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13/06/2022 16:57 Monarquia de Portugal – Wikipédia, a enciclopédia livre

Conteúdo

Início
1Dinastia de Borgonha

2Dinastia de Avis
3Dinastia de Habsburgo (ou Filipina)

4Dinastia de Bragança

4.1Casa de Bragança

4.2Casa de Bragança-Saxe-Coburgo e Gotha

5Monarquia Constitucional
6Família Real Portuguesa

6.1Membros
6.1.1Aquando da transferência para o Brasil (1808)

6.1.2Aquando da implantação da República Portuguesa (1910)


6.1.3Reivindicações pós-Monarquia

6.1.4Casa de Bragança (Ramo Miguelista)


6.1.5Casa de Bragança-Saxe-Coburgo-Gotha (Ramo Constitucional)

6.1.6Casa de Loulé

7Sucessão
8Questão dinástica portuguesa

8.1Disputa da titularidade real no pós-Monarquia

9Monarcas de Portugal
10Queda da Monarquia
11Residências
12Ver também

13Referências

Monarquia de Portugal
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Chefe da Casa Real Portuguesa

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A Monarquia de Portugal foi o regime político que MONARQUIA


vigorou em Portugal entre 1143 e 1910, compondo-se de
quatro dinastias sucessivas: Dinastia de Borgonha (Ou
Afonsina), Avis, Filipina, e Bragança.

Índice
Dinastia de Borgonha
Dinastia de Avis
Brasão de armas de Portugal
Dinastia de Habsburgo (ou Filipina)
Dinastia de Bragança
Casa de Bragança
Casa de Bragança-Saxe-Coburgo e Gotha
Monarquia Constitucional
Família Real Portuguesa
Membros
Aquando da transferência para o Brasil
(1808)
Aquando da implantação da República
Portuguesa (1910)
Reivindicações pós-Monarquia
Casa de Bragança (Ramo Miguelista)
Casa de Bragança-Saxe-Coburgo-Gotha
(Ramo Constitucional)
Casa de Loulé Último Titular:

Manuel II
Sucessão
Questão dinástica portuguesa Título: Sua Majestade
Disputa da titularidade real no pós-Monarquia Fidelíssima
Monarcas de Portugal Primeiro D. Afonso Henriques
Queda da Monarquia monarca:

Residências Formação: 1143

Ver também
Referências

Dinastia de Borgonha
A Dinastia de Borgonha, também chamada Afonsina (pelo elevado número - quatro - de soberanos
com o nome de Afonso) foi a primeira dinastia do Reino de Portugal. Começou em 1096, ainda
como Condado Portucalense (autonomizado como Reino de Portugal em 1139-1143) e terminou
em 1383.

D. Afonso Henriques tornou-se Príncipe de Portugal depois de vencer os nobres galegos, os Peres
de Trava, aliados de sua mãe, D. Teresa, na batalha de São Mamede em 1128. Foi apenas em 1179
que o Papa Alexandre III reconheceu Portugal como um Estado independente, o que na época era
fundamental para a aceitação do reino no mundo cristão. D. Sancho I sucedeu a D. Afonso I, seu
pai. À semelhança do anterior continuou o processo de Reconquista da Península Ibérica sob
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domínio mouro. A D. Sancho I sucedeu D. Afonso II, seu filho. Em 1223 o seu filho D. Sancho II
sucedeu-lhe. O reinado deste não durou muito tempo e em 1248 seu irmão subiu ao trono, D.
Afonso III. Foi ele que terminou com a presença muçulmana em Portugal, re-adaptando o título de
Rei de Portugal e do Algarve. Com as fronteiras do território definidas através do Tratado de
Alcanizes (1297), D. Dinis, filho de Afonso III e herdeiro da coroa, começou um processo de
exploração da terra do reino. Em 1325 sucedeu-lhe D. Afonso IV, cujo filho, D. Pedro I,
protagonizou um dos episódios mais conhecidos da História de Portugal, que Luís de Camões
incluiu n’Os Lusíadas, o amor de Pedro e Inês de Castro. Com a morte de D. Pedro I, o filho
primogénito, D. Fernando subiu ao trono em 1367. Em 1383 sua filha, D. Beatriz, casou-se com
João I de Castela, o que complicou a continuidade da dinastia. Em 1383, com a morte de D.
Fernando, o reino entra em anarquia total, com a ameaça de anexação pelo reino de Castela. Após
a eleição de D. João I como rei nas Cortes de Coimbra de 1385, considera-se iniciada uma nova
dinastia, pela quebra na sucessão legítima, ainda que o novo soberano descendesse directamente
do rei D. Pedro I.

