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RESUMO
The Second World War was a high-dimension conflict occurred between the years of
1939 to 1945, due to this conflict dimensions, there were military fights in Europe,
Africa, Asia and in the Pacific Islands. The armies of both countries involved in war
employed a lot of combat modalities, in this way, occurred air battles, naval, land
fights, in both desert, cities and rural scenarios, there were actions using Tanks,
Artillery, Infantry and also Spying and Counter spying. Besides of that, in the way that
will be debated in the present paper, inside the battlefields, there were military
working dogs, existent in all main military forces involved in combat executing a lot of
missions since message delivering, Land Mines and explosive detections and also
paratrooper operations behind enemy lines, this dogs were in most times coming
from civil society, recruited to military employ since the start of the conflict. In both of
armies, the German Shepherd breed had a important feature, in that time there were
a lot of prestige and also developed studies about it, having a lot of German
Shepherds involved in important military tasks. So, that animals were very important
to help military forces during all war period, generating after the war important
contributions to Cinotechnics due to the outnumbered advances that come from the
training developed to employ that dogs in battlefields.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................6
2. O EMPREGO DE CÃES PASTORES ALEMÃES NA II GUERRA MUNDIAL NO
TEATRO DE OPERAÇÕES EUROPEU.......................................................................8
2.1. O RECRUTAMENTO........................................................................................11
2.2. O TREINAMENTO...........................................................................................12
2.2.1 Nos Estados Unidos da América...............................................................12
2.2.2 Na Alemanha.............................................................................................15
2.2.3 Na Grã Bretanha........................................................................................18
2.2.4 Na União Soviética....................................................................................20
3. CONCLUSÃO.........................................................................................................23
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1. INTRODUÇÃO
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Outro aspecto a se considerar é a falta de estudos em língua portuguesa sobre esse
tema, uma vez que o Brasil, não desenvolveu as atividades de Cinotecnia durante a Segunda
Guerra Mundial, sendo tema recente na realidade brasileira, para tanto, foram buscados textos
em língua inglesa, alemã e russa, para que fosse possível conseguir fontes mais confiáveis
possíveis para trabalhar o tema.
Entretanto, apesar das dificuldades expostas buscou-se disponibilizar a futuros
pesquisadores sobre essa temática a possibilidade de possuírem bases referenciais para
aprofundarem o tema escolhido, pois, devido às dificuldades acima apresentadas, não é
possível esgotar as questões atinentes aos aspectos relacionados a essa temática. Além disso,
busca-se estimular a pesquisa sobre o passado e as atividades nele desenvolvidas para
podermos embasar nossas futuras metas e ainda, inspirar nossos objetivos para o futuro. Para
tanto, cabe citar uma frase atribuída ao pensador Heródoto trazida no século V a.C.: “Pensar o
passado, para compreender o presente e idealizar o futuro”.
Dessa maneira a área de história da Cinotecnia é composta por diversas peculiaridades
que nos permitem entender e aprimorar a nossa relação com os cães e pensar o
aperfeiçoamento das atividades já existentes e quiçá a atribuição de novas atividades a estes.
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2. O EMPREGO DE CÃES PASTORES ALEMÃES NA II GUERRA
MUNDIAL NO TEATRO DE OPERAÇÕES EUROPEU
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Figura 1: Exemplo de aplicação de cães pastores Alemães em âmbito militar, durante
treinamento na Escola Alemanha de Cães de Guerra demonstrada por Max Von Stephanitz em
seu livro “Der Deutscher Schaferhund in Wort und Bild”. Na imagem o cão desempenha a
tarefa de transporte de cabos, de grande importância para a comunicação militar na época
devido a inexistência até então de rádios sem fio, considerando o ano do lançamento da obra
(1921).
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De fato, diversos países utilizaram em suas fileiras cães pastores, especificamente os
cães Pastores Alemães em virtude de sua grande aptidão para o serviço, apesar de que, desde
o encerramento da Primeira Guerra Mundial, se evitava na Inglaterra o uso da nomenclatura
“Pastor Alemão”, sendo substituída por “Cães Alsacianos” devido ao sentimento antialemão
que se propagou naquele país desde o fim da Primeira Guerra Mundial até o ano de 1977,
quando finalmente os criadores britânicos passaram a reconhecer a denominação “Pastor
Alemão”.
