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ATENTADO DE SARAJEVO FOI O NOME DADO AO INCIDENTE QUE, EM 28 DE JUNHO DE 1914,

VITIMOU O ARQUIDUQUE FRANCISCO FERNANDO E QUE ESTEVE NA ORIGEM DO


PRIMEIRO CONFLITO À ESCALA MUNDIAL
MAIS DE 250 PROENCENSESCOMBATERAM NA I GUERRA MUNDIAL

A 28 de junho de 1914 o herdeiro do império Austro-Húngaro,


Arquiduque Francisco Fernando, é assassinado em Serajevo, acontecimento
apontado como estando na origem do primeiro conflito mundial pois a ele
seguiram-se sucessivas declarações de guerra que levaram à constituição de
dois blocos opositores: de um lado os Aliados (de que faziam parte, entre
outros, a França, Inglaterra, Império Russo e, mais tarde, EUA) e do outro o
Império Austro-Húngaro, aAlemanha e o Império Otomano, entre outros. Em
Portugal, o governo de Bernardino Machado reafirma a aliança secular com a
Inglaterra, mantendo-se neutral quanto ao envio de homens para o palco
europeu. No entanto, as circunstâncias em África obrigam a uma pronta
intervenção para a defesa do território nacional.
A difícil situação económica de Portugal, que chegou à bancarrota,
obrigou o país a contrair empréstimos junto de Inglaterra, apresentando
como garantia as colónias portuguesas. Em 1898, a Inglaterra assina com a
Alemanha um acordo para a partilha territorial das posses portuguesas no
continente africano e nas vésperas da guerra decorriam encontros secretos
para concretizar essa divisão. Com o estalar do conflito, a Alemanha ataca
Angola e Moçambique, levando a que Portugal envie para África os primeiros
contingentes de militares para travarem as pretensões imperialistas alemãs
logo em 1914. Ao longo dos quatro anos de conflito, defenderam o território
nacional em África cerca de 50.000 homens.
Na Europa, a guerra de movimentações - com o posicionamento dos diversos
exércitos - deu progressivamente lugar à guerra das trincheiras, tendo sido
cavadas milhares de quilómetros de valas a partir de onde se atacava o
adversário e se defendia o território. Em Portugal, mantinha-se a
neutralidade apesar da aliança com os ingleses até que a 17 de fevereiro de
1916, o governo português recebe o pedido do governo britânico para, «em
nome da aliança», efetuar a «requisição I.}rgente de todos os barcos inimigos
estacionados em portos portugueses". E assim que Portugal apreende 72
navios alemães e a Alemanha, em consequência, declara guerra ao país a 9
de março de 1916.
Tendo em conta todas estas circunstâncias, é então criado o Corpo
Expedicionário Português (CEP) que reúne homens de todos os distritos.
Cerca de 200 proencenses são chamados a integrar o regimento 22 de
Portalegre, tendo depois recebido instrução em Tancos. É só em janeiro de
1917, há precisamente cem anos, que chegam a França os primeiros
combatentes portugueses. Entre eles encontra-se Manuel Lourenço, natural
do Vergão, nascido em 1894. Em entrevista ao jornal escolar "A Palmatória"
(edição de abril de 1994), revela os passos da viagem que os colocaram junto
o VAI OI -c I Nl" lllN I () I JI 11MVA •..•
OR ALEMÃO, CONDUZINDO AS FORÇAS DA MARINHA dos ingleses que terminaram a instrução do CEP: "Aprendemos instrução tal
QU. IOMARAM POSSE DOS NAVIOS ALEMÃES. MARÇO DE 1916 e qual como quando a gente assentou praça, instrução inglesa porque nós
JOSHUA BENOLlEL/ ARQUIVO MUNICIPAL DE LISBOA
tínhamos que estar ao pé dos ingleses (...) Entrementes lá fomos chegando
No início do ano de 2014, o Presidente da Liga dos
Combatentes oficiou os Núcleos de todo o país para que, em todos
eles, se assinalasse o início da Grande Guerra (1914-1918).

