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De acordo com o gosto pelos Romances Históricos da noiva, optou-se por definir a temática das mesas relacionadas com elementos da realeza
portuguesa e inglesa. Na sua maioria, os casais escolhidos fizeram parte de uma obra literária lida pela noiva.

D João I e D Filipa de Lencastre


Desde os tempos de escola que a noiva simpatizou com D.Filipa de Lencastre. Talvez por partilharem o
mesmo nome (Filipa) ou talvez por a rainha ter sido da mãe da “Inclítica Geração, altos Infantes”,
designação atribuída por Camões.
Ao ler o romance “Filipa de Lencastre, a rainha que mudou Portugal” de Isabel Stillwell, a noiva ainda
passou a admirar mais a rainha.
Filipa de Lencastre nasceu em março de 1360 e era filha de John of Gaunt e Blanche of Lancaster. Filipa de
Lencastre era bastante culta, procurava saber tudo sobre política, guerras travadas entre povos, rotas do
comércio, o preço dos mercados e sabia fluentemente falar em Latim, Francês e Inglês. É descrita como
tendo gosto pela aventura e astronomia.
Em Portugal, após um problema de sucessão derivado à morte do rei D. Fernando e ao casamento da filha
D. Beatriz com o rei de Castela, o povo português opôs-se ao reinado de D. Leonor Teles de Menezes que
era impopular e olhada com desconfiança. Assim com o apoio de Nuno Álvares Pereira, D. João, filho de D. Pedro I e D. Teresa foi aclamado rei em 1385.
Nesse mesmo ano, o rei Castelhano tentou tomar Lisboa e livrar-se de D. João, Mestre de Avis. Sucedeu a Batalha de Aljubarrota, da qual Portugal saiu vencedor
apesar da desvantagem numérica entre o exército português e castelhano.
Após a Batalha de Aljubarrota, D. João I viera a estabelecer uma aliança com Inglaterra, através do Tratado de Windsor. Estávamos em 1386 e John of Gaunt, viúvo de
Blanche of Lancaster, casara com uma princesa castelhana. Desembarcou na Corunha, conquistou Galiza e veio a Portugal para, no Minho, se encontrar com o seu
aliado D. João I, Rei de Portugal. Celebraram o Tratado de Windsor e a fim de tornar mais forte a aliança entre os dois países, D. Filipa de Lencastre foi prometida a D.
João I. Segundo o romance de Isabel Stilwell, Filipa considerava-se pouco atraente dado o facto de ser muito branca e loira e aos 26 anos achava-se “velha” para o
matrimónio. D. João I esteve para desposar a meia-irmã de Filipa, Catalina (princesa castelhana), mas a cultura e inteligência de Filipa de Lencastre depressa fizeram-
no mudar de opinião.
Isabel Stilwell apresenta-nos Filipa de Lencastre e D. João I como um casal onde a paixão não foi imediata mas construída com a convivência. Do casamento de D. João
I com D. Filipa de Lencastre nasceram oito filhos, dos quais se destacou o Infante D. Henrique como impulsionador dos descobrimentos em Portugal.
D. Filipa de Lencastre faleceu de peste negra em 1415.

“(…)Vais ser rainha de Portugal, vais ter poder, vais mandar, ditar regras do teu país, e ainda por cima o teu marido vai ter muito que aprender contigo.
(…)” – STILWELL, Isabel; “Filipa de Lencastre – a rainha que mudou Portugal”, Esfera dos Livros, 17ªEdição

http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_I_de_Portugal
STILWELL, Isabel; “Filipa de Lencastre – a rainha que mudou Portugal”, Esfera dos Livros, 17ªEdição
MARCELO, Maria de Lurdes; “Reis e Rainhas de Portugal – 35 histórias”; Euro Impala; 2005

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De acordo com o gosto pelos Romances Históricos da noiva, optou-se por definir a temática das mesas relacionadas com elementos da realeza
portuguesa e inglesa. Na sua maioria, os casais escolhidos fizeram parte de uma obra literária lida pela noiva.

