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INSTITUTO SUPERIOR DE ESTUDOS DE DEFESA

“Tenente General Armando Emílio Guebuza”

Curso de Licenciatura em Ensino de História

Cadeira: História da Idade Média

2º Ano I Semestre

TEMA:

Alemanha nos séculos IX à XI

Turma: A

DISCENTES:

 Natalina Mulungo
 Felizarda Massango

DOCENTE:

Dr. João Mecupe

Machava

Maio de 2022
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................1
2. OBJECTIVOS..........................................................................................................................2
2.1. Objectivo Geral.................................................................................................................2
2.2. Objectivos Específicos......................................................................................................2
3. METODOLOGIA....................................................................................................................2
4. ALEMANHA NOS SÉCULOS IX À XI.................................................................................3
4.1. Migração dos povos bárbaros...........................................................................................3
4.1.1. Povos Germânicos.....................................................................................................4
4.1.2. Causas das invasões...................................................................................................4
4.1.3. Consequências das invasões......................................................................................5
4.2. Formação do Império Romano-Germânico......................................................................5
4.2.1. Política.......................................................................................................................6
4.2.2. Sociedade...................................................................................................................6
4.2.3. Características............................................................................................................6
4.3. A Unificação da Alemanha...............................................................................................7
4.3.1. Contexto histórico......................................................................................................7
4.3.2. Principais causas da unificação da Alemanha...........................................................7
4.3.3. Bismarck: O Chanceler de Ferro...............................................................................7
4.3.4. A Guerra dos Ducados...............................................................................................8
4.3.5. A Guerra Austro-prussiana........................................................................................8
4.3.6. A Guerra Franco-Prussiana........................................................................................9
4.3.7. Consequências da unificação Alemã.......................................................................10
5. CONCLUSÃO........................................................................................................................11
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................................12
1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho surge no âmbito da disciplina História da idade Média e tem como tema
Alemanha nos séculos IX á XI e o seu principal objectivo é o de compreender e descrever todos
os acontecimentos relacionados com a Alemanha neste período. A história secular da Alemanha
e do povo germânico começa no século I a.C. ainda na Idade do Ferro. Inicialmente batizada de
Germania pelo Império Romano, foi somente no Império Otomano que as regiões da atual
Alemanha foram definidas.

A região chamada Germânia, habitada por vários povos germânicos, foi conhecida e


documentada pelos romanos antes do ano 100. A partir do século X, os territórios alemães
formaram a parte central do Sacro Império Romano-Germânico, que durou até 1806. A
autoridade dos imperadores germânicos, na Idade Média, era apenas simbólica, pois a Alemanha
passou a ser apenas uma espécie de estado feudal. Os senhores feudais possuíam o poder de fato
na região, decidindo sobre as ações políticas, jurídicas e econômicas em seus feudos.

O estado conhecido como Alemanha foi unificado como um moderno Estado-nação em 1871,


quando o Império Alemão foi criado, tendo o Reino da Prússia como seu maior constituinte.
Após a derrota francesa na Guerra Franco-Prussiana, o Império Alemão foi proclamado no
Versalhes em 18 de janeiro de 1871.

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2. OBJECTIVOS

2.1. Objectivo Geral

 Compreender o processo de formação e desenvolvimento da Alemanha nos séculos IX à


XI

2.2. Objectivos Específicos

 Descrever a migração dos povos bárbaros;


 Explicar a formação do Império Romano-Germânico;
 Caracterizar a unificação da Alemanha;
 Apontar as consequências da unificação da Alemanha

3. METODOLOGIA

A pesquisa proposta quanto aos objectivos é classificada como uma pesquisa Descritiva, pois a
trata da descrição das características dos fenómenos ocorridos na Alemanha entre os séculos IX à
XI. Tendo se verificado a necessidade de uso da pesquisa bibliográfica a partir da compilação de
trabalhos publicados em revistas científicas, livros especializados, necessários à busca pelo
conhecimento sobre o tema em alusão. O uso da pesquisa bibliográfica, deveu-se ao facto desta
proporcionar uma maior familiaridade com o tema, tornando-o explícito ou construindo
hipóteses sobre ele.

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4. ALEMANHA NOS SÉCULOS IX À XI

Aproximadamente em 2300 a.C. chegaram novas hordas de povos indo-europeus, antepassados


dos germanos, que se instalaram no norte e no centro da Alemanha, os povos bálticos e os
eslavos no leste e os celtas no sul e no oeste. De 1800 a 400 a.C., os povos celtas do sul da
Alemanha e da Áustria desenvolveram progressos no trabalho com o metal, configurando várias
culturas, campos de urnas, que se difundiram pela Europa.