Tendo sido contáctado pelo Diretor do Núcleo de Castelo


Branco, prontifiquei-me a escrever um livro, que logo idealizei
iniciando-o com a presença militar portuguesa em África, onde
Portugal combatia os alemães desde 1914 sem qualquer declaração
de guerra, no Sul de Angola (confinante com a Damaralândia alemã) e
no Norte de Moçambique (junto à fronteira com a África Oriental
Alemã) e terminando-o com a intervenção dos beirões na Flandres.

Sempre em colaboração com o prof. Carlos Matos, que se


encarregou da paginação e ilustração do livro, nasceu a ideia de uma
exposição parietal e, incentivado pelo Diretor do Núcleo, proferi,
ainda, uma palestra na Biblioteca Municipal de Castelo Branco,
naquela ocasião repleta de ouvintes interessados.

O livro, a exposição e a palestra foram a maior resposta que o


apelo da Liga obteve.

A discrição da participação beirã no livro nasceu da


investigação que fizera a uma fotografia do desfile das tropas
portuguesas em 14 de Julho de 1919, já depois do fim da Guerra, e ao
oficial que as comandava, o major Ribeiro de Carvalho, que depois
vim a saber que pertencia ao BI21, ao qual chamei no livro o Batalhão
dos Beirões. O major cometera durante a guerra um feito heroico,
considerado de excecional valia e ganhara jus à honra de comandar a
participação portuguesa no desfile da vitória aliada. O facto de o
ilustrador ter encontrado três fotografias do BI21 (capa, p 21 e p 107)
ajudaram-me a prosseguir a investigação sobre o Batalhão dos
Beirões, que fora sediado na Covilhã.