Com relação ao emprego desses cães nas atividades de combate, há relatos de
utilização desses cães em ações de transporte de mensagens, atividade extremamente
funcional, pois o cão poderia percorrer territórios com a possibilidade de não ser notado ou
atingido pelo inimigo (devido às suas dimensões inferiores às de um soldado), além de sua
velocidade superior à de um ser humano, o que o favorecia. Ocorre um destaque para que na
época, já existia o advento de tecnologias de comunicação, como rádios comunicadores, que
estavam em uso inicial tanto pelos aliados quanto pelo eixo, mas eram máquinas de grandes
dimensões, o que favorecia o uso do cão, devido a sua portabilidade em combate.
Outro emprego surpreendente dos cães se definia como cães enfermeiros. Esses cães
que foram amplamente aplicados na Primeira Guerra Mundial, mas nem tanto na Segunda
Guerra Mundial, eram treinados para localizarem soldados feridos no campo de batalha,
possibilitando a localização desses (em terrenos de difícil acesso como ambientes com neve
ou matas) e possibilidade de ações de primeiros socorros uma vez que transportavam
anexados ao seu corpo materiais de primeiros socorros, o que possibilitava a autoaplicação
quando o soldado ferido ainda se encontrava consciente, essa preocupação de cuidados nos
primeiros momentos após o ferimento em combate é crucial e até hoje difundida nas forças
militares (o que é corroborado pelo surgimento de técnicas de prevenção ao trauma em
combate como o protocolo Tactical Casualty Combat Care (TCCC) na atualidade).
Como um exemplo do emprego desses cães em atividades ligadas a preservação da
vida em operações de guerra, Renger (2008) nos traz em sua tese de doutorado, um trecho de
um importante livro alemão denominado “Unsere Sanitätshunde im Feld”, que em tradução
livre seria denominado “nossos cães enfermeiros em campo”, no qual há o relato emocionante
de um soldado identificado como Kurt H. que, após sofrer um ferimento grave em combate
durante a Primeira Guerra Mundial, fora salvo devido a ação de um cão enfermeiro. “Dann
habe ich fünf Stunden draussen gelegen mit offenen Wunden; 10 Uhr 30 Min. hat mich ein
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Sanitätshund gefunden. Wenn er mich nicht gefunden hätte, wäre ich verblutet.”
(REDAKTION 1915, p. 7 apud RENGER, 2008, p. 65) em tradução livre, “então eu fiquei
cinco horas ao ar livre com feridas abertas, às 10 horas e 30 minutos, fui encontrado por um
cão médico. Se ele não tivesse me encontrado, eu teria sangrado até a morte.”
2.1. O RECRUTAMENTO
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condutor. O “Esforço de Guerra” americano contou com o alistamento de aproximadamente
20.000 cães1. Ao final da guerra, em 1945, foram realizados esforços para o retorno desses
cães aos seus lares, sendo que aproximadamente 3.000 retornaram à vida civil, sendo
dispensados com honras do serviço militar.
Outra força a utilizar cães Pastores Alemães através do esforço de guerra (apesar de na
época serem denominados “cães alsacianos”) foram os britânicos. Segundo Bayley (2017), a
Inglaterra empregou cerca de 7.000 cães na Segunda Guerra Mundial, muitos desses cães
eram oriundos de uma propaganda que incentivava a doação de cães para as forças armadas
por parte da sociedade civil através de um pôster publicado nos jornais britânicos em 1941,
antes disso, a Inglaterra estava encerrando o emprego de cães em atividades militares pois
considerava que seriam uma ferramenta “ultrapassada”.
A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) ou União Soviética por sua
vez, requisitou em seu esforço de guerra além de cães (entre os quais utilizou também cães de
raça Pastor Alemão) ainda uma grande quantidade de pessoas que possuíssem habilidades
para a realização de treinamentos para esses animais. Essa iniciativa já era fomentada naquele
país desde os anos de 1924, através da Sociedade de Assistência à Defesa, Aeronaves e
Construção Química, conhecida por seu acrônimo OSOAVIAKHIM.
Dentro desse programa, o Exército Vermelho já contava com a agregação de cães de
trabalho em suas fileiras, incluindo Pastores Alemães (os quais não eram denominados dessa
forma, em virtude de questões políticas, mas recebiam a denominação de “Cão Pastor do
Leste Europeu”). Durante a Segunda Guerra Mundial, a URSS ficou conhecida pela utilização
de seus cães como armas antitanque (utilizando-os acoplados a explosivos para inutilizar
tanques alemães). Antes do início da Segunda Guerra Mundial, a URSS possuía cães de
combate para 11 modalidades de emprego, além disso, aproximadamente 68 mil cães 23,
distribuídos em diversas atividades dentro do Exército Vermelho.