Dinastia de Avis
Antes disto, e possibilitando isto, dera-se a derrota do partido
favorável à rainha destronada, D. Beatriz, mulher de João I de
Castela, definitivamente vencido na batalha de Aljubarrota em 14 de
Agosto de 1385.

Durante o reinado desta dinastia Portugal inicia as grandes


navegações e com o passar do tempo começa a colonizar terras em
outros continentes e comercializar com outras nações e povos pelo
mar.

A Casa de Avis, sucessora familiar da anterior dinastia de Borgonha,


reinou no Continente português entre 1385 e 1581, quando D.
António é vencido no Continente português, na batalha de Alcântara,
e destronado, sendo aclamado em seu lugar o estrangeiro Filipe  II D. João I, fundador da
dinastia de Avis.
nas Cortes de Tomar desse ano, sob a ameaça do seu exército que já
ocupara Lisboa. Mas reina ainda nas Ilhas até 1582, com a queda de
Angra do Heroísmo, quando a Ilha Terceira e as restantes ilhas açorianas se rendem à armada
invasora do Marquês de Santa Cruz.

A Dinastia de Avis é sucedida pela união pessoal entre as coroas de Portugal e de todos os demais
reinos de Filipe  II, que deu início à Dinastia de Habsburgo, ou Dinastia Filipina, ou Dinastia de
Áustria.

Dinastia de Habsburgo (ou Filipina)


A Dinastia Filipina ou Dinastia de Habsburgo (igualmente conhecida por Terceira Dinastia,
Dinastia dos Áustrias, Dinastia de Espanha ou União Ibérica) foi a Dinastia Real que reinou em
Portugal durante o período de união pessoal entre este país e a Espanha, isto é, em que o Rei de
Espanha era simultaneamente o Rei de Portugal.

Os três Reis da Dinastia Filipina pertenciam à Casa de Habsburgo e governaram em Portugal entre
1580 e 1 de Dezembro de 1640. Foram:

Filipe I de Portugal e II de Espanha r. 1580-1598;


Filipe II de Portugal e III de Espanha r. 1598-1621;
Filipe III de Portugal e IV de Espanha r. 1621-1640.

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Dinastia de Bragança

Casa de Bragança

A Casa de Bragança, oficialmente titulada como a Sereníssima Casa


de Bragança, foi a casa real liderada por uma família nobre
portuguesa, que teve muita influência e importância na Europa e no
mundo até ao início do século XX, tendo constituído uma nova
dinastia e, portanto, a família real, do país e do seu império
ultramarino colonial, por quase três séculos, tendo ascendentes nas
dinastias anteriores. Tendo sido monarca absoluta até 1820, depois,
em decorrência da implantação da monarquia constitucional em
Portugal, foi monarca constitucional e acabou por dar origem a uma
nova casa real: a Casa de Bragança-Saxe-Coburgo e Gotha.

A Casa de Bragança também foi a soberana do Reino Unido de


Portugal, Brasil e Algarves e, por via dum ramo colateral, do Império
do Brasil. O ramo que fundou e reinou no Império do Brasil é
D. João IV, primeiro rei da conhecido como a família imperial brasileira, casa real fundada por D.
Casa de Bragança
Pedro IV de Portugal, o qual no Brasil é denominado D. Pedro I do
Brasil, filho de D. João VI de Portugal.