Pires Nunes
Tenente-Coronel

PORTA-BANDEIRA PORTUGUEZ NA GRANDE GUERRA


PROENÇA NA I GRANDE GUERRA

Quando se aborda a participação de Portugal na I Grande Guerra


(1914-18) o primeiro pensamento vai para a intervenção no teatro
europeu, na Flandres, e logo vem à ideia o desastre de 9 de Abril de
1918, em La Lys. Mas, na verdade, não foi apenas a partir de 1916 e
1917 que os 55.000 militares portugueses começaram a preparar-se e
a enfrentar as forças alemãs na Europa. Nem, muito menos, a
participação de Portugal se resume ao "desastre" de La Lys.
Portugal mobilizou, logo a partir de 1914, cerca de 35.000
militares metropolitanos a que se juntaram mais 20.000 africanos
para defender o sul de Angola, que fazia fronteira com o então
denominado Sudóeste Africano Alemão, e o norte de Mocambique,
que fazia fronteira com a chamada África Oriental Alemã. Travaram-
se combates violentos entre tropas portuguesas e alemãs dos quais
Nautila (Angola), Rovuma e Nevala (Moçambique) ficaram registadas
nas memórias colectivas e na História Militar de Portugal.
No total, nas várias frentes, chegaram a estar mobilizados
110.000 homens,
O concelho de Proença-a-Nova contribuiu com mais de duas
centenas de homens mobilizados para as várias frentes. Foram
identificados 238. A maior parte deles - 206 - foi incorporada através
do Corpo Expedicionário Português (CEP) e combateu no palco
europeu (França). Alguns - 24 - foram enviados para África e aí
lutaram pela integridade do então "império colonial". Uma minoria -
08 - eram marinheiros e fizeram a guerra no mar. Alguns deles, depois
de África, ainda foram mobilizados para a frente Europeia.
Pesquizando bibliografia diversa e nos Arquivo Municipal e
Arquivo Histórico Militar, foi possível identificar quase todos os
cidadãos naturais, ou residentes, do concelho de Proença-a-Nova que
participaram naquele conflito, o primeiro verdadeiramente à escala
mundial. Foi possível identificar também as suas origens familiares, o
seu percurso militar (graduações/postos militares, unidades por onde
foram recrutados, lugares onde combateram, punições, louvores,
condecorações, ferimentos e doenças, falecimentos,
destacamentos ...), as suas profissões originais e a identificação, em
alguns casos, dos seus descendentes que, por sua vez, nos
presentearam com memórias e documentos pessoais. Foi também
possível determinar, mais de vinte anos depois de terminada a guerra,
5IDÓNIO PAES COM SEUS AJUDANTES A OBSERVAR OS EXERcíCIOS MILITARES
a situação socioeconómica em que se encontravam muitos desses
~---------------------------------------------------~
combatentes, na época entre os 38 e os 43 anos: se recebiam pensões
do Estado, se eram inválidos, se podiam angariar meios de "Te-Deutn" peja vitoria dos aliados
subsistência, a sua profissão e número de familiares a seu cargo.
Tal como no resto do pais, também em Proença-a-Nova a
fi Egreja não deixou ele
sociar- se ;; alegria
as-
das
nações aliadas pela vitoria so-
esmagadora maioria dos homens eram camponeses que, de um bre o inimigo teutão. O sr.
cardeal patriarca de Lisbo or-
momento para o outro, se viram transformados em soldados. Não denou que se rcalisnsse um
constituiu um processo fácil. A preparação e formação militares solene <Tc-Deum- em ação
ele graças pc lo triunfo obtido,
foram desenvolvidas sob a pressão das circunstâncias e da sendo escolhida a vastlssima
cgrc]a da Estrela para a cele-
necessidade e os hábitos de disciplina e aprumo não foram fáceis de bração d'esse alo. Concorreu
interiorizar por jovens praticamente analfabetos e mais habituados a a ele todo o corpo diplomali-
co. membros do governo, au-
usarem as enxadas, as pás, as picaretas, os serrotes e os machados toridades civis e militares e
muito povo que, não cabendo
como armas em ambientes de total liberdade pelos campos no templo, enchi" o largo
nacionais, orientados mais pelos ritmos naturais que sujeitos aos fronteiro, contido por urm
força de 300 cívicos.
horários rígidos da disciplina militar. Por outro lado, se alguns foram O sr. presidente da Repu-
blica lambem assistiu á 10-
enviados para África e compreendiam a ne.cessidade de defender cante cerimo nia, ostentando f!
território português, a maior parte foi enviada para uma guerra que banda azul e o colar da Torre
e Espada, fazendo-se acom-
não compreendia, para França, e que pouco ou nada significava para panhar dos seus ajudan-
teso
eles. O sr, cnrdea I pa Iria rca fez
A exposição patente no Auditório Municipal sobre esta lima patriotica alocução antes
do «Tc-Deum", na qual põz
temática é um contributo para a homenagem a um largo conjunto de em relevo o brio da nossa
raça e a valentia dos solda-
cidadãos do concelho de Proença-a-Nova que combateram, sofrendo dos portuguezes. o ?sr. (Ir, stnooto P(1(>$, qui'! OS((>lIlf1tn n tonaa nent e o cotar da Jorre
HSfJ(/(ln•. sonuto c/fi IJa$iJlôtl da I:.)trf lo, (Jnt}r-- lo" ouis/" no Te-Deuru
e morrendo, em nome de Portugal para defender a Liberdade e a em OrtlQ de !!TCÇ(IS peto-ottorm tios ottnaos, mn mtece mitttarmence as
t!/tlusinSlh.:(IS mnni(f'$f.(.(r}e$ de 011(' fi alou,

Integridade da Pátria lusitana num contexto que lhes era muito


desfavorável.
Cem anos depois, aqui fica a homenagem de todo o concelho
de Proença-a-Nova.

António Manuel M. Silva


Prof. de História e Investigador

Um aspeto (la /lIllltlddf), eatnaa cio l(>III}llo (/11 Estrelo, depois ao cetobraaos os oftctos dtntnos nromootütos
peta são central de assístencta rettirtosn 4?ff1 ('Oltlpanlw.-j<:Jicl
t'Y)/IIh •. ee 1Jl'IIQ/ie/).

-----------------------------------------------~ ·H5
ANTÓNIO CARDOSO MANUEL MARQUES ROSA JOAQUIM MARTINS TAVARES
VALE DA MUA VALE CANHESTRO VERGÃO
ANTÓNIO GONÇALVES JOAQUIM MARTINS JOAQUIM FARINHA
PERGULHO CORGAS CORGAS

