares aqueles que integram (Funções do pessoal em geral)
o quadro de pessoal, exercendo, com carácter de perma-
nência, funções da Administração Parlamentar. O pessoal da Assembleia Nacional cujas funções não
estejam especialmente fixadas na Lei Orgânica e seus anexos,
3. São agentes parlamentares aqueles que não fazendo
desempenha as funções que, segundo critérios de com-
parte do pessoal previsto no número anterior, exercem ou não
plexidade e responsabilidade, sejam fixadas pelos respon-
funções da Administração Parlamentar.
sáveis dos serviços.
ARTIGO 57.°
(Regime jurídico) ARTIGO 63.°
(Quadro de pessoal)
1. O quadro do pessoal da Assembleia Nacional, rege-se
por um regime jurídico próprio, a ser aprovado pelo Plenário 1. A Assembleia Nacional dispõe do quadro de pessoal
da Assembleia Nacional. constante do Anexo IV da presente lei.
I SÉRIE — N.º 59 — DE 31 DE MARÇO DE 2010 419

2. O quadro de pessoal da Assembleia Nacional pode ser d) para a carreira administrativa parlamentar, a
alterado por deliberação da Assembleia Nacional, sob 10.ª classe;
proposta do Secretário Geral e mediante parecer favorável e) para a carreira auxiliar, a 8.ª classe.
do Conselho de Administração.
4. Nos avisos de abertura dos concursos para ingresso,
ARTIGO 64.° devem ser estabelecidos os requisitos especiais referentes às
(Recrutamento e selecção de pessoal)
especificidades das categorias a prover.
1. O recrutamento e selecção do pessoal não titular de
5. A aprovação no período probatório referido na alínea c)
cargo de direcção e chefia é feito por concurso público.
do n.º 2 do presente artigo resulta de classificação não
2. Na selecção do pessoal a ingressar na carreira parla- inferior a bom em cada um dos três anos, tendo por base as
mentar, quando exista igualdade de condições entre os candi- aptidões profissionais e o comportamento demonstrado.
datos, é preferido aquele que já preste serviço na Assembleia
Nacional, e de entre estes, o de maior antiguidade, mediante 6. O acesso nas categorias das carreiras parlamentares
prévia avaliação dos seus antecedentes. faz-se por promoção, dependendo da existência de vaga, da
aprovação em concurso restrito de funcionários parla-
ARTIGO 65.° mentares, da observância dos períodos mínimos de per-
(Admissão e provimento de lugares) manência na categoria de origem por um período de três anos
e da avaliação de desempenho classificada de bom em cada
1. O provimento de lugares de pessoal não titular de cargo um dos três anos.
de direcção e chefia é feito por despacho do Secretário Geral
da Assembleia Nacional. ARTIGO 67.°
(Dever de sigilo)
2. As normas de admissão e provimento de pessoal são
as constantes da presente lei. O pessoal da Assembleia Nacional está exclusivamente
ao serviço do interesse público e tem o dever de sigilo,
3. O previsto no número anterior pode ser alterado por relativamente aos factos e documentos de que tenha
deliberação da Assembleia Nacional, mediante proposta do conhecimento, no exercício das suas funções.
Conselho de Administração.
ARTIGO 68.°
ARTIGO 66.° (Acumulação e incompatibilidades)
(Condições gerais de ingresso e de acesso nas carreiras
parlamentares)
1. Não é permitida ao pessoal de direcção e chefia
abrangido por este diploma, a acumulação de outras funções
1. O ingresso nas carreiras parlamentares faz-se a partir
ou cargos públicos, salvo as que resultem de inerências não
da categoria mais baixa correspondente.
remuneradas, missões e estudos de carácter transitório e, bem
assim, de participação em comissões ou grupos de trabalho,
2. Constituem requisitos gerais para o ingresso nas
que resultem directamente do exercício das funções de
carreiras parlamentares:
direcção e chefia.
a) ser angolano e estar em pleno gozo dos seus
2. O disposto no número anterior não abrange actividades
direitos;
de reconhecido interesse público, incluindo docentes, cujo
b) possuir o nível académico adequado, devidamente
reconhecido; exercício deve ser autorizado por despacho do Secretário
c) ter aprovado em concurso público; Geral da Assembleia Nacional.
d) obter aprovação durante um período probatório de
três anos. 3. Não é permitido ao funcionário ou agente parlamentar
o exercício de actividades privadas quando esse exercício se
3. Para efeito do presente artigo considera-se o nível revele incompatível com o cumprimento dos deveres
académico adequado: estabelecidos na lei ou seja susceptível de comprometer a
isenção exigida ao exercício das respectivas funções.
a) para a carreira técnica superior parlamentar, a licen-
ciatura; 4. O funcionário ou agente parlamentar que, por força do
b) para a carreira técnica parlamentar, o bacharelato exercício das suas funções, se deve pronunciar sobre assunto
ou habilitação equivalente; ou matéria em que tenha interesse pessoal, que possa com-
c) para a carreira técnica média, o curso médio, pré- prometer a sua independência, deve dar disso informação ou
-universitário, ou equivalente; requerer escusa.
420 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ARTIGO 69.° ARTIGO 73.°