A Casa de Bragança é uma linha ilegítima da Casa de Avis, que governou Portugal de 1385 a 1580.
Por via da Casa de Avis, vem a ser descendente ilegítima da Casa de Borgonha (também chamada
Dinastia Afonsina), e, por via da última, também descendente ilegítima da dinastia capetiana. A
Casa de Borgonha proclamou a independência do Condado de Portucale em relação ao Reino de
Leão em 1139, tendo governado Portugal até 1385, quando a Casa de Avis, um ramo ilegítimo da
primeira casa real portuguesa - a Casa de Borgonha -, assumiu o trono, como resultado da crise de
1383—1385 em Portugal. Ainda, a primeira casa real portuguesa, da qual a Casa de Bragança
descende por via ilegítima, vem a ser descendente da casa real leonesa, por via da mãe de Dom
Afonso Henriques - proclamador da independência, fundador do Reino de Portugal e primeiro Rei
como D. Afonso I -, D. Teresa, nascida infanta de Leão, filha do rei Dom Afonso VI de Leão e
Castela.

A Casa de Bragança viria a reinar em Portugal após a restauração da independência, em 1 de


dezembro de 1640, pois Portugal encontrava-se sob o domínio dum ramo espanhol da Casa de
Habsburgo e em estado de união política com o Reino de Espanha. O período em que se tornou
casa reinante corresponde ao da sua fundação em 1442 e até 1836.

Casa de Bragança-Saxe-Coburgo e Gotha

A Casa de Bragança-Saxe-Coburgo e Gotha[1][2] (também chamada Casa de Bragança-Coburgo[3]


ou Bragança-Wettin[4]) foi a última casa real que reinou em Portugal entre 1836 e 1910, e
resultante de ramo dinástico germânico-português que teve a sua origem na união matrimonial da
Rainha D. Maria II de Portugal, da Casa de Bragança, com o Príncipe D. Fernando de Saxe-
Coburgo-Gota e Koháry, da Casa de Saxe-Coburgo-Gotha – dinastia Wettin.

A consideração da Casa de Bragança-Saxe-Coburgo e Gotha como um ramo separado da original


Casa de Bragança foi adoptada por historiadores que seguem as doutrinas de países estrangeiros
onde se aplicava a Lei Sálica, que impedia as mulheres de ser herdeiras de casas dinásticas e de
ascender, por si próprias, ao trono. Segundo essa teoria, a Casa de Bragança terá sido
interrompida em D. Maria II, por esta ser mulher. Os filhos de D. Maria II seriam apenas

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herdeiros da dinastia do marido, a Casa de Saxe-Coburgo-Gota (da


dinastia Wettin).

No entanto, em Portugal, as mulheres sempre puderam ser herdeiras


e ascender ao trono. Seguindo as leis hereditárias tradicionais
portuguesas considera-se que a legitimidade dinástica dos Bragança
passou para D. Maria II e para os seus herdeiros, continuando a
existir a original Casa de Bragança e não um ramo dinástico
separado. Sendo assim, a maioria dos historiadores portugueses não
reconhece a existência de uma Casa de Bragança-Saxe-Coburgo e
Gotha, embora aos últimos Reis de Portugal, sucessores de D. Maria
II, fosse recorrentemente dado o nome de Braganças-Coburgo ou
Braganças-Wettin.
D. Maria II.
Considerando-se a existência do ramo de Bragança-Saxe-Coburgo e
Gotha, este teria ocupado o trono português desde a ascensão do Rei
D. Pedro V, em 1853, até ao exílio do Rei D. Manuel II, em 1910.

Com a implantação da república em Portugal, a 5 de outubro de 1910, a Casa de Bragança-Saxe-


Coburgo e Gotha foi decretada extinta e praticamente todos os seus membros foram obrigados a
deixar o país devido à aplicação da Lei da Proscrição.

Monarquia Constitucional
Durante o reinado de D. Maria II, Portugal experimentou um
desenvolvimento educacional impulsionado pela rainha que construiu
escolas e universidades, também reformulou o sistema educacional
português, quando faleceu em 1853, foi sucedida pelo filho D. Pedro
V, considerado como um grande monarca por sua generosidade e
bondade visitando doentes, ajudando os necessitados, construindo
hospitais e instituições de caridade, foi no seu reinado que em 1855,
foi inaugurado o primeiro telégrafo elétrico do país e em 1856, a
primeira ferrovia ligando Lisboa ao Carregado.