JOAQUIM LOURENÇO JOSÉ DOMINGUES LUIS HENRIQUES


CORGAS CORGAS CUNQUEIROS

FRANCISCO FARINHA ANTÓNIO DA SILVA JOAQUIM MARTINS TAVARES


CASAIS PROENÇA-A-NOVA VERGÃO

I' JOSÉ FERNANDES


EIRAS
MANUEL MARTINS
CORGAS

JOAQUIM FARINHA CAPo ANTÓNIO JOSÉ CARDOSO


MANUEL CARDOSO JOÃO MARTINS EIRAS CIMADAS FIGUEIRA
ESPINHO VALE DA MUA

*FOTOGRAFI S CF.DIDAS PELOS FAMILARES

\--------------------~----~--------------~~--~--~------------------~~--~~--------~-- l
COMBATENTES PROENCENSES NA 1 § GUERRA MUNDIAL
Adelino Dias Borracheira soldado 2° grupo metralhadoras
Adelino Fernandes S. Pedro do Esteval soldado, reg. infa22
Albano Ribeiro Aldeia Cimeira? 1° cabo miliciano, reg. inf" 22, 6a compa
Alfredo Branco S. Pedro do Esteval soldado, reg. inf" 22
Alfredo Fernandes Proença-a-Nova alferes miliciano, 1° grupo c.a.m.
Alfredo Lopes Galisteu Fundeiro soldado, reg. ínf" 22
Alfredo Martins Proença-a-Nova soldado, reg. sap mineiro
Amílcar Pires Lopes Sobreira Formosa 1° cabo, reg. inf" 22, s- campa
António Antunes Montes soldado, reg. inf" 22, 3a campa
António Barata Proença-a-Nova soldado, reg. inf" 22
António Cardoso JunceiralVale da Mua soldado, art" montanha, áfrica
Luís ALVES António Cardoso Casa Nova soldado, reg. inf" 22, s- campa
CEREJEIRA António Cardoso Figueira soldado maqueiro, 7acompa
António Cristóvão Pedra do Altar? soldado, reg. inf" 22
António Cristóvão S. Pedro do Esteval soldado, reg. inf" 22
António Dias Proença-a-Nova soldado, reg. inf" 22
António Dias Peral soldado, reg. inf" 22, 1a brigada
António Dias Cimadas Fundeiras soldado, grupo art" pesada, de guarnição
MANUEL CARDOSO (ESQ) ALFREDO LOPES (ESQ)
António Dias Borracheira 2° cabo, 2° grupo de metralhadoras
PEDRO THOMAZ (OIR) ANTÓNIO LOPES (OIR)
GALlSTEU FUNOEIRO
António Dias Portoleiros soldado serv, 2° grupo de metralhadoras
JUNCEIRA
2° sargento miliciano, art" 8
António Fernandes Bairrada soldado, reg. infa 22, 6acompa
António Gonçalves Estevês soldado, reg. inf" 22, 6a compa
António Gonçalves Sobrainho soldado, reg. infa 22, s- compa
ANTÓNIO GONÇALVES
António Henriques Neto Carregal soldado, reg sap mineiro, 7"compa
SOBRAINHO António Inácio sarzedinha soldado, reg. inf" 22, 6a compa
António Lopes Galisteu Fundeiro soldado de ambulância, 1° g. campa de saúde
António Lopes Pucarico soldado, b. sap mineiros, 7acompa
António Lopes Farinha Proenç~-a-Nova 1° sargento, regOabuses campanha
António Martins Ferraria soldado, reg. inf" 21, 1a campa
António Pedro Ribeiro Pucariço soldado condutor, 1 g. adm. militar, 7acompa
0

