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História da Inglaterra

Pré-História
A História da Inglaterra se inicia 2.300 anos a.C,
com alguns indícios arqueológicos que apontam que
antes mesmo do povoamento da Grã Bretanha, o sul
da Inglaterra já haviam pessoas habitando esse
território. Esses antigos habitantes, porém, não
deixaram nenhuma prova documentada de sua
existência só sabemos de sua existência através de
alguns monumentos, como o complexo de Stonehenge.

OS CELTAS
A História da Inglaterra continua com os celtas,
que foram os povos que povoaram o território
inglês desde o século 5 a.C. Vivendo em tribos,
organizadas por chefes, esses primeiros moradores
passaram a ocupar praticamente todo o território
das Ilhas Britânicas, até a chegada dos Romanos.

OS ROMANOS
A Invasão Romana e um dos primeiros capítulos
entre os mais relevantes na história da
Inglaterra, Pois foi em 55 e 54 a.C, o imperador
Júlio César já havia invadido Britânia (como se
chamava o território na época), mas não obteve
sucesso em conquistá-lo em sua totalidade, se
limitando a criar Estados-Clientes
Alguns anos depois, em 43 a.C, o imperador romano
Tibério Cláudio fez uma nova tentativa de invasão,
que acabou bem sucedida. Com sua força militar
impressionante, os romanos derrotaram os
britânicos e dominaram a ilha, criando a Província
Romana da Britânia. Durante o período em que
estiveram no comando da Grã-Bretanha, até 410 d.C,
eles começaram a moldar a Inglaterra que
conhecemos hoje. Foram os romanos que construíram
diversas cidades pelo território inglês, inclusive
Londres – que antes se chamava Londínio. O legado
romano também aparece em fortalezas de uma
engenharia impressionante, como a Muralha de
Adriano, que permanece até hoje na região da
Cornualha (norte do país, na fronteira com a
Escócia). Seu objetivo era proteger a terra dos
romanos de quaisquer possíveis invasores.

Os povos romanos também foram responsáveis por


algumas das primeiras transformações culturais na
Inglaterra, principalmente no que diz respeito à
religião. Eles extinguiram a antiga doutrina das
ilhas britânicas, o druidismo, e introduziram o
cristianismo no território inglês aumentaram a
influência do cristianismo, fazendo o druidismo
desaparecer gradativamente e sem deixar muitos
registros históricos, pois os druidas recusavam-se
a escrever sobre seus dogmas e rituais. E no
próprio povo britânico, até mesmo entre os nobres,
era raríssima a prática da escrita.
A população da Grã-Bretanha diminuiu drasticamente
após o período romano. A redução parece ter sido
causada principalmente pela peste e varíola.

AS OUTRAS INVASÕES A TERRA DA INGLATERRA.


Em meados do ano de 410 d,C, à beira do colapso do
Império Romano, a Grã-Bretanha começou a se
invadida pelos chamados anglo-saxões (como eram
conhecidos os povos germânicos na época). Eles
foram responsáveis por expulsar os celtas e
romanos que ainda habitavam a região.
Após um período de saques e incursões, os vikings
começaram a colonizar a Inglaterra e ali
comercializar. Chegaram em barcos com bons
exércitos, em sua maioria dinamarqueses, e tomaram
para si praticamente todos os reinos ingleses, que
eram independentes. A partir do fim do século IX,
governavam parte considerável do território
inglês, no que era conhecido como o Danelaw. Os
anglo-saxões resistiram, mas a Inglaterra ainda
viria a passar por uma outra invasão: a normanda
(nome dado aos povos do norte da França.

