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Atividade para os Dias de Recesso

ESTUDO DIRIGIDO – HISTÓRIA 7º ANO – Cap. 04,05 e 06

Caro aluno,

Iniciamos esse bimestre estudando a transição do período medieval para o moderno. É importante
que você compreenda as diferenças entre esses dois tempos históricos, sendo capaz de perceber as
características próprias de cada época.
As atividades que seguem servirão como instrumento de aprendizagem, auxiliando seu estudo e reflexão
sobre os assuntos trabalhados na escola. Faça bom proveito!

1- Objetivos específicos dessa atividade é:

 Compreender as causas e impactos das Cruzadas


 Compreender a força do catolicismo na construção cultural da Idade Média
 Caracterizar e conceituar os burgos medievais
 Compreender a importância do Renascimento Cultural e Científico para a formação da modernidade
 Caracterizar o Renascimento Cultural e Científico

2 – Conteúdos relevantes a serem estudados

A retomada do comércio: os burgos e a Baixa Idade Média


 Renascimento Cultural

3- Orientações gerais para estudo. Para o melhor aproveitamento do estudo é importante que você leia
atentamente os textos, destacando os pontos que achar relevantes. Paralelamente a isso, analise o seu
material de aula (seu livro e anotações do caderno) para aprofundar-se ainda mais nos conteúdos. Após a
leitura, cumpra as propostas de exercícios.

É na realização dos exercícios que as dúvidas aparecerão e você perceberá o que realmente aprendeu.

Entre os séculos V e X, a Europa Ocidental sofreu uma série de transformações que possibilitaram o
surgimento dessas novas maneiras de se pensar, agir e relacionar. De modo geral, a configuração do mundo
feudal está vinculada a duas experiências históricas concomitantes: a crise do Império Romano e as Invasões
Bárbaras. A economia sofreu uma retração das atividades comerciais, as moedas perderam seu espaço de
circulação e a produção agrícola ganhara caráter subsistente. Nesse período, a crise do Império Romano
tinha favorecido um processo de ruralização das populações que não mais podiam empreender atividades
comerciais. Isso ocorreu em razão das constantes guerras promovidas pelas invasões bárbaras e a crise dos
centros urbanos. Trabalhando em regime de servidão, um camponês estaria atrelado à vida rural devido às
ameaças dos conflitos da Alta Idade Média e a relação pessoal instituída com a classe proprietária, ali
representada pelo senhor feudal. A autoridade exercida pelo senhor feudal, na prática, era superior a dos
reis, que não tinham poder de interferência direta sobre as regras e imposições de um senhor feudal no
interior de suas propriedades. Portanto, assinalamos o feudalismo como um modelo promotor de um poder
político descentralizado. Ao mesmo tempo em que a economia e as relações sociopolíticas se transformavam
nesse período, não podemos nos esquecer da importância do papel da Igreja nesse contexto.
O clero entraria em acordo com os reis e a nobreza com o intuito de expandir o ideário cristão.
Muitas vezes um rei ou um senhor feudal doava terras para a Igreja em sinal de sua devoção
religiosa. Dessa forma, a Igreja também se tornou uma grande “senhora feudal”. No século X o feudalismo
atingiu o seu auge tornando-se uma forma de organização vigente em boa parte do continente europeu. A
partir do século seguinte, o aprimoramento das técnicas de produção agrícola e o crescimento populacional
proporcionaram melhores condições para o reavivamento das atividades comerciais.
As cruzadas foram tropas ocidentais enviadas à Palestina para recuperarem a liberdade de acesso
dos cristãos à Jerusalém. A guerra pela Terra Santa, que durou do século XI ao XIV, foi iniciada logo após o
domínio dos turcos seljúcidas sobre esta região considerada sagrada para os cristãos. Após domínio da
região, os turcos passaram impedir ferozmente a peregrinação dos europeus, através da captura e do
assassinato de muitos peregrinos que visitavam o local unicamente pela fé.
Elas proporcionaram também o renascimento do comércio na Europa. Muitos cavaleiros, ao
retornarem do Oriente, saqueavam cidades e montavam pequenas feiras nas rotas comerciais. Houve,
portanto, um importante reaquecimento da economia no Ocidente. Estes guerreiros inseriram também novos
conhecimentos, originários do Oriente, na Europa, através da influente sabedoria dos sarracenos. Não
podemos deixar de lembrar que as Cruzadas aumentaram as tensões e hostilidades entre cristãos e
muçulmanos na Idade Média. Mesmo após o fim das Cruzadas, este clima tenso entre os integrantes destas
duas religiões continuou. Na Europa, eram usados termos como, por exemplo "Guerra Santa" e Peregrinação
para fazerem referência ao movimento de tentativa de tomar a "terra santa" dos muçulmanos.