Entre os séculos II a.C. e V d.C. as tribos germânicas e celtas estiveram em contato com os
romanos, que controlavam o sul e o oeste da Europa e tentaram sem êxito estender seu domínio
até o rio Elba. A fronteira se manteve nos rios Reno e Danúbio, onde erigiram os limes (linha de
fortificações). Nos séculos IV e V os hunos originários da Ásia assolaram o território e os
ostrogodos, visigodos, vândalos, francos, lombardos e outras tribos germânicas invadiram o
Império Romano. Deste modo a formação da Alemanha está associada a migração dos povos
bárbaros para a Roma.

4.1. Migração dos povos bárbaros

Na História da Europa, dá-se o nome de migrações bárbaras, invasões bárbaras ou período das
migrações, à série de migrações de vários povos que ocorreu no século IX a partir da Europa
Central e que se estenderia a todo o continente. A referência aos bárbaros, nome cunhado pelos
gregos e que em grego antigo significava apenas estrangeiro, foi usada pelos Romanos para
designar os povos que não partilhavam os seus costumes e cultura. Estas migrações nem sempre
implicaram violentos combates entre os migrantes e os povos do Império Romano, embora estes
tenham existido. Já os romanos também eram chamados de "bárbaros" pelos gregos. Os povos
migrantes, em muitos casos, coexistiam pacificamente com os cidadãos do Império Romano nos
anos que antecederam este período.

Destacam-se, neste processo, os Godos, os Vândalos e os Anglos, entre outros povos germânicos
e eslavos. Os motivos que desencadearam estas migrações em todo o continente são incertos:
talvez como reacção às incursões dos Hunos, pressões populacionais ou alterações climáticas.

As invasões germânicas durante os séculos IX a XI precipitaram o processo de desagregação do


Império Romano. Nos territórios ocupados pelos povos germânicos, novos reinos surgiram a

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partir da fusão da cultura germânica com elementos da cultura latina (romana). As
transformações realizadas a partir do estabelecimento dos germânicos deu forma à sociedade
medieval.

4.1.1. Povos Germânicos


Os povos germânicos eram pejorativamente chamados pelos romanos de bárbaros por não
partilharem dos mesmos costumes e do mesmo idioma que os romanos. Essa designação vem do
nome dado para a região que habitavam: a Germânia. Desde o século II d.C., durante o reinado
de Marco Aurélio, os romanos constantemente lutavam contra os germânicos nas fronteiras do
Império.

Com o processo de decadência do Império Romano, a contenção dos povos germânicos tornou-
se cada vez mais difícil. Assim, o Império passou a assimilar os povos germânicos, admitindo-os
dentro de suas terras. Houve, com isso, a integração de guerreiros germânicos aos exércitos
romanos e casos de germânicos que conseguiram ocupar cargos de importância dentro do Senado
romano. A partir do século V, o processo germânico de migração atingiu um caráter catastrófico
e tomou proporções maiores de violência.

4.1.2. Causas das invasões


As causas das invasões germânicas são incertas para os historiadores, mas existem alguns
indícios que nos permitem entender melhor o assunto. Alguns historiadores afirmam que
o crescimento demográfico levou os povos germânicos a migrar na busca de terras mais férteis. É
levantada também a hipótese de que alterações climáticas tenham gerado um resfriamento do
clima e afetado a sobrevivência dos germânicos, que foram obrigados a procurar melhores terras
para sobreviver.

Existe ainda uma concordância entre historiadores sobre a chegada dos povos hunos, vindos da
Ásia. A chegada dos hunos trouxe desespero entre os povos germânicos, que passaram a exercer
pressão cada vez mais forte sobre as fronteiras do Império Romano.

Os hunos causaram a migração de Ostrogodos, Visigodos, Alanos, Burgúndios, Suevos, Vândalos e


muitos outros para as terras do Império Romano. Alguns deles conseguiram asilo no Império, e
outros forçaram sua entrada a partir de exércitos. O processo de desagregação do Império Romano
aconteceu quando o último rei romano foi destituído pelos hérulos em 476 d.C.

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4.1.3. Consequências das invasões
As migrações germânicas resultaram no processo de desagregação do Império Romano do
Ocidente. Assim, o poder centralizado em Roma deixou de existir, e as terras foram ocupadas
pelos germânicos, que prevaleceram a partir da força.