Em 1861, a morte repentina, vítima de Febre tifoide, de D. Pedro V aos


24 anos de idade fez com que seu irmão D. Luís I assumisse o trono,
no seu reinado surgiram dois importantes partidos políticos, o Partido
D. Pedro V.
Regenerador e o Partido Progressista, que se revezavam no poder
iniciando um período conhecido como Rotativismo, sob o comando do
primeiro-ministro Fontes Pereira de Melo, um período de
desenvolvimento foi impulsionado, ferrovias foram construídas, fábricas, portos, estradas,
também ocorreu a abolição da escravatura em Portugal, o fim da pena de morte, a promulgação do
primeiro Código Civil. Em 1884, Portugal propôs a criação da Conferência de Berlim para definir
os territórios europeus na África, resultando no Mapa Cor-de-Rosa que pretendia unir as colônias
portuguesas de Angola e Moçambique, entretanto a oposição britânica obrigou os portugueses à
desistirem do seu projeto no Ultimato Britânico de 1890, pois os britânicos desejavam construir
uma ferrovia que ligasse o Cairo à Cidade do Cabo. Foi também no reinado de Luís I que foi criado
o Partido Republicano Português que era composto por membros da Maçonaria e da Carbonária,
além disso surgiu movimentos intelectuais como o Realismo tendo Eça de Queiroz como grande
escritor português do século XIX. O Rei financiou expedições e pesquisas oceanográficas
utilizando boa parte de sua fortuna nisso, além de construiu um dos primeiros aquários do mundo.
O Rei morreu em 19 de outubro 1889, sendo sucedido pelo filho D. Carlos I.

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Família Real Portuguesa


A família real portuguesa era a família constituída pelo monarca
e pelos seus familiares diretos (pai, mãe, esposa, filhos, netos e os
bisnetos), que governavam soberanamente o Reino de Portugal.

Após a proclamação da República Portuguesa, a 5 de outubro de


1910, decretou-se a extinção da monarquia constitucional, e
Portugal deixou de ter monarca. O último Rei de Portugal, D.
Manuel II, foi deposto por um golpe de estado conhecido como
Revolução de 5 de Outubro de 1910 e exilou-se no Reino Unido,
onde acabou por morrer em 1932, não deixando descendência. A coroa e ceptro utilizados
Actualmente, reivindicam a titularidade de família real portuguesa pelo rei D. João VI de
os membros titulares da Casa de Bragança-Saxe-Coburgo-Gota, a Portugal.
última casa soberana do Reino de Portugal, assim como do seu
extinto império ultramarino.

No passado, aos diversos membros da família real eram reconhecidos os seguintes títulos
honoríficos:

Sua Majestade Fidelíssima (S.M.F.), reservado ao rei e à rainha;


Sua Alteza Real (S.A.R.), reservado ao herdeiro do trono português (Príncipe Real de
Portugal) e ao primogénito deste (príncipe da Beira);
Sua Alteza (S.A.), reservado aos infantes (filhos não primogênitos do rei e da rainha);
Sua Excelência (S.E.), outorgado aos restantes membros da família real (geralmente aos
filhos e netos dos infantes), bem como às pessoas que detivessem títulos de nobreza.

Membros

Aquando da transferência para o Brasil (1808)

SMF a rainha D. Maria I


SAR o infante D. João Maria, Príncipe do Brasil

SAR a infanta D. Carlota Joaquina, Princesa do Brasil


SAR o infante D. Pedro de Alcântara, Príncipe da Beira
SA o infante D. Miguel Maria
SA a infanta D. Maria Teresa
SA a infanta D. Maria Isabel
SA a infanta D. Maria Francisca
SA a infanta D. Isabel Maria
SA a infanta D. Maria da Assunção
SA a infanta D. Ana de Jesus Maria
SAR a infanta D. Benedita, Princesa Viúva do Brasil
Família da infanta D. Maria Ana:
SA o infante D. Pedro Carlos
SA a infanta D. Maria Ana

