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século V com a invasão dos povos germânicos, os Visigodos instalaram-se em


Tarraconense e em 475 o rei visigodo Eurico formou o Reino Visigodo de Tolosa. Os
Visigodos dominaram a região até ao século VIII. Em 711, os Árabes iniciam a conquista
da Península Ibérica, algumas batalhas tomaram conta de região principalmente
em Tarragona. No último quarto do século VIII veio a reacção dos carolíngios, que
conseguiram o domínio das actuais cidades de Girona e Barcelona. No final do século
IX, Carlos II (ou Carlos, "o Calvo") nomeou Vifredo, o Veloso Conde de Barcelona
e Gerunda. Antes de morrer, marca um precedente, designando aos seus três filhos as
terras a herdar. Somente no século seguinte houve independência em relação ao poder
carolíngio.
O Condado de Barcelona corresponde ao território governado pelos Condes de Barcelona
entre os séculos IX e XVIII, como uma entidade política na Catalunha. No século
XI desenvolveu-se uma Catalunha feudal. Com o casamento do conde Raimundo
Berengário IV de Barcelona com Petronila de Aragão (do Reino de Aragão) formou-se
como confederação a Coroa de Aragão, de que Raimundo se torna Príncipe-Regente,
mantendo ambos, reino e condado (mais tarde como o Principado da Catalunha), suas
próprias instituições administrativas. O filho da união de Raimundo Berengário IV de
Barcelona com Petronila de Aragão, Afonso II de Aragão, foi o primeiro rei da dinastia
da Casa de Barcelona no trono da Coroa de Aragão. A expansão da Coroa, teve início
com a conquista das cidades de Lérida, Tortosa, Reino de Maiorca (nas Ilhas
Baleares), Reino de Valência (que permaneceu com corte própria), Coroa
da Sicília, Minorca (nas Ilhas Baleares) e Sardenha (ilha italiana).
Ao mesmo tempo, o Principado da Catalunha desenvolveu um complexo sistema
institucional e político baseado no conceito de pacto entre os estamentos do reino e o rei.
As leis tinham que ser aprovadas nas Cortes Catalãs (Corts Catalanes), um dos primeiros
órgãos parlamentares da Europa que proibiu o poder real de criar legislação
unilateralmente (desde 1283).[6] Em 1359, as Cortes estabeleceram
a Generalidade (Generalitat), consolidando o sistema constitucional catalão. Até às
primeiras décadas do século XIV, a coroa teve o seu apogeu, que começou a mudar com
o surgimento de catástrofes naturais, crises demográficas, recessão da economia catalã, o
surgimento de tensões sociais e crise sucessora (o Rei Martin I não deixou sucessor
nomeado). Em 1443, após a conquista do Reino de Nápoles a crise se agravou.
Foi nessa altura, em 1463, que surge o D. Pedro de Coimbra, Condestável de Portugal,
para obter a sua coroa, No entanto, acaba por morrer passado apenas três anos ainda
sem consensualizar essa sua posição.

Idade Moderna
Ver artigo principal: Guerra dos Segadores
Em 1469, o Rei Fernando II de Aragão, da Casa de Trastâmara, casou-se com Isabel I de
Castela o que conduziu a uma união dos dois reinos e a formação da Monarquia Católica.
A Catalunha passa a ser um principado periférico dentro da confederação hispânica que
com os descobrimentos e casamentos reais consegue dominar a Europa. Cada reino tinha
as suas próprias leis, moedas, cortes ou línguas.

Corpus de Sang, um dos eventos iniciais da Guerra dos Segadores


Nos séculos XVI e XVII, a Catalunha viveu um período de decadência. Em 1640 a
obrigação de alojar tropas castelhanas, o abuso dos militares e as consequências
derivadas da guerra provocam grande enojo entre a população catalã. Em 7 de junho do
mesmo ano, durante a festividade do Corpo de Deus, um ceifeiro (em catalão “segador”) é
morto, o que a sua vez leva à morte do Conde de Santa Coloma, a maior autoridade da
monarquia na Catalunha nessa altura. Os catalães envolveram-se num conflito, a Guerra
dos Segadores, de 1640 até 1652, contra a presença de tropas de Castela em território
catalão, durante a guerra dos trinta anos, o que acarretou a posterior incorporação
do Rossilhão no reino francês.
Durante a Guerra de Sucessão Espanhola (1701 – 1713/1715), a Catalunha apoiou o
pretendente austríaco (tal como Inglaterra, os Países Baixos e Portugal), assinando-se em
1713 a paz com o Tratado de Utrecht, deixando os catalães abandonados ao seu destino.
Apesar de conseguirem resistir e inclusive vencer as tropas borbónicas, tal como
na Batalha de Talamanca, o avanço do exército real continua. O cerco de
Barcelona culminou com a Batalha de 11 de Setembro de 1714. Apesar do heróico
combate, acabou quase completamente com a oposição catalã, que se rendeu às tropas
do pretendente francês a 18 de Setembro no último castelo a cair, o de Cardona. O novo
rei, Filipe V de Espanha (conhecido como Filipe de Anjou, era neto do rei francês Luís
XIV), proclamou o Decreto da Nova Planta. Com este Decreto, o principado, assim como
todos os outros que apoiaram ao arquiduque Carlos de Áustria, deixou de ter um governo
próprio (as Cortes, a Generalidade, o Consell de Cent (Conselho de Cento) e restantes
instituições de autogoverno catalãs foram abolidas).

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