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Dinastia de Borgonha_ Dinastia de Avis_ Dinastia de Habsburgo (ou Filipina)_ Dinastia de

Bragança

Dinastia de Borgonha

A Dinastia de Borgonha, também chamada Afonsina (pelo elevado número - quatro - de


soberanos com o nome de Afonso) foi a primeira dinastia do Reino de Portugal. Começou em
1096, ainda como Condado Portucalense (autonomizado como Reino de Portugal em 1139-
1143) e terminou em 1383.

D. Afonso Henriques tornou-se Príncipe de Portugal depois de vencer os nobres galegos, os


Peres de Trava, aliados de sua mãe, D. Teresa, na batalha de São Mamede em 1128. Foi apenas
em 1179 que o Papa Alexandre III reconheceu Portugal como um Estado independente, o que
na época era fundamental para a aceitação do reino no mundo cristão. D. Sancho I sucedeu a
D. Afonso I, seu pai. À semelhança do anterior continuou o processo de Reconquista da
Península Ibérica sob domínio mouro. A D. Sancho I sucedeu D. Afonso II, seu filho. Em 1223 o
seu filho D. Sancho II sucedeu-lhe. O reinado deste não durou muito tempo e em 1248 seu
irmão subiu ao trono, D. Afonso III. Foi ele que terminou com a presença muçulmana em
Portugal, re-adaptando o título de Rei de Portugal e do Algarve. Com as fronteiras do território
definidas através do Tratado de Alcanizes (1297), D. Dinis, filho de Afonso III e herdeiro da
coroa, começou um processo de exploração da terra do reino. Em 1325 sucedeu-lhe D. Afonso
IV, cujo filho, D. Pedro I, protagonizou um dos episódios mais conhecidos da História de
Portugal, que Luís de Camões incluiu n’Os Lusíadas, o amor de Pedro e Inês de Castro. Com a
morte de D. Pedro I, o filho primogénito, D. Fernando subiu ao trono em 1367. Em 1383 sua
filha, D. Beatriz, casou-se com João I de Castela, o que complicou a continuidade da dinastia.
Em 1383, com a morte de D. Fernando, o reino entra em anarquia total, com a ameaça de
anexação pelo reino de Castela. Após a eleição de D. João I como rei nas Cortes de Coimbra de
1385, considera-se iniciada uma nova dinastia, pela quebra na sucessão legítima, ainda que o
novo soberano descendesse directamente do rei D. Pedro I.

Dinastia de Avis

D. João I, fundador da dinastia de Avis.

Antes disto, e possibilitando isto, dera-se a derrota do partido favorável à rainha destronada,
D. Beatriz, mulher de João I de Castela, definitivamente vencido na batalha de Aljubarrota em
14 de Agosto de 1385.
Durante o reinado desta dinastia Portugal inicia as grandes navegações e com o passar do
tempo começa a colonizar terras em outros continentes e comercializar com outras nações e
povos pelo mar.

A Casa de Avis, sucessora familiar da anterior dinastia de Borgonha, reinou no Continente


português entre 1385 e 1581, quando D. António é vencido no Continente português, na
batalha de Alcântara, e destronado, sendo aclamado em seu lugar o estrangeiro Filipe II nas
Cortes de Tomar desse ano, sob a ameaça do seu exército que já ocupara Lisboa. Mas reina
ainda nas Ilhas até 1582, com a queda de Angra do Heroísmo, quando a Ilha Terceira e as
restantes ilhas açorianas se rendem à armada invasora do Marquês de Santa Cruz.

A Dinastia de Avis é sucedida pela união pessoal entre as coroas de Portugal e de todos os
demais reinos de Filipe II, que deu início à Dinastia de Habsburgo, ou Dinastia Filipina, ou
Dinastia de Áustria.

Dinastia de Habsburgo (ou Filipina)

A Dinastia Filipina ou Dinastia de Habsburgo (igualmente conhecida por Terceira Dinastia,


Dinastia dos Áustrias, Dinastia de Espanha ou União Ibérica) foi a Dinastia Real que reinou em
Portugal durante o período de união pessoal entre este país e a Espanha, isto é, em que o Rei
de Espanha era simultaneamente o Rei de Portugal.

Os três Reis da Dinastia Filipina pertenciam à Casa de Habsburgo e governaram em Portugal


entre 1580 e 1 de Dezembro de 1640. Foram:

Filipe I de Portugal e II de Espanha r. 1580-1598

Filipe II de Portugal e III de Espanha r. 1598-1621

Filipe III de Portugal e IV de Espanha r. 1621-1640

Dinastia de Bragança

Casa de Bragança

D. João IV, primeiro rei da Casa de Bragança

A Casa de Bragança, oficialmente titulada como a Sereníssima Casa de Bragança, foi a casa real
liderada por uma família nobre portuguesa, que teve muita influência e importância na Europa
e no mundo até ao início do século XX, tendo constituído uma nova dinastia e, portanto, a
família real, do país e do seu império ultramarino colonial, por quase três séculos, tendo
ascendentes nas dinastias anteriores. Tendo sido monarca absoluta até 1820, depois, em
decorrência da implantação da monarquia constitucional em Portugal, foi monarca
constitucional e acabou por dar origem a uma nova casa real: a Casa de Bragança-Saxe-
Coburgo e Gotha.