Além disso, houve também a ruralização da Europa, pois, com os centros de produção de
alimentos atacados e as rotas comerciais fechadas, o abastecimento das cidades foi interrompido,
gerando fome nas grandes cidades romanas. Houve também casos de epidemia de doenças nas
grandes cidades, além de saques realizados pelos povos germânicos. Isso gerou uma migração de
população para as zonas rurais com o objetivo de fugir da violência e de estar próximo dos locais
de produção de alimentos. Esse processo também resultou na diminuição populacional da
Europa.

A partir dos povos germânicos, novos reinos surgiram, como o Reino dos Francos, o Reino dos


Visigodos, o Reino dos Ostrogodos etc. A fusão da cultura latina e germânica deu origem à
cultura da sociedade ocidental. Além disso, a estrutura dessas sociedades possibilitou o
surgimento das características que definiram a Europa durante o período feudal.

4.2. Formação do Império Romano-Germânico

"Dá-se o nome de Sacro Império à união de alguns territórios da Europa Central durante o final
da Idade Média e o início da Idade Moderna.

No ano de 476 d.C. o Império Romano passou por diversos embates que, consequentemente,
ocasionaram a sua derrubada final. Além do declínio econômico motivado pela grande inflação
promovida pelos imperadores durante a crise do terceiro século e o declínio cultural gerado após
a naturalização dos bárbaros, Roma ainda foi invadida pelos hérulos, povos germânicos
originários do sul da Escandinávia. O Estado resolveu intervir criando o cesaropapismo, sistema
de relações em que lhe cabia a competência de regular a doutrina, a disciplina e a organização da
sociedade cristã. O fim do Império Romano pôs fim no controle da igreja pelo Estado, no
Ocidente, que havia se fortalecido com o tempo."

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"No século X a Germânia foi invadida pelos bárbaros húngaros. Os germânicos pediram ajuda
aos carolíngios, mas não obtiveram êxito. Ainda no século X Oton I foi nomeado imperador.
Junto com os grandes proprietários de terra conseguiu expulsar os invasores. Sua vitória sobre os
húngaros trouxe-lhe enorme prestígio e, em 962, o papa João XII deu-lhe a sagração imperial.
Com o intuito de evitar novas invasões, os germânicos do sul se uniram com os italianos do
norte. Os germânicos do norte invadiram o sul da Germânia e o norte da Itália, formando o Sacro
Império Romano-Germânico. Apesar do nome, a cidade de Roma não foi incluída nas cidades
dominadas durante o Império. "

4.2.1. Política
A unidade política defendida por Carlos Magno era embasada no cristianismo. A dinastia
carolíngia perdurou até a morte de Carlos, o Gordo, no século IX. Em seu lugar é coroado Otto I,
o primeiro Imperador da extensão territorial denominada Sacro Império Romano-Germânico.

Otto I era duque da Saxônia, rei da Alemanha e Itália. A coroação, presidida pelo Papa João XII,
só ocorreu com a garantia da independência dos estados pontifícios.

4.2.2. Sociedade
O império era uma monarquia eletiva. A coroação do imperador estava subordinada ao Papa e
entre os alemães permaneceu, até a dissolução.

Era dividido em muitos territórios governados por herdeiros nobres, príncipes-bispos ou


cavaleiros. O imperador era eleito por um seleto grupo. Muitas regiões mantinham a
hereditariedade do sucessor. Foi assim com a dinastia dos Habsburgos, cuja linha sucessória
iniciada em 1452 não foi interrompida.

4.2.3. Características
 Divisão em territórios e principado
 A regência era realizada por príncipes, condes ou cavaleiros imperiais
 Os imperadores consideravam-se continuadores dos imperadores romanos na defesa do
governo e apoio à Igreja
 Era semelhante a uma confederação
 Composição étnica diversa
 Diversidade cultural

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 Diversidade linguística
 Influência direta do papado
 Poder real sujeito à autoridade divina
 União entre Igreja e Estado
 Modo de produção feudal
 O comércio apresentava um sistema administrativo e judicial
 Arquitetura das cidades focada no militarismo

4.3. A Unificação da Alemanha


4.3.1. Contexto histórico
Antes da unificação, o território germânico estava fragmentando em 39 estados que formavam a
Confederação Germânica. A Confederação era governada por uma assembleia com
representantes de todos os estados. Porém, eram os representantes dos maiores estados, Prússia e
Áustria, que tinham maior poder e acabam por decidir quase tudo.

