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TRABALHO DE HISTÓRIA

Guerra dos cem anos

ESCOLA: COLÉGIO IMPÉRIO WIN

PROFESSORA: ALINE

SÉRIE: 7° ANO – VERDE

PARTICIPANTES: TAINÁ e MARIA RITHA


Principais Causas Da Guerra
A causa política da Guerra dos Cem Anos foi a disputa pelo trono francês, após a morte
de Carlos IV, em 1328, que colocou fim à dinastia dos Capetíngios. O rei da Inglaterra,
Eduardo III, era neto de Filipe, o Belo, e reivindicava o direito à coroa francesa. Do
ponto de vista econômico, o motivo foi a disputa pela rica região de Flandres (Holanda
e Bélgica atuais). Além de ser um rico centro comercial, Flandres possuía uma
importante indústria de tecidos de lã, cuja matéria prima era importada da Inglaterra.
Como a exploração de lã para Flandres era uma importante fonte de riqueza para
nobres ingleses, eles resolveram enfrentar as pretensões francesas em relação à
região.
Primeiro período da guerra (1337-1364)
O primeiro período da Guerra dos Cem Anos foi marcado pelo êxito da Inglaterra no
combate contra a França. Isso fez com que os ingleses ocupassem parte do litoral
norte francês. As tropas lideradas pelo rei Eduardo III eram em maior número do que
as da França. Flandres e a Bretanha, que estavam em território francês, apoiaram a
Inglaterra financiando seu exército.
No entanto, a peste negra provocou o fim das primeiras batalhas da Guerra dos Cem
Anos. Um terço dos europeus morreu por conta dessa doença. Ao retornar os
confrontos, os ingleses mantiveram seus avanços em território francês. Os nobres não
eram leais à Coroa francesa e se rebelaram contra os prejuízos da guerra.
Percebendo as derrotas no campo de batalha e a falta de apoio dos nobres e da
burguesia, o rei francês Carlos V negociou um tratado de paz com o rei Eduardo III que
encerrava o primeiro período da guerra, em 1364, e reconhecia o domínio da
Inglaterra em boa parte das terras francesas. Em troca, os ingleses se comprometeram
a não mais requisitar o trono da França.

Segundo período da guerra (1364-1380)


Em 1364, o rei francês Carlos V não reconheceu o tratado de paz assinado
anteriormente com a Inglaterra e reiniciou o conflito. As tropas francesas atacaram os
ingleses e começaram a reverter as derrotas sofridas durante o primeiro período da
guerra.
O êxito da França nesse segundo período se deveu a Bertrand Du Guesclin, um
cavaleiro francês que unificou as tropas e usou o sistema de guerrilhas para derrotar
os ingleses. Essa unificação demonstrou a importância de se ter um poder
centralizado, que organizasse os nobres em seu entorno e aumentasse a arrecadação
de impostos.
Os ânimos entre a França e a Inglaterra esfriaram por conta da morte dos seus
monarcas. Em 1377, morreu Eduardo III. Seu sucessor, Ricardo II, tinha apenas 10 anos
de idade. Em 1380, o monarca francês Carlos V morreu, amenizando as forças militares
da França.

Terceiro período da guerra (1380-1422)