Aquando da implantação da República Portuguesa (1910)


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SMF El-rei D. Manuel II


SM a rainha mãe D. Amélia (mãe de D. Manuel II, desposou D. Carlos I)
SM a rainha viúva D. Maria Pia (avó de D. Manuel II, desposou D. Luís I)
SA o infante D. Afonso, 3º Duque do Porto (tio de D. Manuel II, filho de D. Luís I)
SAR a infanta D. Antónia, Princesa Viúva de Hohenzollern (tia-avó de D. Manuel II, filha de D.
Maria II)

Reivindicações pós-Monarquia

Casa de Bragança (Ramo Miguelista)


Miguel Januário de Bragança (filho do, então, já ex-infante D.
Miguel de Bragança, por via masculina)
Duarte Nuno de Bragança (neto do, então, já ex-infante D.
Miguel de Bragança, por via masculina)

Maria Francisca de Orléans e Bragança (bisneta de D. Pedro


II do Brasil e trineta de D. Pedro IV de Portugal e I do Brasil;
esposa de Duarte Nuno de Bragança)
Duarte Pio de Bragança é um
Duarte Pio de Bragança (bisneto do, então, já ex-infante dos atuais pretendentes ao já
D. Miguel de Bragança, por via masculina)
extinto trono de Portugal.
Isabel de Herédia (esposa de Duarte Pio de Bragança)
Afonso de Santa Maria de Bragança (filho mais velho de
Duarte Pio de Bragança)
Maria Francisca Isabel de Bragança (filha de Duarte Pio de Bragança)
Dinis de Bragança (filho mais novo de Duarte Pio de Bragança)
Miguel Rafael de Bragança (irmão de Duarte Pio de Bragança)
Henrique Nuno de Bragança (irmão de Duarte Pio de Bragança)

Casa de Bragança-Saxe-Coburgo-Gotha (Ramo Constitucional)


D. Maria Pia de Saxe-Coburgo Gotha e Bragança (alegada filha
bastarda de S.M.F. El-Rei D. Carlos I)
Fátima Francisca Xaviera Íris Bilbao de Saxe-Coburgo Gotha
e Bragança (filha de D. Maria Pia de Bragança)
Maria da Glória Cristina Amélia Valéria Antónia Blais de
Saxe-Coburgo Gotha e Bragança (filha de D. Maria Pia de
Bragança)
Carlos Miguel Berrocal de Saxe-Coburgo Gotha e
Bragança (neto de D. Maria Pia de Bragança)
Beltrão José Berrocal de Saxe-Coburgo Gotha e
Bragança (neto de D. Maria Pia de Bragança)
Rosario Poidimani (o herdeiro por cooptação nomeado por Retrato de D. Maria Pia de
Maria Pia de Bragança) Bragança junto dos membros
Soraia Lúcia Poidimani (filha de Rosario Poidimani) da Família Real da Casa de
Bragança-Saxe-Coburgo-
Simão Poidimani (filho de Rosario Poidimani)
Gota.
Cristal Isabel Poidimani (filha de Rosario Poidimani)

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Casa de Loulé
D. Pedro José Folque de Mendoça Rolim de Moura Barreto, 6º Duque de Loulé, 7º Marquês
de Loulé, 14.º Conde de Vale de Reis (quadrineto de SS.MM.FF., El-Rei D. João VI e Rainha
D. Carlota Joaquina)
Henrique Nuno Vaz Pinto de Mendoça (filho primogénito de D. Pedro Folque de Mendoça)
Helena Vaz Pinto de Mendoça (filha de D. Pedro Folque de Mendoça)

Sucessão
O trono português é o trono actualmente reivindicado pela
descendência da Dinastia de Bragança. Esta reivindicação, no
entanto, não tem qualquer efeito, na actualidade, visto Portugal ser
uma República desde o dia 5 de Outubro de 1910.

A Casa Real Portuguesa tem regras de protocolo estabelecidas na


constituição monárquica (Carta Constitucional de 1826), bem como
as leis anteriormente estabelecidas que confere a honra de Alteza
Real aos membros na linha imediata e directa de sucessão
(Príncipes) e Alteza aos filhos secundogénitos e irmãos da Coroa
(Infantes).