John de Gaunt foi o quarto filho do rei Eduardo III de Inglaterra. Casou com a prima Blanche of Lancaster tendo
obtido o título de Duque de Lancaster. Foi o fundador da casa de Lancaster e como tal propulsor da Guerra das
Rosas que viria a suceder gerações mais tarde. John é retratado no livro “Filipa de Lencastre – a rainha que
mudou Portugal” como um homem ganancioso e sedento de poder. Colocou a filha mais velha, Filipa de
Lencastre no trono Português, teve direitos ao trono de Castela pelo casamento com D. Constança de Castela e
o seu filho Henrique tornou-se rei de Inglaterra após usurpar o trono ao primo Ricardo II.
John manteve uma amante, Catarina Swynford, durante os últimos 30 anos de sua vida e com quem casou
depois da sua viuvez. Os filhos desta união, conhecidos como os Beaufort, foram então legitimados embora
barrados da sucessão ao trono. Apesar disso, o futuro rei Henrique VII de Inglaterra baseou a sua pretensão ao
trono com base no seu avô, João Beaufort, filho mais velho de John e Catarina Swynford.
Blanche of Lancaster foi uma nobre inglesa, filha de Henrique, 1.º duque de Lancaster e Isabel de Beaumont.
Casou com John of Gaunt em 19 de Maio de 1359 e deu à luz Filipa de Lencastre, Isabel
Plantageneta e Henrique IV de Inglaterra (pelo meio teve mais filhos mas acabaram por morrer logo após o
nascimento).
No livro “Filipa de Lencastre – a rainha que mudou Portugal”, o casal John e Blanche são retratados como
muito apaixonados e felizes. Blanche morreu aos 26 anos de idade com Peste Negra e John voltou a casar.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Branca_de_Lencastre
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_de_Gante
STILWELL, Isabel; “Filipa de Lencastre – a rainha que mudou Portugal”, Esfera dos Livros, 17ªEdição
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De acordo com o gosto pelos Romances Históricos da noiva, optou-se por definir a temática das mesas relacionadas com elementos da realeza
portuguesa e inglesa. Na sua maioria, os casais escolhidos fizeram parte de uma obra literária lida pela noiva.
Richard III era filho de Richard, duque de York e de Cecily Neville, como tal irmão mais novo do Rei Edward IV. Após a morte do seu irmão, foi nomeado protetor dos seus sobrinhos,
Edward e Richard. Enquanto o jovem Edward de 12 anos viajava de Ludlow para Londres, Richard encontrou-se com ele e levou-o até aos aposentos reais da Torre de Londres. Foram
feitos os preparativos para a coroação do pequeno Edward no dia 22 de junho de 1483, no entanto Richard reuniu com os lordes e comuns e declararam o casamento de Edward IV
com Elizabeth Woodville inválido. Edward era assim declarado como ilegítimo e inválido para assumir a posição de rei. A 26 de junho de 1483 Richard tomou o trono e dias depois foi
coroado rei. O irmão de Edward, Richard, juntou-se a ele na Torre de Londres por ordens de seu tio e após agosto de 1483, os dois irmãos nunca mais foram vistos, gerando o grande
um grande mistério na história de Inglaterra. Existem rumores sobre o assassinato dos príncipes com três possíveis responsáveis que tinham pretensões ao trono: Richard III, Henry
Stafford, 2ºDuque de Buckingham e Henry Tudor (futuro Henry VII).
Houve duas grandes rebeliões contra Richard III. A primeira foi em outubro de 1483, foi liderada pelos vários aliados de Edward IV e Henry Stafford, 2º Duque de Buckingham. Henry
Stafford tinha pretensões ao trono uma vez que três dos seus quatro avós eram descendentes de Edward III (1327-1377). A revolta falhou e Henry Stafford foi executado.
A segunda rebelião contra Richard III foi em agosto de 1845, liderada por Henry Tudor e respetivo tio, Jasper Tudor. Richard morreu durante a batalha e Henry Tudor foi proclamado
Henry VII de Inglaterra, uma vez que descendia da casa de Lancaster e tinha direito ao trono por ser filho de Edmund Tudor, que por sua vez vinha de uma relação da rainha
Catherine de Valois (rainha consorte de Henry V de 1420 a 1422) com Owen Tudor.
Richard III casou com Anne Neville a 12 de julho de 1472, como tal Anne foi das poucas rainhas da história da Inglaterra que foi coroada rainha ao mesmo tempo que o rei. Anne era
filha de Richard Warwick, antigo mentor de Edward IV que à posteriori se havia revoltado contra o mesmo. Warwick usou as filhas de modo a favorecerem os seus interesses e
ambições, tendo casado a primeira filha, Isabel Neville com George, duque de Clarence ( irmão do rei Edward IV). Quando Warwick se aliou a Margaret de Anjou, Anne Neville teve
que casar com o Edward Westminster (filho de Henry VI e Margaret de Anjou). Após a morte de Edward Westminster e Richard Warwick na Batalha de Tewkesbury, Anne Neville
ficou à guarda da irmã Isabel e cunhado George, duque de Clarence. George detinha assim toda a herança de Warwick em seu poder. Anne nutria uma paixoneta de infância
(segundo Philippa Gregory) por Richard e durante a sua clausura à guarda da irmã e cunhado, Richard e Anne aproximaram-se, tendo casado mesmo antes da dispensa papal dada a
sua consanguinidade. Temos assim as duas irmãs (filhas de Warwick), Isabel e Anne casadas com os dois irmãos George e Richard. George, duque de Clarence não ficou satisfeito
uma vez que tinha que tinha perdido toda a herança de Warwick.
Houve alguns conflitos relativos a herança entre George e Richard, na altura Edward IV teve que intervir ao afirmar que eles e suas esposas desfrutariam da herança do Conde de
Warwick se a condessa viúva (Anne de Beauchamp) "estivesse naturalmente morta". Richard conseguiu a maioria da herança de Warwick uma vez que sugeriu que a sogra saísse da
clausura em Santuário e fosse viver com ele e com a Anne em Middleham, ficando a sogra sob a sua proteção.
Richard e Anne tiveram um filho, Edward de Middleham, príncipe de Gales que faleceu aos 10 anos. Após a morte do filho, pensa-se que Richard III planeava divorciar-se de Anne
Neville e casar com a sobrinha Elizabeth de York (filha de Edward IV e Elizabeth Woodville). Philippa Gregory no livro “A Rainha Branca” e “A Rainha Vermelha” evidencia que existia
alguma relação entre Richard III e Elizabeth de York uma vez que ele chegou mesmo a levar a sobrinha para a corte. No livro “A filha do Conspirador” de Philippa Gregory, esta
possível relação é apresentada como estratagema de modo a Richard aproximar-se dos Woodville, conquistar os seus apoiantes e de modo levantar as suspeitas de possível
assassinato dos sobrinhos.
GREGORY, Philippa; “A Rainha Branca”; Civilização; 2010
GREGORY, Philippa; “A filha do Conspirador”; Civilização; 2012
GREGORY, Philippa; “A Rainha Vermelha”; Civilização; 2011
http://en.wikipedia.org/wiki/Anne_Neville http://en.wikipedia.org/wiki/Edward_of_Middleham,_Prince_of_Wales
http://en.wikipedia.org/wiki/Edward_of_Westminster,_Prince_of_Wales http://en.wikipedia.org/wiki/Richard_III_of_England
http://en.wikipedia.org/wiki/Henry_VII_of_England
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De acordo com o gosto pelos Romances Históricos da noiva, optou-se por definir a temática das mesas relacionadas com elementos da realeza
portuguesa e inglesa. Na sua maioria, os casais escolhidos fizeram parte de uma obra literária lida pela noiva.
Henry VIII é conhecido pelos seus seis casamentos, dos quais destaco o primeiro com Catherine de Aragão. Henry VIII foi o terceiro filho de Henry VII e de Elizabeth de York. Catherine de Aragão era
filha de Isabel I de Castela e D. Fernando II de Aragão, pertencendo assim à casa da Trastâmara.
Catherine de Aragão foi para Inglaterra em 1501 para se casar com Arthur, irmão mais velho de Henry VIII. Com diferentes pronúncias de Latim, Arthur e Catherine demoraram a entender-se e
segundo o livro “Catarina de Aragão – a Princesa Determinada” de Philippa Gregory os dois só se apaixonaram meses depois de terem casado e viviam muito felizes planeando estratégias de
governação para quando Arthur fosse rei. Em abril de 1502, com apenas 15 anos, Arthur morreu. Pensa-se que foi devido à “doença do suor”, algo muito comum na altura. No livro de Philippa
Gregory, “Catarina de Aragão – a princesa determinada”, a autora apresenta um diálogo em que no seu leito da morte, Arthur pede a Catherine que case com o seu irmão mais novo, Henry e que diga
que o seu casamento nunca foi consumado. Ainda nesta passagem, Arthur pede a Catherine que governe pelo seu irmão que não está preparado para assumir o cargo de rei.
Henry VII não queria devolver a primeira parte do dote de Catherine e os pais não queriam que a filha voltasse para a Espanha sem os direitos de viuvez, o que o rei não concedia por não ter recebido a
segunda parte do dote. Surgiu então a possibilidade de tornar-se noiva do novo Príncipe de Gales, seu antigo cunhado Henry, cinco anos mais jovem que Catherine. O casamento foi, então,
ostensivamente adiado até que Henry estivesse com idade suficiente, mas o rei procrastinou tanto que era uma dúvida se realmente aconteceria. Segundo o livro de Philippa Gregory, Henry VII que
entretanto ficara viúvo equacionou a possibilidade de casar com a jovem e bela Catherine. No entanto dado a uma sucessão de acontecimentos, Catherine ficou órfã de mãe e serviu de embaixadora
espanhola na Inglaterra. No livro de Philippa Gregory, o pequeno Henry sempre apresentou uma pequena “paixoneta” pela cunhada e depois da morte do pai, tornou-se Henry VIII de Inglaterra e
casou com a ex cunhada. Catherine afirmou sempre que o casamento com Artur não havia sido consumado devido a pouca idade de ambos.
Na noite de núpcias com Henry VIII, Philippa Gregory narra no livro “Catarina de Aragão – a princesa determinada”:
“(…) De madrugada, enquanto ainda dorme, pego no meu canivete e faço um corte na planta do pé,
num local onde ele não possa reparar na cicatriz, e deixo pingar o sangue no lençol em que nos
tínhamos deitado, o suficiente para passar como prova(…)”.
Durante a governação de Henry VIII, Catherine teve um papel importante na defesa da Inglaterra perante os escoceses, enquanto Henry VIII combatia na França.
Em 1510 Catherine deu à luz uma menina que nasceu e morreu no próprio dia. Quatro meses depois a rainha engravidou novamente e o seu filho nasceu no dia do ano Novo de 1511, semanas depois,
o bebé morreu. Em 1514 Catherine sofreu um aborto, porém em fevereiro de 1516 deu à luz uma menina, a futura rainha Mary I. A relação entre Catherine e Henry VIII havia sido tensa dado ao facto
de a rainha não dar à luz um herdeiro para o trono, Henry VIII começou a ter amantes e a desconfiar da virgindade de Catherine aquando o casamento. Em 1516 Henry VIII envolveu-se com  Elizabeth
Blount que deu um filho ao rei,  Henry FitzRoy.
De acordo com o livro “Duas irmãs e um rei” de Philippa Gregory, o rei achava que Deus estava contra o seu casamento com a ex “cunhada” e como tal não lhe dava um filho varão. Henry VIII vivia a
sua jovialidade com várias amantes. Entretanto em 1526, Henry VIII apaixonou-se perdidamente por Anne Boleyn (irmã de uma ex amante do rei, Mary Boleyn). A jovem Anne era também dama da
rainha e seduziu o rei ao resistir às investidas de sedução do monarca. Recusou-se a ser amante do rei e este perdidamente apaixonado decidiu divorciar-se de Catherine alegando que estava a ser
punido por Deus, uma vez que a rainha não concebia um herdeiro varão. Roma não aceitou o divórcio do rei, como tal, Henry VIII declarou-se  Chefe Supremo da Igreja da Inglaterra quebrando os
“laços” de Inglaterra com a Igreja Católica. Henry VIII divorciou-se de Catherine e esta foi banida da corte. Acabou por falecer longe da filha em janeiro de 1536. Em 1533, Anne Boleyn dava à luz, uma
filha, a futura Elizabeth I. Em 1536 Henry VIII começou a cortejar outra dana da corte, Jane Seymour. Em maio de 1536 mandou executar Anne Boleyn depois de evidências de bruxarias, traição,
adultério e incesto com o próprio irmão. Jane Seymour deu à luz um rapaz em outubro de 1537, o futuro Edward VI, no entanto não sobreviveu ao parto. O rei ficou bastante desgostoso com a morte
de Jane e exigiu que o seu túmulo fosse ao lado do dela. Henry VIII foi depois pressionado a casar três anos depois, tendo sido escolhida Anne de Cleves por quem o rei não se apaixonou. Seguiu-se o
matrimónio com a jovem prima de Anne Boleyn, Catherine Howard. Esta acabou também por ser executada como a prima, por suspeitas de adultério. A última esposa de Henry VIII foi Catherine Parr.

GREGORY, Philippa; “Catarina de Aragão – a princesa determinada”; Civilização; 2006