(Princípios da isenção e da imparcialidade) (Estágios)

Os funcionários e agentes parlamentares estão sujeitos 1. O Presidente da Assembleia Nacional pode autorizar a
aos princípios da isenção e imparcialidade. celebração de contratos, de duração não superior a um ano,
não renováveis, com recém-licenciados que pretendam
ARTIGO 70.° efectuar estágios na Assembleia Nacional.
(Regime especial de trabalho)
2. O regulamento de estágios e o montante da bolsa que
1. O pessoal permanente da Assembleia Nacional tem os estagiários auferem são aprovados pelo Presidente da
regime especial de trabalho, decorrente da natureza e Assembleia Nacional, sob proposta do Secretário Geral, após
das condições de funcionamento próprias da Assembleia parecer favorável do Conselho de Administração.
Nacional.
3. A frequência dos estágios previstos neste artigo não
2. Este regime é fixado por despacho do Presidente da confere a qualidade de funcionário ou agente parlamentar.
Assembleia Nacional sob proposta do Secretário Geral,
ouvido o Conselho de Administração, podendo compreender, SECÇÃO II
nomeadamente, horário especial de trabalho, regime de traba- Pessoal de Direcção e Chefia
lho extraordinário, prestação de trabalho por turnos, ficando
sempre ressalvados os direitos fundamentais dos traba- ARTIGO 74.°
lhadores consignados na Constituição da República de (Nomeação)
Angola e demais legislação aplicável.
1. Os directores são nomeados por despacho do Presi-
3. Em situações excepcionais de funcionamento dos dente da Assembleia Nacional, sob proposta do Secretário
serviços da Assembleia Nacional, pode ser atribuído ao Geral, obtido prévio parecer favorável do Conselho de Admi-
respectivo pessoal, por decisão do Presidente da Assem- nistração, com observância dos requisitos legais adequados
bleia Nacional, sob proposta do Secretário Geral e ouvido o ao desempenho das respectivas funções, escolhidos de entre
Conselho de Administração, um subsídio de alimentação, funcionários parlamentares, com um grau académico não
alojamento, transporte e outros que se reputem necessários. inferior a licenciatura.

4. A aplicação do regime de trabalho previsto nos 2. Os chefes de divisão e os secretários dos gabinetes
números anteriores ao pessoal dos Gabinetes do Presidente locais são nomeados por despacho do Presidente da Assem-
da Assembleia Nacional, dos Vice-Presidentes, é da compe- bleia Nacional, sob proposta do Secretário Geral, obtido
tência do Presidente da Assembleia Nacional. prévio parecer favorável do Conselho de Administração, com
observância dos requisitos legais adequados ao desempenho
ARTIGO 71.° das respectivas funções, escolhidos de entre funcionários
(Assistência médica e medicamentosa) parlamentares, habilitados com licenciatura ou de reco-
nhecida competência para o desempenho das funções.
O pessoal da Assembleia Nacional tem direito a assis-
tência médica e medicamentosa, nos termos fixados em 3. Os chefes de serviço são nomeados por despacho do
regulamento aprovado por resolução da Assembleia Nacional Secretário Geral, obtido prévio parecer favorável do Conse-
sob proposta do Secretário Geral e mediante parecer do lho de Administração, sendo escolhidos de entre funcionários
Conselho de Administração. parlamentares, habilitados com o ensino médio, no mínimo,
ou de reconhecida competência para o desempenho das
ARTIGO 72.° funções.
(Bolsas de estudo)
4. Os directores, os chefes de divisão, os secretários dos
1. Para aperfeiçoamento profissional dos funcionários gabinetes locais e os chefes de serviço são providos, em
e agentes parlamentares, podem ser concedidas bolsas de comissão de serviço, pelo período da legislatura.
estudo, para a frequência de cursos e estágios de interesse
para os serviços da Assembleia Nacional, em instituições 5. A comissão de serviço cessa a todo o tempo.
nacionais e estrangeiras ou organismos internacionais.
ARTIGO 75.°
2. As condições de atribuição, direitos e obrigações dos (Competência dos directores)
bolseiros constam de regulamento aprovado pelo Plenário da
Assembleia Nacional, mediante proposta do Secretário Geral 1. Aos directores compete supervisionar, orientar e coor-
da Assembleia Nacional, após parecer favorável do Conselho denar os serviços das respectivas direcções, bem como velar
de Administração. pela assiduidade e disciplina do pessoal que lhes está afecto.
I SÉRIE — N.º 59 — DE 31 DE MARÇO DE 2010 421

