Você está na página 1de 27

AULA 15

A CRISE DO
SÉCULO XIV

PROF. MAX DANTAS


www.oficinadahistoria.com.br
A CRISE DO SÉCULO XIV

• IDADE MÉDIA
• BAIXA IDADE MÉDIA
• CRISE DO SÉCULO XIV
• FOME
• PESTE
• GUERRA

PROF. MAX DANTAS


www.oficinadahistoria.com.br
INTRODUÇÃO
 Entre os séculos XII e XIV, a economia
medieval vivenciou uma época de
crescimento mediante a ampliação da
oferta de gêneros agrícolas e o
desenvolvimento das cidades.
 Assim o mundo medieval se transforma
devido o aquecimento das atividades
comercias, decadência das relações
servis, monetarização da economia e o
surgimento e o fortalecimento da
burguesia
 Contudo, no início do século XIV, essa
realidade foi bruscamente interrompida
com o terrível advento da fome e da
PROF.Peste Negra.
MAX DANTAS 3
A CRISE DO SÉCULO XIV
CRISE DO FEUDALISMO - FATORES

 1° - A produção agrícola já não


atende a demanda de
alimentos para abastecer a
população, crescente,
europeia.
 2°- Crescimento desordenado
das cidades devido ao
comércio.
 3°- Estagnação do comércio
devido a falta de metais para a
cunhagem de moedas
FOME 1315 -1317
 CAUSA
 Alterações climáticas – chuvas -
estiagens
 Péssimas colheitas
 SITUAÇÃO
 Grande fome generalizada
 Aumento dos preços dos alimentos
 ONDE
 Restrita ao norte da Europa,
incluindo as ilhas Britânicas, norte da
França, os Países Baixos,
Escandinávia, Alemanha e Polônia
ocidental.
CONSEQUÊNCIAS
 GERAL
 Mais de um milhão de mortos,
enfraquecimento físico de outros milhões
e indivíduos fracos o que favoreceu a
propagação de doenças
 RELIGIÃO
 A perda de prestígio da Igreja Católica,
pois numa sociedade em que a religião
era o principal recurso diante de uma
crise, as orações não surtiam efeito contra
a fome.
 Isso ajudou a gerar o clima apropriado
para a aparição de movimentos heréticos
que culpava a corrupção da Igreja pela
fome.
 POLÍTICA e SOCIEDADE
 A fome levou a uma
aumento da violência e da
criminalidade pois muitas
pessoas iriam recorrer a
todos os meios necessários
para sobreviver.
 A fome também minaria a
confiança nos governos
medievais, que não
conseguiu lidar com as
crises de fome e violência.
PESTE NEGRA 1347 -1350

 CAUSA
 Miséria, falta de higiene das cidades
europeias.
 Doença transmitida pela pulga dos ratos

 SITUAÇÃO
 A falta de higiene contribuiu para
proliferação da doença
 De origem oriental, os ratos contaminados
encontraram na Europa um ambiente
propício para se desenvolverem
 RESULTADO
 Cerca de 30 milhões de pessoas, 1/3 da
população europeia
 Medidas de higiene e saneamento das
cidades, avanços na área de saúde
contribuíram para a diminuição do flagelo
CURIOSIDADES
 1°-Manifestações culturais
contestando a interpretação
católica de que a peste havia sido
“castigo divino” estão presentes
na obra pré-renascentista
“Decameron” de Boccaccio.
 2°- Soldados turcos usaram
catapultas para lançar cadáveres
infectados dentro de um
entreposto comercial genovês na
Criméia.
PESTE NEGRA 1347 -1350
PESTE NEGRA 1347 -1350
GUERRA DOS CEM ANOS 1337-1453