O título dos Reis de Portugal era oficialmente Rei de Portugal e dos Armas da Sereníssima Casa
Algarves d'Aquém e d'Além Mar em África, Senhor da Guiné e do de Bragança: Escudo de
Comércio, da Conquista e da Navegação da Etiópia, Arábia, Pérsia prata, uma aspa de vermelho
e Índia, etc. brocante, carregada de cinco
escudetes com as quinas de
Para se ser rei de Portugal é necessário ser-se de naturalidade Portugal.
portuguesa, católico e descendente da rainha D. Maria II (Carta
Constitucional) ou do rei D. João VI (Carta Constitucional,
Constituição de 1822).

À data da Proclamação da República, esta era a linha de sucessão ao


trono português:

1. Sua Majestade, El Rei D. Manuel II, Duque de Beja


2. Sua Alteza, o Infante D. Afonso de Bragança, Duque do Porto
3. Sua Alteza, a Infanta D. Antónia de Bragança, princesa-viúva de
Hohenzollern-Sigmaringen

Questão dinástica portuguesa


Após a morte do último rei de Portugal, D. Manuel II, vários
pretendentes passaram a reivindicar a legitimidade da sua sucessão Armas (estilo moderno) da
ao trono. Sereníssima Casa de
Bragança, após 1581.
Na atualidade, existem vários pretendentes ao trono de Portugal e
que descendem da Dinastia de Bragança:

Os descendentes do ex-infante D. Miguel (que estão banidos perpetuamente da sucessão ao


trono português);
Os descendentes de D. Ana de Jesus Maria de Bragança (a filha do rei D. João VI);

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Os descendentes de D. Maria Pia de Saxe-Coburgo e Bragança


(a filha bastarda e legitimada do rei D. Carlos I).

A família real portuguesa era a família constituída pelo monarca


e pelos seus familiares diretos (pai, mãe, esposa, filhos, netos e os
bisnetos), que governavam soberanamente o Reino de Portugal.

Após a proclamação da República Portuguesa, a 5 de outubro de Bandeira de Portugal (1830-


1910, decretou-se a extinção da monarquia constitucional, e Portugal 1910) com as armas reais
deixou de ter monarca. O último Rei de Portugal, D. Manuel II, foi portuguesas.
deposto por um golpe de estado conhecido como Revolução de 5 de
Outubro de 1910 e exilou-se no Reino Unido, onde acabou por
morrer em 1932, não deixando descendência. Actualmente, reivindicam a titularidade de família
real portuguesa os membros titulares da Casa de Bragança-Saxe-Coburgo-Gota, a última casa
soberana do Reino de Portugal, assim como do seu extinto império ultramarino.

Disputa da titularidade real no pós-Monarquia

Logo a partir de 1932, uma alegada filha legitimada do rei D. Carlos I de Portugal[5] e, portanto,
alegadamente meia-irmã do rei D. Manuel II, conhecida como D. Maria Pia de Saxe-Coburgo
Gotha e Bragança,[6] sustentando-se no texto das Cortes de Lamego que definiam «se el Rey
falecer sem filhos, em caso que tenha irmão, possuirá o Reyno em sua vida», reclamou a chefia da
Casa de Bragança-Saxe-Coburgo e Gotha e defendeu ser a legítima Rainha de Portugal «de
jure».[7]

Mais tarde, Duarte Nuno de Bragança, um neto do ex-infante D. Miguel, e o seu filho Duarte Pio,
sustentando-se no alegado Pacto de Dover, passaram igualmente a reivindicar a titularidade do
Ducado de Bragança e a chefia da Casa Real Portuguesa.

Recentemente, um membro da Casa Ducal de Loulé, na qualidade de descendente de D. Ana de


Jesus Maria de Bragança, uma filha bastarda legitimada do rei D. João VI de Portugal, passou
também a reivindicar a chefia da Casa Real Portuguesa.