2. Compete especialmente aos directores: e) informar aos directores sobre o cumprimento dos
programas e sobre a execução das tarefas que lhe
a) coadjuvar o Secretário Geral no desempenho das tenham sido incumbidas;
suas funções, dando-lhe conhecimento imediato f) informar aos directores sobre solicitações que rece-
de tudo quanto possa influir no funcionamento bam dos deputados, das comissões e dos grupos
dos serviços; parlamentares e dar-lhes o devido tratamento;
b) prestar ao Secretário Geral toda a cooperação e g) garantir o funcionamento regular dos respectivos
sugerir-lhe as providências que reputem de con- serviços;
venientes; h) velar pela assiduidade e disciplina do pessoal das
c) submeter à aprovação do Secretário Geral normas, respectivas divisões;
políticas e orientações referentes aos respectivos i) executar os demais actos que lhes sejam incumbidos
serviços; pelos seus superiores hierárquicos.
d) elaborar planos e programas dos respectivos ser-
viços; 3. Os chefes de divisão são substituídos, nas suas faltas ou
e) dirigir, avaliar e controlar o regular funcionamento impedimentos, pelo funcionário de categoria imediatamente
dos respectivos serviços; inferior que por eles for designado.
f) informar ao Secretário Geral sobre o cumprimento
ARTIGO 77.°
dos programas e sobre a execução das tarefas que
(Competência dos secretários dos gabinetes locais)
lhe tenham sido incumbidas;
g) informar ao Secretário Geral sobre solicitações que
1. Aos secretários dos gabinetes locais compete supervi-
recebam dos deputados, das comissões e dos
sionar, orientar e coordenar os serviços dos respectivos
grupos parlamentares e dar-lhes o devido trata-
gabinetes, bem como exercer autoridade sobre o pessoal que
mento;
lhes está afecto.
h) resolver as dúvidas que lhes forem apresentadas,
dentro das suas competências;
2. Compete especialmente aos secretários dos gabinetes
i) propor louvores aos seus subordinados;
locais:
j) promover a instauração de processos disciplinares;
k) emitir pareceres sobre assuntos que lhes forem sub- a) promover e coordenar a organização interna dos
metidos; serviços;
l) praticar actos que lhes sejam delegados pelo Secre- b) assegurar o apoio técnico e administrativo às mis-
tário Geral; sões de fiscalização política e visitas oficiais de
m) executar os demais actos que lhes sejam incum- deputados;
bidos pelo Secretário Geral. c) receber e encaminhar, à Direcção de Apoio às
Províncias, as petições, reclamações e sugestões
3. Os directores são substituídos, nas suas faltas ou impe- dos cidadãos;
dimentos, pelos chefes de divisão que por eles forem d) garantir a execução e controle das orientações ema-
designados. nadas superiormente;
ARTIGO 76.° e) garantir o funcionamento regular dos respectivos
(Competência dos chefes de divisão) serviços;
f) velar pela assiduidade e disciplina do pessoal dos
1. Aos chefes de divisão compete supervisionar, orientar respectivos núcleos.
e coordenar os serviços das respectivas divisões, bem como
exercer autoridade sobre o pessoal que lhes está afecto. 4. Os secretários dos Gabinetes Locais são substituídos,
nas suas faltas ou impedimentos, pelo funcionário de cate-
2. Compete especialmente aos chefes de divisão: goria imediatamente inferior que por eles for designado.

SECÇÃO III
a) promover e coordenar a organização interna dos
Requisição e Destacamento
serviços;
b) garantir a execução e controle das orientações ARTIGO 78.°
emanadas superiormente; (Requisição e destacamento)
c) auxiliar os directores no cumprimento das suas
competências; 1. Sob proposta do Secretário Geral e parecer favorável
d) coadjuvar os directores na elaboração de planos e do Conselho de Administração, o Presidente da Assembleia
programas e na definição de políticas e orien- Nacional pode autorizar, nos termos da lei, a requisição ou
tações sobre organização e funcionamento dos destacamento de trabalhadores de outras entidades públicas
respectivos serviços; ou privadas para prestarem serviço na Assembleia Nacional.
422 DIÁRIO DA REPÚBLICA

