Você está na página 1de 14

SUBDOMÍNIO D3

Crises e revolução no século XIV


SUBDOMÍNIO D3 | Crises e revolução no século XIV

O ressurgimento económico que marcou os


séculos XII e XIII na Europa inverteu-se no século XIV,
devido a uma grave crise económica.

FOME Quais as suas causas?


ANOS Trigo Cevada Aveia
As alterações climáticas, com períodos de 1297 196 50 93
chuva intensa e invernos rigorosos e
1307 181 140 101
prolongados, afetaram as colheitas.
1318 137 66 90
A produção agrícola tornou-se insuficiente, 1335 106 108 23
originando um acentuado aumento de 1346 91 121 8
preços e, consequentemente, fome. 1351 0 127 7
Evolução da produção
agrícola (em pesos).

A CRISE NA EUROPA DO SÉCULO XIV

HISTÓRIA | 7.° ANO


SUBDOMÍNIO D3 | Crises e revolução no século XIV

Quais as suas causas?

REVOLTAS POPULARES
Com a escassez dos produtos agrícolas, os rendimentos dos
proprietários das terras diminuíram e agravaram-se as
condições de vida nos campos. Reis e senhores lançaram um
conjunto de medidas que, agravadas pelo aumento de
impostos, pela subida de preços e miséria, originaram
revoltas populares nos campos e nas cidades.

A CRISE NA EUROPA DO SÉCULO XIV

HISTÓRIA | 7.° ANO


SUBDOMÍNIO D3 | Crises e revolução no século XIV

Quais as suas causas?

PESTE NEGRA
Devido à falta de higiene, as doenças proliferavam-se e
registavam-se graves epidemias, sobretudo nos meios
urbanos. A maior e a mais mortífera destas epidemias foi a
Peste Negra, que chegou à Europa em 1348, agravando os
efeitos da crise.

A medicina e as terapias da época foram incapazes de travar o


seu avanço.

A CRISE NA EUROPA DO SÉCULO XIV

HISTÓRIA | 7.° ANO


SUBDOMÍNIO D3 | Crises e revolução no século XIV

Quais as suas causas?

GUERRAS
À fome e à Peste juntaram-se várias
guerras de longa duração, que envolveram
inúmeros reinos europeus, provocando
destruição e morte.

O conflito mais grave e mais duradouro foi


a Guerra dos Cem Anos (1347-1453), entre
a França e a Inglaterra.

A CRISE NA EUROPA DO SÉCULO XIV

HISTÓRIA | 7.° ANO


SUBDOMÍNIO D3 | Crises e revolução no século XIV

Quais as suas causas?


Estes fatores resultaram numa
QUEBRA DEMOGRÁFICA,
FOME ou seja, numa diminuição acentuada
da população devido ao aumento da
taxa de mortalidade ou à diminuição
REVOLTAS POPULARES
da taxa de natalidade.

PESTE NEGRA

GUERRAS

A CRISE NA EUROPA DO SÉCULO XIV

HISTÓRIA | 7.° ANO


SUBDOMÍNIO D3 | Crises e revolução no século XIV

A Peste Negra chegou a Portugal no outono de 1348, num


período agitado pelas grandes mudanças do século XIV:

→ maus anos agrícolas;


→ aumento dos preços dos produtos;
→ graves períodos de fome e epidemias;
→ Guerras Fernandinas, com Castela.

A CRISE NA EUROPA DO SÉCULO XIV:


AS REPERCUSSÕES EM PORTUGAL

HISTÓRIA | 7.° ANO


SUBDOMÍNIO D3 | Crises e revolução no século XIV

A crise em Portugal agravou-se a partir de 1369, devido


às guerras em que o reino, por questões dinásticas, se
envolveu com Castela: as Guerras Fernandinas.

Em 1383, D. Fernando acabaria por sair derrotado, o que


levou à assinatura do Tratado de Salvaterra de Magos, que
definia as regras de sucessão ao trono de Portugal.