GREGORY, Philippa; “Duas irmãs e um rei”; Civilização; 2008
http://en.wikipedia.org/wiki/Henry_VIII_of_England http://en.wikipedia.org/wiki/Anne_Boleyn
http://en.wikipedia.org/wiki/Catherine_of_Aragon http://pt.wikipedia.org/wiki/Artur,_Pr%C3%ADncipe_de_Gales
http://tudorbrasil.wordpress.com/2012/11/08/jane-seymour-a-terceira-esposa-de-henrique-viii/
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De acordo com o gosto pelos Romances Históricos da noiva, optou-se por definir a temática das mesas relacionadas com elementos da realeza
portuguesa e inglesa. Na sua maioria, os casais escolhidos fizeram parte de uma obra literária lida pela noiva.
Edward era filho de Richard, duque de York e de Cecily Neville. Quando o Rei Henry VI começou a apresentar sinais de demência/depressão, o pai de Edward foi nomeado regente
(era primo do rei). Ao recuperar temporariamente a sua condição mental, Henry VI voltou a governar e afastou Richard. Este revoltado mostrou o seu desagrado na Batalha de St.
Alban’s em 1455, começando assim a conhecida Guerra das Rosas (Guerra entre primos) derivada a acontecimentos do século XIV. Esta guerra opôs a casa de Lancaster (Henry VI)
contra a de York (Richard, duque de York)
Depois de várias batalhas, assistidos pelo general Richard Neville, Conde de Warwick, que incluíram a captura do próprio Henry VI, em 1460 o Duque de York perdeu a batalha de
Wakefield contra os exércitos comandados por Margaret de Anjou (rainha consorte e esposa de Henry VI). A rainha não lhe perdoou a traição contra o rei e ordenou a sua execução.
Com o pai morto e a sua cabeça exposta nas muralhas de York, Eduardo tornou-se Duque de York com apenas dezoito anos.
A sua inexperiência foi largamente compensada por Richard Neville, Conde Warwick o seu mentor, que viu nele as capacidades de um líder nato, capaz de substituir Henry VI.
Enquanto Margaret de Anjou fazia campanha no Norte, Warwick capturou Londres no ano seguinte, aprisionou Henry VI na Torre de Londres e Edward tornou-se rei de Inglaterra.
Contra a vontade de Warwick, Edward IV contraiu matrimónio secreto com a viúva Elisabeth Woodville. Elisabeth Woodville era filha de Sir Richard Woodville, Conde de Rivers e
Jacquetta de Luxembourg (descendente da lendária Melusina e antiga dama de companhia de Margaret de Anjou). Sir Richard Woodville havia combatido a favor da casa de
Lancaster. (Rei Henry VI), juntamento com o primeiro marido de Elizabeth Woodville, Sir John Grey. Este último perdeu a vida na segunda Batalha de St. Albans em 1461, tendo
deixado órfãos pai, Thomas Grey e Richard Grey.
De acordo com o livro “A Rainha Branca” de Philippa Gregory, a família de Elisabeth Woodville inicialmente não aceitou com agrado a união de Elisabeth com Edward IV, tendo
inclusive desconfiado das intenções de Edward IV ao casar em segredo com Elizabeth. De acordo com o livro “A Rainha Branca”, Elizabeth conheceu Edward IV quando esta foi-lhe
pedir pessoalmente uma “pensão” para os filhos. Foi amor à primeira vista e contra a vontade da mãe e do seu mentor Warwick, Edward IV casou com Elizabeth Woodville ,
tornando-a Rainha de Inglaterra. Tiveram 10 filhos, dos quais a futura Elizabeth de York que ao casar com Henry VII viria a unir a casa de York com a de Lancaster, cessando a Guerra
das Rosas.
Edward IV defrontou-se com várias revoltas e batalhas geradas por Warwick que não se conformava com o crescente poder da família Woodville. Warwick chegou a aliar-se à antiga
inimiga Margaret de Anjou mas foi derrotado na batalha de Barnet em 1471juntamente com o seu recente genro, Edward Westminster (filho de Henry VI e Margaret de Anjou).
Um mês depois, Edward IV destrói o resto das forças de Lancaster na batalha de Tewkesbury. Com Edward Westminster morto e Margaret de Anjou aprisionada, apenas o frágil
Henry VI se mantinha como ameaça ao seu poderio. A situação foi resolvida com o assassinato discreto do antigo rei.
Nos anos seguintes, Edward encontrou problemas dentro da sua própria família, nomeadamente com os irmãos   George Duque de Clarence e Richard, Duque de Gloucester (futuro
Richard III), ambos casados com as duas filhas de Warwick. Após uma tentativa de traição em  1478, Edward mandou executar Clarence, diz a lenda que por afogamento dentro de
um barril de vinho (o preferido de Elizabeth Woodville), conforme sugestão do próprio condenado.
Em 1483 Edward IV morreu depois de um resfriado apanhado durante uma atividade de Caça (de acordo com o Livro “A Rainha Branca”). Gerou-se logo um problema de sucessão
visto que o seu sucessor, Edward ainda era muito jovem para governar e depressa houve a disputa entre a família Woodville e o irmão de Edward IV para cuidar da criança e tornar-
se regente do reino. Por ordem de Richard, o príncipe Edward juntamente com o seu irmão Richard foram retirados de perto de Elizabeth Woodville e enviados para a Torre de
Londres. Os dois irmãos desapareceram e nunca mais foram vistos em público. Este mistério é um dos mais conhecidos da Torre de Londres.
http://en.wikipedia.org/wiki/Elizabeth_Woodville http://pt.wikipedia.org/wiki/Ricardo,_3.%C2%B0_Duque_de_Iorque
http://pt.wikipedia.org/wiki/Henrique_VI_de_Inglaterra http://en.wikipedia.org/wiki/Jacquetta_of_Luxembourg
http://en.wikipedia.org/wiki/John_Grey_of_Groby http://pt.wikipedia.org/wiki/Eduardo_IV_de_Inglaterra http://pt.wikipedia.org/wiki/Richard_Neville,_Conde_de_Warwick
GREGORY, Philippa; “A Rainha Branca”; Civilização; 2010
GREGORY, Philippa; “A filha do Conspirador”; Civilização; 2012
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De acordo com o gosto pelos Romances Históricos da noiva, optou-se por definir a temática das mesas relacionadas com elementos da realeza
portuguesa e inglesa. Na sua maioria, os casais escolhidos fizeram parte de uma obra literária lida pela noiva.
D. Pedro nasceu no Palácio de Queluz a 12 de outubro de 1978. Aos nove anos de idade partiu com a família real para o Brasil por causa das Invasões Francesas. D.
Pedro adotou o Brasil como sendo a sua pátria, pois foi lá que passou parte da sua infância e onde cresceu entre atividades de cavalgadas e aventuras, caçadas. Pouco
estudou mas desenvolveu os seus conhecimentos na área da Música. Afinal D. Pedro foi o autor do da música do hino revolucionário da independência do Brasil.
Durante a partida do Rei D. João VI para Portugal, os brasileiros que tinham tido o governo dentro das suas fronteiras durante 14 anos, não aceitaram serem de novo
governados à distância e tratados como uma colónia. Queriam a independência! D. Pedro IV proclamou a independência do Brasil e foi proclamado Imperador. Foi o
célebre Grito de Liberdade, junto às margens do rio Ipiranga. Em 1826, o rei D. João VI faleceu e surgiu um problema de sucessão do trono de Portugal. D. Pedro IV
optou por abdicar do direito à coroa de Portugal em favor da filha, futura rainha D. Maria II. A princesa teria de jurar cumprir as leis da Carta Constitucional e de se
casar com o tio (D. Miguel), irmão de D.Pedro IV.
D. Miguel rompeu com o prometido e proclamou-se Rei de Portugal, com o apoio da mãe D. Carlota Joaquina.
Com o apoio de França e Inglaterra, D. Pedro IV desembarcou nas praias do Mindelo e surpreendeu as tropas absolutistas (de D. Miguel). Durante dois anos deu-se a
guerra civil entre absolutista e liberalistas que opunham os dois irmãos D. Miguel e D. Pedro. 1834 seria a data do fim das lutas e a vitória das forças liberais que
culimou com o Tratado de Évoramonte. D. Pedro IV não teve muito tempo para gozar esta vitória pois morreu no mesmo tuberculoso no Palácio de Queluz, no mesmo
quarto onde havia nascido. Está sepultado no Brasil mas doou o seu coração à cidade do Porto como prova do seu amor e consideração pelo apoio prestado às tropas
Liberais.
D. Pedro IV casou aos 19 anos com a imperatriz Leopoldina, filha do Imperador Francisco I de Aústria e da sua segunda esposa, Maria Teresa de Bourbon.
A cerimónia do casamento, foi celebrada pelo Arcebispo de Viena, a 13 de maio de 1817, por procuração, na igreja de Santo Agostinho, em Viena. D. Pedro foi
representado pelo arquiduque Karl Ludwig, grande chefe militar, herói da batalha de Aspern. Ao chegar ao Rio de Janeiro, a austríaca despertou algum espanto aos
reis, que esperavam uma bela princesa. Consta que D. Leopoldina era linda de cara, mas obesa. O casamento com D.Pedro IV foi oficializado a 6 de Novembro de
1817. Tiveram 6 filhos, dos quais D. Maria II, futura rainha de Portugal e o segundo futuro Imperador do Brasil, D. Pedro II.
O seu casamento foi bastante atribulado, dado sobretudo o mau génio de D. Pedro IV, as suas infidelidades e agressões físicas e morais de D. Pedro para com D.
Leopoldina. Das amantes de D. Pedro IV, é de salientar Domitília de Castro que D. Pedro IV manteve durante alguns anos e enquanto também mantinha
paralelamente outros casos. Domitília foi nomeada camareira de D. Leopoldina e mais tarde, Marquesa de Santos. A família de Domitília também recebeu algumas
benesses reais. D. Leopoldina teve que suportar toda esta situação, inclusive aceitar que a filha ilegítima de Domítilia e D. Pedro frequentasse a corte junto de seus
filhos. Isabel Stilwell nara no livro “D. Maria II – tudo por um reino” que D. Leopoldina durante a última gravidez discutiu com D. Pedro por causa da insistência da
presença de Domitília durante a cerimónia do “beija-mão”. D. Pedro chegou a agredir a esposa, deixando-a acamada. D. Leopoldina jamais chegou a recuperar e
faleceu dias depois. D.Pedro IV passou a ser visto, pelas cortes europeias, como o assassino da sua primeira esposa. Muitos opuseram-se ao seu casamento com D.
Amélia de Beauharnais.
MARCELO, Maria de Lurdes; “Reis e Rainhas de Portugal – 35 histórias”; Euro Impala; 2005
STILWELL, Isabel; “D. Maria- tudo por um reino”, Esfera dos Livros, 4ªEdição
LEITE, Orlando; OLIVEIRA, Raquel; Trigueirão, Sónia; “A vida louca dos Reis e Rainhas de Portugal – a verdade escondida pela história”; Marcador; 2011
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_I_do_Brasil http://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_Leopoldina_de_%C3%81ustria
http://pt.wikipedia.org/wiki/Domitila_de_Castro_Canto_e_Melo http://rainhastragicas.com/2012/12/11/um-encontro-com-d-leopoldina/
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De acordo com o gosto pelos Romances Históricos da noiva, optou-se por definir a temática das mesas relacionadas com elementos da realeza
portuguesa e inglesa. Na sua maioria, os casais escolhidos fizeram parte de uma obra literária lida pela noiva.
Ainda muito jovem, Dona Leonor casou com João Lourenço da Cunha, filho do morgado do Pombeiro, de quem teve um filho: Álvaro
da Cunha. Conta-se que, numa altura em que visitou a irmã Maria Teles (aia da infanta Beatriz), Leonor seduziu o rei Fernando I de
Portugal. Alegando consanguinidade, foi obtida a anulação do prévio casamento de Leonor Teles, o que motivou a reprovação do
povo português e perturbação social e política que gerou um clima de insegurança.
O casamento público com o rei ocorreu no Mosteiro de Leça do Balio, em 15 de maio de1372, havendo notícia de que teria sido
precedido por um outro, este secreto, ainda em 13712 . Em meados de fevereiro de 1373 nascia a infanta Beatriz. Temendo o
prestígio do infante D. João que se casara com sua irmã Maria Teles de Menezes (c.1338 - 1379,Coimbra), Leonor concebeu o plano
de casar o infante com sua filha Beatriz. Mas para isso era preciso eliminar Maria Teles de Menezes, sua própria irmã. Em 1379, o
infante João assassinou a sua mulher, alegadamente por suspeitas de infidelidade, e mais provavelmente com a esperança de um
novo casamento, com a Infanta D. Beatriz, filha de D. Fernando, fortalecendo assim seus direitos ao Trono. Segundo os cronistas, a
rainha Leonor Teles assim o deixara falsamente esperar. João foi preso e exilado pela acção.
Em 1382, no fim da guerra com Castela, estipula-se que a única filha legítima de D. Fernando, D. Beatriz de Portugal, case com o rei
D. João I de Castela. Esta opção significava uma anexação de Portugal e não foi bem recebida pela classe média e parte da nobreza
portuguesa.
Com a morte de Fernando em 22 de outubro de 1383, Leonor assumiu a regência do reino e o seu amante galego, João Fernandes
Andeiro, passou a exercer uma influência decisiva na corte. Esta ligação e influência desagradavam manifestamente ao povo e
à burguesia e a alguma nobreza, que odiavam a regente e temiam ser governados por um soberano castelhano.
Respondendo aos apelos de grande parte dos Portugueses para manter o país independente, D. João, mestre de Aviz e irmão
bastardo de D. Fernando, declara-se rei de Portugal.

