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Conteúdo Página
1.Introdução .................................................................................................................. 1
1.1.Objectivos ............................................................................................................... 1
1.2.Metodologia ............................................................................................................ 1
1.Introdução
A arte medieval, que inclui uma grande variedade tanto de arte quanto de arquitectura, está
ligada a um período também conhecido como Idade Média, que durou aproximadamente
desde a queda do Império Romano em 476 d.C. até o inicio do Renascimento, em 1300.
O que foi produzido ao longo desses dez séculos rendeu diversos estilos e períodos artísticos,
entre eles os primeiros estilos cristãos e bizantinos, anglo-saxões e vikings, românico e
gótico. Grandes monumentos e obras de arte arquitectónicas, como a Hagia Sophia em
Constantinopla, incluindo mosaicos em Ravena e manuscritos como os Evangelhos
Lindisfarne, foram criados no período medieval.
Como o período produziu um alto volume de arte com significado histórico, continua sendo
uma rica área de estudo para estudiosos e coleccionadores, e é visto como uma conquista
enorme que mais tarde influenciou o desenvolvimento de géneros modernos da arte ocidental.
Neste contexto é foco do presente trabalho debruçar acerca da historia politica e social da arte
ma idade media.
Para melhor abordagem do tema o trabalho foi estruturado da seguinte forma: introdução,
objectivos, desenvolvimento, conclusão e referências bibliográficas.
1.1.Objectivos
Geral
Específicos
1.2.Metodologia
Na arquitectura, temos castelos, igrejas e mosteiros que revelam o estilo mais “pesado” se
comparado à arte gótica. Com poucas janelas, nesses locais a entrada de luz era escassa ou seja,
na arquitectura românica as paredes das construções eram grossas, os quais revelavam o intuito
principal de defesa.
Ou seja, se compararmos a arquitectura dos dois períodos, notamos que na arte gótica, as
construções não possuíam paredes tão grossas. Além disso, as entradas (seja das igrejas ou dos
mosteiros) já incluíam mais aberturas, desde janelas e portas.
Devemos lembrar que as janelas da arte românica eram muito estreitas, enquanto na arte gótica as
janelas já são maiores e em maior número, permitindo assim, a entrada da luz. Nesse período
prevaleceu os arcos de volta-quebrada e as ogivas.
Ainda na arquitetura, a arte gótica utilizou os vitrais para a entrada da luz. A maioria deles com
temas religiosos. Uma das características mais relevantes da arquitectura gótica era verticalidade.
Ou seja, as construções eram muito elevadas, as quais revelam a força da religiosidade. Quanto
mais alto, mais perto de Deus estavam (CALADO, 2005, p.79).
Da mesma maneira que na arte românica, as pinturas e esculturas góticas tinham como principal
tema a religião. Os vitrais foram muito comuns nesse período. Eram feitos de vidro e repleto de
cores. Geralmente representavam temas religiosos, no entanto, há aqueles em formato
arredondados, tal qual as rosáceas e mosaicos.
CALADO (2005, p.82), as guerras entre o mundo Romano e o Bárbaro-germano (sécs. V e VI)
trouxeram grandes e importantes alterações estruturais:
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Provocaram o declínio e redução dos centros urbanos, pois eram os maiores alvos dos
ataques dos exércitos pela importância político-económica que possuíam e por isso a
maior parte da população fugiu da cidade para o campo, transformando-se numa
sociedade rural;
Causaram uma profunda depressão demográfica, que se justifica pelo declínio da vida
económica e material das populações, pelas guerras e ainda pelo clima de medo,
insegurança e instabilidade que estas criaram;
Provocaram ainda uma depressão cultural, pois durante as invasões e guerras, muitas
cidades foram quase que completamente destruídas, perdendo-se, entre outras coisas, as
suas escolas e bibliotecas e porque, devido à instabilidade e à insegurança, as viagens
tornaram-se cada vez mais perigosas assim isolados nas suas propriedades, no campo, as
crianças e jovens deixaram de ir à escola e os hábitos de estudo e leitura foram
abandonados. Deste modo a população retornou ao analfabetismo e a uma cultura
popular, não escolarizada e não escrita, onde predominou a tradição oral;
Todas estas alterações agravaram-se nos séculos seguintes, devido a novas invasões
(muçulmanas, normandas, esclavas e magiares), à precariedade das subsistências, ao crescente
barbarismo dos costumes, ao acentuar da ruralização da vida económico-cultural e à permanente
instabilidade e insegurança;
Estes factos explicam a instalação do feudalismo, a partir do séc. X, que acompanhou a formação
de uma sociedade simultaneamente guerreira e rural, rude e cavaleiresca e se caracteriza pelo
poder descentralizado (entregue ás mãos do senhor feudal), pela economia com base na
agricultura e pela utilização do trabalho dos servos os reis atribuíam terras aos senhores feudais e
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estes "contratavam" servos que tratavam delas, cultivando alimentos que serviam para a
subsistência deles mesmos e dos seus senhores.
Os servos pagavam ainda vários impostos aos senhores feudais pela sua habitação dentro das
terras e pela protecção militar. Deste modo formou-se uma sociedade hierarquizada em que o
Clero ocupava a posição máxima, seguido da Nobreza (os senhores feudais) e do povo, os servos
(LUZDALVA, 2014, p.98).