António Pereira Proença-a-Nova 2° sargento, regOart" 3, 6a bateria


António Pereira Carregais 2° sargento, 1acompasaúde
António Ribeiro Atalaia do Ruivo soldado, reg. inf" 22, 4a campa
António Ribeiro (Pereira) Cerejeira soldado, reg. inf" 22, s- compa
António Ribeiro Vaz Pereiro alferes miliciano, reg. inf" 22, 6a campa
António Ribeiro Venâncio Sobreira Formosa 1° cabo, sapador mineiro,. 7acompa
Antônio Rodrigues sobreira Formosa soldado, grupo campa de saúde, 7a campa
António segueira Proença-a-Nova soldado magueiro, 7acompada saúde
MANUEL LOURENÇO JOÃO MARTINS PÓVOA
VERGÃO
Arthur Fernandes Proença-a-Nova soldado servente. art" 8
SOBRAINHO
Benigno Pires Monte Fundeiro soldado, regOinfa 22, s- campa
Benigno Tavares Picoteira do Meio soldado, regOinf" 22, 5a campa
Bernardino Antônio Sobreira Formosa soldado, reg. inf" 22, s- campa
Bernardino Cardoso Vales - Sob rainha soldado, cavalaria 10
Bernardino Ribeiro Pucariço soldado, reg. inf" 22, s- comp"
Bernardino Ribeiro Vaz Casa Nova soldado, reg. inf" 22, 5a campa
Bernardino Rodrigues Vales, Sobreira Formosa soldado condutor ambulância, g.c.adm militar
Carlos Fernandes Proença-a-Nova soldado, regOinf" 22, 5a compa
Carlos Fernando Alves Catarina Pergulho alferes, s. p.c. , 1a div
Carlos Martins Labrunhal Cimeiro
David Luíz Cardoso Sobreira Formosa soldado, reg. ínf" 22, s- campa
David Martins Cimadas Cimeiras soldado condutor, 2° grupo corpo art" pesada
BERNARDINO
David Pires Proença-a-Nova 2°sargento, 2° g. metralhadoras
.iosé .rosá RIBEIRO RODRIGUES
CARDOSO JOÃO MARTINS
VALES - SOBRAINHO
Domingos Dias Naves 10 cabo, regOinf" 22, 6a compa
VALES-SOBRAINHO FIGUEIRA SOBRAINHO
Domingos Marques Naves soldado condutor, adm. militar
~FOTOGRAFlAS CEDIDAS PEl.OS FAMILARES
COMBATENTES PROENCENSES NA 151 GUERRA MUNDIAL
Eusébio Fernandes Rabacinas soldado, reg. inf" 22, 2° campo
Francisco Andrade Carregais soldado, reg. inf" 22, 5° campo
Francisco Cardoso Aldeia Cimeira 20 sargento, reg. inf" 22, 6° campo
Francisco Farinha (Teresa) Casais Fundeiros 1 cabo, reg. cavalaria 2
0

Francisco Fernandes Sobreira Formosa soldado, art" 8, 1 reforço


0

Francisco Ferreira Portoleiros soldado, escola de equitação, 2 esquadrão


0

Francfsco Gonçalves Chão Redondo soldado, reg. inf" 22, 6° campo


Francisco Levita Sarzedas soldado, reg. inf" 21, 4° campo
Francisco Ribeiro , Penafalcão 1 cabo, reg. inf" 22, 5° campo
0

Francisco Ribeiro Casa Nova soldado sapador mineiro, 7° campo


Francisco Ribeiro Rabacinas soldado, reg. inf" 22, 5° campo
Francisco Sequeira Rabacinas soldado, reg. info 22, 6° campo
Guilhermino Dias Ferraria soldado, reg. inf" 22, 5° campo
João Alves Cimadas Cimeiras 10 cabo, cond, adm militar, 7°compo
João Alves Póvoa soldado, reg. inf" 22, 2° campo
João Delgado Penafalcão soldado, reg. inf" 22, 6° campo
João Dias Branco S. Pedro do Esteval soldado, reg? inf" 22, 5° campo
João Dias Catarina Vale Clérigo soldado, reg? inf" 22, 5° campo
João dos Santos Chambino Rosmaninhal soldado, reg. inf021, 2 bato
0

João Esteves Moita soldado condutor, c.a.p.


João Fernandes Cor da Cabra soldado, reg. inf" 22, 5° campo
João Gonçalves Sobreira Formosa soldado, reg. inf" 22, 6° campa
João Jorge Sobreira Formosa soldado, reg. inf" 22, 6° campo
João Lopes Tomé Sobreira Formosa soldado, colocado no reg. inf" 11
João Manuel Vergão Fundeiro soldado, reg. cavalaria 10
João Marques Padrão soldado, reg" info 22, 5° campo
João Martins Vale da Mua soldado, reg" inf" 22, 5a campo
João Martins Figueira soldado, reg. inf" 22, 5° campo
João Martins Póvoa Sobreira Formosa soldado, reg. inf" 22, 5a campo
João Mendes Atalaia Estevão Vaz soldado, reg. inf" 22, 5° campo
João Pires Montinho Vale da Mua soldado, regO inf" 22, 6° campo
João Ramos Sobreira Formosa 2 sargento da 1° campa sapadores
0