 O QUE
 Conflito armado entre França e Inglaterra
 CAUSA
 Fatores de ordem econômica e política
 Posse da região produtora de Lã – Flandres
 Questão sucessória após a morte do rei Frances – lei sálica
 SITUAÇÃO
 Em 1328, o rei francês Carlos IV morreu sem deixar um herdeiro.
 O rei da Inglaterra, Eduardo III, considerou-se um pretendente legítimo ao
trono da França, pois, além de súdito, era sobrinho de Carlos IV.
 O problema era que outros nobres franceses reivindicavam o mesmo trono
e uma assembleia acabou escolhendo um conde chamado Felipe – que
ganhou o título de Felipe VI em 1328
 O argumento usado foi a Lei Sálica – “Desculpa francesa” – e assim, os
Franceses coroam Felipe de Valois
SITUAÇÃO
 A relação de desconfiança
entre os monarcas dos dois
reinos e a disputa entre eles
por territórios franceses –
Eduardo III tinha herdado os
direitos sobre as regiões da
Gasconha, da Guiana e de
Ponthieu – resultou na guerra.
 E assim os ingleses não
aceitam a perda de territórios
e declaram guerra a França
AS 4 FASES DO CONFRONTO

 1° FASE 1337 -1360


 Fase marcada por SUCESSIVAS VITÓRIAS
INGLESAS sobre os franceses.
 Em 1350, Felipe VI (rei francês) morreu,
sendo sucedido por seu filho João II; seis
anos depois, na sequência da BATALHA DE
POITIERS, o rei francês foi capturado por
tropas inglesas.
 Isso permitiu que uma paz fosse negociada,
mas ela só duraria até 1359, quando
EDUARDO III (rei inglês) é derrotado ao
tentar tomar a cidade de Chartres.
AS 4 FASES DO CONFRONTO

 2° FASE 1369 -1415


 O conflito passa por uma fase de
EQUILÍBRIO e por fim os FRANCESES
assumem a LIDERANÇA no conflito.
 Em 1369, o filho do rei francês, João
II, o REI CARLOS V, iniciou a segunda
fase do confronto ao tentar
recuperar as perdas territoriais
sofridas nas décadas anteriores,
conseguindo derrotar os ingleses.
AS 4 FASES DO
CONFRONTO
 3° FASE 1415 – 1429
Henrique V, invade a região de
Normandia e vence a BATALHA
DE AGINCOURT contra o novo
rei francês, Carlos VI.
Os ingleses teriam a vantagem
no confronto até 1429, quando
JOANA D’ARC inspirou uma
retomada francesa após a vitória
no cerco de Orléans, começando
assim a quarta e última fase da
guerra.
JOANA D’ARC
 No contexto de mobilização popular que a
emblemática figura de Joana D’Arc apareceu.
 Alegando ter sido designada por Deus para dar
fim ao controle inglês, a camponesa Joana
D'Arc mobilizou as tropas e populações locais.
 Aproveitando do momento, o rei Carlos VII
mobilizou tropas e passou a engrossar e liderar
os exércitos que mais uma vez se digladiaram
contra a Inglaterra.
 Nesse instante, temendo o fortalecimento de
uma liderança popular, os nobres franceses
arquitetam a entrega de Joana D'Arc para os
britânicos.
 No ano de 1430, Joana D'Arc foi morta na
fogueira sob a acusação de bruxaria.
AS 4 FASES DO
CONFRONTO
 4° FASE 1429- 1453
 Mesmo após a captura e execução
de Joana pelos ingleses, a França
continuaria a manter sua
ascendência militar na guerra nas
duas décadas seguintes.
 Em 1449, a cidade de Rouen foi
retomada, seguida por Bordeaux em
1451 e Castillon em 1453.
 Esta última é considerada o
confronto final daquela que é vista
como a última guerra feudal.
CONSEQUÊNCIAS
 Os conflitos deixaram um saldo de
milhares de mortos em ambos os lados,
e uma devastação sem precedentes nos
territórios e na produção agrícola
francesa.
 No plano político e social, a Guerra dos
Cem Anos contribuiu para a dinastia de
Valois, apoiada pela burguesia, e
fortaleceu o poder real francês,
abrindo caminho o absolutismo
 Os feudos do rei inglês, na França,
passaram para o domínio da coroa
francesa;
CONSEQUÊNCIAS
 O longo período de guerras enfraqueceu a
nobreza francesa e inglesa, porque, à
medida que os nobres morriam, seus
feudos iam passando para o domínio do
rei, debilitando o sistema feudal.
 Desenvolvimento de um sentimento de
identidade nacional profundo, dos dois
lados, que contribuiu para a formação da
Inglaterra e da França
 Tornou possível a criação de algumas
instituições de governo centralizadas.
 Atrasou a expansão marítimo-comercial
francesa e inglesa
A GUERRA DAS DUAS ROSAS 1455 -1485

