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Crise do Século XIV

Pode-se resumir a crise do século XIV em três elementos:

Fome

Ao longo do século X, a Europa Ocidental teve sua população aumentada,


principalmente por causa do fim das guerras bárbaras. O aumento populacional
teve como consequência o aumento da produção agrícola. Para o plantio e a
colheita, novos instrumentos, como a charrua, foram criados a fim de atender a
demanda. Porém, o uso intensivo do solo reduziu sua fertilidade, gerando crise
na produção e causando a fome da população europeia.

 Peste Negra

A reaproximação entre Ocidente e Oriente proporcionou não somente a


retomada da atividade comercial, mas também doenças. A Peste Negra, como
era chamada a Peste Bubônica, veio do Oriente e provocou a morte de mais de
30% da população europeia. A falta de higiene causou a rápida disseminação da
doença.

 Guerra dos Cem Anos

O conflito entre ingleses e franceses foi o motivo para a Guerra dos Cem Anos,
entre os anos 1337 e 1453. O poder dos reis fez-se valer e garantiu a vitória da
França sobre a Inglaterra. Foi nessa guerra que a camponesa Joana D’Arc se
tornou uma corajosa guerreira, impondo derrotas contra os ingleses em
decisivas batalhas. Para os franceses, ela é uma heroína nacional.

Essa guerra demonstrou a força dos reis, que deixaram de ser apenas chefes
militares para se tornarem monarcas absolutistas, unindo seus súditos para
lutarem contra os inimigos do reino. A ascensão dos reis representou o
enfraquecimento dos senhores feudais, colaborando para a formação dos
Estados Nacionais a partir do século XV.

As Cruzadas

As Cruzadas eram tropas ocidentais enviadas à Palestina para recuperar a liberdade de


acesso dos cristãos à Jerusalém. A guerra pela Terra Santa foi do século XI ao XIV,
iniciada logo após o domínio dos turcos seljúcidas sobre esse local considerado sagrado
para os cristãos. Depois do domínio da região, os turcos passaram a impedir a
peregrinação dos europeus, através da captura e do assassinato de muitos peregrinos que
visitavam o local unicamente pela fé.

Renascimento comercial

O renascimento comercial da Idade Média ocorreu devido ao desenvolvimento das rotas


comerciais e da consolidação das feiras anuais, que geravam uma grande movimentação
dos comerciantes interessados na venda e troca de produtos. A feira marcou a volta da
utilização da moeda. 

Cultura Medieval

A Cultura Medieval era composta de um agrupamento de protestos filosóficos,


literários, religiosos, científicos, que juntava fatores das culturas greco-romanas e
germânicas, numa síntese permeada por aspectos cristãos. Mesmo prevalecendo o
sentimento cristão-católico-romano nela não existia uma influência de cultura secular e
naturalista, representada pela literatura fantasiosa, por mitos, lendas e canções
populares.

Fim da Idade Média

A queda de Constantinopla pelo Império Turco-Otomano, em 1453, representou


o fim da Idade Média.[1]
As transformações ocorridas na Europa Ocidental fizeram ruir as estruturas
social, econômica, política e cultural que vigoraram durante a Idade Média. O
fortalecimento do poder dos reis, que culminou na formação dos Estados
Nacionais, a ampliação do comércio, que fez ressurgir as moedas, e a
sobreposição da ciência moderna ao pensamento religioso consumaram a
transição da Idade Média para a Idade Moderna.

Em 1453, o Império Turco-Otomano invadiu Constantinopla, encerrando


assim a era medieval na História. Dessa forma, chegava ao fim o Império
Romano Oriental, o que demonstrou a força advinda dos povos árabes e
da religião islâmica, que não mais se concentravam apenas na Península
Arábica, no Oriente Médio.

É importante ressaltar que Constantinopla havia se tornado a principal cidade


para os romanos depois da queda de Roma, no século IV d.C., e fez-se capital
do Império Bizantino, representando a continuidade do Império Romano do
Oriente. A queda da cidade pela invasão dos muçulmanos foi um duro golpe
para os cristãos, uma vez que aquela era a principal ligação entre o Ocidente e
o Oriente.

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