2. As requisições e os destacamentos previstos no número 4. As despesas relativas as remunerações do pessoal


anterior visam a realização de trabalhos de carácter técnico referido nos números anteriores são as que resultam da
ou profissional. aplicação do regime de remunerações em vigor na Assem-
bleia Nacional para cada uma das categorias ocupacionais.
3. As requisições e os destacamentos são feitos por
períodos até um ano, prorrogáveis até ao termo da legislatura. 5. As despesas referidas no presente artigo são pagas em
duodécimos por conta de dotações especiais inscritas no
4. O pessoal requisitado e o destacado, nos termos dos orçamento da Assembleia Nacional, à favor dos grupos
números anteriores, tem de possuir as qualificações acadé- parlamentares.
micas e profissionais exigidas para os funcionários do quadro
da Assembleia Nacional, com funções análogas. ARTIGO 82.°
(Subvenções aos partidos e grupos parlamentares)
ARTIGO 79.°
(Encomenda de estudos) 1. A cada um dos partidos ou coligação de partidos repre-
sentados na Assembleia Nacional é concedido, nos termos
1. O Presidente da Assembleia Nacional, por iniciativa dos números seguintes, uma subvenção anual para a reali-
própria ou por proposta dos presidentes das comissões zação dos seus fins próprios.
parlamentares, obtido o parecer favorável do Conselho de
Administração, pode encomendar estudos de relevância 2. A subvenção a atribuir a cada partido ou coligação de
parlamentar, sob contrato de prestação de serviços. partidos é a que resulta da divisão proporcional da dotação
inscrita no Orçamento Geral do Estado para esse fim pelo
2. Os contratos de prestação de serviços referidos no número de assentos que cada partido ou coligação de partidos
número anterior são celebrados e processualizados pelo disponha na Assembleia Nacional.
Secretário Geral da Assembleia Nacional por período
máximo de um ano. 3. A cada grupo parlamentar é atribuída uma subvenção
para encargos com assessoria aos deputados, não inferior a
seis vezes o salário mínimo em vigor na Assembleia Nacio-
CAPÍTULO VI
nal, mais a metade do valor do mesmo por deputado.
Apoio aos Secretários da Mesa e Grupos Parlamentares

4. Os grupos parlamentares originários de partidos que


ARTIGO 80.°
tenham concorrido em determinada coligação são conside-
(Apoio aos Secretários da Mesa)
rados como um só grupo parlamentar para os efeitos do
número anterior.
O Gabinete dos Secretários da Mesa é constituído por
funcionários do quadro de pessoal da Assembleia Nacional
5. As subvenções referidas no n.º 1 do presente artigo são
em número não superior a três, designados pelo Secretário
pagas em duodécimos, por conta de dotações especiais ins-
Geral.
critas no orçamento da Assembleia Nacional.
ARTIGO 81.°
CAPÍTULO VII
(Gabinete dos grupos parlamentares)
Gestão Financeira
1. Os grupos parlamentares dispõem de gabinetes inte-
SECÇÃO I
grados por pessoal de sua livre escolha e nomeação, cabendo
Elaboração e Aprovação do Orçamento
ao Plenário, sob proposta do Conselho de Administração,
aprovar no início da legislatura, a composição do respectivo
ARTIGO 83.°
quadro orgânico que deve ser proporcional ao número de (Orçamento)
assentos.
O orçamento da Assembleia Nacional é a expressão
2. Os grupos parlamentares podem alterar a composição financeira do seu plano de actividades anual.
do quadro de pessoal desde que não resulte em agravamento
da respectiva despesa global calculada nos termos do n.º 4 ARTIGO 84.°
do presente artigo. (Preparação do orçamento)

3. A nomeação e exoneração do pessoal referido no n.º 1 O projecto de orçamento da Assembleia Nacional é


do presente artigo é da competência do respectivo grupo elaborado pelos serviços competentes, sob coordenação do
parlamentar, sendo-lhe aplicável o regime de segurança Secretário Geral da Assembleia Nacional, até à primeira
social em vigor para os funcionários públicos. quinzena de Junho de cada ano.
I SÉRIE — N.º 59 — DE 31 DE MARÇO DE 2010 423

ARTIGO 85.° ARTIGO 89.°


(Aprovação do orçamento) (Requisição de fundos)

1. O projecto de orçamento da Assembleia Nacional é 1. O Conselho de Administração requisita mensalmente,


apreciado pelo Conselho de Administração, que o submete à aos órgãos competentes da Administração Pública, as impor-
discussão do Plenário. tâncias que se acharem necessárias por conta da sua dotação
global consignada no Orçamento Geral do Estado.
2. Após a sua discussão pelo Plenário e estabelecido o
valor da dotação global, é negociado com o Governo com
2. As requisições referidas no número anterior são expe-
vista a sua inscrição no Orçamento Geral do Estado.
didas, com as competentes autorizações de pagamento, para
3. O projecto de orçamento da Assembleia Nacional é a entidade gestora da Caixa do Tesouro Nacional, sendo as
aprovado pelo Plenário nos 30 dias subsequentes à aprovação importâncias depositadas à ordem da Assembleia Nacional
do Orçamento Geral do Estado, enviando-se três exemplares na conta bancária por ela indicada.
para o Ministério das Finanças.
ARTIGO 90.º
ARTIGO 86.° (Regime duodecimal)
(Alterações orçamentais)
Compete ao Conselho de Administração autorizar a
1. O orçamento da Assembleia Nacional só pode ser dispensa do regime duodecimal de qualquer das dotações
alterado pelo Plenário, devendo ser dado conhecimento do orçamentais da Assembleia Nacional e, bem assim, solicitar
facto ao Ministério das Finanças. a antecipação total ou parcial dos respectivos duodécimos.