 O QUE
 A Guerra das Duas Rosas foi uma guerra civil
ocorrida na Inglaterra entre os anos de 1455 e
1485
 O nome da guerra é em função dos emblemas
que representavam estas duas famílias: Casa de
Lancaster (rosa vermelha) e Casa de York (rosa
Branca).
 CAUSAS
 Crise entre essas duas famílias se deu por conta
da morte do rei Eduardo III e a sucessão do
trono às mãos de Henrique VI. 
 Foi a disputa pelo trono da Inglaterra entre
estas duas famílias.
SITUAÇÃO
 Foi resultado dos problemas sociais e
financeiros decorrentes da Guerra dos Cem
Anos, combinados com o reinado de
HENRIQUE VI, que perdeu muitas das terras
francesas e foi severamente questionado
pela nobreza
 Ricardo, duque de York, se uniu a vários
nobres ingleses e exigiu a renúncia de
Henrique VI do trono da Inglaterra.
 Em 1455, Henrique VI organizou um exército
para atacar Ricardo e seu grupo.
 Teve assim início a Guerra das Duas Rosas.
O CONFLITO
 Depois de duas vitórias, na Batalha
de Saint Albans, em 1455, e na de
Northampton, em 1460, Ricardo de
York é morto na Batalha de
Wakefield em 1460.
 Eduardo IV, dos York, chega ao poder,
na Batalha de Towton, mas
pressionado pelo parlamento coloca
o poder nas mãos de Henrique VI.
 Mais tarde, Eduardo IV, retoma o
poder, mata o soberano e seu filho, e
novamente assume o trono.
O CONFLITO
 Ele reina até 1483, quando, ao
morrer, tem seu trono usurpado
pelo irmão mais novo, Ricardo,
Duque de Gloucester, que
supostamente manda matar seus
sobrinhos e conquista o poder, com
o título de Ricardo III.
 A Guerra tem seu fim em 1485, com
a derrota de Ricardo III na Batalha
de Bosworth, logo após a chegada
de Henrique Tudor, Lancaster,
recém-vindo da Bretanha.
CONSEQUÊNCIAS

 Com a morte de Ricardo no último


conflito, e o assassinato de todos os
adversários, Henrique Tudor se casa
com a filha de Eduardo IV, Elizabeth de
York.
 Tem início assim a Dinastia Tudor, que
reinará de 1485 a 1603, sob um regime
absolutista instituído por Henrique VII.
 Os nobres, nesta época, já não têm
mais forças para resistir ao novo
monarca, permitindo assim que ele
reine soberano na Inglaterra.
REVOLTAS CAMPONESAS - JACQUERIES

 CAUSAS
 A escassez de alimento e o aumento
da exploração servil para tentar suprir
a carência produtiva, fizeram eclodir
uma série de revoltas dos servos
principalmente na França e Inglaterra.
 SITUAÇÃO
 Substituição dos tributos feudais por
impostos pagos em moeda,
dissolvendo os laços de servidão
 Fome + peste + guerras = MENOS
“GENTES” = + EXPLORAÇÃO
REVOLTAS CAMPONESAS - JACQUERIES

 COMO
 Os servos promovem saques , eliminando
nobres no campo, migrando para cidades e
fazendo uso da violência para sobreviver
 França – Jacques Bonhomme -1358 ,
Inglaterra – Wat Tyler e John Ball - 1381
 RESULTADO
 Ambas foram reprimidas violentamente
 Na Inglaterra o rei promete anistiar os
revoltosos além de abolir a servidão
 Essas revoltas questionaram a exploração
servil e colaboraram para a disseminação
do trabalho livre e assalariado na Europa.

Você também pode gostar