INGLATERRA MONARCA
A lista de monarcas que ocuparam o trono
inglês é extensa. Quando Guilherme, o
Conquistador conseguiu a Coroa, deu início à
dinastia Normanda, que governou o país até o
ano de 1135. Foram muitas as dinastias que
se sucederam nos séculos seguintes (muitas
saíram depois foram reinstauradas no poder).
Cabe citar a Dinastia de Blois, a Dinastia
de Plantageneta, a Dinastia de Lencastre e
a Dinastia de Iorque.
Na Idade Média, uma das dinastias mais
conhecida até hoje é a dos Tudors (1585 –
1603). Principalmente porque seu reinado
marcou um período de intensas
transformações no Reino Unido. O Rei
Henrique VIII, por exemplo, foi o fundador
da Igreja Anglicana. Ele desfez os laços do
catolicismo com Roma e criou uma religião
própria – principalmente para poder se
separar de sua mulher, Catarina de Aragão, e
desposar Ana Bolena.
GUERRA DOS 100 ANOS
A Guerra dos 100 Anos caracteriza uma série
de batalhas sangrentas entre a França e
Inglaterra, que começou em 1337 e só foi
terminar em 1453 (apesar do nome, ela durou
116 anos). O motivo inicial foi uma disputa
de poder entre Inglaterra e França
pelo trono francês, já que desde a invasão
normanda a mistura de posse entre
territórios ingleses e franceses ficou
bastante confusa. Ao fim da guerra, os
ingleses não conquistaram o trono francês.
Isso foi importante para consolidar França e
Inglaterra como duas nações distintas.
As filhas do Rei Henrique, Maria e Elizabeth,
também foram figuras centrais do trono inglês. A
primeira, pela sangrenta execução dos protestantes
(sim, ela queria acabar com a religião instaurada
pelo pai e implementar novamente o catolicismo),
recebeu o apelido de Bloody Mary. A segunda, é
recordada pelo longo reinado de 45 anos, marcado
pela expansão cultural e territorial da Inglaterra
– foi nesse período que entraram em cena gênios
como Shakespeare e Christopher Marlowe.
GUERRA DAS DUAS ROSAS
A Guerra das Duas Rosas foi um conflito que
perdurou por 30 anos, entre 1455 e 1485. O motivo
por trás dele era uma disputa entre duas dinastias
pelo trono da Inglaterra: a House of York (cujo
símbolo era uma rosa branca) e a House of
Lancaster (simbolizada por uma rosa vermelha),
ambas originárias da dinastia Plantageneta.
A guerra só terminou quando Henrique Tudor venceu
a Batalha de BosworthField, uniu as duas forças
opositoras e assumiu o trono inglês, dando início
à Era Tudor.

GUERRA CIVIL DA INGLATERRA


A Guerra Civil Inglesa perdurou entre os anos de
1641 e 1649 e foi, basicamente, um conflito
travado entre o exército da monarquia e o do
parlamento. Aqui, cabe um adendo: a monarquia
absolutista já havia sofrido uma freada com a
assinatura da Carta Magna, em 1215, com o objetivo
de limitar os poderes totais dos monarcas.
O documento estipulava que o Rei não poderia tomar
decisões como as de criar impostos, sem que estas
passassem antes por um Grande Conselho (que veio a
se tornar o Parlamento). O que ocorreu foi que o
Rei James I, da Dinastia Stuart, queria restaurar
a monarquia absolutista – basicamente, pegar todos
os poderes de volta para si. Foi assim que iniciou
o conflito.
Para resumir um pouco, o exército do Parlamento
saiu vitorioso. Um pouco mais adiante, com
a Revolução Gloriosa, foi instituída a Bill of
Rights (1689), uma carta de direitos que subjugava
definitivamente os poderes da monarquia ao
Parlamento.

IMPÉRIO BRITÂNICO O ÁPICE NA HISTÓRIA DA INGLATERRA


A Inglaterra sempre foi uma potência ambiciosa. No
reinado do Rei Henrique VIII, a indústria naval
começou a ser desenvolvida e, quando Elizabeth I
esteve no trono, foram estabelecidas as primeiras
colônias britânicas. Foi na Era dos Descobrimentos
(entre os séculos 15 e 17), porém, que os ingleses
começaram a dominar o mundo.
Neste período, grandes nações como França,
Holanda, Portugal e Espanha disputavam entre si os
principais territórios da Ásia, da África e das
Américas. O Império Britânico se consolidou como a
nação mais poderosa do mundo, principalmente após
a derrota das tropas de Napoleão na Batalha de
Trafalgar (1805), na costa espanhola.
Para se ter uma ideia, no auge do Império, as
colônias britânicas ocupavam praticamente um
quarto da área total da Terra. Eram cerca de 458
milhões de pessoas, o que também era equivalente a
um quarto da população mundial à época, sendo
governadas pelos ingleses. Isso ocorreu durante o
reinado da Rainha Vitória (1837 – 1901), período
que ficou conhecido como Era Vitoriana.

