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Brasil: De colônia a império

Dom Pedro I Dom Pedro II


Dom João VI
1808: A vinda da família real de Portugal para o Brasil

Motivo? Invasão das tropas napoleônicas devido ao não cumprimento do Bloqueio


Continental.

No período, a rainha de Portugal encontrava-se afastada devido a problemas de saúde.


Por isso, Dom João VI governava a nação como príncipe regente.

Após quase dois meses, toda família real, funcionários da corte e toda comitiva que o
acompanhara, chegam ao Brasil
Período joanino
Modernização da colônia: Circulação de jornais, criação do Banco do Brasil, fundação da
Faculdade de Medicina da Bahia, Biblioteca Nacional, etc.
Período joanino
Benefícios à Inglaterra:

Abertura dos portos às nações amigas


Tratado de Comércio e Navegação
Brasil elevado à condição de Reino

Napoleão é derrotado na Europa e as monarquias passaram a ser restauradas;

Apenas Lisboa era reconhecida como a capital do reino português;

Dom João VI e sua corte já estavam adaptados ao Brasil e não desejavam retornar à
Europa;

Brasil torna-se Reino Unido a Portugal e Algarves.


A Revolução Liberal do Porto (1820)
Os portugueses que haviam permanecido em Portugal reclamavam do absolutismo,
da perda do monopólio do comércio brasileiro (o Brasil poderia comercializar com
outras nações além de Portugal) e da ocupação militar inglesa, que administravam
Portugal após a derrota de Napoleão.

Diante de tais insatisfações, os liberais portugueses dão início a um


movimento que exigia:

1. A adoção de uma monarquia constitucional


2. A volta da família real a Portugal
3. A recolonização do Brasil
Temendo a perda do trono português, João VI retorna à Europa, porém deixa no Brasil
seu filho Pedro, como forma de garantir a posse do Brasil para sua família.

Porém as cortes portuguesas não receberam bem a permanência do príncipe


regente no Brasil e passaram a pressionar pela volta de Pedro a Portugal
Fortalecimento dos movimentos pela
independência:
O Dia do Fico (1822)

No final de 1821, José Bonifácio organizou um


abaixo-assinado subscrito por oito mil assinaturas,
que foi entregue a dom Pedro, no qual era pedido
que o príncipe permanecesse no Brasil. Em 9 de
janeiro de 1822, o príncipe anunciou sua decisão de
ficar no Brasil.

“Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação,


diga ao povo que fico”
A pressão portuguesa sob Dom Pedro só aumentavam, passando a exigir o retorno
imediato do mesmo.
Enquanto isso, nas províncias, sobretudo na Bahia, estouravam conflitos entre tropas
portuguesas e tropas brasileiras.

Pintura de recepção de Pedro I na vila de Cachoeira, no Recôncavo Baiano


No começo de setembro, despachos vindos de Lisboa desautorizavam
a convocação da Assembleia Constituinte e ordenavam o imediato retorno de dom
Pedro a Portugal. José Bonifácio enviou os despachos ao príncipe, que se encontrava
em São Paulo, aconselhando-o a romper com Portugal, pois já não considerava mais
possível uma conciliação.
No dia 7 de setembro, o mensageiro alcançou dom Pedro nas proximidades do riacho
do Ipiranga.
A Proclamação da Independência não significou o fim da luta pelo
reconhecimento do Brasil enquanto nação livre de Portugal, pois as tropas
portuguesas eram resistentes ao processo de emancipação.

Somente em 2 de julho de 1823 as tropas


portuguesas foram definitivamente expulsas do
Brasil, em Salvador.
Primeiro Reinado (1822-1831):
O governo de Dom Pedro I
Principais características:
Indenização a Portugal para que a Independência fosse reconhecida;

Exigências Inglesas: Renovação do Tratado de Comércio e Navegação e fim do tráfico de


escravizados em até três anos;

Crise econômica (falência do Banco do Brasil);

Altos índices de mortalidade infantil;

Altas taxas de analfabetismo;


Autoritarismo:

Dom Pedro não reconhece a Constituição aprovada em Assembleia e outorga a


primeira constituição do Império, que tem como marco a criação do poder
moderador
Um imperador em crise

A questão da Cisplatina
Confederação do Equador
Um imperador em crise

Disputas pela sucessão de Portugal:


Noite das garrafadas
Dom Pedro X Dom Miguel
As críticas sobre o imperador só aumentaram:

• Violência sobre os confederados e execução de Frei Caneca;


• Perda da Cisplatina;
• Crise econômica;
• Problemas na sucessão de Portugal;
• Morte de opositores;
• “Dança das cadeiras” nos ministérios;
• Pressão popular.

