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UNIVERSIDADE ANHAGUERA

História Medieval
Licenciatura em História

Melquisedeque Leite Moraes

“A CIDADE NA HISTÓRIA”

São Paulo
2021
Melquisedeque Leite Moraes

“A CIDADE NA HISTÓRIA”

Produção Textual Individual apresentado à


Universidade Anhanguera, sob orientação
da(o) Professor(a) Devane Marcos Silva
Goncalves como requisito parcial para a
conclusão do curso de Licenciatura em
História

São Paulo
2021
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................
2 A TRANSIÇÃO DA ANTIGUIDADE PARA IDADE MEDIA
ANTIGUIDADE TARDIA..................................................................................................
3 CARACTERÍSTICAS E AS FUNÇÕES DA CIDADE ROMANA ....................................
4 CARACTERÍSTICAS E AS FUNÇÕES DA CIDADE MEDIEVAL...................................
6 CONCLUSÃO..................................................................................................................
7 REFERÊNCIAS...............................................................................................................
1. INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo apresentar, a partir de uma pesquisa


histórica e bibliográfica, as características e complexidade historiográficas das
cidades na antiguidade e na Idade Média bem como o contexto socioeconômico,
cultural e político da transição da Antiguidade para a Idade Média, onde
sintaticamente vemos o termo antiguidade tardia, termo que começou a ser usado
por historiadores alemães no início do século XX, servindo para identificar um
período da história da humanidade, que se inicia com o declínio do Império Romano
do Ocidente.
Com breves passagem pelas principais característica da “cidade romana”
e “cidade medieval”, vemos os conceito e conhecimentos dessas cidades antigas
passado aos períodos atuais.
2. A TRANSIÇÃO DA ANTIGUIDADE PARA IDADE MEDIA
ANTIGUIDADE TARDIA