EXPLOSÃO CULTURAL E INDUSTRIAL NA INGLATERRA


Graças ao enriquecimento territorial da Inglaterra
como nação, o país viveu um período muito próspero
também em outros setores durante a Era Vitoriana.
Ele se tornou um dos mais industrializados e
inovadores do globo e se consolidou como um centro
mundial de referência em conhecimento e pesquisa –
não é à toa que até hoje abriga algumas das
melhores universidades do mundo, como Oxford e
Cambridge.
O Império Britânico também foi responsável por
impulsionar a Revolução Industrial precoce da
Inglaterra (entre os séculos 18 e 19), que a
tornou pioneira na construção de estradas,
ferrovias e maquinário de produção para
impulsionar a economia.

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A Inglaterra foi precursora na Revolução Industrial
devido a diversos fatores, entre eles: possuir uma
rica burguesia, o fato do país possuir a mais
importante zona de livre comércio da Europa, o êxodo
rural e a localização privilegiada junto ao mar o
que facilitava a exploração dos mercados
ultramarinos.

Como muitos empresários ambicionavam lucrar mais, o


operário era explorado sendo forçado a trabalhar até
15 horas por dia em troca de um salário baixo. Além
disso, mulheres e crianças também eram obrigadas a
trabalhar para sustentarem suas famílias.

Diante disso, alguns trabalhadores se revoltaram com


as péssimas condições de trabalho oferecidas, e
começaram a sabotar as máquinas, ficando conhecidos
como “os quebradores de máquinas“. Outros movimentos
também surgiram nessa época com o objetivo de
defender o trabalhador.
O trabalhador em razão deste processo perdeu o
conhecimento de todo a técnica de fabricação
passando a executar apenas uma etapa.
A PRIMEIRA ETAPA DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Entre 1760 a 1860, a Revolução Industrial ficou
limitada, primeiramente, à Inglaterra. Houve o
aparecimento de indústrias de tecidos de algodão,
com o uso do tear mecânico. Nessa época o
aprimoramento das máquinas a vapor contribuiu para
a continuação da Revolução.

A SEGUNDA ETAPA DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL


A segunda etapa ocorreu no período de 1860 a 1900,
ao contrário da primeira fase, países como Alemanha,
França, Rússia e Itália também se industrializaram.
O emprego do aço, a utilização da energia elétrica
e dos combustíveis derivados do petróleo, a invenção
do motor a explosão, da locomotiva a vapor e o
desenvolvimento de produtos químicos foram as
principais inovações desse período.

A TERCEIRA ETAPA DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL


Alguns historiadores têm considerado os avanços
tecnológicos do século XX e XXI como a terceira
etapa da Revolução Industrial. O computador, o fax,
a engenharia genética, o celular seriam algumas das
inovações dessa época.

A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL(1914-1918)


Vários problemas atingiam as principais nações
europeias no início do século XX.
Alguns países estavam extremamente descontentes com
a partilha da Ásia e da África, ocorrida no final
do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo,
haviam ficado de fora no processo neocolonial.
Enquanto isso, França e Inglaterra podiam explorar
diversas colônias, ricas em matérias-primas e com
um grande mercado consumidor. A insatisfação da
Itália e da Alemanha, neste contexto, pode ser
considerada uma das causas da Grande Guerra.
Vale lembrar também que no início do século XX havia
uma forte concorrência comercial entre os países
europeus, principalmente na disputa pelos mercados
consumidores. Esta concorrência gerou vários
conflitos de interesses entre as nações. Ao mesmo
tempo, os países estavam empenhados numa rápida
corrida armamentista, já como uma maneira de se
protegerem, ou atacarem, no futuro próximo. Esta
corrida bélica gerava um clima de apreensão e medo
entre os países, onde um tentava se armar mais do
que o outro.
Existia também, entre duas nações poderosas da
época, uma rivalidade muito grande. A França havia
perdido, no final do século XIX, a região da
Alsácia-Lorena para a Alemanha, durante a Guerra
Franco Prussiana. O revanchismo francês estava no
ar, e os franceses esperando uma oportunidade para
retomar a rica região perdida.