2. As alterações ao orçamento da Assembleia Nacional ARTIGO 91.°


que impliquem aumento da dotação global da despesa são (Realização de despesas)

realizadas através de orçamento suplementar que é preparado


e aprovado, nos termos dos artigos anteriores, com as devidas À realização de despesas aplica-se o regime geral de
adaptações. realização de despesas públicas, com as adaptações cons-
tantes do artigo seguinte.
3. As transferências de dotações são autorizadas pelo
Secretário Geral, salvo as relativas à despesas com o pessoal ARTIGO 92.°
e de investimento que são autorizadas pelo Conselho de (Limites de autorização de despesas)
Administração.
Os limites de autorização de despesas são fixados pelo
ARTIGO 87.° Plenário da Assembleia Nacional sob proposta do Conselho
(Receitas) de Administração.

Constituem receitas da Assembleia Nacional:


ARTIGO 93.°
a) as transferências do Orçamento Geral do Estado; (Fundo de maneio)
b) os saldos de anos findos;
c) o produto das edições e publicações; O Conselho de Administração pode, sob proposta do
d) os direitos de autor; secretário geral autorizar a constituição de fundos de maneio,
e) as receitas resultantes da exploração das suas ins- a cargo dos responsáveis pelos serviços, destinados ao
talações e de outras receitas não especificadas; pagamento de pequenas despesas, devendo fixar as regras a
f) prestações de serviços a terceiros; que obedece o seu controlo.
g) as receitas da aplicação de fundos;
h) as demais receitas que forem atribuídas por lei, con- SECÇÃO III
trato, sucessão ou doação. Fiscalização do Orçamento

SECÇÃO II ARTIGO 94.°


Execução Orçamental (Relatório de execução financeira e conta do exercício)

ARTIGO 88.°
(Execução do orçamento) 1. A proposta de relatório de execução financeira e a conta
do exercício é preparada até à primeira quinzena de Abril de
A execução do orçamento da Assembleia Nacional é feita cada ano pelos serviços competentes, sob a coordenação do
através dos serviços, nos termos previstos na presente lei. Secretário Geral da Assembleia Nacional.
424 DIÁRIO DA REPÚBLICA

2. A proposta referida no número anterior é apreciada pelo ARTIGO 99.°


Conselho de Administração que a submete até 31 de Maio de (Implantação da nova estrutura orgânica)
cada ano à aprovação pelo plenário.
A implantação da nova estrutura orgânica prevista na
3. O relatório de execução financeira e a conta do presente lei é efectuada de acordo com um plano e calendário
exercício é publicado no diário da Assembleia Nacional e no proposto pelo Secretário Geral, a aprovar pelo Presidente da
Diário da República. Assembleia Nacional, ouvido o Conselho de Administração,
no prazo de 90 dias, após a sua publicação.
4. Nos prazos legalmente estabelecidos, a Assembleia
Nacional deve enviar ao Tribunal de Contas o relatório de ARTIGO 100.°
gestão administrativa e de execução financeira e a conta do (Transição do pessoal)
exercício.
CAPÍTULO VIII 1. A transição do pessoal da Assembleia Nacional para as
Disposições Finais e Transitórias novas carreiras faz-se para a categoria igual ou superior à sua
posição actual, relevando, para efeito de posicionamento na
ARTIGO 95.° categoria e escalão, o tempo de serviço já prestado e os resul-
(Direito subsidiário)
tados obtidos na avaliação de desempenho.

Aplica-se subsidiariamente à presente lei e seus regula- 2. A aplicação do disposto no número anterior é objecto
mentos a legislação em vigor na Administração do Estado. de regulamentação específica.

ARTIGO 96.º
ARTIGO 101.°
(Gratificações)
(Resolução de dúvidas e omissões)
1. Ao destacamento da Polícia Nacional, para a segurança
da Assembleia Nacional, é atribuída a gratificação mensal As dúvidas e omissões suscitadas pela interpretação e
prevista para o pessoal similar dos outros órgãos de sobe- aplicação da presente lei são resolvidas pela Assembleia
rania, sendo os respectivos encargos suportados pelo orça- Nacional.
mento da Assembleia Nacional. ARTIGO 102.°
(Revogação)
2. Os funcionários parlamentares que participam em
comissões de trabalho de carácter eventual, de grande É revogada toda a legislação que contrarie a presente lei,
exigência técnica e esforço intelectual, fora das respectivas nomeadamente, a Lei n.° 5/93, de 28 de Maio - Lei Orgânica
unidades orgânicas, podem ser objectos de gratificação, por da Assembleia Nacional e a Lei n.° 25/03, de 19 de Setembro
decisão do Secretário Geral. -Lei de Alteração à Lei Orgânica da Assembleia Nacional.