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O crescimento demográfico, observado na Europa a partir do século X, modificou o modelo
autossuficiente dos feudos. Entre os séculos XI e XIII a população europeia mais que dobrou. O aumento das
populações impulsionou o crescimento das lavouras e a dinamização das atividades comerciais. No entanto,
essas transformações não foram suficientes para suprir a demanda alimentar daquela época. Nesse período,
várias áreas florestais foram utilizadas para o aumento das regiões cultiváveis.
No século XIV, a peste negra se espalhou entre as populações causando uma grande onda de mortes
que ceifou, aproximadamente, um terço da Europa. No século XV, o contingente populacional europeu atingia
a casa dos 35 milhões de habitantes. A falta de mão de obra disponível reforçou a rigidez anteriormente
observada nas relações entre senhores e servos. Temendo perder os seus servos, os senhores feudais criavam
novas obrigações que reforçassem o vínculo dos camponeses com a terra. Além disso, o pagamento das
obrigações sofreu uma notória mudança com a reintrodução de moedas na economia da época. Os senhores
feudais preferiam receber parte das obrigações com moedas que, posteriormente, viessem a ser utilizadas na
aquisição de mercadorias e outros gêneros agrícolas comercializados em feiras. Os camponeses, nessa época,
responderam ao aumento de suas obrigações com uma onda de violentos protestos acontecidos ao longo do
século XIV. As chamadas jacquerie, foram uma série de revoltas camponesas que se desenvolveram em
diferentes pontos da Europa
O Renascimento Cultural Durante os séculos XV e XVI intensificou-se, na Europa, a produção
artística e científica. Esse período ficou conhecido como Renascimento ou Renascença. As conquistas
marítimas e o contato mercantil com a Ásia ampliaram o comércio e a diversificação dos produtos de
consumo na Europa a partir do século XV. Com o aumento do comércio, principalmente com o Oriente,
muitos comerciantes europeus fizeram riquezas e acumularam fortunas. Com isso, eles dispunham de
condições financeiras para investir na produção artística de escultores, pintores, músicos, arquitetos,
escritores, etc.
Os governantes europeus e o clero passaram a dar proteção e ajuda financeira aos artistas e
intelectuais da época. Essa ajuda, conhecida como mecenato, tinha por objetivo fazer com que esses mecenas
(governantes e burgueses) se tornassem mais populares entre as populações das regiões onde atuavam. Neste
período, era muito comum as famílias nobres encomendarem pinturas (retratos) e esculturas junto aos
artistas. Foi na Península Itálica que o comércio mais se desenvolveu neste período, dando origem a uma
grande quantidade de locais de produção artística. Cidades como, por exemplo, Veneza, Florença e Gênova
tiveram um expressivo movimento artístico e intelectual. Por este motivo, a Itália passou a ser conhecida
como o berço do Renascimento.
Características Principais: - Valorização da cultura greco-romana. Para os artistas da época
renascentista, os gregos e romanos possuíam uma visão completa e humana da natureza, ao contrário dos
homens medievais; - As qualidades mais valorizadas no ser humano passaram a ser a inteligência, o
conhecimento e o dom artístico; - Enquanto na Idade Média a vida do homem devia estar centrada em Deus
(teocentrismo), nos séculos XV e XVI o homem passa a ser o principal personagem (antropocentrismo); - A
razão e a natureza passam a ser valorizadas com grande intensidade. O homem renascentista,
principalmente os cientistas, passam a utilizar métodos experimentais e de observação da natureza e
universo. Durante os séculos XIV e XV, as cidades italianas como, por exemplo, Gênova, Veneza e Florença,
passaram a acumular grandes riquezas provenientes do comércio. Estes ricos comerciantes, conhecidos como
mecenas, começaram a investir nas artes, aumentando assim o desenvolvimento artístico e cultural. Por isso,
a Itália é conhecida como o berço do Renascentismo. Porém, este movimento cultural não se limitou à
Península Itálica. Espalhou-se para outros países europeus como, por exemplo, Inglaterra, Espanha,
Portugal, França, Polônia e Países Baixos.
Renascimento Científico Na área científica podemos mencionar a importância dos estudos de
astronomia do polonês Nicolau Copérnico. Este defendeu a revolucionária ideia do heliocentrismo (teoria que
defendia que o Sol estava no centro do sistema solar). Copérnico também estudou os movimentos das
estrelas. Nesta mesma área, o italiano Galileu Galilei desenvolveu instrumentos ópticos, além de construir
telescópios para aprimorar o estudo celeste. Este cientista também defendeu a ideia de que a Terra girava em
torno do Sol. Este motivo fez com que Galilei fosse perseguido, preso e condenado pela Inquisição da Igreja
Católica, que considerava esta ideia como sendo uma heresia. Galileu teve que desmentir suas ideias para
fugir da fogueira. A invenção da prensa móvel, feita pelo inventor alemão Gutenberg em 1439, revolucionou o
sistema de produção de livros no século XV. Com este sistema, que substituiu o método manuscrito, os livros
passaram a ser feitos de forma mais rápida e barata. A invenção foi de extrema importância para o aumento
da circulação de conhecimentos e ideias no Renascimento.