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2.2. O TREINAMENTO
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principalmente em instalações navais, em virtude da probabilidade da existência de
sabotadores que poderiam danificar a estrutura naval da marinha americana, seus depósitos de
suprimentos e ainda seus navios e submarinos, para tanto esses cães recebiam treinamento
específico para avisar os sentinelas militares da existência de pessoas nas instalações.
Outra utilização foi através de cães mensageiros, o que se deve ao fato de
principalmente as comunicações via rádio, radar e telégrafo estarem se iniciando na época
desses conflitos, portanto havia a necessidade de aplicação de outras formas de comunicação
entre as forças em campo.
Entretanto, cabe ressaltar uma atividade em particular desenvolvida no âmbito do
programa de treinamento: o emprego de cães de ataque autoguiados na guerra. A ideia foi
protagonizada por um cidadão expatriado suíço denominado William Prestre e consistia em
criar cenários para treinamento de cães para ataque a instalações “caçando” militares
japoneses. Para tanto, Prestre desenvolveu em conjunto com o governo americano simulações
dentro de uma localidade denominada Cat Island, na costa do estado americano de Mississipi,
foram utilizados na ocasião inclusive figurantes nipo-americanos. A ideia seria de emprego
desse plantel em ações de guerra nas ilhas no Oceano Pacífico contra o Exército Imperial
Japonês.
Na guerra travada nas ilhas no Oceano Pacífico, os cães americanos demonstraram
grande aptidão para a transmissão de mensagens, sendo considerados indispensáveis, fato este
que não foi corroborado em território europeu, principalmente porque durante o treinamento
militar, os cães eram expostos a sons de disparos de armas leves (fuzis e metralhadoras por
exemplo) mas não a disparos de peças de artilharia. Na Europa, devido a natureza do conflito,
canhões e obuses eram de emprego rotineiro, o que causava estranheza e receio nos cães, já
nas batalhas contra os japoneses ocorriam combates a curta distância, inclusive com lutas
corpo a corpo, dessa forma os cães foram melhores sucedidos.
Apesar dessa questão desfavorável, um dos cães americanos de emprego militar
aplicado no teatro de operações europeu foi considerado um grande destaque, tendo inclusive
sido agraciado com as Medalhas “Silver Star” e “Purple Heart”. Na ação, em 10 de julho de
1943, o cão “Chips”, um mestiço de Pastor Alemão, era conduzido pelo soldado John Rowell
e patrulhava o território italiano na Sicília, quando sua patrulha foi emboscada por uma
patrulha de militares italianos em um bunker camuflado que efetuavam diversos disparos com
uma metralhadora contra os americanos. O cão se desvencilhou de seu condutor, invadiu o
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bunker inimigo e neutralizou o operador da metralhadora, interrompendo o fogo inimigo, após
verem a ação, os demais soldados italianos se renderam, interrompendo o ataque. Chips
sofreu apenas algumas queimaduras e diversos cortes mas foi socorrido e permaneceu no
serviço militar até o ano de 1945, quando foi devolvido aos seus proprietários anteriores.
Foram realizadas ainda pelo exército americano, diversas tentativas de aplicação de
cães em detecção de minas terrestres6. Em “laboratório”, ou seja, durante os testes em
treinamento esses cães possuíam acurácia de 80% na detecção desses explosivos, entretanto, a
aplicação prática desses cães no sul da Europa demonstrou uma dificuldade na aplicação,
baixando os índices de confiabilidade para 30% e resultando na morte ou ferimentos em
diversas equipes destinadas a localizar minas terrestres, sendo tal emprego descontinuado
pelos EUA durante a Segunda Guerra, mas hoje considerada uma das mais efetivas aplicações
de cães para uso militar pelo Exército dos EUA.
2.2.2 Na Alemanha
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Uma função importante para os alemães durante a guerra era a guarda de seus campos
de prisioneiros. Os cães eram treinados para a realização dessa atividade, ressalta-se que os
prisioneiros (em sua maioria judeus) eram utilizados em trabalhos forçados que contribuíam
para a manutenção das tropas em combate, como produção de materiais e objetos. Dessa
maneira não era interessante para o sucesso nas operações militares a ocorrência de fugas
desses prisioneiros.
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Figura 3: Cão pastor alemão sendo empregado pelo exército alemão para
transporte de munições.