ARTIGO 97.° ARTIGO 103.°


(Depósito legal) (Regulamentação)

Todos os serviços e organismos da administração central A presente lei deve ser regulamentada no prazo de 120 dias,
e local do Estado, instituições e empresas públicas devem a contar da data da sua publicação.
enviar à biblioteca da Assembleia Nacional, sob regime de
depósito legal, dois exemplares de todas as publicações ARTIGO 104.°
oficiais ou oficiosas que não sejam de uma mera circulação (Entrada em vigor)
interna.
ARTIGO 98.° A presente lei entra em vigor à data da sua publicação.
(Reserva de propriedade)

Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda,


1. A Assembleia Nacional é a única proprietária de toda
aos 5 de Março de 2010.
a produção material resultante do seu funcionamento, sem
prejuízo dos direitos de autor de deputados ou de funcio-
nários parlamentares. O Presidente da Assembleia Nacional, António Paulo
Kassoma.
2. É vedado a quaisquer órgãos da Administração Pública,
empresas e outras entidades públicas ou privadas a edição ou Promulgada em 23 de Março de 2010.
a comercialização da produção referida no número anterior
sem prévia autorização assentimento do Conselho de Publique-se.
Administração, manifestado, nos termos da lei ou através de
contrato. O Presidente da República, JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS.
ANEXO I
Organigrama

PLENÁRIO

COMISSÃO
PERMANENTE

PRESIDENTE DA
ASSEMBLEIA
NACIONAL

GABINETE DO
PRESIDENTE
CONSELHO
DE
ADMINISTRAÇÃO
SERVIÇO DE
SEGURANÇA
I SÉRIE — N.º 59 — DE 31 DE MARÇO DE 2010

SECRETÁRIO GERAL

GABINETE
DO
SECRETÁRIO GERAL

DIRECÇÃO DIRECÇÃO DIRECÇÃO DE GABINETE GABINETE


DIRECÇÃO RELAÇÕES PÚBLI- DIRECÇÃO DE DIRECÇÃO DE GABINETE DE
DE DE DE DE CENTRO DE
DE APOIO CAS, PROTOCOLO RECURSOS APOIO ÀS ESTUDOS
ADMINISTRAÇÃO DOCUMENTAÇÃO ASSESSORIA COMUNICAÇÃO INFORMÁTICA
PARLAMENTAR E RELAÇÕES HUMANOS PROVÍNCIAS PARLAMENTARES
E FINANÇAS E INFORMAÇÃO INTERNACIONAIS JURÍDICA E IMAGEM

DIVISÃO DIVISÃO DE DIVISÃO DIVISÃO GAB. LOCAIS


DIVISÃO DE APOIO DE GESTÃO APOIO CÍRCULOS
DE GESTÃO INFORMAÇÃO DE RELAÇÕES
AO PLENÁRIO DE CARREIRAS ELEIT. PROV. DE
FINANCEIRA LEGISLATIVA PÚBLICAS E FORMAÇÃO DEPUTADOS

DIVISÃO DIVISÃO DIVISÃO DIVISÃO DE


DIVISÃO GESTÃO DE
DE SECRETARIADO DE GESTÃO DE
DE PROTOCOLO REMUN. E DE
ÀS COMISSÕES PATRIMONIAL EDIÇÕES ACÇÃO SOCIAL

DIVISÃO DIVISÃO
DIVISÃO
DE REDACÇÃO DE BIBLIOTECA
DE RELAÇÕES
E APOIO AUDIOVI- ADMINISTRAÇÃO PARLAMENTAR
INTERNACIONAIS
SUAL DO PALÁCIO

ARQUIVO O Presidente da Assembleia Nacional, António Paulo Kassoma.


DIVISÃO DE APOIO
HISTÓRICO-
AOS DEPUTADOS
-PARLAMENTAR
425

O Presidente da República, JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS.


426 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ANEXO II
Estrutura das carreiras parlamentares a que Carreira Cargos funcionais

Ordem
se refere o artigo 59.º
Funções de natureza executiva de aplicação técnica com
base no conhecimento ou adaptação de métodos e proces-

média parlamentar
sos enquadrados em directivas bem definidas, exigindo

Carreira técnica
Carreira Cargo
3 conhecimentos técnicos, teóricos e práticos, obtidos através
da sua formação técnico-profissional;
Assessor parlamentar principal
Elabora propostas, informações e pareceres, prepara
Primeiro assessor parlamentar documentos para despacho superior.
Carreira técnica Assessor parlamentar
superior parlamentar Técnico superior parlamentar principal Exerce tarefas administrativas de apoio à actividade da
Técnico superior parlamentar de 1.ª classe Assembleia Nacional em geral e à gestão dos serviços,
Técnico superior parlamentar de 2.ª classe nomeadamente apoio parlamentar, gestão financeira,
gestão patrimonial, recursos humanos, relações interna-
cionais, relações públicas, protocolo, arquivo, biblioteca
Técnico especialista parlamentar principal

administrativa
e documentação e demais processos administrativos;

parlamentar
Técnico especialista parlamentar de 1.ª classe

Carreira
4
Carreira técnica Técnico especialista parlamentar de 2.ª classe Conhece e domina as tarefas acometidas ao seu nível e exe-
parlamentar Técnico parlamentar de 1.ª classe cuta trabalhos de organização e desenvolvimento da sua
Técnico parlamentar de 2.ª classe área de actividades;
Técnico parlamentar de 3.ª classe
Elabora propostas e informações e prepara documentos para
despacho superior.
Técnico médio parlam. principal de 1.ª classe
Técnico médio parlam. principal de 2.ª classe Funções de natureza executiva de carácter manual ou mecâ-
Carreira técnica Técnico médio parlam. principal de 3.ª classe nico, com grau de complexidade variáveis, enquadradas
média parlamentar Técnico médio parlamentar de 1.ª classe em instruções gerais bem definidas, podendo exigir for-
Técnico médio parlamentar de 2.ª classe mação específica num ofício ou profissão e são predo-
Técnico médio parlamentar de 3.ª classe minantemente de esforço físico;