Nele se acordava:
• a separação dos reinos de Portugal e de Castela;
• o casamento de D. Beatriz, filha do rei de Portugal, com
João I, rei de Castela;
• que, se D. Fernando morresse sem ter mais herdeiros,
D. Leonor Teles assumia a regência do reino até que o
filho de D. Beatriz atingisse 14 anos de idade.

D. Fernando acabou por morrer


A CRISE DE 1383-85 cerca de seis meses depois…
HISTÓRIA | 7.° ANO
SUBDOMÍNIO D3 | Crises e revolução no século XIV

D. Leonor não cumpriu o acordo e aproximou-se de


nobres galegos, dos quais se destacava o Conde Andeiro.
Aclamaram D. Beatriz como rainha.

D. Beatriz João I de Castela

Portugal passava,
assim, a ser governado
pelo rei de Castela.

A CRISE DE 1383-85

HISTÓRIA | 7.° ANO


SUBDOMÍNIO D3 | Crises e revolução no século XIV

Esta solução foi contestada pelo povo e por alguns


nobres. Sugiram, então, outros pretendentes ao trono:

D. Constança D. Pedro I D. Teresa


D. Inês de Castro Lourenço

D. Leonor Teles D. Fernando D. João,


Infante Infante Mestre de Avis
D. João D. Dinis

João I,
D. Beatriz
rei de Castela

A CRISE DE 1383-85

HISTÓRIA | 7.° ANO


SUBDOMÍNIO D3 | Crises e revolução no século XIV

Quem eram os apoiantes dos


principais pretendentes ao trono?

D. João,
D. Leonor/D. Beatriz
Mestre de Avis

Nova nobreza
Grande nobreza Burguesia
Clero Maioria do povo

• Manter os privilégios. • Obter novas condições sociais e


influência política.
• Alargar os seus • Manter a independência de
domínios. Portugal.

A CRISE DE 1383-85

HISTÓRIA | 7.° ANO


SUBDOMÍNIO D3 | Crises e revolução no século XIV

D. João, Mestre de Avis


tornou-se no líder da conspiração
para afastar a regente
D. Leonor e o seu conselheiro.

→ Com um grupo de homens armados, entrou no Paço Real,


em Lisboa, e matou o Conde Andeiro e foi aclamado Regedor e
Defensor do Reino.
→ D. Leonor fugiu para Santarém e pediu ajuda ao seu genro,
João I de Castela, que acabaria por invadir Portugal.

Estava em marcha uma revolução, apoiada pelo povo, pela burguesia, parte do clero
e por alguns setores da nobreza, que não reconheciam as pretensões
do rei castelhano para ocupar o trono português.

A CRISE DE 1383-85

HISTÓRIA | 7.° ANO


SUBDOMÍNIO D3 | Crises e revolução no século XIV

Após a aclamação do Mestre de Avis,


e na sequência do pedido de auxílio de D. Leonor Teles,
o monarca castelhano invadiu Portugal:
→ ocupou Santarém, onde se encontrava D. Leonor;

→ foi vencido na Batalha de Atoleiros (Alentejo);

→ cercou Lisboa (1384) durante três meses;

→ depois da aclamação de D. João I nas Cortes de


Coimbra, voltou a invadir Portugal;

→ foi vencido na Batalha de Aljubarrota, a 14 de agosto


de 1385.
As invasões castelhanas
A AFIRMAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA NACIONAL entre 1383-85.

HISTÓRIA | 7.° ANO


SUBDOMÍNIO D3 | Crises e revolução no século XIV

A partir da revolução de 1383-85, o panorama social


português alterou-se.

→ D. João I doou terras e títulos aos grupos sociais que o


apoiaram.

→ Retirou privilégios à alta nobreza tradicional que tinha


apoiado D. Beatriz e Castela.

Surgia, assim, uma nova geração de gentes,


uma nova sociedade que teria uma papel decisivo
para as alterações económicas que
marcariam Portugal nos séculos seguintes.

A AFIRMAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA NACIONAL

HISTÓRIA | 7.° ANO

Você também pode gostar