Documento 5 Análise da carta de Dom Pedro I para seu filho, o infante Dom Pedro II Dom Pedro I: pai e imperador No dia 13 de maio 1817, ocorria o casamento entre Pedro de Alcântara e a princesa Leopoldina, da Áustria, que visava um acordo político muito importante para os dois países. Com esse acordo, Portugal não dependeria tanto da Inglaterra na economia. Na cerimônia do casamento, D. Pedro se ausentou e foi representado pelo arquiduque Carlos. Depois desse matrimônio, eles tiveram sete filhos, sendo um deles Dom Pedro II o (herdeiro do trono). Após o Bloqueio Continental, a família real portuguesa foge às presas para sua colônia, afim de se protegerem dos franceses. Depois de algum tempo nesse território, a família volta à Portugal e deixa o herdeiro do trono no Brasil. Em setembro de 1821, o regente recebeu ordens que exigiam o retorno à Portugal. Então, em janeiro de 1822, ele supostamente anunciou a famosa frase que marcou o Dia do Fico: “como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto; diga ao povo que fico”. Logo, no dia 7 de setembro de 1822, às margens do Rio Ipiranga, Dom Pedro declara a Independência tornando o Brasil um país livre de Portugal. Durante o seu Reinado, no seu novo império, Dom Pedro vivia uma vida de luxo que acabou sendo marcada pela centralização do poder na mão do imperador. Em 1824, D. Pedro desfez a Constituição elaborada pelo Conselho por não atender seus interesses, que visava aumentar os poderes do monarca. Além desse marco ocorreram vários outros como a Confederação do Equador e a Guerra da Cisplatina, que abalaram a estrutura de seu Reinado levando-o a renunciar em 7 de abril de 1831, deixando o trono para seu herdeiro, que tinha apenas 6 anos de idade. Com muitas saudades, D. Pedro deixa uma carta ao seu primogênito expressando seu afeto e recomendações sobre o futuro governo do filho, inclusive citava que já estava acostumado com os costumes típicos do Brasil e que se “considerava” um brasileiro. No cenário europeu, ocorria a Guerra Civil Portuguesa que foi a crise de sucessão que se alastrou pelo país após a morte de Dom João VI, a disputa iniciou-se com o grupo dos liberais querendo uma nova forma de governo e absolutistas querendo o modelo antigo. Durante a guerra, D. Pedro lutou ao lado dos liberais para assegurar os direitos de sua filha para no posteriormente ela governar Portugal. Em meio a guerra, Dom Pedro acabou adoecendo e contraindo tuberculose, e acabou falecendo em setembro de 1834. No final, os liberais acabaram vencendo a guerra e o trono ficou para Dona Maria II.