Existindo vários pretendentes ao trono português sem que exista, no entanto, um consenso quanto
à sua posição na linha de sucessão ao trono de Portugal, originou-se uma disputa chamada de
"questão dinástica portuguesa". Contudo, entre as pretensões mais ativas atualmente estão a de
Duarte Pio de Bragança, como descendente do ex-infante D. Miguel I; a de Rosario Poidimani,
como herdeiro por cooptação de D. Maria Pia de Bragança; e a do atual Duque de Loulé.

Monarcas de Portugal

Queda da Monarquia
A 1 de fevereiro de 1908 dá-se o regicídio. Quando regressavam de Vila Viçosa, o rei D. Carlos I e o
seu filho mais velho, o príncipe real D. Luis Filipe de Bragança, foram assassinados pelos
republicanos no Terreiro do Paço atual Praça do Comércio, em Lisboa. A 3 de outubro de 1910
estalava uma revolta que provocaria a deposição de D. Manuel II e a criação da república
portuguesa.

Residências

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A família real portuguesa usufruiu, durante a existência da Monarquia Portuguesa, de vários


palácios:

Palácio Real de Palácio Nacional da Palácio Nacional de Palácio Nacional de


Queluz Ajuda Belém Mafra

Palácio das Palácio Nacional da Paço da Ribeira Palácio Nacional de


Necessidades Pena Sintra

Paço Ducal de Vila Palácio dos


Viçosa Carrancas

Em 1794, o Palácio Real de Queluz tornou-se oficialmente residência oficial da Família Real
Portuguesa. Nele nasceu D. Pedro IV de Portugal (ou Pedro I do Brasil), em 12 de outubro de 1798.
Quando da partida dos reis para o Brasil, em 1807, grande parte do recheio do palácio foi
despojado. Em 24 de setembro de 1834, já como rei de Portugal, Pedro IV viria a falecer no mesmo
quarto em que nascera. A partir desta data entrou em declínio, até que em 1908 o rei D. Manuel II
o cedia à Fazenda Nacional.

O Palácio da Ajuda foi a residência do Rei Rei Luís I e da Rainha Maria Pia de Saboia. Aqui
nasceram os príncipes D. Carlos (1863-1908) e D. Afonso (1865-1920) ficando a sua infância
indubitavelmente ligada a este Palácio. Depois da morte de D. Luís em 1889 é D. Carlos, seu filho
quem ocupa o trono ao lado da Rainha D. Amélia. Por essa altura D.Carlos e D. Amélia viviam em
Belém com os seus filhos, o Príncipe Real D. Luís Filipe e o Infante D. Manuel (futuro Manuel II).
O Palácio da Ajuda passa novamente para segundo Plano. Fica a habitá-lo a Rainha Mãe, D. Maria
Pia, e o seu filho o Infante D. Afonso. Sendo reservadas dentro do palácio algumas salas do andar
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nobre para as cerimónias oficiais do novo reinado. Aqui decorreram os banquetes e recepções de
estado em honra de Eduardo VII de Inglaterra, Afonso XIII de Espanha, Guilherme II da
Alemanha, Émile Loubet, Presidente da República Francesa, entre outros convidados de estado
que visitaram Portugal durante o reinado de D. Carlos.
A 1 de Fevereiro de 1908 é assassinado o
Rei e o Príncipe herdeiro D. Luís Filipe. Sobe ao trono D. Manuel II, que reside nas Necessidades
continuando o Paço da Ajuda reservado para cerimónias de Estado. D. Maria Pia residiu no palácio
até Outubro de 1910, data em que toda a Família Real saiu de Portugal na sequência da
instauração da República.

O Palácio de Belém foi a residência oficial dos Príncipes Reais D. Carlos, Duque de Bragança e sua
jovem esposa D. Amélia de Orleães. Aqui nasceram os seus filhos, D. Luís Filipe e D. Manuel II,
que foram baptizados na capela palatina. Após a subida de D. Carlos ao trono, em 1889, não tendo
Belém as dimensões de residência oficial da coroa, D. Carlos e D. Amélia mudaram-se para o
Palácio das Necessidades, voltando Belém à sua condição de residência dos convidados
estrangeiros.