Presta serviços auxiliares em qualquer dos espaços da


Oficial administrativo parlamentar principal
Assembleia Nacional, assegurando o apoio e o contacto
Carreira Oficial administrativo parlam. de 1.ª classe entre gabinetes, salas de sessões e serviços da Assembleia
Carreira auxiliar

administrativa Oficial administrativo parlam. de 2.ª classe


parlamentar

Nacional, executa tarefas auxiliares de apoio administra-


5
parlamentar Oficial administrativo parlam. de 3.ª classe tivo, designadamente a recepção e entrega de expediente
Aspirante parlamentar e encomendas;

Efectua trabalhos de conservação e limpeza e outros traba-


Auxiliar parlamentar principal
lhos indiferenciados como sejam o transporte manual de
Auxiliar parlamentar de 1.ª classe objectos e de equipamento;
Carreira auxiliar Auxiliar parlamentar de 2.ª classe
parlamentar Auxiliar parlamentar de 3.ª classe Exerce funções diversas de natureza simples, exigindo-se
Auxiliar parlamentar de 4.ª classe conhecimentos de ordem prática susceptíveis de serem
aprendidos no próprio local de trabalho.

ANEXO III
Conteúdos funcionais a que se refere o artigo 60.º ANEXO IV
Quadro de pessoal da Assembleia Nacional
a que se refere o artigo 63.º
Carreira Cargos funcionais
Ordem

Quadro de pessoal por unidades orgânicas


Funções de investigação, estudo, concepção e adaptação de
métodos e processos técnico-científicos de âmbito geral
N.º de Obser-
e especializado, executadas com autonomia e respon- Área funcional Categorias/carreiras
lugares vação
sabilidade, tendo em vista informar à decisão superior e
que requerem um elevado grau de qualificação;
superior parlamentar

Secretaria Geral Secretário geral … … … … 1


Carreira técnica

Exercem também funções de natureza executiva, assessoria


1 técnica e outras, para as quais é exigido uma sólida for-
mação e um domínio total da área de especialização, Director … … … … … … 1
assim como uma visão global da administração pública e, Director-adjunto … … … … 1
em particular, dos vários quadrantes de actividade parla- Gabinete do Presidente Assessor … … … … … … 4
mentar, no sentido da preparação da tomada de decisões; da Assembleia Secretário … … … … … … 1
No exercício das suas funções colabora na avaliação de Nacional Pessoal administrativo … … 4
resultados. Motorista … … … … … … 2
Pessoal auxiliar … … … … 2
Funções de estudo e aplicação de métodos e processos de
natureza técnica, com autonomia e responsabilidade,
Carreira técnica

Director … … … … … … 1
parlamentar

enquadradas na planificação estabelecida, requerendo Cerimonial do


2 uma especialização e conhecimentos profissionais; Oficiais de protocolo … … 4
Presidente da
Pessoal administrativo … … 1
Elabora propostas, informações e pareceres, prepara Assembleia Nacional
documentos para despacho superior. Motorista … … … … … … 1
I SÉRIE — N.º 59 — DE 31 DE MARÇO DE 2010 427

N.º de Obser- N.º de Obser-


Área funcional Categorias/carreiras Área funcional Categorias/carreiras
lugares vação lugares vação

Chefe de gabinete … … … 1 (4) Chefe de divisão .. … … 1


Divisão de Relações
Gabinetes/ Secretário … … … … … … 1 (4) Internacionais e Técnico superior .. … … 3
/Vice-Presidentes (4) Pessoal administrativo … … 1 (4) Interparlamentares Técnico/técnico médio .. 3
Motorista … … … … … … 1 (4) Pessoal administrativo ... 1

Director de gabinete … … 1 Director … … … … … 1


Direcção dos Recursos
Assessor … … … … … … 2 Secretário … … … … 1
Conselho de Humanos
Secretário … … … … … … 1 Pessoal administrativo .. 1
Administração Motorista … … … … … … 1
Pessoal auxiliar … … … … 1 Chefe de divisão .. … … 1
Divisão de Gestão
Técnico superior .. … … 2
de Carreiras
Técnico/técnico médio .. 2
Gabinete dos e Formação
Pessoal administrativo … … 2 Pessoal administrativo ... 1
Secretários da Mesa