Em 1831, Dom Pedro abdica ao trono brasileiro e o deixa para seu filho, Pedro de
Alcântara, que tinha apenas cinco anos na época.
Período Regencial (1831-1840)
Como Pedro de Alcântara possuía apenas 5 anos, a Constituição determinava
que até competar a maioridade, o poder deveria ser exercido por uma regência
trina, com três regentes escolhidos pelos deputados e senadores.

Durante o período regencial, teremos quatro organizações diferentes;

A regência trina provisória


A regência trina permanente
Regência Una de Feijó
Regência Una Araújo Lima
Principais características:
Restauradores X exaltados X moderados

Criação da Guarda Nacional ----> Falta de confiança do Exército---->


Coronelismo

Maior autonomia das províncias------> Revoltas regenciais


O período regencial foi um período de grande conturbação no Brasil, e diversas
províncias tentaram se separar do Brasil.

Num cenário de instabilidade, consolidou-se no Brasil dois partidos políticos:

Liberais X Conservadores

O Partido Conservador defendia um maior fortalecimento do poder central e a


redução da liberdade das províncias. Já o Partido Liberal temia que o poder se
centralizasse ainda mais, dificultando a autonomia das províncias
O golpe da maioridade

Diante dos conflitos entre partidos, os liberais passaram a defender a


antecipaçao da maioridade de Dom PedroII, que foi ganhando
o apoio também dos conservadores e passou a ser vista como uma forma
de “salvar a nação”
.
Em julho de 1840, a campanha foi vitoriosa: com 15 anos
incompletos, D. Pedro II foi aclamado imperador do Brasil, dando início ao
Segundo Reinado.
Segundo Reinado (1840-1889)
O governo de Dom Pedro II: O último imperador do Brasil
Principais características:
Política

Liberais X Conservadores

“Nada mais conservador que um liberal no poder”


Principais características:
Economia

A partir do século XIX, o consumo de café se tornou um hábito nos Estados Unidos e
na Europa.
Embora não seja uma planta nativa do Brasil, nosso país possuía solo e clima favorável
para o cultivo do grão, além de ter mão de obra abundante (escravizados) o que levou
o Brasil a ser o maior exportador do produto na época.
Início do Fim:
A Guerra do Paraguai e o fortalecimento do Exército

Entre 1864 e 1870, a América do Sul foi palco para o maior conflito já existente na
região: A Guerra do Paraguai.

Paraguai X Brasil, Argentina e Uruguai


Para enfrentar o exército paraguaio, Dom Pedro II reforça o exército nacional
convocando pessoas comuns paralutarem, os Voluntários da Pátria, que recebiam
trezentos mil réis; lotes em colônias militares; preferência para cargos públicos;
patentes de oficiais honorários.

Muitos escravizados também foram convocados para


servir ao exército, e como “pagamento” recebiam a
carta de alforria.

Qual a relação da Guerra do Paraguai com a abolição


da escravidão?
Leis abolicionistas: O longo caminho até a Abolição

Pressão inglesa: Lei Bill Aberddeen (Inglaterra, 1845)


Lei que autorizava os navios ingleses a prender ou
afundar os navios negreiros; a lei considerava criminosos
o dono do navio, o capitão, o piloto e seus auxiliares. Os
traficantes eram julgados na Inglaterra.
Lei Eusébio de Queirós- 1850
Imigração europeia e Lei de Terras de 1850

A pressão inglesa para o fim do tráfico fez com


que os fazendeiros e o governo brasileiro
promovesse a imigração de europeus para o
Brasil, no regime de parceria.

Europeus eram vistos como civilizados e


qualificados para o trabalho. Já os negros eram
tidos como preguiçosos e desqualificados.

A imigração também foi induzida como forma de


promover uma limpeza racial no Brasil através da
miscigenação
Diante do crescente número de ex-escravizados e de imigrantes (eram brancos,
porém pobres), o governo sancionou a Lei de Terras, que dizia o seguinte:

Art. 1º Ficam prohibidas as acquisições de terras devolutas por outro titulo que não
seja o de compra.

Terra devoluta: Terra improdutiva pertencente ao Estado.

Para dificultar o acesso, a lei fixou dimensões mínimas para os lotes a serem
comprados e proibiu a compra a prazo.
De que forma a Lei de Terras contribuiu para
a concentração fundiária no Brasil?
Consequências:

A lei beneficiou a população


mais rica e com mais recursos, que comprava grandes lotes diretamente do
governo, e possibilitou que os grandes proprietários rurais concentrassem
ainda mais porções de terras em suas mãos.
Lei dos Sexagenários- 1885

Lei do Ventre Livre- 1871


Abolição definitiva: A Lei Áurea de 13 de maio de 1888
A emancipaçãonão foi acompanhada de medidas
de reparação ou de integração dos libertos na
sociedade, como propunham muitos abolicionistas.
Entre essas propostas estavam a distribuição de
terras aos libertos e a criação de mecanismos para
que os ex-escravos e seus filhos tivessem acesso à
educação.

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