HIERRO, Maria Pílar Queralt del ; “Eu, Leonor Teles”; Editorial Presença; 2006

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_I_de_Portugal

http://pt.wikipedia.org/wiki/Leonor_Teles_de_Meneses

http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_de_Portugal,_Duque_de_Val%C3%AAncia_de_Campos
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O casal D.Pedro e D. Constança passa despercebido na História de Portugal, uma vez que o nome de Pedro surge associado a Inês de Castro.
Não quis deixar de homenagear D. Constança que suportou saber que o marido se apaixonara pela aia, mal a vira pela primeira vez. O futuro
D. Pedro I chegou mesmo a pensar que Inês seria a futura esposa que lhe havia sido prometida. Sentiu uma felicidade que depois foi
corrompida ao saber que a sua futura esposa era Constança. Mas afinal, como pode D. Constança suportar a presença da amada do marido?
Segundo o livro "Inês de Castro" de María Pilar Queralt del Hierro, tudo começa em 1330, quando D. Pedro Fernández de Castro, senhor de
Lemos, vê-se obrigado, devido à morte da sua esposa e às dificuldades financeiras, a enviar a filha de dez anos, Inês de Castro, para Castela, ao
cuidado de um parente afastado, de modo a que a menina acompanhasse a filha deste, D. Constança. Sob prenúncios felizes de uma bruxa, a
bela Inês muda-se para o Castelo dos Manuel, onde vive como irmã de D. Constança, apesar das características opostas. Tudo muda quando
chega o pedido de casamento por parte de D. Pedro, príncipe herdeiro da Coroa Portuguesa, para Constança, que, sujeitando-se à vontade do
pai, muda-se para Portugal, acompanhada por Inês. Na chegada, ambas se cruzam com um cavaleiro, cuja beleza admiram, e que mais tarde
descobrem ser Pedro. Daí em diante, Inês substitui a sua energia e atividade pela nostalgia e tristeza, que muitos desculpam com a euforia da
chegada. Mas a verdade é que ela se apaixonara pelo príncipe e tentava com todas as suas forças fugir à sua presença para apagar esse
sentimento, pelo respeito e amor que devotava a Constança. Esta, mesmo vivendo um matrimónio feliz, não consegue deixar de reparar na
cumplicidade que une o seu esposo e a amiga, apontada pela corte e pelo próprio rei. Inês também se apercebe de que o seu sentimento é
recíproco e acaba por sucumbir ao amor do príncipe. Atordoados pela culpa, a rapariga isola-se cada vez mais, enquanto Pedro se refugia nas
longas caçadas. Constança acaba por se aperceber daquilo que negara desesperadamente e toma uma atitude, que se revela infrutífera. Mas
Inês não suporta mais a situação e, sob pressão do rei, muda-se para a casa dos seus irmãos, onde sonhos premonitórios a atormentam. É
chamada por Constança devido ao nascimento do terceiro filho desta, ao qual a princesa acabaria por não resistir. No entanto, zelosa pela
felicidade do casal, obriga a amiga a prometer ser feliz com Pedro e cuidar dos infantes. 
D. Constança é vista neste livro como uma verdadeira heroína que manteve até ao fim a fidelidade a uma amizade de infância. Só isto
explicaria um dos grandes enigmas que a lenda deixara em aberto: porquê o interesse permanente de D. Constança em ter Inês perto de si,
mesmo sabendo da paixão que esta nutria pelo seu esposo, paixão aliás correspondida? Na verdade, só a amizade justificaria tal conduta.

HIERRO, Maria Pílar Queralt del ; “Inês de Castro”; Editorial Presença; 2003
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De acordo com o gosto pelos Romances Históricos da noiva, optou-se por definir a temática das mesas relacionadas com elementos da realeza
portuguesa e inglesa. Na sua maioria, os casais escolhidos fizeram parte de uma obra literária lida pela noiva.

Com 23 anos a infanta Catarina de Bragança, filha de D. Luísa de Gusmão e de D. João IV, deixou para trás tudo o que lhe era querido e
próximo para navegar rumo a uma vida nova. No coração um misto de tristeza e alegria. Saudades da sua Lisboa, de Vila Viçosa, do cheiro a
laranjas, dos seus irmãos que já haviam partido deste mundo e dos que ficavam em Portugal a lutar pelo poder. Mas os seus olhos escuros
deixavam perceber o entusiasmo pelo casamento com o homem dos seus sonhos, Charles de Inglaterra, um príncipe encantado que Catarina
amava perdidamente ainda antes de o conhecer.
Catarina não foi uma rainha popular na Inglaterra por ser católica, o que a impediu de ser coroada. Sem posteridade, deixou pelo menos à
Inglaterra a geleia de laranja, o hábito de beber chá, além de lá ter introduzido o uso dos talheres e do tabaco. O hábito de beber chá já
existiria, Catarina apenas o transformou na "instituição" que hoje conhecemos por "five o'clock tea".
Em Londres, estavam reservados grandes desgostos à rainha porque D. Catarina reconheceu em seu marido carácter muito diferente do que
lhe afirmaram. Julgava-o um homem sério e virtuoso, mas era, ao contrário, libidinoso. Em solteiro entregara-se sempre a uma vida de
libertinagem dissoluta e continuou da mesma forma, casado, sem se coibir. Não dava nenhuma importância à mulher, e chegou ao ponto de
nomear para dama da rainha sua amante, Barbara Palmer, que depois elevou a Duquesa de Cleveland. O procedimento deu origem a graves
discórdias e o rei nunca mais procurou a sua mulher nem sequer a cumprimentava quando se encontravam.
Em busca de apoios contra Filipe IV de Espanha na Guerra da Restauração, Portugal comprometeu-se a isso se a pagar dois milhões de
cruzados pelo dote da infanta, e transferiu para a Inglaterra a posse de Tânger, e do porto e ilha de Bombaim. Além disso, os mercadores
ingleses podiam habitar quaisquer praças do reino e gozavam de idênticos privilégios no Rio de Janeiro, na Bahia e em Pernambuco. No caso
de os Portugueses recuperarem dos Holandeses a ilha do Ceilão, obrigavam-se a repartir com os Ingleses o trato da canela.
Catarina nunca deu à luz um herdeiro, apesar de ter estado grávida por várias vezes, a última das quais em 1669. A sua posição era difícil, já
que Charles continuava a ter filhos de suas amantes, mas insistia em que ela fosse tratada com respeito e recusou divorciar-se. Chegou mesmo
a ser acusada de maquinar a morte do marido por sugestão do pontífice e outros príncipes católicos.  Henrique de Sousa Tavares,marquês de
Arronches,enviado pelo rei, irmão de D. Catarina fez com que fossem castigados os acusadores, o rei Charles voltou a ter amor e carinho por
ela e morreu, ao que se diz, como verdadeiro católico.
Após ter enviuvado em 1685, Catarina permaneceu ainda em Inglaterra durante o reinado do cunhado, James II. Regressou a Lisboa em 1693.
STILWELL, Isabel; “Catarina de Bragança - Princesa de Portugal e Rainha de Inglaterra”, Esfera dos Livros
http://pt.wikipedia.org/wiki/Catarina_de_Bragan%C3%A7a
http://esferadoslivros.pt/livros.php?id_li=116
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De acordo com o gosto pelos Romances Históricos da noiva, optou-se por definir a temática das mesas relacionadas com elementos da realeza
portuguesa e inglesa. Na sua maioria, os casais escolhidos fizeram parte de uma obra literária lida pela noiva.

D. Maria, filha de D. Pedro IV (D. Pedro I no Brasil) e D. Leopoldina nasceu no Rio de Janeiro a 4 de abril de 1853. A corte portuguesa estava instalada no
Brasil refugiada das Invasões Francesas. D. Maria foi prometida ao seu tio D. Miguel, uma vez que D. Pedro IV havia abdicado do direito da coroa em favor
de sua filha. A princesa teria que cumprir os ideais da Carta Constitucional (redigida por D. Pedro IV) bem como o seu tio D. Miguel. Este rompeu com o
compromisso e declarou-se Rei de Portugal (junho de 1828), justificando que o irmão era Imperador do Brasil e havia “abandonado” Portugal. D. Maria
que entretanto ia para a corte de Viena, foi encaminhada pelo seu protetor, Marquês de Barbacena, para a Inglaterra onde travou amizade com a futura
rainha Vitória. D. João vem a Portugal defender os direitos da filha. Desembarcou no Porto onde foi cercado pelo exército do irmão. Mas a cidade resistiu
e as tropas de D. Pedro com os ideais liberais atacam o sul do país e D. Miguel vai perdendo batalhas até aceitar a Convenção de Évoramonte, que o
expulsa de Portugal. Em 1831, D. Maria chega a Portugal acompanhada pelo pai e madrasta (D. Maria Amélia) a fim de afirmar os seus direitos como
rainha de Portugal. D. Pedro abdicou da coroa de imperador do Brasil em nome do seu filho D. Pedro II (irmão de D. Maria).  D. Pedro IV tomou o título de
Duque de Bragança, e de Regente em seu nome até D. Maria concluir a sua educação. Aos 15 anos assumiu o Governo do Reino a 24 de Setembro de
1834 e em 1835 casou com o Príncipe Augusto de Beauharnais, irmão da sua madrasta. De acordo com o livro: “D. Maria I – tudo por um reino” de Isabel
Stilwell, a madrasta de D. Maria providenciou que o casamento só fosse consumado quando D. Maria II fosse mais crescida. Por infortúnio, Augusto
morreu dois meses após o casamento. No ano seguinte, D. Maria II casa com D. Fernando Augusto de Saxe-Coburgo-Gotha. D. Fernando era primo de
Alberto de Inglaterra que viria a casar com a Rainha Vitória de Inglaterra (parente afastada e amiga da rainha D. Maria II). D. Fernando II ajudou a
consolidar o regime constitucional e era uma artista de fina sensibilidade. A ele se deve a conservação do Mosteiro da Batalha, Mosteiro dos Jerónimos,
Convento de Mafra, Convento de Cristo em Tomar e a edificação do Palácio da Pena e recuperação do Castelo dos Mouros em Sintra. D. Maria II e D.
Fernando II foram muito felizes juntos e tiveram onze filhos. O último causou a morte de parto de D. Maria II em 1853. D. Maria II é recordada com o
cognome, a Educadora, e uma mulher dotada de altas virtudes, corajosa, enérgica, dedicada à política, respeitada e admirada até pelos seus adversários.
Soube educar os seus filhos de um modo exemplar.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Augusto_de_Beauharnais
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_II_de_Portugal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_II_de_Portugal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Miguel_I_de_Portugal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_I_do_Brasil
MARCELO, Maria de Lurdes; “Reis e Rainhas de Portugal – 35 histórias”; Euro Impala; 2005
STILWELL, Isabel; “D. Maria- tudo por um reino”, Esfera dos Livros, 4ªEdição
VIANA, António Manuel Couto; “A minha primeira História de Portugal”; Verbo; 1984
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De acordo com o gosto pelos Romances Históricos da noiva, optou-se por definir a temática das mesas relacionadas com elementos da realeza
portuguesa e inglesa. Na sua maioria, os casais escolhidos fizeram parte de uma obra literária lida pela noiva.