A chamada “transição” da antiguidade para idade média deve ser


entendida de forma positiva e inovadora: o Império Romano Ocidental sofre sua
desestruturação política e econômico naquele momento. A Idade Média iniciou-se
com a desagregação do Império Romano do Ocidente, no século V. Isso deu início a
um processo de mescla da cultura latina, oriunda dos romanos, e da cultura
germânica, oriunda dos povos que invadiram e instalaram-se nas terras que
pertenciam a Roma, na Europa Ocidental. Desse período destacam-se o processo
de ruralização que a Europa viveu entre os séculos V e X; o fortalecimento da Igreja
Católica; a estruturação do sistema feudal, não apenas economicamente, mas
também política e socialmente. A partir do século XI, o renascimento urbano e
comercial abre caminho para a crise do século XIV, que determina o fim da Idade
Média. Idade Média, usado para referir-se ao período entre 476 e 1453
a questão da transição de uma época a outra, surgindo em função
disso, novas perspectivas sobre esse momento chave da história ocidental, em
consideração ao próprio nascimento da Europa, concentrando-se,
fundamentalmente, no entorno da bacia mediterrânica. Sobre essas questões,
sublinhou Brown (BROWN 1972, p.7) que “o estudo deste período nos obriga a
observar constantemente as tensões entre as mudanças e a continuidade no
característico mundo que cerca o mediterrâneo”, onde, por certo, verificamos a
efervescência duma série de elementos institucionais do Mundo Clássico que
determinariam a configuração do emergente Mundo Medieval. E de fato, as
pesquisas históricas têm, nas últimas décadas, desempenhado um importante papel
acerca das interpretações sobre o período da transição da Antiguidade Clássica à
Idade Média. E, por se apresentar como uma época de transição, as construções
teóricas mensuradas a partir da práxis política, têm demonstrado que essa fase não
ocorrera de maneira simples, pois, a contemplação dos variados elementos que
caracterizam esse momento da História europeia ocidental projeta, a um só tempo,
dois mundos: o clássico tardio e o emergente medievo.
Notadamente, nessa fase de transição entre a Antiguidade Clássica e a
Idade Média é que encontramos a Antiguidade Tardia, apresentada muito mais
como um momento de permanências e transformações e que atinge principalmente
os campos político, cultural, econômico, religioso e social e que viria imprimir uma
nova face ao mundo mediterrânico ocidental pós-romano. Um período caracterizado,
igualmente, por nos fornecer um rico quadro de informações para abordagens, no
que tange tanto pesquisas históricas quanto historiográficas sobre os mais variados
temas. Trata-se, portanto, de um quadro de aspectos múltiplos, cujos elementos nos
levam a refletir acerca das transformações operadas nas sociedades mediterrânicas,
da qual temos indicativos variados à diversificadas áreas de estudo.
O termo Antiguidade Tardia começou a ser usado por historiadores
alemães no início do século XX, serve para identificar um período da história da
humanidade que está compreendido entre os anos 300 e 600. Esta delimitação do
período ainda é um tanto quanto imprecisa, pois os historiadores e outros eruditos
ainda não chegaram a um consenso da real amplitude desse intervalo. O certo é que
tal período está compreendido entre a Antiguidade Clássica e a Idade Média e pode
ser utilizado para representar as características tanto da Europa continental quanto
do mundo.
A Antiguidade Tardia é mais aceita como o período que se inicia com o
declínio do Império Romano do Ocidente, a partir do século III, e se estende até a
conquista islâmica e a ação do Império Bizantino na refundação da Europa Oriental.
O debate sobre a existência e a localidade no tempo da Antiguidade
Tardia é muito presente na historiografia mundial. Como dito, os argumentos iniciais
em defesa de tal período surgiram entre os historiadores alemães no início do século
XX. Logo em seguida, o debate chegou também à Inglaterra, que ofereceu uma
releitura do conceito de Antiguidade Tardia, reavaliando suas características.
Alguns pesquisadores defendem que as raízes da cultura medieval já
estavam presentes no desenvolvimento do cristianismo. Desta forma, alguns
acreditam que há traços de continuidade contundentes entre a Roma Imperial e alta
idade média. Da mesma forma, essas características culturais também estiveram
presentes no império bizantino.
Outra corrente de pesquisadores defende a importância dos povos
germanos, representados especialmente pelos ostrogodos e visigodos, como
responsáveis pela manutenção da tradição romana. Assim, levando em
consideração que os germanos ocuparam os territórios outrora ocupados pelos
romanos, a ênfase é dada sobre uma continuação do ponto de vista político, mas
também cultural e institucional do que foi chamado de civilização clássica.
O uso do termo Antiguidade Tardia sugere, então, que há uma
continuidade de características sociais e culturais da Antiguidade Clássica que
permanecem presentes até a Idade Média. O que se verifica é a ausência de
rupturas nítidas.

3. CARACTERÍSTICAS E AS FUNÇÕES DA CIDADE ROMANA

Metrópole é uma palavra derivada do grego metropolis, união de meter


(mãe ou ventre) e polis (cidade). Assim, a metrópole é a cidade mãe, a mais
importante dentro de um contexto em que várias cidades estão interligadas, de
forma que uma depende da outra para exercer as suas atividades de forma plena.
Na maioria dos casos, temos conurbações entre vários aglomerados urbanos nas
metrópoles a exemplo da Roma Antiga.
Uma metrópole é então uma cidade que acaba servindo como um ímã
para toda a sua região vizinha, tornando-se o centro comercial e financeiro local.
Os romanos privilegiavam uma cidade planejada ortogonalmente
conectada pelas estradas pavimentadas, abastecida por aquedutos e rede de
esgotos. O planejamento seguia as tradições etruscas e gregas, especialmente as
das cidades helenísticas. A cidade helenística, como aponta Mumford (1998), é
equipada com sistema sanitário, possui ordenação geométrica e tende a uma
estética unificada. A impressão estética é enaltecida com a adoção de longos eixos
em perspectiva e monumentalidade, as cidades romanas eram conhecidas pela sua
arquitetura monumental, que aliava grandiosidade a funcionalidade.
Toda cidade romana era planejada com o objetivo de embutir o medo e a
devoção na população e dessa forma conformar o domínio territorial. As construções
ditavam o cotidiano dos indivíduos, com os horários para os cultos, para os banhos
etc.
Geralmente os monumentos eram orlados por desenhos em alto relevo
ou mosaicos contando histórias dos êxitos de Roma. Isso servia como
propaganda imperial. Vide que vários imperadores construíram colunas,
estátuas, entre outros monumentos de auto-promoção. Além disso, os
romanos tinham obsessão em planejar suas cidades de forma prática e ao
mesmo tempo eficiente, buscando sempre um deslocamento para frente.
4. CARACTERÍSTICAS E AS FUNÇÕES DA CIDADE MEDIEVAL