A Casa de Bragança também foi a soberana do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e,
por via dum ramo colateral, do Império do Brasil. O ramo que fundou e reinou no Império do
Brasil é conhecido como a família imperial brasileira e descende do bastardo João I de Avis
(fruto de um encontro entre D. Pedro I de Portugal e Tereija de Lourenço) e uma tal Inês Perez,
filha de Pero, o Barbadão, um sapateiro castelhano.

A Casa de Bragança é uma linha ilegítima da Casa de Avis, que governou Portugal de 1385 a
1580. Por via da Casa de Avis, vem a ser descendente ilegítima da Casa de Borgonha (também
chamada Dinastia Afonsina), e, por via da última, também descendente ilegítima da dinastia
capetiana. A Casa de Borgonha proclamou a independência do Condado de Portucale em
relação ao Reino de Leão em 1139, tendo governado Portugal até 1385, quando a Casa de Avis,
um ramo ilegítimo da primeira casa real portuguesa - a Casa de Borgonha -, assumiu o trono,
como resultado da crise de 1383—1385 em Portugal. Ainda, a primeira casa real portuguesa,
da qual a Casa de Bragança descende por via ilegítima, vem a ser descendente da casa real
leonesa, por via da mãe de Dom Afonso Henriques - proclamador da independência, fundador
do Reino de Portugal e primeiro Rei como D. Afonso I -, D. Teresa, nascida infanta de Leão,
filha do rei Dom Afonso VI de Leão e Castela.

A Casa de Bragança viria a reinar em Portugal após a restauração da independência, em 1 de


dezembro de 1640, pois Portugal encontrava-se sob o domínio dum ramo espanhol da Casa de
Habsburgo e em estado de união política com o Reino de Espanha. O período em que se
tornou casa reinante corresponde ao da sua fundação em 1442 e até 1836.

Casa de Bragança-Saxe-Coburgo e Gotha

D. Maria II.

A Casa de Bragança-Saxe-Coburgo e Gotha[1][2] (também chamada Casa de Bragança-


Coburgo[3] ou Bragança-Wettin[4]) foi a última casa real que reinou em Portugal entre 1836 e
1910, e resultante de ramo dinástico germânico-português que teve a sua origem na união
matrimonial da Rainha D. Maria II de Portugal, da Casa de Bragança, com o Príncipe D.
Fernando de Saxe-Coburgo-Gota e Koháry, da Casa de Saxe-Coburgo-Gotha – dinastia Wettin.

A consideração da Casa de Bragança-Saxe-Coburgo e Gotha como um ramo separado da


original Casa de Bragança foi adoptada por historiadores que seguem as doutrinas de países
estrangeiros onde se aplicava a Lei Sálica, que impedia as mulheres de ser herdeiras de casas
dinásticas e de ascender, por si próprias, ao trono. Segundo essa teoria, a Casa de Bragança
terá sido interrompida em D. Maria II, por esta ser mulher. Os filhos de D. Maria II seriam
apenas herdeiros da dinastia do marido, a Casa de Saxe-Coburgo-Gota (da dinastia Wettin).
No entanto, em Portugal, as mulheres sempre puderam ser herdeiras e ascender ao trono.
Seguindo as leis hereditárias tradicionais portuguesas considera-se que a legitimidade
dinástica dos Bragança passou para D. Maria II e para os seus herdeiros, continuando a existir a
original Casa de Bragança e não um ramo dinástico separado. Sendo assim, a maioria dos
historiadores portugueses não reconhece a existência de uma Casa de Bragança-Saxe-Coburgo
e Gotha, embora aos últimos Reis de Portugal, sucessores de D. Maria II, fosse
recorrentemente dado o nome de Braganças-Coburgo ou Braganças-Wettin.

Considerando-se a existência do ramo de Bragança-Saxe-Coburgo e Gotha, este teria ocupado


o trono português desde a ascensão do Rei D. Pedro V, em 1853, até ao exílio do Rei D. Manuel
II, em 1910.

Com a implantação da república em Portugal, a 5 de outubro de 1910, a Casa de Bragança-


Saxe-Coburgo e Gotha foi decretada extinta e praticamente todos os seus membros foram
obrigados a deixar o país devido à aplicação da Lei da Proscrição.

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