Fonte: < "https://www.sv-og-pforzheim-sedan.de/wissenswertes/der-
deutsche-sch%C3%A4ferhund/der-deutsche-sch%C3%A4ferhund-
teil2/"> Acesso em 28 de julho de 2021.
Por fim, os cães de emprego militar eram uma grande ferramenta de propaganda e
ainda de motivação das tropas, em virtude dos grandes feitos dos cães em combate, o que é
corroborado por uma afirmação do ano de 1943, de um oficial da SS em uma revista alemã
denominada “Unser Dobermann-Pinscher”, em tradução livre: “Nosso Dobermann-Pinscher”.
“Bedenke jeder, daß Diensthunde das Leben deutscher Soldaten erhalten, ihren Dienst
erleichtern und dem Feind Schaden zufügen.” (MUELLER, 1943, p. 15 apud REGER, 2008,
p. 70). Em tradução livre: “todos considerem, que cães de serviço ajudam a vida do soldado
alemão, facilitam seu serviço e causam danos ao inimigo.”, através de tal publicação o
objetivo era incentivar o repasse de cães aptos ao trabalho para as forças militares durante a
guerra.
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Figura 4: Cães sendo utilizados pelo exército alemão para
atividade de patrulha e propaganda.
Fonte:
<"https://www.sv-og-pforzheim-sedan.de/wissenswertes/
der-deutsche-sch%C3%A4ferhund/der-deutsche-sch
%C3%A4ferhund-teil2/"> acesso em 28 de julho de
2021.
2.2.3 Na Grã-Bretanha
Os ingleses iniciaram a guerra céticos com relação ao emprego de cães nos campos de
batalha. A afirmação na época, segundo Rocha (2021) era de que o seu emprego em guerras
era algo obsoleto.
Entretanto a partir de 1941, o governo britânico passou a empregar cães na busca de
feridos e mortos nos escombros das cidades inglesas bombardeadas pela Força Aérea Alemã e
requisitar mediante chamados de rádio a doação de cães para o esforço de guerra.
Um destaque no treinamento britânico de cães de guerra foi um militar denominado
Ken Bailey, ao qual, devido a possuir uma formação veterinária, foi determinado a direção da
Escola de Treinamento de Cães de Guerra. Esse militar passou a desenvolver treinamentos7
para empregar cães paraquedistas. Bailey portanto passou a treinar três cães pastores
denominados Bing (pastor alemão mestiço com Collie), Monty e Ranee (ambos pastores
alemães) para a referida missão, utilizando para tanto de ambientação com a estrutura de
7 Disponível em <“https://www.spiegel.de/international/zeitgeist/the-parachuting-dogs-of-the-british-army-in-
world-war-ii-a-939002.html”> Acesso em 28 de julho de 2021.
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avião de transporte de tropa bem como com os sons das hélices, cenários de combate com
sons de tiros, além de treinamento para identificação de odores de explosivos e pólvora,
rastreamento de inimigos e ainda o que fazer caso o condutor fosse capturado.
Os primeiros saltos com os cães paraquedistas ocorreram em 2 de abril de 1944,
Bailey relata que após a realização do salto, quando o cão tocava o solo, ele era
recompensado, utilizando-se portanto de reforço positivo. Ambos os três cães previamente
mencionados, treinados por Bailey, foram empregados durante a invasão aeronaval do “Dia
‘D’” como paraquedistas atrás das linhas inimigas nas praias da Normandia que eram
ocupadas por forças armadas alemãs. O destaque nessa operação foi para o cão Bing,
conduzido pelo Franco Atirador Jack Walton, desde a invasão na Normandia até a rendição
final da Alemanha em 1945. A atuação de Bing rendeu a ele uma medalha por seu serviço,
tendo permanecido no serviço militar até o final da guerra.
Além de Bing, os ingleses utilizaram cães nos últimos anos da guerra para funções
como faro de explosivos e localização de armadilhas, além de busca por inimigos através do
odor. Os militares relatam que os cães identificavam odores de explosivos e sentavam-se
aguardando para serem premiados o que auxiliava as equipes de detecção de minas.
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2.2.4 Na União Soviética
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Figura 6: Ilustração de Cão antitanque em uso contra as forças alemãs
da 2ª Guerra Mundial. Percebe-se o emprego de cães pastores na
atividade.
Fonte: <“https://www.dailymail.co.uk/news/article-2517413/The-
kamikaze-canines-blew-destroy-Nazi-tanks-WWII-photographs-
reveal-Stalins-dogs-war-explosives-strapped-them.html”> Acesso em
28 de julho de 2021.