A cidade medieval surgiu da fragmentação do mundo urbano a partir de


um processo de ruralização e esvaziamento muito intenso a fragmentação do
Império Romano do Ocidente. O Império Romano, que se encerrou em 476 d.C.,
passou por um longo processo de crise a partir do século II d.C. A crise econômica,
aliada ao processo de invasão dos povos germânicos, causou uma migração da
população das cidades para as zonas rurais. O renascimento urbano só ocorreu a
partir do século XI e apresentou características distintas nos diferentes momentos da
idade média. Esse período iniciou-se, cronologicamente, em 476 e encerrou-se em
1453. Dentro desse espaço de tempo, a cidade na Europa Ocidental passou por um
processo de esvaziamento, que caracterizou o início da Idade Média.
O crescimento das cidades ganhou impulso com a construção das
muralhas, que permitiam o desenvolvimento delas e traziam um sentimento de
segurança contra eventuais saques realizados por povos invasores, como aconteceu
com os normandos e húngaros. As cidades medievais apresentavam uma forte
característica no que diz respeito ao seu aspecto físico e geográfico. Por
necessidade de defesa, quase sempre, elas eram construídas em locais de difícil
acesso, como topos de colinas, ilhas ou imediações de rios, utilizando a altitude e a
água como obstáculos para o inimigo – como se fossem acrópoles. Mas, o mais
importante, é que todas possuíam uma muralha ao redor, com ruas que partiam de
um núcleo central em direção às portas de entrada, de acesso limitado.
Algumas cidades tinham um traço linear. Outras tinham duas avenidas
que se atravessavam em forma de cruz. Havia àquelas com só uma rua principal,
sendo as secundárias paralelas em sentido oblíquo à primeira; e as que possuíam
uma praça aberta no centro, rodeada de edificações importantes, como igrejas e
castelos. Sobre o traçado urbano, as cidades medievais podiam assumir três
modelos diferentes de plantas: radio Centrica, irregular ou regular – com quadras
retangulares de diferentes tamanhos, ou quadras quadradas, com lados de medidas
iguais.
5. CONCLUSÃO

O período da Idade Média também foi responsável por importantes


avanços, sobretudo no que diz respeito à produção agrícola: inventaram-se o
moinho, a charrua (um arado mais eficiente) e técnicas de adubamento e rodízio de
terras.
Outra herança medieval são as universidades, que começaram a surgir
na Europa no século XIII. Além disso, desenvolveram-se importantes movimentos
artísticos, como o românico e o gótico; viveram influentes filósofos, como Santo
Agostinho e Santo Tomás de Aquino; e, graças ao trabalho dos monges, preservou-
se a cultura greco-romana – o que possibilitaria, aliás, o surto de revalorização da
Antiguidade Clássica ocorrido durante o Renascimento.
6. REFERÊNCIAS

http://brathair.com/revista/numeros/09.02.2009/3_sartin.pdf
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/historia/antiguidade-
tardia/
White, l. T. The Transformation of the Roman world
Frighetto, r. Cultura e poder na antiguidade tardia ocidental
Cf. Braudel, Fernand. História e ciências sociais. Escritos sobre a história
Bloch, Marc Leopold Benjamin. Apologia da história ou o ofício de
historiador. São Paulo: cia das letras, 2002.
Braudel, Fernand. História e ciências sociais. A longa duração. In: escritos
sobre a história. São Paulo: perspectiva, 1992, pp.41-78.
Brown, Peter. O fim do mundo clássico. De marco Aurélio à Maomé. Lisboa:
verbo, 1972.

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