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O aumento da população europeia, a partir do século X, com o fim das invasões dos vikings e
muçulmanos.
Crise na produção de alimentos, que resulta em instabilidade social no interior dos feudos –
bandidagem, pilhagens.
A Igreja decreta a “Paz de Deus”, visando conter a violência por parte dos senhores feudais e
dos cavaleiros “cruzados” contra a população.
Antigos núcleos, como Paris, Roma e Londres, passam a receber servos, artesãos e
camponeses livres que deslocaram-se dos feudos.
As Cruzadas: Expedições militares, de caráter religioso, organizadas pela Igreja Católica para combater
os muçulmanos no Oriente, e também na península Ibérica.
O papa Urbano II, no Concílio de Clemont, em 1095, faz a primeira convocação dos cruzados.
De 1095 a 1270, os europeus organizaram 8 Cruzadas, afora a “Cruzada dos mendigos” e a “Cruzada
das Crianças”. No contexto, surgiram: o Reino Latino em Jerusalém; a Ordem dos Templários e a Ordem
dos Hospitalários.
Com relação a retomada de Jerusalém, as Cruzadas não obtiveram sucesso. Contudo, despertaram
entre os ocidentais um sentimento de identidade, além de promoverem intensas mudanças na sociedade
feudo-medieval e forte intercâmbio cultural entre Ocidente e Oriente.
Principal consequência das Cruzadas: A reabertura do Mediterrâneo para o comércio europeu, sendo as
cidades italianas as mais favorecidas nessas atividades.
Os Cruzados, Templário, Jerusalém
A Peste Negra
A Peste Negra - A peste bubônica, doença causada pela bactéria Yersinia pestis, que atingiu a Europa no
século XIV, matando 1/3 da população.
A doença surgiu em algum lugar da Ásia Central – ratos e suas pulgas –, sendo levada por navios
mercantis italianos para o continente europeu.
A epidemia, disseminada entre os anos de 1347 e 1350, representou uma das maiores catástrofes da
história europeia.
A precariedade e alta densidade demográfica das cidades europeias muito colaborou para a rápida
disseminação da peste.
A escassez de mão de obra no campo, devido a grande mortalidade resultante da epidemia, provocou
fome na população.
A Guerra dos Cem Anos –Conflito travado entre França e Inglaterra, entre os séculos XIV e XV.
Iniciou-se com a disputa por feudos e poder, entre famílias de nobres, evoluindo para uma guerra total.
Entre as causas da longa guerra, marcada por acordos e tréguas entre os dois países, podemos citar:
- A concorrência pelo trono francês entre Eduardo III (Inglaterra) e Filipe de Valois (França).
- A disputa por Flandres, no norte da Europa, região independente que se destacava pela produção
manufatureira.
A guerra destacou a liderança de Joana d’Arc à frente do exército francês, impondo derrotas a Inglaterra. Após
a coroação de Carlos VII, em Reims, Joana foi aprisionada e sentenciada à morte pelos ingleses, acusada de
bruxa.
Muitos servos abandonaram os feudos e migraram para os centros urbanos em busca de novas ocupações.
Surge, assim, produtores/artesãos livres.
Reagindo a essa nova crise na Europa, os senhores feudais impunham pesados impostos aos trabalhadores,
além de violenta exploração de seu trabalho.
No contexto acima, eclodiram violentas revoltas de camponeses contra a nobreza feudal, em regiões como
França e Inglaterra. Destaque para as “Jacqueries”, na França.
A repressão às revoltas foi severa, sendo camponeses massacrados por exércitos reais com apoio da
nobreza.
As Jacqueries
As Monarquias Nacionais
As Monarquias Nacionais – Fenômeno político do final da Idade Média na Europa.
Tratou-se de um processo de centralização do poder nos reinos feudais.
Tal processo de centralização política foi produto da aliança entre reis e burguesias,
contra a feudalidade (Igreja e nobreza feudal).
• O Cativeiro de Avignon (1309-1377) – Alguns papas estiveram submetidos ao poder dos reis
franceses.
- O rei francês Felipe IV, o Belo, iniciou uma luta contra a autoridade do papa.
- Após a eleição do papa Clemente V, a sede da Igreja Católica foi transferida de Roma para
Avignon, na França. Momento de dificuldade para a Igreja Romana.
- Com o papa Gregório XI, em 1377, a sede do papado católica retorna para Roma.
• O Grande Cisma do Ocidente (1378-1417) – Por um bom tempo, a Igreja Católica passou a ter
dois papas, reflexo de divergências na cúpula da Instituição, e interesses franceses.
- Com a morte de gregório XI, em 1378, foi eleito o italiano Urbano VI, também instalado em
Roma.
- Produto das desavenças, foi também eleito Clemente VII, sediando-se em Avignon, França.
- Com o Concílio de Constança o Cisma chegou ao fim, em 1418, quando foi eleito por
unanimidade Martinho V, ficando o papado definitivamente em Roma.