Neste pulverizado mundo feudal, violento, arcaico e rural, apenas uma única força se manteve em
crescimento: o Cristianismo, cuja fé, levada em onda avassaladora das conversões em massa,
representou um papel na formação e consolidação do feudalismo e foi um elemento aglutinador e
ordenador de uma Europa dividida e decadente; inicialmente perseguida e clandestina, a religião
cristã conheceu uma grande expansão durante os sécs. II e III, oficializando-se e transformando-
se na religião única e oficial do Estado Romano.
A acção da Igreja Cristã, durante toda a Alta Idade Média (sécs. V a IX), ultrapassou as
obrigações religiosas, pastorais e doutrinais, exercendo em simultâneo um importante papel
civilizacional, ao nível das técnicas agrícolas, da suavização dos costumes e da conservação e
desenvolvimento das artes e das letras, tendo como principais focos difusores as igrejas e
os mosteiros. Deste modo explica-se como a cultura medieval adquiriu um carácter religioso e
doutrinal e como a arte foi influenciada por esse carácter, servindo como meio de difundir a
própria religião e a sua doutrina;
A partir do Ano Mil houve um conjunto de factores que contribuíram para a inversão do quadro
depressivo e para o fim da crise que atormentava a Europa desde o séc. V. No séc. XI, as
invasões cessaram e internamente, ocorreu um abrandamento das guerras privadas, de carácter
feudal.
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O fim das guerras e o consequente regresso à paz permitiram um ambiente social de maior
estabilidade e segurança, favorável ao desenvolvimento das técnicas e utensilagens usadas na
agricultura e registou-se um desenvolvimento económico que permitiu o reaparecimento da
agricultura excedentária, o acelerar do crescimento demográfico, o renascer do comércio e a
renovação cultural, bastante impulsionada por Carlos Magno, que se empenhou em fazer renascer
as letras e as artes, criando na sua corte uma escola (a Aula Palatina), para a qual atraiu sábios de
nomeada; fomentou o interesse pelos autores clássicos, gregos e principalmente romanos; e
fundou ainda uma extrema biblioteca, espécie de fundo cultural permanente para a formação dos
estudantes;
LUZDALVA (2014, p.102), explica que este clima de renovação e expansão foi aproveitado pela
Igreja para uma reestruturação teológico-doutrinal, que acabasse com as heresias da Alta Idade
Média e reforçasse o seu sentido pastoral junto dos fiéis: lançou o movimento da Trégua e da Paz
de Deus (pretendia pôr cobro às guerras e violências praticadas pela aristocracia senhorial e
feudal, protegendo os populares); construiu ou reconstruiu igrejas; incentivou as peregrinações
aos lugares santos e organizou as cruzadas (expedições religioso-militares destinadas a libertar os
lugares sagrados da Terra Santa do jugo do Islamismo; os seus participantes foram apelidados de
"cruzados" pois usavam a cruz como distintivo);
CALADO (2005), explica que muito importantes neste período foram os mosteiros, ligados ao
fervor religioso da época e ao desejo de isolamento e de evasão do mundo profano, para uma
entrega mais directa a Deus, através da meditação e da contemplação. Os primeiros impulsos
foram dados individualmente; mas muito cedo os exemplos isolados criaram à sua volta grupos
de discípulos, dispostos a seguir o exemplo do mestre surgiram assim as primeiras comunidades
de monges e monjas.
Os mosteiros foram centros de oração, meditação e ascese, mas também muito mais do que isso.
Beneficiados pelas condições económicas, políticas e culturais da época que para eles
canalizaram grandes riquezas, os mosteiros puderam transformar-se em centros dinamizadores da
economia (difusores de novas técnicas e práticas agrícolas, incentivadores do artesanato e do
comércio, etc.), em avançados centros de produção cultural teológica, nas letras e nas ciências e
em escolas de nomeada, exercendo, assim um importante papel civilizacional na Idade Média.
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3.0.Considerações finais
As guerras entre o mundo Romano e o Bárbaro-germano (sécs. V e VI) trouxeram grandes e
importantes alterações estruturais: enfraqueceram a economia mercantil que, devido ás guerras e
pilhagens constantes, se foi degradando e deu origem a uma economia de cariz agrário e auto-
suficiente, isto é, subsistência da população por meio de trabalhos agrícolas; provocaram o
declínio e redução dos centros urbanos, pois eram os maiores alvos dos ataques dos exércitos pela
importância político-económica que possuíam e por isso a maior parte da população fugiu da
cidade para o campo, transformando-se numa sociedade rural; desorganizaram a administração
pública, fazendo desaparecer as antigas instituições herdadas do Império Romano e
enfraquecendo os poderes centrais agora desprovidos de aparelho de Estado e exército
permanente.
Na arte medieval românica temos castelos, igrejas e mosteiros que revelam o estilo mais
“pesado” se comparado à arte gótica. Com poucas janelas, nesses locais a entrada de luz era
escassa ou seja, na arquitectura românica as paredes das construções eram grossas, os quais
revelavam o intuito principal de defesa.
Ainda na arquitectura, a arte gótica utilizou os vitrais para a entrada da luz. A maioria deles com
temas religiosos. Uma das características mais relevantes da arquitectura gótica era verticalidade.
Ou seja, as construções eram muito elevadas, as quais revelam a força da religiosidade
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4.0.Referências bibliográficas
HINDLEY, Geoffrey (1982). O Grande Livro da Arte - Tesouros artísticos dos Mundo, Verbo,
Lisboa/São Paulo;