Exercícios

01-Sobre a ruralização da economia ocorrida durante a crise do Império Romano, podemos afirmar que:

a) foi consequência da crise econômica e da insegurança provocada pelas invasões dos bárbaros;
b) foi a causa principal da falta de escravos;
c) proporcionou ao Estado a oportunidade de cobrar mais eficientemente os impostos;
d) incentivou o crescimento do comércio;
e) proporcionou às cidades o aumento de suas riquezas.
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02-As principais características do feudalismo eram:

a) Sociedade de ordens, economia levemente industrial, unificação política e mentalidade impregnada pela
religiosidade.
b) Sociedade estamental, economia tipicamente artesanal, organização política descentralizada e mentalidade
marcada pela ausência do cristianismo.
c) Sociedade de ordens, economia terciária e competitiva, centralização política e mentalidade hedonista.
d) Sociedade de ordens, economia agrária e autossuficiente, fragmentação política e mentalidade fortemente
influenciada pela religiosidade.
e) Sociedade estamental, economia voltada para o mercado externo, fragmentação política e ausência de
mentalidade religiosa.

03- Cruzadas representaram para a sociedade feudal:

a) uma aventura militar que levou a Cristandade a perder importantes territórios e a conhecer a Peste Negra.
b) uma saída para o excedente populacional e a satisfação da necessidade espiritual da peregrinação a
Jerusalém.
c) um movimento nobiliárquico que ao reforçar o feudalismo atrasou a centralização política em dois séculos.
d) um reforço importante no prestígio da Ordem Dominicana, que as idealizou, organizou, financiou e,
teoricamente, comandou.
e) uma abertura para o exterior, responsável pela entrada na Europa de elementos da cultura clássica, como
o gótico e a escolástica.

04- Apesar de não terem alcançado seu objetivo - reconquistar a Terra Santa - as Cruzadas provocaram
amplas repercussões, porque:

a) favoreceram a formação de vários reinos cristãos no Oriente, o que permitiu maior estabilidade política à
região.
b) consolidaram o feudalismo, em virtude da unificação dos vários reinos em torno de um objetivo comum.
c) facilitaram a superação das rivalidades nacionais graças à influência que a Igreja então exercia.
d) uniram os esforços do mundo cristão europeu para eliminar o domínio árabe na Península Ibérica.
e) estimularam as relações comerciais do Oriente com o Ocidente, graças à abertura do Mediterrâneo a navios
europeus.