D. Dinis foi o mais jovem diplomata português. Aos sete anos, Afonso III, seu pai, enviou-o numa embaixada a Castela, para resolver um
conflito entre os dois países. O litígio consistia na legítima posse de terras do Algarve, recém-conquistadas aos Mouros e que Afonso X, Rei
de Leão e Castela, dizia também serem suas, porque lhe tinham sido oferecidas por um vizir (chefe árabe).
Montado numa mula, D. Dinis seguiu entre cavaleiros, por montes e vales, durante dias e dias. Ao chegar a Castela, Afonso X, seu avô,
ficou encantado com a inteligência do neto e com as poesias que ele sabia recitar. Como era uma Rei sábio e poeta, logo ali se resolveu o
grande conflito porque o rei de Castela ofereceu, como prenda, todo o Algarve ao seu neto. D. Dinis teve do Rei tudo quanto quis.
D. Dinis foi aclamado rei aos 18 anos e desde logo demonstrou as suas boas capacidades de governar e desenvolver o país. Após extinta
Ordem Militar dos Templários, fundou a Ordem de Cristo com o património deixado pelos Templários, que mais tarde foi determinante na
realização dos descobrimentos portugueses. D. Dinis mandou também semear o pinhal de Leiria que mais tarde forneceu a madeira para as
naus das descobertas. Fundou a primeira Universidade e transferiu-a de Lisboa para Coimbra, definiu o Português como língua oficial do
Reino e assinou o Tratado de Alcanises. Este definia claramente a fronteira entre Portugal e Espanha, acabando com os conflitos que havia
entre os territórios portugueses e espanhóis. O cognome de D. Dinis é lavrador uma vez que fez tudo quanto quis, no entanto foi também
poeta e trovador.
Em 1282 foi celebrado, na vila de Trancoso, com pompas nunca vistas, o casamento de D. Dinis com D. Isabel de Aragão. D. Isabel tinha
doze anos, era uma linda, delicada e elegante princesa que sabia ler e escrever, mesmo em Latim. O rei impressionado com a sua
inteligência e encanto ofereceu-lhe desde logo o maior dote que jamais rainha alguma tivera em Portugal. Incluía Trancoso, Óbidos,
Abrantes, Porto Mós e mais doze castelos. A rainha Santa Isabel ficou conhecida pela sua bondade e pela proteção que dava aos mais
pobres e desprotegidos. Conta-se que, numa manhã de janeiro, a rainha deixou o Paço para levar pão aos seus pobres. Pelo caminho
encontrou o rei, que, estranhando a preocupação com que a rainha aconchegava o seu regaço, lhe perguntou o que levava. A rainha,
embraçada e receosa, respondeu:”-São rosas, senhor!...”
E abrindo o manto, perante o olhar admirado do rei, em vez de pão caíram-lhe rosas.
Conta-se também que o filho de D. Dinis, o futuro D. Afonso IV, ansioso por subir ao trono do pai, organizou uma exército para combater. O
Rei, com os seus homens de armas, preparou-se para a contenda. Já estavam os dois exércitos frente-a-frente e pai e filhos prestes a lutar,
quando apareceu, montada num burrinho, uma simples mulher. Os soldados iam escorraçá-la mas pararam e um grito suou: “É a Rainha! É
a Rainha!”. D. Isabel pôs-se entre o exército do pai e do filho, para impedir que lutassem um contra o outro. Não se sabe que palavras
proferiu, só se sabe que pai e filho nunca guerrearam durante as suas vidas.

MARCELO, Maria de Lurdes; “Reis e Rainhas de Portugal – 35 histórias”; Euro Impala; 2005
VIANA, António Manuel Couto; “A minha primeira História de Portugal”; Verbo; 1984
COSTA, Fátima; MARQUES, António; “História e Geografia de Portugal 5ºano”; Porto Editora; Escola Virtual - março 2014
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De acordo com o gosto pelos Romances Históricos da noiva, optou-se por definir a temática das mesas relacionadas com elementos da realeza
portuguesa e inglesa. Na sua maioria, os casais escolhidos fizeram parte de uma obra literária lida pela noiva.
Amélia era a filha primogénita de Luís Filipe, conde de Paris (neto do último rei da França, Luís Filipe I, e como tal pretendente ao trono francês) e de Maria Isabel de Orleães-Montpensier, infanta da
Espanha, filha do duque Antônio de Montpensier. Através de sua irmã Luísa, a princesa é tia-avó do rei Juan Carlos I da Espanha. Os pais de D. Amélia eram primos direitos pelo que a família de D.
Amélia era muito unida.
D. Amélia passou parte da infância em Inglaterra, onde nasceu, devido ao exílio a que a sua família estava sujeita desde que Napoleão III assumira o trono da França, em 1848. Somente após a queda
do império, em 1871, os Orleães puderam regressar ao país. A princesa teve então a esmerada educação reservada às princesas, embora o seu pai apenas fosse pretendente à coroa.
A princesa cresceu em grandes palácios e frequentemente viajava para a Áustria e Espanha, onde visitava seus parentes da família real espanhola (sua avó materna era filha de Fernando VII). D. Amélia
adorava teatro e ópera. Uma ávida leitora, escrevia para seus autores favoritos e, ademais, tinha dons para pintura. O matrimónio de Amélia de Orleães com o príncipe real Carlos, Duque de Bragança,
ocorreu após falharem várias hipóteses de uma união com a família imperial austríaca e a família real espanhola.
No livro de Isabel Stillwell, D. Maria I é descrita como uma mulher elegante, alta e muito bonita. É referido no livro que D. Carlos tentou ter relações com D. Amélia antes do casamento, D. Amélia
rejeitou todas as insinuações de D. Carlos antes do casamento.
O casamento foi celebrado no dia 22 de maio de 1886, na Igreja de São Domingos, e grande parte do povo lisboeta saiu às ruas para acompanhar a cerimónia.
Casou bastante apaixonada e Carlos também estava louco por D. Amélia. No entanto tiveram três filhos: Luís Filipe, o futuro Manuel II de Portugal e também uma filha, Maria Ana que sobreviveu por
poucas horas. Após o nascimento do primeiro filho, D. Amélia avistou o marido a visitar uma “amante” durante o escuro da noite. De facto D. Carlos era pouco fiel e a relação dele com D. Amélia foi
piorando com o tempo.
Isabel Stilwell refere que durante o regicídio D. Amélia sofreu bastante pelo filho, D. Luis Filipe, e a morte do marido não foi tão sentida como a do filho.
Como rainha, porém, Amélia desempenhou um papel importante. Com sua elegância e caráter culto, influenciou a corte portuguesa. Interessada pela erradicação dos males da época, como
a pobreza e a tuberculose, fundou dispensários, sanatórios, lactários populares, cozinhas económicas e creches. Todavia, suas obras mais conhecidas são as fundações do Instituto de Socorros a
Náufragos (em 1892); do Museu dos Coches Reais (1905); do Instituto Pasteur em Portugal (Instituto Câmara Pestana); e da Assistência Nacional aos Tuberculosos.
O reinado de Carlos I enfrentou crises políticas, tais como o Ultimato britânico de 1890, e a insatisfação popular; crescia o ódio à família real portuguesa. Em janeiro de 1891, em Porto, houve uma
rebelião republicana, mas foi sufocada. A 1 de Fevereiro de 1908, a família real regressou a Lisboa depois de uma temporada no Palácio Ducal de Vila Viçosa. Viajaram de comboio até ao Barreiro,
onde apanharam um vapor para o Terreiro do Paço. Esperavam-nos o governo e vários dignitários da corte. Após os cumprimentos, a família real subiu para uma carruagem aberta em direção
ao Palácio das Necessidades. A carruagem com a família real atravessou o Terreiro do Paço, onde foi atingida por disparos vindos da multidão que se juntara para saudar o rei. Carlos I, que morreu
imediatamente, após ter sido alvejado. O herdeiro Luís Filipe foi ferido mortalmente e o infante Manuel ferido num braço. Os autores do atentado foram Alfredo Costa e Manuel Buíça, que foram
mortos no local por membros da guarda real e reconhecidos posteriormente como membros do movimento republicano.
A morte de Carlos e do príncipe indignaram toda a Europa, especialmente a Inglaterra, onde o rei Eduardo VII lamentou veementemente a impunidade dos chefes do atentado. O  regicídio lançou a
rainha num profundo desgosto, do qual D. Amélia jamais se recuperou totalmente. Retirou-se então para o Palácio da Pena, em Sintra, não deixando porém de procurar apoiar, por todos os meios, o
seu jovem filho, o rei D. Manuel II, no período em que se assistiu ao degradar das instituições monárquicas. Encontrava-se justamente no Palácio da Pena, quando eclodiu a revolução de Outubro de
1910. Após a proclamação da República Portuguesa, em 5 de outubro de 1910, Amélia seguiu o caminho do exílio com o resto da família real portuguesa para Londres, Inglaterra. 
Durante a Segunda Guerra Mundial, o governo Salazar ofereceu-lhe asilo político em Portugal, mas D. Amélia permaneceu em França ocupada, com imunidade diplomática portuguesa. Após o fim da
guerra, em 8 de junho de 1945, regressou a Portugal, numa emocionante jornada, visitando o Santuário de Fátima e todos os lugares que lhe estavam ligados, com exceção de Vila Viçosa, apesar da
grande afeição que sentia por esta vila alentejana.
Pouco antes da sua visita a Portugal, D. Amélia aceitara ser madrinha de baptismo de Duarte Pio de Bragança, confirmando a reconciliação dos dois ramos da família Bragança.

