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1.Introdução ........................................................................................................................ 1
1.1 Objectivos...................................................................................................................... 1
2.Fundamentação Teórica................................................................................................... 2
1. Introdução
Alta Idade Média é o período inicial da Idade Média ocorrido entre os séculos V e X. O que
deu início a ela foi a desagregação do Império Romano do Ocidente, evento que aconteceu
oficialmente em 476, quando o último rei romano foi destituído. A Alta Idade Média
promoveu grandes transformações na Europa Ocidental devido à desagregação do Império
Romano e ao estabelecimento dos povos germânicos. Isso deu origem a novas formas de
organização social, política e econômica. O período da Alta Idade Média vincula-se à
formação do feudalismo. A periodização histórica é uma criação de historiadores modernos,
que determinaram a divisão da Idade Média em Alta Idade Média e Baixa Idade Média
(séculos XI-XV). mportante considerarmos que o marco utilizado pelos historiadores para
determinar o início da Idade Média — a destituição de Rômulo Augusto do trono romano,
em 476 — não é algo engessado.
1.1 Objectivos
1.1.1 Geral:
1.1.2. Específicos
• Descrever a alta idade média;
• Caracterizar a alta idade média;
• Explicar a alta idade média.
1.2. Metodologia
Foi adoptada como metodologia a revisão bibliográfica. A revisão bibliográfica, confundida
muitas vezes com a pesquisa bibliográfica, é uma parte muito importante de toda e qualquer
pesquisa, pois é a fundamentação teórica, o estado da arte do assunto que está sendo
pesquisado. Toda pesquisa, qualquer que seja seu delineamento ou classificação em
termos metodológicos, deverá ter a revisão bibliográfica. Para Gil (2002 pg. 44), pesquisa
bibliográfica "é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente
de livros e artigos científicos".
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2. Fundamentação Teórica
Durante muito tempo, o termo “Idade Média” foi muito discutido na historiografia. Os
estudiosos modernos, do século XV em diante, fervorosos defensores do pensamento
racional e grandes admiradores da cultura greco-romana, fizeram uma análise sobre o
período que se encerrara.
Desde a queda do Império Romano do Ocidente até o século XV, cunhou-se Idade Média
como um termo pejorativo, como se fosse um intervalo entre a Antiguidade Clássica, ou
seja, os tempos áureos da Grécia e Roma Antiga, e a Idade Moderna, período de resgate
da cultura humanística idealizada pelos primeiros filósofos gregos e concretizada pelos
romanos.
Por conta desse sentido pejorativo, chamou-se também a Idade Média de “Idade das
Trevas”. Além de ser um intervalo, o período medieval era tido como obscuro, tomado pelas
crenças ditadas pela Igreja Católica, que desprezava o pensamento racional, e que não
teve produções intelectuais de relevo.
No entanto, o termo Idade das Trevas já não é mais utilizado pela historiografia.
Reconhece-se hoje a vasta produção cultural da época medieval, a importância
da filosofia medieval para o conhecimento humano e a importância dos livros e documentos
da Antiguidade Clássica terem sido preservados da destruição ao serem guardados nos
mosteiros.
Em relação ao mundo romano, o mundo construído pelos germânicos na Alta Idade Média
era consideravelmente distinto, embora existisse grande influência da cultura latina. Esse
período inicial da Idade Média pode ser considerado como o momento da acomodação de
novos costumes surgidos da mistura de germânicos e romanos.
• Ruralização
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Além disso, com a crise econômica romana e a devastação causada pelos germânicos, a
produção agrícola do império caiu drasticamente e o comércio enfraqueceu-se. Com a
produção e o comércio em queda, as grandes cidades ficaram desabastecidas. Num
cenário de morte e fome, as cidades logo se tornaram locais de proliferação de doenças.
Esse cenário forçou milhares de pessoas a buscarem refúgio no campo, longe das cidades.
Elas passaram a abrigar-se em pequenas vilas ou ao redor de grandes propriedades de
terra para obter alguma proteção em comida. Os donos das grandes propriedades
converteram-se em chefes militares, para garantir a segurança de seus bens, e passaram
a explorar aqueles que procuravam trabalho em suas terras. Desenvolveu-se nesse
processo a servidão medieval.