05- "Renascimento é o nome dado a um movimento cultural italiano e às suas repercussões em outros
países. Caracteriza-se pela busca da harmonia e do equilíbrio nas artes e na arquitetura acrescentando aos
temas cristãos medievais outros temas inspirados na mitologia e na vida cotidiana." (DICIONÁRIO DO
RENASCIMENTO ITALIANO, Zahar Editores, 1988) Em que momento da história europeia se situa esse
movimento e qual a principal fonte de inspiração para os intelectuais e artistas renascentistas?
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06-Sobre o Renascimento, pode-se afirmar:

a) pode ser visto como uma revolução religiosa, resultado das profundas transformações que ocorreram na
transição entre o feudalismo e o capitalismo;
b) Florença e Roma, Pequim e Bagdá foram centros de irradiação do movimento renascentista;
c) o Renascimento valorizava o anonimato e fortalecia o sentimento nacionalista;
d) o Renascimento foi um movimento artístico, literário e científico defensor do humanismo, baseado no
antropocentrismo e no espírito crítico em oposição ao teocentrismo;
e) o Renascimento fez renovar toda tradição islâmica da península Ibérica reprimida pelas Cruzadas.

07-O Renascimento, engendrado no contexto da crise geral do final da Idade Média, foi um processo de
intensa renovação cultural. Sobre o Renascimento pode-se afirmar que:

a) ao garantir a participação do povo no movimento, conseguiu aproximar a arte popular da erudita.


b) frustrou a burguesia emergente em seus objetivos de ascensão social e poder político.
c) se propagou rapidamente pela Europa, mantendo as mesmas características em todos os lugares.
d) significou uma brusca ruptura com a religiosidade tradicional da Idade Média.
e) teve no racionalismo um de seus elementos definidores.

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08-O Renascimento, amplo movimento artístico, literário e científico, expandiu-se da Península Itálica por
quase toda a Europa, provocando transformações na sociedade. Sobre o tema, é correto afirmar:

a) O racionalismo renascentista reforçou o princípio da autoridade da ciência teológica e da tradição


medieval.
b) Houve o resgate, pelos intelectuais renascentistas, dos ideais medievais ligados aos dogmas do catolicismo,
sobretudo da concepção teocêntrica de mundo.
c) Nesse período, reafirmou-se a ideia de homem cidadão, que terminou por enfraquecer os sentimentos de
identidade nacional e cultural, os quais contribuíram para o fim das monarquias absolutas.
d) O humanismo pregou a determinação das ações humanas pelo divino e negou que o homem tivesse a
capacidade de agir sobre o mundo, transformando-o de acordo com sua vontade e interesse.
e) Os estudiosos do período buscaram apoio na observação, no método experimental e na reflexão racional,
valorizando a natureza e o ser humano.

09- Para as artes visuais florescerem no Renascimento era preciso um ambiente urbano. Nos séculos XV e
XVI, as regiões mais altamente urbanizadas da Europa Ocidental localizavam-se na Itália e nos Países Baixos,
e essas foram as regiões de onde veio grande parte dos artistas. (Adaptado de Peter Burke, O Renascimento
Italiano. São Paulo: Nova Alexandria, 1999, p. 64).
a) Cite e explique duas características do Renascimento.
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10- O Renascimento, movimento cultural com origem na Itália, e o Humanismo, no princípio da Idade
Moderna, tiveram repercussão social de caráter _________. Ao representarem as relações do homem com Deus
e com a natureza, as obras renascentistas caracterizaram-se pelo _________, ao passo que a renovação
científica do período criou uma nova imagem do universo físico, marcada pelo _________.

a) popular - antropocentrismo - geocentrismo


b) elitista - teocentrismo - heliocentrismo
c) popular - antropocentrismo - heliocentrismo
d) popular - teocentrismo - geocentrismo
e) elitista - antropocentrismo – heliocentrismo

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