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Conflitos da

Igraterra
XVI a XVII
Julia Rebeca
Número: 15
A Revolução Inglesa, ocorrida no
século XVII, foi um dos
principais acontecimentos da
Idade Moderna. Foi considerada a
primeira das grandes revoluções
burguesas, isto é, as revoluções
encabeçadas por lideranças da
burguesia europeia, que havia se
tornado expressivamente forte,
do ponto de vista econômico, ao
longo dos séculos XVI e XVII, e
que precisava alcançar
legitimidade política.
Podemos dividir o processo histórico da
Revolução Inglesa em quatro fases
principais:
1) Revolução Puritana e a Guerra Civil;
2) República de Oliver Cromwell;
3) Restauração da dinastia dos Stuart;
4) Revolução Gloriosa.
Antecedentes
históricos da
Revolução
Durante grande parte do século XVI, a burguesia
inglesa esteve bem articulada com os nobres e os
reis pertencentes à dinastia Tudor (Henrique VIII e
sua filha Elizabeth), que consolidaram a Reforma
Anglicana. A reforma religiosa de Henrique
VIIIproporcionou grandes benefícios financeiros
tanto para nobres quanto para burgueses da
Inglaterra. Isso porque teve início o processo de
conversão das antigas terras feudais, de domínio da
Igreja Católica, em propriedades privadas, o que
possibilitou a formação dos cercamentos e dos
arrendamentos que foram vendidos aos burgueses que
pretendiam explorar minas de carvão ou praticar
alguma atividade agrícola.
ALÉM DISSO, A RUPTURA COM A IGREJA CATÓLICA (QUE NÃO ERA
APENAS UMA INSTITUIÇÃO COM PODER ESPIRITUAL, MAS DETENTORA DE
UM PODER POLÍTICO CONTINENTAL, AO QUAL BOA PARTE DAS COROAS
EUROPEIAS ESTAVA LIGADA) DISPENSOU A INGLATERRA DE PAGAR
TRIBUTOS PARA ROMA, BEM COMO COLOCOU A MARINHA INGLESA EM
FLAGRANTE RIVALIDADE COM OS NAVIOS DOS PAÍSES CATÓLICOS,
SOBRETUDO COM OS ESPANHÓIS. MUITOS PIRATAS INGLESES,
CONHECIDOS COMO “LOBOS DO MAR”, ATACAVAM NAVIOS ESPANHÓIS E
LEVAVAM SUA MERCADORIA (NA MAIOR PARTE DAS VEZES, METAIS
PRECIOSOS) PARA INGLATERRA, O QUE CONTRIBUÍA PARA O
AQUECIMENTO DO MERCADO INTERNO DO PAÍS.
As causas são encontradas nos acontecimentos
sociais, econômicos, constitucionais e religiosos d
todo um século ou mais e, sobretudo, nas questõ
de soberania do Estado Inglês e no puritanismo d
Igreja. Empenhado em unificar religiosamente o
país sob a Igreja Anglicana, o rei enfrentou a
rebeldia da Escócia, que era quase totalmente
presbiteriana.

Esta disputa política cresceu, até provocar um


conflito armado, em 1642. O rei controlava o
noroeste do país, enquanto o sudeste — incluind
Londres — encontrava-se sob o domínio do
parlamento.
Em 1643, Oliver Cromwell, com seu regimento da
cavalaria, derrotou os monarquistas na crucial batalha
de Marston Moor. No ano seguinte, destruiu as forças
monarquistas na batalha de Naseby. A primeira etapa
da guerra terminou, em maio de 1646, com a rendição
e a prisão do monarca. Em 1647, Cromwell dominava
o Parlamento.

O rei rejeitou as condições que se impunham para sua


volta ao poder. Conseguindo escapar da prisão,
chegou a um ‘compromisso’ (Covenant) com os
escoceses, cuja proposta para a restituição do trono
seria o reconhecimento do presbiterianismo como
religião oficial de ambos os reinos. Esta foi a razão
para o início da segunda fase da guerra, em 1648..
Retomado o controle, o exército começou a expulsão dos presbiterianos
do parlamento, denominado Parlamento Rabadilha, que criou uma
comissão para o julgamento do rei. Declarado culpado por traição,
Carlos I foi decapitado em 1649. O Parlamento Rabadilha aboliu a
monarquia e a Câmara dos Lordes, tornando a Inglaterra uma
república, situação que perduraria até o retorno de Carlos II do exílio,
em 1660.

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