Chefe de divisão .. … … 1
Divisão de Gestão de
Director … … … … … … 1 Técnico superior .. … … 2
Remunerações e
Técnico superior … … … … 1 Técnico/técnico médio .. 2
Acção Social
Gabinete do Secretário … … … … … … 1 Pessoal administrativo .. 1
Secretário Geral Pessoal administrativo … … 3
Motorista … … … … … … 1 Chefe de serviço . … … 1
Serviço de Expediente
Pessoal auxiliar … … … … 2 Pessoal administrativo .. 3

Director … … … … … … 1 Direcção de Director … … … … … 1


Direcção de Apoio
Secretário … … … … … … 1 Administração Secretário .. … … … … 1
Parlamentar
Pessoal administrativo … … 1 e Finanças Pessoal administrativo .. 1

Chefe de divisão … … … … 1 Chefe de divisão .. … … 1


Direcção de Apoio Técnico superior … … … … 4 Divisão de Gestão Técnico superior.. … … 3
ao Plenário Técnico/técnico médio … … 4 Financeira Técnico/técnico médio ... 4
Pessoal administrativo … … 6 Pessoal administrativo ... 1

Chefe de divisão … … … … 1 Chefe de divisão .. … … 1


Divisão de
Técnico superior … … … … 1 Técnico superior .. … … 2
Secretariado
Técnico … … … … … … 2 Técnico/técnico médio .. 4
às Comissões Divisão de Gestão
Pessoal administrativo … … 20 Pessoal administrativo .. 1
Patrimonial
Pessoal auxiliar… … … 12 = 9
Chefe de divisão … … … … 1 limpeza + 3
Divisão de Apoio Técnico superior … … … … 1 operários
aos Deputados Técnico/técnico médio … … 3
Pessoal administrativo … … 2 Chefe de divisão .. … … 1
Chefe de serviço .. … … 2
Chefe de divisão … … … … 1 Divisão de Técnico/técnico médio .. 2
Técnico superior … … … … 6 Administração Pessoal administrativo .. 2
Divisão de Redacção Técnico/técnico médio … … 7 do Palácio Pessoal auxiliar… … … 14 = 10
Técnico de som … … … … 2 limpeza + 4
Pessoal administrativo … … 1 operários

Direcção de Relações
Director … … … … … … 1 Direcção de Director … … … … … 1
Públicas, Protocolo e
Secretário … … … … … … 1 Documentação Secretário .. … … … … 1
Relações Interna-
Pessoal administrativo … … 1 e informação Pessoal administrativo .. 1
cionais

Chefe de divisão … … … … 1 Chefe de divisão .. … … 1


Divisão de Relações Técnico superior … … … … 1 Divisão de
Técnico superior .. … … 2
Públicas Técnico/técnico médio … … 2 Informação
Técnico/técnico médio .. 2
Pessoal administrativo … … 4 Legislativa
Pessoal administrativo .. 1

Chefe de divisão … … … … 1 Chefe de divisão .. … … 1


Técnico superior … … … … 1 Técnico superior .. … … 1
Divisão de Protocolo Divisão de Edições
Técnico/técnico médio … … 2 Técnico/técnico médio .. 2
Pessoal administrativo … … 6 Pessoal administrativo .. 1
428 DIÁRIO DA REPÚBLICA

N.º de Obser- N.º de Obser-


Área funcional Categorias/carreiras Área funcional Categorias/carreiras
lugares vação lugares vação

Chefe de divisão .. … … 1 Director … … … … … 1


Técnico superior .. … … — Técnico superior .. … … 6
Arquivo Histórico Gabinete de Assessoria
Técnico/técnico médio .. 2
Jurídica Secretário .. … … … … 1
Pessoal administrativo .. 1
Pessoal administrativo .. 1
Chefe de divisão .. … … 1
Técnico superior .. … … 1 Director .… … … … … 1
Biblioteca
Técnico/técnico médio .. 2 Gabinete de Estudos Técnico superior .. … … 18
Pessoal administrativo .. 1 Parlamentares Secretário .. … … … … 1

Chefe de serviço … … 1 Pessoal administrativo .. 1


Serviço de
Reprografia Pessoal auxiliar (operários) 3
Director .… … … … … 1
Director … … … … … 1 Técnico superior .. … … 2
Gabinete de Comuni-
Direcção de Apoio Técnico/técnico médio 2
cação e Imagem Técnico/técnico médio .. 2
às Províncias Secretário .. … … … … 1
Pessoal administrativo .. 1 Secretário .. … … … … 1

Secretário .. … … … … 1 Director .… … … … … 1
Gabinetes Locais de
Técnico/técnico médio ... 2
Apoio aos Círculos Técnico superior .. … … 6
Pessoal administrativo ... 2 Centro de Informática
Eleitorais Provinciais Técnico/técnico médio .. 1
Pessoal auxiliar… … … 2
de Deputados
Motorista .. … … … … 1 Secretário .. … … … … 1

O Presidente da Assembleia Nacional, António Paulo Kassoma.

O Presidente da República, JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS.

O. E. 191 — 3/59 — 2000 ex. — I. N.-E. P. — 2010

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