João Rodrigues Sobreira Formosa soldado, reg. inf" 21, 1° campo


Joaquim Almeida Cunqueiros soldado, cavalaria10, 1 esquadrão
0

Joaquim Alves Tavares Vale da Carreira soldado condutor, art" 8,


Joaquim Caetano Proença-a-Nova 1 cabo, regOinf" 17
0

Joaquim Cardoso Sobrainho dos Gaios soldado, reg. inf" 22, 5° campo
Joaquim Christovão Sarzedinha soldado cond, campo de ponteneiros
Joaquim da Silva Sobreira Formosa soldado maqueiro, 7°compo
Joaquim da Silva Atalaia 20 sargento, reg. inf" 22, 6° campo
Joaquim Dias Braçal soldado, reg? abuses de campanha
Joaquim Dias Pedra do Altar soldado, regO inf" 22, 6° campo
Joaquim Domingues Pereiro soldado de ambulância, 1° campo saúde
Joaquim Farinha Cargas soldado, regOinfa 22, 5° campa
Joaquim Farinha Eiras soldado serventeart'B, áfrica,
Joaquim Fernandes Bairrada soldado, regO inf" 22, 6° campo
Joaquim Fernandes Barradas Casais Fundeiros 1 cabo apontador, regO art" 8, 1°grupo
0

Joaquim Fernandes Teresa Proença-a-Nova soldado maqueiro, campo de saúde


Joaquim Lopes Labrunhal Fundeiro soldado, reg. inf" 22, 6° campo
Joaquim Lourenço
COMBATENTES PROENCENSES NA 1 ª GUERRA MUNDIAL
Manuel Cardoso Junceira de Peralva Soldado, Reg. lnf" 22, 6° Campo
Manuel Cardoso Proença-a-Nova Soldado maqueiro, 1° G. CompoSaúde
Manuel Cardoso Póvoa Soldado servente, 2° G. Metralhadora
Manuel Cardoso (Lopes) Pedra do Altar Soldado, Reg. InfO 22, 5° Campo
Manuel da Cruz Sobreira Formosa Soldado, Batalhão S. C. F., 4° Campo
Manuel da Silva Branco Proença-a-Nova Alferes Miliciano, Art" 8, BIT 1°Reforç
Manuel Dias Catarina Peral Soldado, Reg. Info 22, 5° Campo
Manuel Esteves S. Pedro do Esteval 1° Cabo, Quartel General, 2°divisão
Manuel' Ferreira • Portoleiros Soldado, Reg. lnf" 22, 6° Campa
Manuel Gonçalves Sobreira Formosa Soldado, Quartel General, Art" 8, 3a Bateria
Manuel Lourenço Proença -a-Nova Soldado, Reg.Obus Camp
Manuel Lourenço Monte Fundeiro - Mação Soldado, Reg. Inf022, 6a Campa
Manuel Marques Rosa Ladeira - Envendos Soldado condutor, Arta8
Manuel Martins Cargas Soldado, Reg. Infa 22, 3a Campa
Manuel Martins Maljoga Soldado, Reg. Infa 22, 6a Campa
Manuel Martins Murteirinha Soldado, Reg. lnf" 22, 5a Campa
Manuel Martins Sobreira Formosa Soldado, Reg. Infa 22, 7a Campa
Manuel Martins Ferraria Soldado, Reg. lnf" 22, 5a Campa
Manuel Martins Pucariço Soldado, Reg. Sapador Mineiro, 7° Campa,
Manuel Mateus Proença-a-Nova Soldado,2° Grupo Metralhadoras,
Manuel Matias Rabacinas Soldado, Reg. Infa 22, 6a Campa
Manuel Ribeiro Dâspera, Alvito da Beira Soldado condutor, Reg. Infa 7, 1a Campa
Manuel Ribeiro Sobreira Formosa Soldado, Reg. lnf" 22, 5a Campo
Manuel Ribeiro Sobreira Formosa Soldado, G. Campa de Saúde, 7" Campa
Manuel Ribeiro Sobral Fernando Soldado; Reg. lnf" 22, 5° Campa
Manuel Ribeiro Boeiro Sobreira Formosa Soldado Maqueiro, 7a Campa
Manuel Ribeiro d' Andrade Atalaia do Ruivo Soldado, Reg. Infa 22,s- Campa
Manuel Ribeiro Rapagão Carregal Soldado, Reg. Infa 22, s- Campa
Manuel Rodrigues Tomé Sarzedas Soldado, Reg. Infa 21, 1a Campa
Manuel Sequeira Estevês Soldado, Reg. Infa 22, 6a Campa
Manuel Sequeira Sobreira Formosa Soldado Condutor, Reg. Arta 8, 2a Bateria
Manuel Tomaz Monte Trigo Soldado, falecido e sepultado em França
Martinho Dias Delgado Alvito da Beira Soldado, Reg. Infa 22, s- Campo
Narciso Henriques Sobreira Formosa 2° Sargento Enfermeiro, 7a Campa
Narcizo d' Almeida Corgas Soldado, Reg. lnf" 22, 6°Compa
Paulo Antunes S. Pedro do Esteval Soldado, Reg. lnf" 22, 5' Comp'
Pedro Cardoso Espinho Pequeno 1° Cabo, Reg. Inf' 22, 5' Campa
Pedro Cardoso Thomaz Junceira Soldado serv amb., 1°G.C Adm Militar
Pedro Marques S. Pedro do Esteval Soldado, Reg. lnf" 22, 5° Campa
Sebastião Alves Malhadal Soldado, Reg. Info 22, 5° Campo
Sebastião Pereira Dias Sobreira Formosa Tenente, G. Campo de Saúde
Simão Alves Esfrega Soldado, 2° Grupo Metralhadoras, 1a Bateria
Tiago Folga Figueira Soldado, Reg. Info 22, 6° Campo

