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D. Pedro foi uma das figuras mais importantes da história brasileira e esteve
envolvido em acontecimentos marcantes. Herdeiro da dinastia Bragança, abriu mão do
seu direito de ocupar o trono português para assumir o trono brasileiro.
Acesse também: Descubra qual é o dia da Constituição e qual a sua relação com d.
Pedro I
Juventude
Pedro de Alcântara nasceu em Lisboa, no dia 12 de outubro de 1798. Era filho de d.
João VI e d. Carlota Joaquina, príncipe e princesa de Portugal na ocasião do
nascimento de Pedro (d. João VI e Carlota Joaquina só se tornaram rei e rainha em
1816). O menino era o quarto filho do casal (o segundo filho homem), mas acabou
tornando-se o herdeiro do trono português quando d. Antônio de Bragança, seu irmão
mais velho, morreu.
No Rio de Janeiro, d. Pedro ficou instalado no Palácio de São Cristóvão, local que
abrigava o Museu Nacional – recentemente destruído por um incêndio. Teve uma
instrução de qualidade, como era de praxe para membros da realeza, embora os
biógrafos afirmem que d. Pedro era pouco dedicado aos estudos. Um de seus mestres,
d. Antônio de Arábida, acompanhou-o durante sua vida.
Casamentos
Pedro de Alcântara casou-se com Leopoldina da Áustria em 13 de maio de 1817. Sua
esposa era filha do imperador austríaco Francisco I, e o casamento dos dois visava
a assegurar um acordo muito importante tanto para Portugal quanto para a Áustria.
Para Portugal, era a oportunidade de assegurar a aliança de uma nação que saía
vitoriosa na luta contra Napoleão e que tinha grande influência na Santa Aliança
(coligação das monarquias absolutistas europeias que lutaram contra Napoleão).
Para os austríacos, havia a garantia de um acordo com uma nação que possuía vastos
territórios na América – principalmente pelo fato de que o Brasil tinha acabado de
ser elevado à condição de Reino Unido. Com isso, as duas nações buscavam alinhar
seus interesses e criar laços para um desenvolvimento comercial mútuo.
Morte
Depois de abdicar do trono brasileiro, em 1831, d. Pedro I retornou a Portugal e lá
se envolveu na Guerra Civil Portuguesa. Esse conflito foi resultado da crise de
sucessão que estourou no país depois que o pai de d. Pedro I faleceu, em 1826. Uma
disputa foi iniciada entre liberais (defendiam uma monarquia constitucional) e
absolutistas (defendiam uma monarquia absolutista).
Nos últimos anos de sua vida, d. Pedro I envolveu-se com a Guerra Civil Portuguesa
para garantir que a filha, d. Maria, assumisse o trono de Portugal.
Dom Pedro I liderou tropas liberais na defesa do direito de sua filha, d. Maria II,
a governar Portugal. Os liberais acabaram vencendo e, com isso, o adversário e
também irmão de d. Pedro, chamado d. Miguel, foi derrotado e expulso de Portugal.
Durante a guerra, d. Pedro I ficou doente e, em 24 de setembro de 1834, acabou
falecendo por conta de uma tuberculose.
Pouco antes de morrer, D. Pedro I realizou um pedido inusitado: desejava que seu
coração fosse enterrado na cidade do Porto. Os últimos meses da vida de D. Pedro I
ficaram marcados por crises respiratórias profundas. A escolha do Porto se deu pelo
fato de ser uma cidade que D. Pedro I adorava, além de ser local onde ele viveu
durante parte da guerra civil.
Depois da morte de D. Pedro I, seu coração foi retirado e colocado em uma urna
depositada na Igreja de Nossa Senhora da Lapa, no Porto. O corpo dele foi enterrado
em Lisboa, mas os restos mortais foram trazidos para o Brasil em 1972. O coração
segue preservado em Portugal, mas foi enviado ao Brasil, temporariamente, como
parte das comemorações do bicentenário da Independência, em 2022."