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AULA DE REVISÕES

7 O SÉCULO XIV EM PORTUGAL


7 AULA DE REVISÕES | O SÉCULO XIV EM PORTUGAL

SÉCULO XIV - UM SÉCULO DE CATÁSTROFES


O século XIV ficou marcado, na Europa e em Portugal, por fomes,
guerras e pestes, com consequências muito graves para a economia,
resultando em muitas revoltas populares.

A peste negra.
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REVOLTAS POPULARES
• O povo reclamava melhores condições de vida mas os senhores das terras
aumentaram os impostos e impediram a fuga dos camponeses das suas
propriedades.
• A repressão dos senhores levou à revolta
das populações, que pilhavam e destruíam
propriedades por toda a Europa.
• A dificuldade para explicar o surto da
peste negra, e a necessidade de encontrar
culpados da crise que se vivia, aumentou
a intolerância contra as comunidades
judaicas, que foram perseguidas.

Revolta de camponeses.
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Em Portugal, às fomes provocadas pelos maus anos agrícolas
juntaram-se a peste e as Guerras Fernandinas, entre Portugal e
Castela.
A agravar toda esta situação, Portugal viu-se perante um problema
de sucessão ao trono.

D. Fernando
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A MORTE DE D. FERNANDO E O PROBLEMA DA SUCESSÃO
A derrota de D. Fernando, de Portugal, nas Guerras Fernandinas, obrigou-o a
celebrar um acordo com Castela, em 1383 (Tratado de Salvaterra de Magos), que
consistia em casar a filha de D. Fernando, D. Beatriz, com D. João I, rei de Castela,
mas estabelecia, também, as regras de sucessão ao trono de Portugal, de forma a
garantir a independência do país.

Neste tratado ficou acordado o seguinte:


• caso o rei não tivesse um filho varão, seria o filho de D. Beatriz o sucessor ao
trono;
• mas se D. Beatriz não tivesse um filho varão, ou se este fosse menor de idade,
ficaria D. Leonor Teles, mulher de D. Fernando, como regente do reino.
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A MORTE DE D. FERNANDO E O PROBLEMA DA SUCESSÃO
Mas D. Fernando morreu, não tendo existido tempo para se cumprirem as cláusulas
do tratado.
A rainha D. Leonor assumiu a regência do reino e, aconselhada pelo conde Andeiro,
homem de confiança do rei de Castela, mandou aclamar D. Beatriz, sua filha, como,
rainha de Portugal.

Os pretendentes ao trono após a morte de D. Fernando.


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A MORTE DE D. FERNANDO E O PROBLEMA DA SUCESSÃO
Quem apoiava D. Beatriz para suceder ao trono?
A maioria dos nobres e do clero, que acreditavam que a união de
Portugal com Castela lhes traria benefícios.

Quem se opunha?
A maioria do povo português, que não desejava que Portugal
perdesse a independência.
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A MORTE DE D. FERNANDO E O PROBLEMA DA SUCESSÃO
A oposição do povo contra D. Leonor e o rei de Castela era cada vez maior.
A 6 de dezembro de 1383, D. João, Mestre de Avis, juntamente com um
grupo de homens, vai ao Paço Real, mata o conde Andeiro, conselheiro de
D. Leonor Teles, dando início a uma revolução.

Morte do conde Andeiro.


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A REVOLUÇÃO DE 1383-1385
GRUPOS SOCIAIS EM CONFRONTO
A revolução levou D. Leonor a fugir para
Santarém, onde pediu ajuda ao rei de Castela.
Entretanto, em Lisboa, D. João, Mestre de Avis,
é aclamado Regedor e Defensor do Reino.
Mas esta aclamação dividiu, mais uma vez, a
população portuguesa:
• o povo, a burguesia e alguns nobres
apoiavam o Mestre de Avis;
• os nobres e a alto clero apoiavam D. Beatriz
e a união com Castela.

Divisão dos Portugueses


durante a Revolução de 1383-85.
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A REVOLUÇÃO DE 1383-1385
A RESISTÊNCIA À INVASÃO CASTELHANA
Em 1384, em resposta ao pedido de D. Leonor,
D. João de Castela invade Portugal com dois
exércitos.
O exército castelhano, que se dirigiu para
Lisboa, com o objetivo de a cercar, foi vencido
pela peste.
O outro grupo militar, que invadiu Portugal
pelo Alentejo, graças à estratégia de
D. Nuno Álvares Pereira, foi vencido pelo
exército português, na Batalha de Atoleiros.

D. Nuno Álvares Pereira.


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AS CORTES DE COIMBRA E A ACLAMAÇÃO DE D. JOÃO I


Apesar das vitórias militares alcançadas frente aos castelhanos, Portugal continuava
sem decidir qual dos candidatos tinha direito à Coroa.
Por isso, em 1385, reuniram-se as Cortes de Coimbra durante as quais, defendido
pelo Dr. João das Regras, D. João I acaba por ser aclamado rei de Portugal, dando
início a uma nova dinastia – a Dinastia de Avis.

D. João I
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A BATALHA DE ALJUBARROTA
No mesmo ano (1385), e depois de várias batalhas e invasões de Castela, deu-se o
episódio decisivo deste conflito que opunha Portugal e Castela – a Batalha de
Aljubarrota.

A Batalha de Aljubarrota.
Nesta batalha afirmou-se definitivamente a independência de Portugal.
Contudo, a paz com o país vizinho só foi alcançada em 1411, com o Tratado de
Segóvia.
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A GOVERNAÇÃO DE D. JOÃO I
Com o fim da guerra, D. João I pôde dedicar-se à governação do país, e tomou as
seguintes medidas:

• retirou privilégios e terras aos nobres que apoiaram D. Beatriz;


• conferiu títulos de nobreza e terras a alguns membros da burguesia, que o
tinham apoiado;
• possibilitou que alguns membros da burguesia participassem nas Cortes e que o
povo participasse na administração dos concelhos;
• reforçou as relações diplomáticas com a Inglaterra, casando com D. Filipa de
Lencastre, uma nobre inglesa.
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