Sem digitalização de boletim


Soldado em Africa, Art" Montanha
Agostinho Martins Proença-a-Nova Soldado em Africa, lnf" 22
António Antunes Africa, Art" Evora
António Cardoso Marinha
António Dias Capitão em Africa
António Farinha Mateus 2° Tenente em Africa,
António Fernandes Vale d'Urso Africa, Art" de Montanha
António Fernandes Soldado, Reg. Info 21, 6° Compo
António Fernandes
CANÇÃO SOBRE A GUERRA

Vou para a guerra da França


Minha mãe fica a chorar
Todos dizem coitadinho
Ai de mim qu'eu vou-me a andar
Todos dizem coitadinho
1\0 EXÉRCITO:
Ai de mim quê vou-me a andar
Foi-me dad" a gratlí/u t elrl1íl.i.l honra de .\et' lha- PDdei,f "t!SpolIdt'r.lh,t p.1J','fi'.I$l'alldú aS Pll/m'rns lus-
Vão para a guerra da França mado a prl..'Sidil' nos IIO$WS rl(~';1I0$, I~'$rt'[oao ele- !.u e .Óii.'I't"',l.o; do gCIWl"Il1 jJt"I/II"Cí'I:

rull-Ifle<l chcfo d.r 110$$11 ,mr/IL','O$(f ':lI1fllia, ~"i,bOt"t del'll


Cachopas deixai-os ir já lOsft ",em(1I'() pelo cor'açlf,) C pela $t'lIlimtUlo. j

Nâo $1);$ JMY'd: mim tSfI'illlllr'Js. i! 11 in.·lf'llm.'ntfl :lU1ll hmll~JIj, IUWl dum p:rrli:f(), P~rfC"t'~

Vem uma baLa e os mata Ctmlltço Qli rQIS.:fS tl'adi'id~'1 glorfl)$,.l$. conheço o d IM~.fG"

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Ai, sem pai nem mãe lhe acudir. a histrinà FLill'l'(J, ()If(J.: (I .m!IJ:t'
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rru as m..li( ,.,;lí1.15 pd.:dtldJ.
Vem uma baLa e os mata ElfOl:~Ul~ o l-'DSH p.tu,ldo ./r 1$""f,'1J ~ s.lcn/icio.
Frilu .í 'ri r d r;rntuitulr.f'<o.