• Redução populacional
A Alta Idade Média ficou marcada pela redução populacional. Os fatores diretos dessa
redução foram as guerras, a fome e as doenças que foram trazidas durante as invasões
germânicas. Hilário Franco Júnior aponta que, no ano 200, a população na Europa
Ocidental era de 24,1 milhões de pessoas, enquanto que, no ano 600, era de 16,3 milhões.
Só a partir do século VIII a população europeia começou a recuperar-se.
• Trabalho e sociedade
O trabalho dos camponeses era marcado pela baixa produtividade, pois era manual e as
técnicas de produção eram arcaicas. Isso afetava diretamente a vida do camponês, uma
vez que grande parte da sua pequena produção era revertida em imposto para os donos
das terras. Esse quadro reforçava a penúria dos trabalhadores na Alta Idade Média.
Só para termos uma ideia dessa baixa produtividade, vale considerar uma estatística trazida
pelo historiador Robert Darnton. Ele aponta que, na França, durante a Idade Moderna
(séculos XV ao XVIII), cada semente fornecia cinco grãos de trigo, um retorno muito baixo.
Podemos considerar que na Alta Idade Média (séculos antes da Idade Moderna) a
produtividade era igual ou até mesmo menor que isso. Para fins de comparação, Darnton
aponta que, no século XX, cada semente fornecia até trinta grãos, uma diferença abissal.
• Economia
O artesanato começou a ganhar força, a partir do século VIII, à medida que a população
europeia crescia. No caso do comércio, é importante esclarecer que o comércio
mediterrâneo, por influência dos bizantinos, continuou existindo. No entanto, na Europa
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Não era frequente que existissem excedentes que fossem comercializados, mas quando
eles existiam eram comercializados com feudos vizinhos ou eram levados para
pequenas feiras que se desenvolviam.
A pouca presença dessa atividade na Europa Central, durante a Alta Idade Média,
contribuiu para que circulação da moeda começasse a diminuir. Isso porque o comércio
que ainda existia nesse período baseava-se na troca de mercadorias.
• Política
Politicamente, a influência da cultura germânica foi muito presente, a começar pela forma
como essa população organizava-se. Tratava-se de reinos, liderados por um rei que,
geralmente, era o chefe militar.
Essa estrutura de poder era típica dos povos germânicos, e o historiador Jacques Le Goff
afirma que ela era detestada pelos romanos. Le Goff também sugere que as leis que
surgiram na Europa após o fim do Império Romano eram baseadas em códigos da tradição
germânica|4|.
Na Alta Idade Média, estabeleceu-se uma aliança entre o poder secular e o poder
eclesiástico. A Igreja Católica consolidou-se como instituição religiosa, e, aos poucos, seu
poder econômico permitiu-lhe interferir no poder secular. Assim, muitos dos reinos
germânicos que surgiram — o caso mais simbólico é o dos francos — procuraram respaldo
e legitimidade para seu poder na Igreja Católica.
Por fim, vale destacar que, na Alta Idade Média, estabeleceu-se uma relação de poder que
foi uma das grandes marcas da Idade Média: a vassalagem. Isso aconteceu porque, na Alta
Idade Média, o rei era uma figura frágil e que só garantia sua posição de poder com o apoio
de outros nobres/chefes militares.
Para isso surgiu essa relação de fidelidade entre rei e nobre, na qual o rei
(suserano) demandava a fidelidade de seu nobre (vassalo). Em troca, o suserano fornecia
uma terra e os direitos e privilégios de exploração a seu vassalo, que, por sua vez, devia
auxiliá-lo na governança e fornecer suas tropas quando necessário.
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3. Considerações Finais:
A Alta Idade Média foi o período inicial da Idade Média, que se estendeu da queda do
Império Romano do Ocidente, em 476, até o enfraquecimento do feudalismo no início do
século XI. O feudalismo, estrutura econômica social, política e cultural, baseada na posse
da terra, predominou na Europa Ocidental durante a Idade Média. Foi marcado pelo
predomínio da vida rural e pela ausência ou redução do comércio no continente europeu.
A sociedade feudal baseava-se na existência de dois grupos sociais – senhores e servos.
O trabalho na sociedade feudal estava fundado na servidão, onde os trabalhadores viviam
presos à terra e subordinados a uma série de obrigações em impostos e serviços.
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4. Referências bibliográficas:
LOYN, Henry R. Dicionário da Idade Média. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1990.
SONSOLES GUERRA, Maria. Os Povos Bárbaros. São Paulo: Editora Ática, 1987.