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aperfeiçoamento e a definição de novos métodos para a aplicação de cães em atividades de
guerra.
Consoante as imagens abaixo, é possível visualizar o emprego de cães pastores (bem
como pastores alemães) que na época eram denominados “Pastores do Leste Europeu”11 pelo
Exército Vermelho durante a Segunda Guerra Mundial:
Figura 7: Militar soviético aplicando cão pastor Figura 8: Cães e seus condutores
em serviço militar. desfilando no “Desfile da Vitória” em
Fonte: <“https://www.rbth.com/history/329005- Moscou na URSS em 1945.
soviets-used-suicide-dogs”>. Acesso em 28 de Fonte : <“http://nvo.ng.ru/history/2018-
julho de 2021. 10-12/10_1017_kinolog.html”>. Acesso
em 28 de julho de 2021.
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3. CONCLUSÃO
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Outro aspecto relevante é a aptidão indiscutível dos cães da raça Pastor Alemão para
executarem funções militares e policiais. Desde o manual publicado por Stephanitz em 1921
até os dias atuais, já se passaram 100 anos, mas algumas funções desenvolvidas e citadas por
ele em sua obra permanecem utilizadas até hoje, além de diversas outras que foram
desenvolvidas e aplicadas para os cães dessa raça, como por exemplo o faro e detecção de
explosivos, armas de fogo, munições e entorpecentes, que são preocupações dos dias atuais.
Por fim, outra lição a se retirar da presente pesquisa é que os cães, foram, são e sempre
serão capazes da realização de atividades incríveis e inimagináveis, muitas das vezes
ultrapassando as capacidades humanas, sendo indispensáveis para as funções de Cinotecnia
militar ou policial, assim como as tecnologias o são para a vida em sociedade, estando
portanto a evolução do estudo sobre os cães ocorrendo da mesma forma que a evolução das
ciências. É possível inclusive que no futuro, outras modalidades de aplicação de cães para
emprego militar e policial sejam descobertas e cães sejam empregados para atividades que
hoje nem imaginamos que seriam possíveis (assim como Stephanitz não imaginava a 100 anos
atrás).
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REFERÊNCIAS
RENGER, Julika. Debate social sobre o uso científico e psicossocial dos cães de 1870 –
1945 na Alemanha. Tradução livre.. Dissertação (Doutorado em Medicina Veterinária).
Universidade Pública de Berlim, Berlim, 2008. Disponível em:
<“https://d-nb.info/1023747235/34”> acesso em 26 de julho de 2021. Título original:
Gesellschaftliche Debatten um die wirtschaftliche und psychosoziale Nutzung des Hundes
von 1870 - 1945 in Deutschland.
ROCHA, Cássio Fernando Santos. Cinotecnia policial módulo 3: história de uso e emprego de
cães. In: Programa de Pós Graduação Lato Sensu Cinotecnia Policial. 2021. Disponível
em: <“https://ava.pepcex.com.br/moodle/course/view.php?id=13#section-3”>. Acesso em 28
de julho de 2021.
BAYLEY, Mark. Cães de guerra heroicos da Grã-Bretanha. Tradução livre. In: National
Geographic. Online. 17 de novembro de 2017. Disponível em
<“https://www.nationalgeographic.co.uk/history-and-civilisation/2017/11/britains-heroic-
dogs-war”> Acesso em 27 de julho de 2021. Título original: Britain’s heroics dogs of war.
O’DONNEL, Kimberly Brice. Paraquedista Brian, Medalha Dickins, e o futuro dos cães de
serviço militar. Tradução Livre. In: History of Government. Online. 6 de junho de 2014.
Disponível em <“https://history.blog.gov.uk/2014/06/06/paratrooper-brian-d-m-and-the-
future-of-military-working-dogs/”>. Acesso em 27 de julho de 2021. Título original:
Paratrooper Brian, D.M. and the future of military working dogs.
STEPHANITZ, Max Emil Friedrich von. O Pastor Alemão em palavra e imagem. Tradução
Livre. Munique: Verein für deutsche Schäfferhunde (SV). München. 1921. 800 p. Título
original: Der Deutscher Schäferhund in Wort und Bild
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
COHICK, Brad. German sheepherd dogs in the military: a brief historical overview. Military
Working Dog Team Support Association Blog. 15 de fevereiro de 2017. Disponível em:
<“https://www.mwdtsa.org/german-shepherd-dogs-military-brief-historical-overview/”>
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