O INÍCIO DA GRANDE GUERRA


O estopim deste conflito foi o assassinato de
Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-
húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-
Herzegovina).

POLÍTICA DE ALIANÇAS
Os países europeus começaram a fazer alianças
políticas e militares desde o final do século XIX.
Durante o conflito mundial estas alianças
permaneceram. De um lado havia a Tríplice Aliança
formada em 1882 por Itália, Império Austro-Húngaro
e Alemanha ( a Itália passou para a outra aliança
em 1915). Do outro lado a Tríplice Entente, formada
em 1907, com a participação de França, Rússia e
Reino Unido.
O Brasil também participou, enviando para os campos
de batalha enfermeiros e medicamentos para ajudar
os países da Tríplice Entente.

DESENVOLVIMENTO
As batalhas desenvolveram-se principalmente em
trincheiras. Os soldados ficavam, muitas vezes,
centenas de dias entrincheirados, lutando pela
conquista de pequenos pedaços de território. A fome
e as doenças também eram os inimigos destes
guerreiros. Nos combates também houve a utilização
de novas tecnologias bélicas como, por exemplo,
tanques de guerra e aviões. Enquanto os homens
lutavam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam nas
indústrias bélicas como empregadas.
FIM DO CONFLITO
Em 1917, ocorreu um fato histórico de extrema
importância: a entrada dos Estados Unidos no
conflito. Os EUA entraram ao lado da Tríplice
Entente, pois havia acordos comerciais a defender,
principalmente com Inglaterra e França.

Este fato marcou a vitória da Entente, forçando os


países da Aliança a assinarem a rendição. Os
derrotados tiveram ainda que assinar o Tratado de
Versalhes, que impunha a estes países fortes
restrições e punições. A Alemanha teve seu exército
reduzido, sua indústria bélica controlada, perdeu
a região do corredor polonês, teve que devolver à
França a região da Alsácia Lorena, além de ter que
pagar os prejuízos da guerra dos países vencedores.
O Tratado de Versalhes teve repercussões na
Alemanha, influenciando o início da Segunda Guerra
Mundial.

A guerra gerou aproximadamente 10 milhões de mortos,


o triplo de feridos, arrasou campos agrícolas,
destruiu indústrias, além de gerar grandes prejuízos
econômicos.

A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL


A Segunda Guerra Mundial foi um conflito bélico que
ocorreu na primeira metade do século XX, envolveu
mais de setenta nações, opondo os Aliados às
Potências do Eixo. A guerra teve início em 1 de
setembro de 1939 com a invasão da Polônia pela
Alemanha e as subsequentes declarações de guerra da
França e da Grã-Bretanha, estendendo-se até 2 de
setembro de 1945.
Esta guerra mobilizou mais de 100 milhões de
militares, e acarretou a morte de, aproximadamente,
setenta milhões de pessoas (aproximadamente 2% da
população mundial da época), a maior parte foram
civis. É considerado o maior e mais sangrento
conflito de toda a história da humanidade.
As principais nações que lutaram pelo Eixo foram:
Itália, Japão e Alemanha. As que lutaram pelos
Aliados foram especialmente: França, Grã-Bretanha,
Estados Unidos e União Soviética.
A guerra terminou com a rendição das nações do
Eixo, seguindo-se a criação da ONU (Organização das
Nações Unidas), o início da Guerra Fria entre
Estados Unidos e União Soviética (que saíram do
conflito como superpotências mundiais) e a
aceleração do processo de descolonização da Ásia e
da África.
A Inglaterra participou ativamente das duas grandes
guerras mundiais. Na Segunda Guerra Mundial foi a
principal força militar a enfrentar as forças
nazistas da Alemanha, sendo decisiva na resistência
e posterior vitória dos aliados.

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