O terceiro período da Guerra dos Cem Anos foi marcado por guerras internas e
disputas pelo trono. Os ingleses enfrentavam as revoltas servis, e o rei Ricardo II
entrou em confronto contra os nobres. Desse confronto, a nobreza apoiou a subida de
Henrique V para o trono inglês.
Já na França, os confrontos internos se deram por causa de uma revolta na região de
Borgonha. Com a morte de Carlos V, seu sucessor foi Carlos VI, em 1380. Os nobres se
dividiram entre os Armagnacs, que apoiavam os Orleans, e os Burguinhões, que
estavam do lado da região da Borgonha. Essa guerra civil se justificava porque o rei
Carlos VI não tinha condições mentais para governar a França.
Os ingleses se aproveitaram dessa desunião entre o rei e sua nobreza para
continuarem avançado pelo território francês. Em 1415, o rei inglês Henrique V
desembarcou na Normandia, norte da França, e invadiu Harfleur. Os franceses foram
derrotados pelos ingleses, que, no mesmo ano, já ocuparam Paris.
Em 1420, foi assinado o Tratado de Troyes, no qual a França reconhecia o domínio
inglês sobre o norte e que forçava o rei Carlos VI a deserdar do trono o seu filho
Delfim Carlos VII. Além disso, Henrique V se casou com Catarina, filha do rei francês, e
se tornou herdeiro do trono. A França se mantinha dividida e ocupada pelos ingleses.
Em 1422, os reis Carlos VI e Henrique V morreram. Os domínios ingleses na França
foram controlados pela nobreza. Carlos VII assumiu a realeza em Bourges, no centro
francês.
Quarto período da guerra (1422-1453)
• O quarto período da Guerra dos Cem Anos é
marcado pela participação de Joana d’Arc, uma
camponesa e visionária que liderou um regimento
do exército francês e conseguiu impor várias
derrotas aos ingleses, começando a reação da
França contra os invasores. Enquanto na Inglaterra
ocorria da Guerra das Duas Rosas, os franceses se
aproveitaram disso para retomar o território que
estava nas mãos dos ingleses.
• Em 1430, Joana d’Arc foi presa pelos Borguinhões e
entregue para os ingleses. Ela foi julgada pelo Tribunal da Santa Inquisição e
condenada à morte, em 1431.
Último período da Guerra
A última fase da Guerra dos Cem Anos foi marcada pelas vitórias da camponesa Joana
D’Arc, que estimulou ainda mais o sentimento de nacionalidade do povo francês.
Os ingleses, planejando matá-la, prenderam a heroína francesa. Julgada por um
tribunal da Igreja, foi acusada de heresia e bruxaria, acabou condenada e queimada
viva em Rouen, em 1431.
A morte de Joana d’Arc estimulou ainda mais o nacionalismo dos franceses, que a
partir de então, avançaram sobre os ingleses, conseguindo expressivas vitórias. Em
1453 foi assinada a paz. Carlos VII passou a governar a França com poderes quase
absolutos e acabou com as pretensões inglesas de possuir domínios na França.
Joana D’Arc
Joana d’Arc foi uma camponesa que teve participação
relevante na Guerra dos Cem Anos, liderando as tropas de
Carlos VII em conquistas importantes. Capturada pelos
ingleses, foi julgada e condenada à morte na fogueira por
bruxaria, sendo executada aos 19 anos de idade. No século
XX, teve sua imagem reabilitada e hoje é um dos grandes
nomes da história francesa.
Nascimento
Joana d’Arc nasceu em Domrémy, vila no nordeste da França, no ano de 1412.
Atualmente, a vila onde ela nasceu se chama Domrémy-la-Pucelle, como forma de
homenageá-la, pois pucelle significa “donzela” e uma das formas pelas quais ela ficou
conhecida foi “Donzela de Orleans”. O dia do nascimento de Joana é alvo de debate e
muitos acreditam que tenha sido em 6 de janeiro.
Joana d’Arc era uma camponesa e filha de Jacques d’Arc e Isabelle Romée. Os pais dela
possuíam uma pequena terra, de onde tiravam seu sustento, e Jacques ainda cumpria
funções como coletor de impostos local. Joana d’Arc foi a filha caçula do casal, que ao
todo teve cinco filhos. Sua criação foi bastante católica.

Morte
Em 1430, borguinhões capturaram Joana d’Arc durante
a Batalha de Compiègne. Ela foi vendida para os ingleses
e permaneceu aprisionada, pois seria levada para
julgamento. Os ingleses queriam tirar a credibilidade da
francesa para tornar a coroação de Carlos VII sem
validade. A Santa Inquisição foi utilizada para julgá-la. O
julgamento estendeu-se por quatro semanas e dezenas
de acusações se acumularam. No final, o fato de usar
roupas masculinas e a alegação de que ouvia vozes se
tornaram os fatores para a sua condenação. Em virtude
da acusação de bruxaria (as vozes que ela ouvia foram
tidas como vozes emitidas pelo demônio), Joana d’Arc
foi condenada à morte na fogueira.
A execução aconteceu no dia 30 de maio de 1431, em
praça pública, na cidade de Rouen. Conta-se que no dia
ela recebeu o sacramento da Eucaristia, foi vestida de
branco e levada para a sua execução. Joana d’Arc foi
queimada viva, e os relatos contam que ela gritava por
Jesus. Na ocasião, ela tinha 19 anos.

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