STILWELL, Isabel; “D. Amélia- a rainha exilada que deixou o coração em Portugal”, Esfera dos Livros, 12ªEdição
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_I_de_Portugal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9lia_de_Orle%C3%A3es
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De acordo com o gosto pelos Romances Históricos da noiva, optou-se por definir a temática das mesas relacionadas com elementos da realeza
portuguesa e inglesa. Na sua maioria, os casais escolhidos fizeram parte de uma obra literária lida pela noiva.

D. Afonso Henriques foi o rei fundador de Portugal. Era filho de D. Henrique de Borgonha e de D. Teresa de Leão, condes do Condado
Portucalense (condado vassalo do reino de Leão). Após a morte de D. Henrique, D. Teresa de Leão queria unir o Condado Portucalense com as
terras de Galiza. Com receio do domínio galego, D. Afonso Henriques seguiu os conselhos dos grandes senhores de Entre-Douro e Minho e
combateu as tropas que apoiavam D. Teresa e as do Conde Galego D. Fernão Peres de Trava. Venceu as tropas adversárias no dia 24 de junho
de 1128 n a Batalha de S. Mamede.
Mas os maiores inimigos de D. Afonso Henriques eram os Árabes que queriam dominar a Península Ibérica. Não se deixando intimidar D.
Afonso Henriques lutou contra os Árabes e obrigou-os a recuar cada vez mais para o Sul. Assim, foi ganhando terras e fama de herói. A mais
famosa das suas vitórias foi contra cinco reis mouros na Batalha de Ourique (1139). Depois da batalha, os seus soldados aclamaram-no Rei de
Portugal.
Afonso Henriques queria aumentar o território que herdara de seus pais e as conquistas aos Mouros sucederam-se, castelo, após castelo. Em
1143, Afonso VII, primo de Castela de D. Afonso Henriques, ao ver tanta bravura e coragem contra os inimigos comuns – os Mouros –
reconheceu no Tratado de Zamora, a independência do Condado Portucalense e declarou D. Afonso Henriques, Rei de Portugal, libertando-o
da obrigação de lhe prestar vassalagem.
“Mil cento e quarenta e três, quem não sabe esta data não é bom português”.
Há quem diga que D. Afonso Henriques no meio de tantas lutas, não tinha tempo para pensar em casamento, mas também há quem tenha
descoberto que aos dezoito anos, o Rei se apaixonara por uma linda galega, Flâmula Peres de Trava, sobrinha do Conde que D. Afonso
Henriques derrotara na batalha de S. Mamede. A corte não permitiu o casamento e só puderam encontrara-se em segredo. Tiveram dois
filhos.
D. Afonso Henriques casou com D. Mafalda (ou Matilde) de Sabóia (princesa vinda de Itália). Pouco se sabe sobre esta princesa de dezasseis
anos que atravessou as terras da Europa para vir casar a Portugal por ordem dos pais e vontade do Rei português. O casal teve oito filhos e
sabe-se que sentiu dificuldades em compartilhar a vida amorosa do rei.

MARCELO, Maria de Lurdes; “Reis e Rainhas de Portugal – 35 histórias”; Euro Impala; 2005
VIANA, António Manuel Couto; “A minha primeira História de Portugal”; Verbo; 1984
LEITE, Orlando; OLIVEIRA, Raquel; Trigueirão, Sónia; “A vida louca dos Reis e Rainhas de Portugal – a verdade escondida pela história”; Marcador; 2011
http://pt.wikipedia.org/wiki/Afonso_I_de_Portugal
D. Luís &

D. Maria Pia
De acordo com o gosto pelos Romances Históricos da noiva, optou-se por definir a temática das mesas relacionadas com elementos da realeza portuguesa e inglesa. Na sua maioria,
os casais escolhidos fizeram parte de uma obra literária lida pela noiva.

D João I e D Filipa de Lencastre


Desde o tempos de escola que a noiva simpatizou com D.Filipa de Lencastre. Talvez por partilharem o mesmo nome (Filipa) ou talvez por a rainha ter sido da mãe da “Inclítica
Geração, altos Infantes”, designação atribuída por Camões.
Ao ler o romance “Filipa de Lencastre, a rainha que mudou Portugal” de Isabel Stillwell, a noiva ainda passou a admirar mais a rainha.
Filipa de Lencastre nasceu em março de 1360 e era filha de John of Gaunt e Blanche of Lancaster. Filipa de Lencastre era bastante culta, procurava saber tudo sobre política, guerras
travadas entre povos, rotas do comércio, o preço dos mercados e sabia fluentemente falar em Latim, Francês e Inglês. É descrita como tendo gosto pela aventura e astronomia.
Em Portugal, após um problema de sucessão derivado à morte do rei D. Fernando e ao casamento da filha D. Beatriz com o rei de Castela, o povo português opôs-se ao reinado de D.
Leonor Teles de Menezes que era impopular e olhada com desconfiança. Assim com o apoio de Nuno Álvares Pereira, D. João, filho de D. Pedro I e D. Teresa foi aclamado rei em
1385.
Nesse mesmo ano, o rei Castelhano tentou tomar Lisboa e livrar-se de D. João, Mestre de Avis. Sucedeu a Batalha de Aljubarrota, da qual Portugal saiu vencedor apesar da
desvantagem numérica entre o exército português e castelhano.
Após a Batalha de Aljubarrota, D. João I viera a estabelecer uma aliança com Inglaterra, através do Tratado de Windsor. Estávamos em 1386 e John of Gaunt, viúvo de Blanche of
Lancaster, casara com uma princesa castelhana. Desembarcou na Corunha, conquistou Galiza e veio a Portugal para, no Minho, se encontrar com o seu aliado D. João I, Rei de
Portugal. Celebraram o Tratado de Windsor e a fim de tornar mais forte a aliança entre os dois países, D. Filipa de Lencastre foi prometida a D. João I. Segundo o romance de Isabel
Stilwell, Filipa considerava-se pouco atraente dado o facto de ser muito branca e loira e aos 26 anos achava-se “velha” para o matrimónio. D. João I esteve para desposar a meia-irmã
de Filipa, Catalina (princesa castelhana), mas a cultura e inteligência de Filipa de Lencastre depressa fizeram-no mudar de opinião.
Isabel Stilwell apresenta-nos Filipa de Lencastre e D. João I como um casal onde a paixão não foi imediata mas construída com a convivência. Do casamento de D. João I com D. Filipa
de Lencastre nasceram oito filhos, dos quais se destacou o Infante D. Henrique como impulsionador dos descobrimentos em Portugal.
D. Filipa de Lencastre faleceu de peste negra em 1415.

“(…)Vais ser rainha de Portugal, vais ter poder, vais mandar, ditar regras do teu país, e ainda por cima o teu marido vai ter muito que aprender contigo.(…)” – STILWELL, Isabel; “Filipa
de Lencastre – a rainha que mudou Portugal”, Esfera dos Livros, 17ªEdição

http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_I_de_Portugal
STILWELL, Isabel; “Filipa de Lencastre – a rainha que mudou Portugal”, Esfera dos Livros, 17ªEdição
MARCELO, Maria de Lurdes; “Reis e Rainhas de Portugal – 35 histórias”; Euro Impala; 2005
John of Gaunt &
Blanche of Lancaster
King Richard III &
Queen Anne Neville
Richard III era filho de Richard, duque de York e de Cecily Neville, como tal irmão mais novo do Rei Edward IV. Após a morte do seu irmão, foi nomeado protetor dos
seus sobrinhos, Edward e Richard. Enquanto o jovem Edward de 12 anos viajava de Ludlow para Londres, Richard encontrou-se com ele e levou-o até aos aposentos
reais da Torre de Londres. Foram feitos os preparativos para a coroação do pequeno Edward no dia 22 de junho de 1483, no entanto Richard reuniu com os lordes e
comuns e declararam o casamento de Edward IV com Elizabeth Woodville inválido. Edward era assim declarado como ilegítimo e inválido para assumir a posição de
rei. A 26 de junho de 1483 Richard tomou o trono e dias depois foi coroado rei. O irmão de Edward, Richard, juntou-se a ele na Torre de Londres por ordens de seu tio
e após agosto de 1483, os dois irmãos nunca mais foram vistos, gerando o grande um grande mistério na história de Inglaterra. Existem rumores sobre o assassinato
dos príncipes com três possíveis responsáveis que tinham pretensões ao trono: Richard III, Henry Stafford, 2ºDuque de Buckingham e Henry Tudor (futuro Henry VII).
Houve duas grandes rebeliões contra Richard III. A primeira foi em outubro de 1483, foi liderada pelos vários aliados de Edward IV e Henry Stafford, 2º Duque de
Buckingham. Henry Stafford tinha pretensões ao trono uma vez que três dos seus quatro avós eram descendentes de Edward III (1327-1377). A revolta falhou e Henry
Stafford foi executado.
A segunda rebelião contra Richard III foi em agosto de 1845, liderada por Henry Tudor e respetivo tio, Jasper Tudor. Richard morreu durante a batalha e Henry Tudor
foi proclamado Henry VII de Inglaterra, uma vez que descendia da casa de Lancaster e tinha direito ao trono por ser filho de Edmund Tudor, que por sua vez vinha de
uma relação da rainha Catherine de Valois (rainha consorte de Henry V de 1420 a 1422) com Owen Tudor.
Richard III casou com Anne Neville a 12 de julho de 1472, como tal Anne foi das poucas rainhas da história da Inglaterra que foi coroada rainha ao mesmo tempo que o
rei. Anne era filha de Richard Warwick, antigo mentor de Edward IV que à posteriori se havia revoltado contra o mesmo. Warwick usou as filhas de modo a
favorecerem os seus interesses e ambições, tendo casado a primeira filha, Isabel Neville com George, duque de Clarence ( irmão do rei Edward IV). Quando Warwick se aliou
a Margaret de Anjou, Anne Neville teve que casar com o Edward Westminster (filho de Henry VI e Margaret de Anjou). Após a morte de Edward Westminster e Richard
Warwick na Batalha de Tewkesbury, Anne Neville ficou à guarda da irmã Isabel e cunhado George, duque de Clarence. George detinha assim toda a herança de
Warwick em seu poder. Anne nutria uma paixoneta de infância (segundo Philippa Gregory) por Richard e durante a sua clausura à guarda da irmã e cunhado, Richard e
Anne aproximaram-se, tendo casado mesmo antes da dispensa papal dada a sua consanguinidade. Temos assim as duas irmãs (filhas de Warwick), Isabel e Anne
casadas com os dois irmãos George e Richard. George, duque de Clarence não ficou satisfeito uma vez que tinha que tinha perdido toda a herança de Warwick.
Houve alguns conflitos relativos a herança entre George e Richard, na altura Edward IV teve que intervir ao afirmar que eles e suas esposas desfrutariam da herança
do Conde de Warwick se a condessa viúva (Anne de Beauchamp) "estivesse naturalmente morta". Richard conseguiu a maioria da herança de Warwick uma vez que
sugeriu que a sogra saísse da clausura em Santuário e fosse viver com ele e com a Anne em Middleham, ficando a sogra sob a sua proteção.
Richard e Anne tiveram um filho, Edward de Middleham, príncipe de Gales que faleceu aos 10 anos. Após a morte do filho, pensa-se que Richard III planeava divorciar-
se de Anne Neville e casar com a sobrinha Elizabeth de York (filha de Edward IV e Elizabeth Woodville). Philippa Gregory no livro “A Rainha Branca” e “A Rainha
Vermelha” evidencia que existia alguma relação entre Richard III e Elizabeth de York uma vez que ele chegou mesmo a levar a sobrinha para a corte. No livro “A filha
do Conspirador” de Philippa Gregory, esta possível relação é apresentada como estratagema de modo a Richard aproximar-se dos Woodville, conquistar os seus
apoiantes e de modo levantar as suspeitas de possível assassinato dos sobrinhos.
GREGORY, Philippa; “A Rainha Branca”; Civilização; 2010
GREGORY, Philippa; “A filha do Conspirador”; Civilização; 2012
GREGORY, Philippa; “A Rainha Vermelha”; Civilização; 2011
http://en.wikipedia.org/wiki/Anne_Neville
http://en.wikipedia.org/wiki/Edward_of_Middleham,_Prince_of_Wales
http://en.wikipedia.org/wiki/Edward_of_Westminster,_Prince_of_Wales
http://en.wikipedia.org/wiki/Richard_III_of_England
http://en.wikipedia.org/wiki/Henry_VII_of_England