Havia também um conflito de interesses entre Áustria e Prússia. Enquanto a Áustria era contrária
a unificação, a Prússia era favorável, pois pretendia aumentar seu poder sobre o território
germânico e ampliar o desenvolvimento industrial.

4.3.2. Principais causas da unificação da Alemanha


 Necessidade de unificar a cobrança de impostos e taxas, além da criação de regras
aduaneiras (importação e exportação) em todo território germânico.
 Criação de uma unidade política e administrativa para toda região ocupada pelos estados
da Confederação Germânica.
 Necessidade de colaboração econômica entre os estados germânicos.
 Crescimento do nacionalismo, que defendia a união dos germânicos num só país.
 Necessidade das empresas de criação de infraestrutura (principalmente estradas de ferro).
 Criação de uma estrutura militar centralizada.

4.3.3. Bismarck: O Chanceler de Ferro


No século XI, o rei prussiano Guilherme I escolheu para ser o primeiro-ministro da Prússia o
político e diplomata Otto von Bismarck, o Chanceler de Ferro. A ideia de Guilherme I era

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unificar os Estados Germânicos, processo que seria organizado por Bismarck. Porém,
o Chanceler de Ferro acreditava que para isso seria necessário o caminho militar.

Para atingir seu objetivo, Bismarck passou a aumentar o poder bélico da Prússia, ampliando o
número de militares e investindo na produção de armamentos.

4.3.4. A Guerra dos Ducados


Foi a primeira etapa do plano militar de unificação germânica colocado em prática por Bismark
"e colocou em lados opostos do campo de batalha a Dinamarca contra a Prússia e a Áustria. O
alvo da disputa eram os ducados de Schleswig e Holstein, que se localizavam ao sul do território
dinamarquês."

Os conflitos pelo controle dos territórios dos ducados estavam relacionados ao processo da
Unificação Alemã e do protagonismo alcançado pelo reino da Prússia nesse período, sob o
comando de Otto von Bismarck. Uma primeira ocupação do Holstein ocorreu em 1851 pela
Confederação Germânica com o objetivo de restabelecer a situação política que vigorava antes
das revoluções de 1848. Em resposta, o rei da Dinamarca, Frederico VII, garantiu que os dois
ducados não seriam separados, além de estender a validade da constituição democrática
dinamarquesa a eles.

Com a morte de Frederico VII e a ascensão ao trono de Cristiano IX, uma nova Constituição foi
colocada em vigor no Schleswig. Essa medida foi o estopim que a Confederação Germânica,
liderada pela Prússia e pela Áustria, utilizou para invadir novamente os ducados.

A declaração de guerra ocorreu em 01 de janeiro de 1864. As demais potências europeias, como


a França e a Inglaterra, não interviram nesse conflito, facilitando a vitória germânica. A Batalha
de Dyboel representou o fim da resistência dinamarquesa, e, em 1865, a administração política
do ducado de Schleswig foi passada à Prússia, e o Holstein ficou com a Áustria."

Veja mais em: https://brasilescola.uol.com.br/guerras/guerra-dos-ducados-1864.htm

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4.3.5.   A Guerra Austro-prussiana
Após a Guerra dos Ducados, a Áustria havia ficado com o ducado de Holstein. Bismarck ficou
descontente com a administração austríaca no condado e declarou guerra à Áustria no ano de
1866.

A principal campanha da guerra ocorreu na Boêmia. A decisiva vitória prussiana sobre


a Áustria na Batalha de Königgrätz destruiu o exército austríaco e forçou Viena a propor a paz.

Os austríacos tiveram melhor sorte na guerra com a Itália, derrotando-a em terra na Batalha de
Custoza e no mar na Batalha de Lissa. A Prússia venceu a Áustria na guerra e passou a dominar
os estados do norte da Confederação.

Desta forma, guerra tornou a Prússia a potência hegemônica na Alemanha e com ascendência
sobre os estados alemães menores, que se veriam compelidos a aliarem-se aos prussianos
na Guerra Franco-Prussiana de 1870 e a aceitar a coroação de Guilherme I como Kaiser de
uma Alemanha unificada, em 1871. A Guerra dos Ducados do Elba e a Guerra Austro-Prussiana
podem ser vistas, portanto, como as primeiras grandes manobras de Bismarck para atingir a sua
meta de unificar a Alemanha sob controle do Reino da Prússia.