Ai, sem pai nem mãe lhe acudir. Q/i~1h'"loa c•..


hora prNCllle.
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Podfi, ccn/~,. CIlm " n'i'lJ sjm:t'r'o dest"jo de nt~IIJn'
alto ti rrc<I'K'iJ dA rxiJ'âlo ~ d~ COt:CílT1W"1 com
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Vou para a guerra da França sal qllolidadn de milit,,,-,..; c '(I' pnh';Mas. mis$:io.
NdQ podr nem dtl'" h;wt'I' Iml,·~ l'lí,( fr,t.T'J "'';'/$ dl~ I SC>UMIl<1S!
Já ouço tocar o tambor ,.,,;'r,- '-,rferésst'i. .1 RrplÍhlit:a (',u·eç.' do "0~O rs)'OI'fQ e do vosso "UlI.
Qltt!m J'f'N$..'Ir' It (Wt,r.h'hl tI,.,..,mlu'(.'t o 1'O$$U J>alo,'" drcdo palrhdisfII(1, -
As tristes balas me Levam fi Jmt<rli'Trtr.flJ .mmr FrIa W)~~., -pdtri.l rnmum. ' /(iJl;I/I·."IJ5 ;'/11 "ri/o d" Imuoid,'a dn Rcp,;hb~~ "dig,;;~~-
Ai amor ai amor ai amor Sol', looos ir/Ir.JOI, u,,!; )'tk({" Jrm'j'" ('lI/n' , Ô$ pat- /k,lII.io'd ,,,./,, /I,ua tlOO",~e (!t'p;:t,IJ a/itude de s('rtlpn'~
,\'<k'l hos{if t ItU/ÚIJIi"JhS di' p'n··~I5i1;f.rlJ. rm thlico d~f~lI"mdQ.a úlm ~I "'ISS:1 ('1W'lfi.! i.r,,!ucbrdl1hÍJ'f!1 e ~I
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Eu vou prá guerra da França ;r6tJ
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E uma baLa me dá fim Cm"ar.,d.u I'OS~I,Ç f'ilffillil o


j,tfmig;u dI' _!Ji':coJ do S,II,
.~,·II lU'/'O;'iflIil em J"';sâ~$
UJU' }'U!Õ t'lIt UI,."O da bl.wdi.'l·1'Il do' U.:pIiMj(,Q. #",1-010
Tu reza sempre por mim Pa'",1 a S"d Jíb~'rl;'f~'"'J fi J'íV'.r .1 dj'gtlijica~',iu' da do r,a4.'I'ili'r:j(j ~! d,1 hllllr.l necíoual,
Item-a da Pâtn'.l Ililt'pvIUU,ld'l fit·"., t.·o1lJ't'I'I,d'· lodo () 1i.'Jtdc CfJI~/;il1I~'rI 111" I Q.UO.'" ,/Jeli.os, files
ai amor ai amor ai amor IIWji.() L'sfôrço,
pl!lo me/11m' camil'!IO, 30 cumprimei1to
1-'OS lOlldll',h·.po,

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Vrr'A .1 REPUBLlCA!

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PRIMEIRO GRUPO DE INSTRUÇÃO SINALEIRO INGLATERRA


~~~1Wl~~;;~
Em África
De mais de 40 mil militares portugueses e africanos
mobilizados para o conflito registam-se, segundo dados recolhidos
por Fernando Rita, docente de História Militar, 4.800 mortos, 1.584
feridos, 678 prisioneiros de guerra, 5.467 desaparecidos e 1.283
incapazes.
(in Observatório.PT)

Proencenses Mortos em Combate


Em Moçambique
Cemitério de Nacature:
Bernardino Henriques Sobreira Formosa
Cemitério de Maputo (Lourenço Marques):
Manuel Barata Sobreira Formosa

Em França no Cemitério de Richebourg L' Avoué .


José Martins Moreira Proença-a-Nova
António Domingos Proença-a-Nova
João Gonçalves Sobreira Formosa
José Martins Proença-a-Nova
Manuel Gonçalves Sobreira Formosa
Manuel Tomás Sobreira Formosa
Joaquim Ribeiro Boieiro Pucariço

Município de Proença-a-Nova
Exército Português
Liga dos Combatentes
António Manuel da Silva
Escola Básica e Secundária Pedro da Fonseca
Descendentes de ex-Combatentes

CEMITÉRIO MILITAR PORTUGUÊS DE RICHEBOURG 2017

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