2 irmas e 1 rei 2008


Catherina de aragao 2006

King Henry VIII &


Queen Catherine Of Aragon
Henry VIII é conhecido pelos seus seis casamentos, dos quais destaco o primeiro com Catherine de Aragão. Henry VIII foi o terceiro filho de Henry VII e de Elizabeth de York. Catherine
de Aragão era filha de Isabel I de Castela e D. Fernando II de Aragão, pertencendo assim à casa da Trastâmara.
Catherine de Aragão foi para Inglaterra em 1501 para se casar com Arthur, irmão mais velho de Henry VIII. Com diferentes pronúncias de Latim, Arthur e Catherine demoraram a
entender-se e segundo o livro “Catarina de Aragão – a Princesa Determinada” de Philippa Gregory os dois só se apaixonaram meses depois de terem casado e viviam muito felizes
planeando estratégias de governação para quando Arthur fosse rei. Em abril de 1502, com apenas 15 anos, Arthur morreu. Pensa-se que foi devido à “doença do suor”, algo muito
comum na altura. No livro de Philippa Gregory, “Catarina de Aragão – a princesa determinada”, a autora apresenta um diálogo em que no seu leito da morte, Arthur pede a Catherine
que case com o seu irmão mais novo, Henry e que diga que o seu casamento nunca foi consumado. Ainda nesta passagem, Arthur pede a Catherine que governe pelo seu irmão que
não está preparado para assumir o cargo de rei.
Henry VII não queria devolver a primeira parte do dote de Catherine e os pais não queriam que a filha voltasse para a Espanha sem os direitos de viuvez, o que o rei não concedia por
não ter recebido a segunda parte do dote. Surgiu então a possibilidade de tornar-se noiva do novo Príncipe de Gales, seu antigo cunhado Henry, cinco anos mais jovem que
Catherine. O casamento foi, então, ostensivamente adiado até que Henry estivesse com idade suficiente, mas o rei procrastinou tanto que era uma dúvida se realmente aconteceria.
Segundo o livro de Philippa Gregory, Henry VII que entretanto ficara viúvo equacionou a possibilidade de casar com a jovem e bela Catherine. No entanto dado a uma sucessão de
acontecimentos, Catherine ficou órfã de mãe e serviu de embaixadora espanhola na Inglaterra. No livro de Philippa Gregory, o pequeno Henry sempre apresentou uma pequena
“paixoneta” pela cunhada e depois da morte do pai, tornou-se Henry VIII de Inglaterra e casou com a ex cunhada. Catherine afirmou sempre que o casamento com Artur não havia
sido consumado devido a pouca idade de ambos.
A fim de afirmar a sua virgindade, Philippa Gregory narra no livro “Catarina de Aragão – a princesa determinada”:
“(…) De madrugada, enquanto ainda dorme, pego no meu canivete e faço um corte na planta do pé,
num local onde ele não possa reparar na cicatriz, e deixo pingar o sangue no lençol em que nos
tínhamos deitado, o suficiente para passar como prova(…)”.

Durante a governação de Henry VIII, Catherine teve um papel importante na defesa da Inglaterra perante os escoceses, enquanto Henry VIII combatia na França.
Em 1510 Catherine deu à luz uma menina que nasceu e morreu no próprio dia. Quatro meses depois a rainha engravidou novamente e o seu filho nasceu no dia do ano Novo de
1511, semanas depois, o bebé morreu. Em 1514 Catherine sofreu um aborto, porém em fevereiro de 1516 deu à luz uma menina, a futura rainha Mary I. A relação entre Catherine e
Henry VIII havia sido tensa dado ao facto de a rainha não dar à luz um herdeiro para o trono, Henry VIII começou a ter amantes e a desconfiar da virgindade de Catherine aquando o
casamento. Em 1516 Henry VIII envolveu-se com  Elizabeth Blount que deu um filho ao rei,  Henry FitzRoy.
De acordo com o livro “Duas irmãs e um rei” de Philippa Gregory, o rei achava que Deus estava contra o seu casamento com a ex “cunhada” e como tal não lhe dava um filho varão.
Henry VIII vivia a sua jovialidade com várias amantes. Entretanto em 1526, Henry VIII apaixonou-se perdidamente por Anne Boleyn (irmã de uma ex amante do rei, Mary Boleyn). A
jovem Anne era também dama da rainha e seduziu o rei ao resistir às investidas de sedução do monarca. Recusou-se a ser amante do rei e este perdidamente apaixonado decidiu
divorciar-se de Catherine alegando que estava a ser punido por Deus, uma vez que a rainha não concebia um herdeiro varão. Roma não aceitou o divórcio do rei, como tal, Henry VIII
declarou-se  Chefe Supremo da Igreja da Inglaterra quebrando os “laços” de Inglaterra com a Igreja Católica. Henry VIII divorciou-se de Catherine e esta foi banida da corte. Acabou
por falecer longe da filha em janeiro de 1536. Em 1533, Anne Boleyn dava à luz, uma filha, a futura Elizabeth I. Em 1536 Henry VIII começou a cortejar outra dana da corte, Jane
Seymour. Em maio de 1536 mandou executar Anne Boleyn depois de evidências de bruxarias, traição, adultério e incesto com o próprio irmão. Jane Seymour deu à luz um rapaz em
outubro de 1537, o futuro Edward VI, no entanto não sobreviveu ao parto. O rei ficou bastante desgostoso com a morte de Jane e exigiu que o seu túmulo fosse ao lado do dela.
Henry VIII foi depois pressionado a casar três anos depois, tendo sido escolhida Anne de Cleves por quem o rei não se apaixonou. Seguiu-se o matrimónio com a jovem prima de
Anne Boleyn, Catherine Howard. Esta acabou também por ser executada como a prima, por suspeitas de adultério. A última esposa de Henry VIII foi Catherine Parr.

GREGORY, Philippa; “Catarina de Aragão – a princesa determinada”; Civilização; 2006


GREGORY, Philippa; “Duas irmãs e um rei”; Civilização; 2008
http://en.wikipedia.org/wiki/Henry_VIII_of_England
http://en.wikipedia.org/wiki/Anne_Boleyn
http://en.wikipedia.org/wiki/Catherine_of_Aragon
http://pt.wikipedia.org/wiki/Artur,_Pr%C3%ADncipe_de_Gales
http://tudorbrasil.wordpress.com/2012/11/08/jane-seymour-a-terceira-esposa-de-henrique-viii/

