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Biografia D.

Maria I

Índice
• Nascimento;
• Casamento;
• Reinado;
• Regência do filho;
• Ida para o Brasil;
• Morte;
• Curiosidades.

Nascimento
D. Maria I nasceu a 17 de dezembro de 1734 no Paço da Ribeira, em Lisboa,
Portugal. O seu nome completo era Maria Francisca Isabel Josefa Antónia
Gertrudes Rita Joana de Bragança. Foi a filha primogénita de D. José de
Bragança, então Príncipe do Brasil, e sua esposa Mariana Vitória de Bourbon,
Infanta de Espanha.
Quando o seu pai subiu ao trono em 1750 como D. José I, D. Maria tornou-se a
herdeira do trono e recebeu os títulos tradicionais de Princesa do Brasil e
Duquesa de Bragança.
Casamento
A continuidade da dinastia da Casa de Bragança ficou garantida com o
casamento com o seu tio Pedro de Bragança, que subiria ao trono como Pedro
III de Portugal. O casamento foi realizado na Real Barraca da Ajuda (residência
oficial dos reis em substituição ao paço da ribeira destruído no terramoto), no
dia 6 de junho de 1760.
Fruto deste casamento tiveram 6 filhos, dos quais três deles morreram na fase
da infância e 2 morreram na fase adulta. Destacou-se o seu segundo filho João
Maria (D. João VI), que futuramente assumirá a regência.
Reinado

No ano de 1787, após a morte do seu pai D. Maria I, foi aclamada rainha de
Portugal e dos Algarves, foi considerada a primeira mulher a titularizar esse
cargo. Apelidada de “a piedosa” e “a Louca” governou o reino entre 1777 e
1792.
Com a sua subida ao poder, dá-se início a um período que ficou conhecido
como a Viradeira, caracterizado pelo afastamento do Marquês de Pombal, que
fora ministro de seu pai, D. José. D. Maria desejava um regresso da influência
da Igreja e da alta nobreza sobre o Estado e a extinção de algumas medidas
políticas e económicas instituídas pelo Marquês de Pombal. Ordenou assim a
demissão e exílio da corte do marquês de Pombal, a quem nunca perdoou pela
bruta forma na qual trataram o Processo dos Távoras (tentativa de assassinato
a José. I). Rainha amante da paz, dedicada a obras sociais, concedeu asilo a
numerosos aristocratas franceses fugidos ao Terror da Revolução Francesa e
libertou todos os presos políticos adversários da política do Marquês de
Pombal. No entanto, era propensa à melancolia e ao fervor religioso.
O seu reinado foi de grande atividade legislativa, comercial e diplomática, na
qual se pode destacar o tratado de comércio que assinou com a Prússia em
1789. Desenvolveu a cultura e as ciências, com o envio de missões científicas a
Angola, Brasil, Cabo Verde e Moçambique, e a fundação de várias instituições,
entre elas a Academia Real das Ciências de Lisboa e a Real Biblioteca Pública da
Corte. No âmbito da assistência, fundou a Casa Pia de Lisboa. Fundou ainda a
Academia Real de Marinha para formação de oficiais da Armada.

Regência do filho
Devido á revolução francesa e a todos os desgostos e lutos pela morte dos
seus familiares, a rainha desenvolveu uma grande depressão que futuramente
se manifestará como demência.
Mentalmente instável e apontada como louca e sem tino político, D. Maria I foi
considerada incapacitada de governar o reino por uma junta de médicos,
dando assim o direito de regência do reino a seu filho D. João.
Passados sete anos, onde foi submetida a tratamentos médicos, não
apresentava sinais de melhora, assim sendo o seu filho D. João VI, assumiu
formalmente a regência no ano de 1799. D. Maria I, a amada Rainha, devota e
próxima dos pobres estava assim afastada do trono.

Ida para o brasil


A Família Real Portuguesa transfere-se para o Brasil devido ao receio de ser
deposta, à semelhança do que ocorrera nos países recentemente invadidos
pelas tropas francesas: Portugal continuou a fazer frente à França e, ao
recusar-se a cumprir o bloqueio continental à Inglaterra.
Foi iniciada a Primeira invasão francesa de Portugal liderada pelo Marechal
Junot. A família real transfere-se para o Brasil a 29 de Novembro de 1807
deixando Portugal a mercê do invasor.
Junot invade Lisboa sendo nomeado governador de Portugal.
Entre 1809 e 1810, o exército luso-britânico lutou contra as forças invasoras de
Napoleão Quando Napoleão foi derrotado em 1815, Maria e a família real
encontravam-se ainda no Brasil.

Morte
D. Maria viveu no Brasil oito anos, sempre em estado de incapacitação. Acabou
por morrer no Convento do Carmo, na cidade do Rio de Janeiro, em 20 de
março de 1816, aos 81 anos de idade e foi sepultada no Convento da Ajuda,
também no Rio. Com sua morte, o Príncipe Regente D. João foi aclamado Rei
do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.
Em 1821, após o retorno da Família Real para Portugal, os seus restos mortais
foram transladados para Lisboa e sepultados na Basílica da Estrela, igreja que
ela mesma mandou erguer.
Curiosidades
• D. Maria I esteve presente no decorrer do terramoto de Lisboa no ano
de 1755;
• Na estadia da família real no Brasil, Carlota Joaquina frequentava a bica,
e por vezes levava a sogra (D. Maria I), acompanhada de suas damas de
companhia, daí se originando a expressão popular “Maria vai com as
outras”.
Trabalho realizado por:
Inês Vicente Nº 11
Luz Cativo Nº 15
11ºF

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