4.3.6. A Guerra Franco-Prussiana


Para concluir o objetivo de unificar todos os Estados Germânicos, a Prússia precisava conquistar
os estados do sul. Porém, o imperador da França, Napoleão III, se opôs a ideia de Bismark. Após
um problema de sucessão no trono da Espanha, um parente do rei da Prússia teria direito a
ocupar o cargo. Porém, Napoleão III, temendo o aumento do poder prussiano na Península
Ibérica, foi contra e declarou guerra a Prússia em 1870.

Com um exército formado por militares prussianos e de outros estados germânicos, a Prússia
comandou a invasão e conquista da França. Guilherme I foi proclamado Imperador da Alemanha
em 1871, concluindo assim o processo de unificação da Alemanha.

Ainda em 1871 foi assinado o Tratado de Frankfurt entre França e Alemanha. Como derrotados,
os franceses tiveram de pagar uma elevada indenização de guerra, além de ceder à Alemanha os
territórios da Lorena e da Alsácia.

As principais causas da guerra franco-prussiana são:

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 Rivalidade e tensão entre França e Prússia desde as Guerra Napoleônicas.
 Oposição da França ao processo de unificação da Alemanha, principalmente com relação
a integração no sul do território alemão. Napoleão III acreditava que uma Alemanha forte
e unificada iria ameaçar a França.
 A França se opôs a subida de um príncipe alemão ao trono da Espanha. O fato fortaleceu
a posição dos alemães na Europa, desfavorecendo a França. 

4.3.7. Consequências da unificação Alemã


 Criação do II Reich na Alemanha (Império Alemão);
 Desenvolvimento econômico e militar da Alemanha;
 Crescimento do poder geopolítico da Alemanha na Europa;
 Entrada da Alemanha na disputa por território no processo de neocolonização da África e
Ásia, aumentando a disputa por territórios com o Reino Unido no final do século XIX.
Este fato fez aumentar as tensões entre Alemanha e Reino Unido, um dos fatores
desencadeantes da Primeira Guerra Mundial;
 Formação da Tríplice Aliança em 1882, bloco político-militar composto por Áustria,
Itália e Alemanha.

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5. CONCLUSÃO

Findo o trabalho, foi possível constatar que a Alemanha passou por várias etapas entre os séculos
IX á XI até a sua formação como Estado nação.

Verificou-se que este processo começou com a migração dos povos bárbaros (nome pelo qual
eram chamados pelos romanos) no século IX a partir da Europa Central e que se estendeu por
todo continente. Estas migrações que levavam a violentos combates entre os migrantes e os
povos do império Romano. Embora os historiadores desconhecem as causas certas destas
invasões dos povos bárbaros, há indícios de que foi o crescimento demográfico aliado as
mudanças climáticas que levou os povos germânicos a migrar na busca de terras férteis.

Com essa invasão dos povos, deu-se a formação do império Romano-Germânico onde a sua base
política era o cristianismo e o império era uma monarquia electiva. Este império Romano-
Germânico caracterizava-se principalmente por: divisão em territórios e principados, a regência
era realizada por príncipes, condes ou cavaleiros imperiais, diversidade cultural e linguística e
influencia directa do papado.

Contudo, deste império Romano-Germânico foram se formando vários ducados (Confederação


Germânica) que era governada por uma assembleia com representantes de todos os ducados.
Porém os representantes dos maiores ducados, nomeadamente, a Prússia e Áustria que tinham
maior poder e decidiam sobre quase tudo, acabaram por decidir sobre a unificação da Alemanha.
Esta unificação que foi desencadeada através de três grandes guerras, a guerra dos ducados, a
guerra Austro-prussiana e a guerra Franco-prussiana, sendo esta última a que ditou a unificação
efectiva da Alemanha.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARIÉS, Philippe. “A atitude diante da história na Idade Média”. In: O tempo da história. Rio de
Janeiro: Francisco Alvez, 1989. p. 62-94.

ARNALDI, Girolamo. “Igreja e Papado”. In: LE GOFF, Jacques; SCHMITT, JeanClaude.


Dicionário Temático do Ocidente Medieval. São Paulo: Imprensa Oficial, 2002.Volume I. p.
567-589.

CAMPOS, Raymundo. Estudos de História Moderna e Contemporânea. São Paulo: Editora


Atual, 1988.

CÁCERES, Florival; PEDRO, Antônio. História Geral. São Paulo: Moderna, 1988.

LE GOFF, Jacques. A civilização do Ocidente medieval. Lisboa: Editorial Estampa, 1984.


(volume II).

SILVA, Glaydson José. História antiga e usos do passado: um estudo de apropriações da


Antiguidade sob o Regime de Vichy (1940-1944). São Paulo: Annablume, 2007

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