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Colégio Anglo Líder - Tamarineira

Disc.: História Geral


Turma: 1º Ano do E.M.
Prof.: Marcio Alves
09/2023
A BAIXA IDADE MÉDIA
FTD – Vol. 6 -
 Caracterização:

- Corresponde ao período medieval do séc. XI ao séc. XV.

- Intensas transformações na Europa medieval; o ápice do feudalismo e o início de sua


decadência.

- O surgimento da classe burguesa e do capitalismo.

- Ocorre o Renascimento Comercial e Urbano na Europa ocidental.

- A cultura passa por importantes transformações. O Antropocentrismo

- Surgem as “Monarquias Nacionais”.


As Transformações na Europa Feudal – Séc. XI-XV

 O aumento da população europeia, a partir do século X, com o fim das invasões dos vikings e
muçulmanos.

 Crise na produção de alimentos, que resulta em instabilidade social no interior dos feudos –
bandidagem, pilhagens.

 A Igreja decreta a “Paz de Deus”, visando conter a violência por parte dos senhores feudais e
dos cavaleiros “cruzados” contra a população.

 Aumento e melhoria da produção no campo, com novas tecnologias e aumento da área do


plantio que, no entanto, não acompanhou o aumento populacional.

 Desenvolvimento das cidades na Europa – “Renascimento Urbano” – e consequentemente


um “Renascimento Comercial”.
O Renascimento Urbano
 O crescimento populacional, entre os séculos X e XIII, propiciou o renascimento das
cidades europeias.

 Antigos núcleos, como Paris, Roma e Londres, passam a receber servos, artesãos e
camponeses livres que deslocaram-se dos feudos.

 Proliferam os “burgos” (fortaleza) – edificações ao redor das muralhas de igrejas e


castelos nos arredores dos feudos.

 Os novos centros urbanos – residências dos burgueses (comerciantes e artesãos)


dinamizaram as relações comerciais à época.

 Tornou-se constante os conflitos entre senhores feudais e os habitantes dos burgos e


cidades (lutas, cobranças de impostos).
Renascimento Urbano na Europa Medieval
- Burgos -
O Renascimento Comercial
 As atividades comerciais na Europa foram retomadas, a partir do século XI, por
iniciativa dos burgueses. É o início do capitalismo na Europa. O retorno da moeda no
continente.

 O comércio, inicialmente local, regional, evoluiu para transações internacionais –


Ocidente-Oriente, destacando-se Constantinopla como importante polo comercial no
Mediterrâneo.

 No contexto, surgiram e dinamizaram-se:


- As feiras
- As rotas terrestres e marítimas
- A Liga Hanseática
- As Corporações de Ofício
- A política do “preço justo”.
O Renascimento Cmercial Europeu
O Renascimento Comercial
As Cruzadas

 As Cruzadas: Expedições militares, de caráter religioso, organizadas pela Igreja Católica para combater
os muçulmanos no Oriente, e também na península Ibérica.

 O papa Urbano II, no Concílio de Clemont, em 1095, faz a primeira convocação dos cruzados.

 Principais objetivos do movimento cruzadistas: Combater a presença muçulmana no continente europeu;


libertar Jerusalém das mãos do Islã; aliviar as tensões sociais na Europa (excesso populacional, os
conflitos entre os feudos).

 De 1095 a 1270, os europeus organizaram 8 Cruzadas, afora a “Cruzada dos mendigos” e a “Cruzada
das Crianças”. No contexto, surgiram: o Reino Latino em Jerusalém; a Ordem dos Templários e a Ordem
dos Hospitalários.

 Com relação a retomada de Jerusalém, as Cruzadas não obtiveram sucesso. Contudo, despertaram
entre os ocidentais um sentimento de identidade, além de promoverem intensas mudanças na sociedade
feudo-medieval e forte intercâmbio cultural entre Ocidente e Oriente.

 Principal consequência das Cruzadas: A reabertura do Mediterrâneo para o comércio europeu, sendo as
cidades italianas as mais favorecidas nessas atividades.
Os Cruzados, Templário, Jerusalém
A Peste Negra

 A Peste Negra - A peste bubônica, doença causada pela bactéria Yersinia pestis, que atingiu a Europa no
século XIV, matando 1/3 da população.

 A doença surgiu em algum lugar da Ásia Central – ratos e suas pulgas –, sendo levada por navios
mercantis italianos para o continente europeu.

 A epidemia, disseminada entre os anos de 1347 e 1350, representou uma das maiores catástrofes da
história europeia.