O Palácio de Mafra foi utilizado como residência de caça.

O Palácio das Necessidades tornou-se residência oficial dos reis da Dinastia de Bragança a partir
de D. Maria II de Portugal, excepção feita ao seu filho D. Luís I de Portugal, que preferiu o Palácio
Nacional da Ajuda.

O Palácio da Pena era uma das residências preferidas da Família Real Portuguesa. Durante o
reinado de Carlos I de Portugal, a Família Real ocupou com frequência o palácio, tornando-se a
residência predilecta da Rainha D. Amélia, que se ocupou da decoração dos aposentos íntimos.
Aqui foi servido um almoço à comitiva de Eduardo VII do Reino Unido, aquando da sua visita
oficial ao país, em 1903.
Após o regicídio, a Rainha D. Amélia retirou-se ainda mais para o Palácio
da Pena, rodeada de amigas e dos seus cães de estimação. Aqui recebia amiúde a visita do filho,
Manuel II de Portugal, que nele tinha os seus aposentos reservados.

O Palácio de Sintra foi nos últimos anos do regime monárquico a residência de verão da rainha-
mãe D. Maria Pia, a última habitante régia do Paço da Vila de Sintra. Aqui tiveram lugar várias
recepções oferecidas pela rainha-mãe aos estadistas que visitavam o seu filho, como o Imperador
Guilherme II da Alemanha ou o Presidente de França, Émile Loubet, entre outros.

O Paço Ducal de Vila Viçosa foi uma residência de férias da Família Real Portuguesa. No final do
século XIX, o velho Paço seria ainda objecto de algumas obras, fruto da predilecção que os Reis D.
Carlos e D. Amélia tinham por ele. D.Carlos apreciava muito o Palácio calipolense, aqui passando
largas temporadas, quando promovia com os seus amigos (raramente trouxe convidados oficiais a
Vila Viçosa) grandes caçadas na extensa Tapada Ducal. Com efeito, foi neste palácio que o Rei
D.Carlos dormiu a sua última noite antes de ser assassinado, em 1 de Fevereiro de 1908
(conservando-se intactos desde então os seus aposentos). No último reinado, o paço de Vila Viçosa
acolheu ainda a visita do Rei Afonso XIII de Espanha a D. Manuel II, em Fevereiro de 1909.

O Palácio dos Carrancas foi adquirido em 1861 por Pedro V de Portugal para servir de alojamento
aos soberanos em visita ao norte do país. Embora necessitado de obras de reparação e
melhoramentos, o edifício não sofreu alterações significativas, excetuando a extinção das
instalações da fábrica.

Ver também
Casa Real Portuguesa
Coroa de Portugal
Cronologia da história de Portugal

https://pt.wikipedia.org/wiki/Monarquia_de_Portugal 11/12
13/06/2022 16:57 Monarquia de Portugal – Wikipédia, a enciclopédia livre

Panteão da Dinastia de Bragança


Lista de residências reais de Portugal

Referências
1. Almanach de Gotha (175th ed.). Justus Perthes. 1938. pp. 112.
2. Pela grafia moderna, Casa de Bragança-Saxe-Coburgo e Gota.
3. PINTO, Albano Anthero da Silveira; VISCONDE, Augusto Romano Sanches de Baêna e
Farinha; Resenha das familías titulares e grandes de Portugal (Volume 1). Lisboa: Empreza
Editora de Francisco Arthur da Silva, 1883. Página 313
4. Maclagan, Michael (2002). Lines of Succession. [S.l.]: Time Warner Books. 187 páginas.
ISBN 0316724289
5. PAILLER, Jean; Maria Pia: A Mulher que Queria Ser Rainha de Portugal. Lisboa: Bertrand,
2006.
6. "...aquela que se conhecia por S.A.R. Dona Maria Pia de Saxe-Coburgo Gotha e Bragança,
Princesa herdeira de Portugal" (Pailler, 2006, p.12).
7. SOARES, Fernando Luso; Maria Pia, Duquesa de Bragança contra D. Duarte Pio, o senhor de
Santar. Lisboa: Minerva, 1983.

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