 A precariedade e alta densidade demográfica das cidades europeias muito colaborou para a rápida
disseminação da peste.

 A escassez de mão de obra no campo, devido a grande mortalidade resultante da epidemia, provocou
fome na população.

 A ignorância e a forte religiosidade da população levaram os europeus em pânico a associarem a


epidemia a um castigo divino, como também a responsabilizar os judeus pela peste.
A Peste Negra
A Guerra dos Cem Anos

 A Guerra dos Cem Anos –Conflito travado entre França e Inglaterra, entre os séculos XIV e XV.

 Iniciou-se com a disputa por feudos e poder, entre famílias de nobres, evoluindo para uma guerra total.

 Entre as causas da longa guerra, marcada por acordos e tréguas entre os dois países, podemos citar:
- A concorrência pelo trono francês entre Eduardo III (Inglaterra) e Filipe de Valois (França).
- A disputa por Flandres, no norte da Europa, região independente que se destacava pela produção
manufatureira.

 A guerra destacou a liderança de Joana d’Arc à frente do exército francês, impondo derrotas a Inglaterra. Após
a coroação de Carlos VII, em Reims, Joana foi aprisionada e sentenciada à morte pelos ingleses, acusada de
bruxa.

 Entre as consequências do longo conflito, terminado em 1453, cita-se:


- O fortalecimento do poder real e a centralização política da França, a qual recuperou os territórios tomados
pelos ingleses.
- Uma disputa entre os York e os Lancaster (Guerra das duas Rosas), na Inglaterra, que culminou com a
ascensão de Henrique Tudor, marcando a centralização política na Inglaterra..
A Guerra dos Cem Anos, Joana d’Arc
As Revoltas Camponesas

 As mudanças na Europa feudal – aumento populacional e o renascimento urbano e comercial – possibilitaram


novas oportunidades aos camponeses, antes vinculados aos feudos.

 Muitos servos abandonaram os feudos e migraram para os centros urbanos em busca de novas ocupações.
Surge, assim, produtores/artesãos livres.

 Contudo, em face de problemas ambientais, e principalmente da grande mortalidade decorrente da peste


negra, gerou-se uma crise de mão de obra nos feudos.

 Reagindo a essa nova crise na Europa, os senhores feudais impunham pesados impostos aos trabalhadores,
além de violenta exploração de seu trabalho.

 No contexto acima, eclodiram violentas revoltas de camponeses contra a nobreza feudal, em regiões como
França e Inglaterra. Destaque para as “Jacqueries”, na França.

 A repressão às revoltas foi severa, sendo camponeses massacrados por exércitos reais com apoio da
nobreza.
As Jacqueries
As Monarquias Nacionais
 As Monarquias Nacionais – Fenômeno político do final da Idade Média na Europa.
Tratou-se de um processo de centralização do poder nos reinos feudais.

 Tal processo de centralização política foi produto da aliança entre reis e burguesias,
contra a feudalidade (Igreja e nobreza feudal).

 Assim, as Monarquias Nacionais apresentaram as seguintes características:


- Poder centralizado nas mãos dos monarcas.
- Formação de exércitos reais, permanentes.
- Existência de extensa burocracia administrativa.
- Idioma e moeda nacionais, e territórios definidos.

 Primeiras Monarquias Nacionais: Portugal, Espanha, França e Inglaterra.


A Igreja Católica em Crise
• Apesar de seu poder, a Igreja Católica e o Papado enfrentaram alguns momentos delicados com
monarcas europeus, destacando-se dois episódios:

• O Cativeiro de Avignon (1309-1377) – Alguns papas estiveram submetidos ao poder dos reis
franceses.
- O rei francês Felipe IV, o Belo, iniciou uma luta contra a autoridade do papa.
- Após a eleição do papa Clemente V, a sede da Igreja Católica foi transferida de Roma para
Avignon, na França. Momento de dificuldade para a Igreja Romana.
- Com o papa Gregório XI, em 1377, a sede do papado católica retorna para Roma.

• O Grande Cisma do Ocidente (1378-1417) – Por um bom tempo, a Igreja Católica passou a ter
dois papas, reflexo de divergências na cúpula da Instituição, e interesses franceses.
- Com a morte de gregório XI, em 1378, foi eleito o italiano Urbano VI, também instalado em
Roma.
- Produto das desavenças, foi também eleito Clemente VII, sediando-se em Avignon, França.
- Com o Concílio de Constança o Cisma chegou ao fim, em 1418, quando foi eleito por
unanimidade Martinho V, ficando o papado definitivamente em Roma.

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