King Edward IV &


Queen Elizabeth Woodville
Edward era filho de Richard, duque de York e de Cecily Neville. Quando o Rei Henry VI começou a apresentar sinais de demência/depressão, o pai de Edward foi
nomeado regente (era primo do rei). Ao recuperar temporariamente a sua condição mental, Henry VI voltou a governar e afastou Richard. Este revoltado mostrou o
seu desagrado na Batalha de St. Alban’s em 1455, começando assim a conhecida Guerra das Rosas (Guerra entre primos) derivada a acontecimentos do século XIV.
Esta guerra opôs a casa de Lancaster (Henry VI) contra a de York (Richard, duque de York)
Depois de várias batalhas, assistidos pelo general Richard Neville, Conde de Warwick, que incluíram a captura do próprio Henry VI, em 1460 o Duque de York perdeu
a batalha de Wakefield contra os exércitos comandados por Margaret de Anjou (rainha consorte e esposa de Henry VI). A rainha não lhe perdoou a traição contra o rei
e ordenou a sua execução. Com o pai morto e a sua cabeça exposta nas muralhas de York, Eduardo tornou-se Duque de York com apenas dezoito anos.
A sua inexperiência foi largamente compensada por Richard Neville, Conde Warwick o seu mentor, que viu nele as capacidades de um líder nato, capaz de substituir
Henry VI. Enquanto Margaret de Anjou fazia campanha no Norte, Warwick capturou Londres no ano seguinte, aprisionou Henry VI na Torre de Londres e Edward
tornou-se rei de Inglaterra. Contra a vontade de Warwick, Edward IV contraiu matrimónio secreto com a viúva Elisabeth Woodville. Elisabeth Woodville era filha de Sir
Richard Woodville, Conde de Rivers e Jacquetta de Luxembourg (descendente da lendária Melusina e antiga dama de companhia de Margaret de Anjou). Sir Richard
Woodville havia combatido a favor da casa de Lancaster. (Rei Henry VI), juntamento com o primeiro marido de Elizabeth Woodville, Sir John Grey. Este último perdeu
a vida na segunda Batalha de St. Albans em 1461, tendo deixado órfãos pai, Thomas Grey e Richard Grey.
De acordo com o livro “A Rainha Branca” de Philippa Gregory, a família de Elisabeth Woodville inicialmente não aceitou com agrado a união de Elisabeth com Edward
IV, tendo inclusive desconfiado das intenções de Edward IV ao casar em segredo com Elizabeth. De acordo com o livro “A Rainha Branca”, Elizabeth conheceu Edward
IV quando esta foi-lhe pedir pessoalmente uma “pensão” para os filhos. Foi amor à primeira vista e contra a vontade da mãe e do seu mentor Warwick, Edward IV
casou com Elizabeth Woodville , tornando-a Rainha de Inglaterra. Tiveram 10 filhos, dos quais a futura Elizabeth de York que ao casar com Henry VII viria a unir a casa
de York com a de Lancaster, cessando a Guerra das Rosas.
Edward IV defrontou-se com várias revoltas e batalhas geradas por Warwick que não se conformava com o crescente poder da família Woodville. Warwick chegou a
aliar-se à antiga inimiga Margaret de Anjou mas foi derrotado na batalha de Barnet em 1471juntamente com o seu recente genro, Edward Westminster (filho de
Henry VI e Margaret de Anjou).
Um mês depois, Edward IV destrói o resto das forças de Lancaster na batalha de Tewkesbury. Com Edward Westminster morto e Margaret de Anjou aprisionada,
apenas o frágil Henry VI se mantinha como ameaça ao seu poderio. A situação foi resolvida com o assassinato discreto do antigo rei.
Nos anos seguintes, Edward encontrou problemas dentro da sua própria família, nomeadamente com os irmãos  George Duque de Clarence e Richard, Duque de
Gloucester (futuro Richard III), ambos casados com as duas filhas de Warwick. Após uma tentativa de traição em 1478, Edward mandou executar Clarence, diz a lenda
que por afogamento dentro de um barril de vinho (o preferido de Elizabeth Woodville), conforme sugestão do próprio condenado.
Em 1483 Edward IV morreu depois de um resfriado apanhado durante uma atividade de Caça (de acordo com o Livro “A Rainha Branca”). Gerou-se logo um problema
de sucessão visto que o seu sucessor, Edward ainda era muito jovem para governar e depressa houve a disputa entre a família Woodville e o irmão de Edward IV para
cuidar da criança e tornar-se regente do reino. Por ordem de Richard, o príncipe Edward juntamente com o seu irmão Richard foram retirados de perto de Elizabeth
Woodville e enviados para a Torre de Londres. Os dois irmãos desapareceram e nunca mais foram vistos em público. Este mistério é um dos mais conhecidos da Torre
de Londres.

http://en.wikipedia.org/wiki/Elizabeth_Woodville
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ricardo,_3.%C2%B0_Duque_de_Iorque
http://pt.wikipedia.org/wiki/Henrique_VI_de_Inglaterra
http://en.wikipedia.org/wiki/Jacquetta_of_Luxembourg
http://en.wikipedia.org/wiki/John_Grey_of_Groby
http://pt.wikipedia.org/wiki/Eduardo_IV_de_Inglaterra
http://pt.wikipedia.org/wiki/Richard_Neville,_Conde_de_Warwick
GREGORY, Philippa; “A Rainha Branca”; Civilização; 2010
GREGORY, Philippa; “A filha do Conspirador”; Civilização; 2012
D. João VI &
D. Carlota Joaquina

Tiveram um casamento arranjado em 1785, na altura Carlota Joaquina tinha apenas 10 anos de idade e o futuro D. João VI, 18 anos. Por razões políticas, temendo uma
nova União Ibérica, parte da corte portuguesa não via o casamento com uma princesa espanhola com bons olhos. Apesar de sua pouca
idade, Carlota era considerada uma menina muito vivaz e de educação refinada. Não obstante, teve de suportar quatro dias de testes diante
dos embaixadores portugueses antes que o casamento se confirmasse. Assim, Carlota durante uma hora respondia a perguntas sobre religião, geografia,
gramática, Língua Portuguesa, Espanhol e Francês.
Também, sendo parentes, e pela pouca idade da infanta, os noivos precisaram de uma dispensa papal para poderem se unir. Após a
confirmação, a outorga das capitulações matrimoniais foi assinada na sala do trono da corte espanhola, cercada de grande pompa e com a
participação dos grandes de ambos os reinos, seguindo-se imediatamente o esponsal, realizado por procuração. D. João foi representando
pelo próprio pai da noiva. À noite foi oferecido um banquete para mais de dois mil convidados. Dentro desses festejos, durante uma das
noites de núpcias, a princesa Carlota agrediu o esposo, mordeu-lhe fortemente a orelha e atirou um castiçal no rosto do marido. Depois
desse episódio, foi feito um ato adicional ao contrato de casamento, permitindo que Dona Carlota pudesse ter sua primeira relação sexual
com o marido aos 14 anos podendo voltar atrás caso assim ela quisesse.
A rainha e mãe de D.João começou a apresentar sinais de loucura (D. Maria I) e deste modo o principe reinou em nome da mãe durante
sete anos, tendo passado a título de regente nos dezassete anos seguintes. Foi como Regente, que com toda a família real partiu para o
Brasil por causa das Invasões Napoleónicas.
D. Carlota Joaquina é descrita em várias obras como sendo exaltada, agressiva, determinada e conflituosa. Existem rumores quanto à
paternidade dos seus filhos, visto que foi afastada do leito do rei por conspirar contra o mesmo.
Após a morte de D. João VI, D. Carlota Joaquina não desistiu de conspirar contra o regime liberal incentivando o seu terceiro filho, D.
Miguel, a ser um rei absolutista.
Foi aí que surgiram as lutas de liberais de absolutista que opuseram os irmãos D. Pedro e D. Miguel a disputar a coroa portuguesa pelos
seus ideais.

LEITE, Orlando; OLIVEIRA, Raquel; Trigueirão, Sónia; “A vida louca dos Reis e Rainhas de Portugal – a verdade escondida pela história”; Marcador; 2011
MARCELO, Maria de Lurdes; “Reis e Rainhas de Portugal – 35 histórias”; Euro Impala; 2005
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlota_Joaquina_de_Bourbon
http://pt.wikipedia.org/wiki/Miguel_I_de_Portugal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_VI_de_Portugal

D. Fernando I &
D. Leonor Teles

D. Pedro I &
D. Constança
D. Pedro e D. Constança
O casal D.Pedro e D. Constança passa despercebido uma vez que o nome de Pedro surge associado a Inês de Castro.
Não quis deixar de homenagear D. Constança que suportou saber que o marido se apaixonara pela aia, mal a vira pela primeira vez. O futuro D. Pedro I chegou mesmo a pensar que
Inês seria a futura esposa que lhe havia sido prometida. Sentiu uma felicidade que depois foi corrompida ao saber que a sua futura esposa era Constança.
Mas afinal, como pode D. Constança suportar a presença da amada do marido?
Segundo o livro "Inês de Castro" de María Pilar Queralt del Hierro, tudo começa em 1330, quando D. Pedro Fernández de Castro, senhor de Lemos, vê-se obrigado, devido à morte da
sua esposa e às dificuldades financeiras, a enviar a filha de dez anos, Inês de Castro, para Castela, ao cuidado de um parente afastado, de modo a que a menina acompanhasse a filha
deste, D. Constança. Sob prenúncios felizes de uma bruxa, a bela Inês muda-se para o Castelo dos Manuel, onde vive como irmã de D. Constança, apesar das características opostas.
Tudo muda quando chega o pedido de casamento por parte de D. Pedro, príncipe herdeiro da Coroa Portuguesa, para Constança, que, sujeitando-se à vontade do pai, muda-se para
Portugal, acompanhada por Inês. Na chegada, ambas se cruzam com um cavaleiro, cuja beleza admiram, e que mais tarde descobrem ser Pedro. Daí em diante, Inês substitui a sua
energia e atividade pela nostalgia e tristeza, que muitos desculpam com a euforia da chegada. Mas a verdade é que ela se apaixonara pelo príncipe e tentava com todas as suas
forças fugir à sua presença para apagar esse sentimento, pelo respeito e amor que devotava a Constança. Esta, mesmo vivendo um matrimónio feliz, não consegue deixar de reparar
na cumplicidade que une o seu esposo e a amiga, apontada pela corte e pelo próprio rei. Inês também se apercebe de que o seu sentimento é recíproco e acaba por sucumbir ao
amor do príncipe. Atordoados pela culpa, a rapariga isola-se cada vez mais, enquanto Pedro se refugia nas longas caçadas. Constança acaba por se aperceber daquilo que negara
desesperadamente e toma uma atitude, que se revela infrutífera. Mas Inês não suporta mais a situação e, sob pressão do rei, muda-se para a casa dos seus irmãos, onde sonhos
premonitórios a atormentam. É chamada por Constança devido ao nascimento do terceiro filho desta, ao qual a princesa acabaria por não resistir. No entanto, zelosa pela felicidade
do casal, obriga a amiga a prometer ser feliz com Pedro e cuidar dos infantes. 
D. Constança é vista neste livro como uma verdadeira heroína que manteve até ao fim a fidelidade a uma amizade de infância. Só isto explicaria um dos grandes enigmas que a lenda
deixara em aberto: porquê o interesse permanente de D. Constança em ter Inês perto de si, mesmo sabendo da paixão que esta nutria pelo seu esposo, paixão aliás correspondida?
Na verdade, só a amizade justificaria tal conduta.

HIERRO, Maria Pílar Queralt del ; “Inês de Castro”; Editorial Presença; 2003
http://leiturasereflexoes.blogs.sapo.pt/6119.html

http://aminhaestante.blogspot.pt/2011/03/ines-de-castro-maria-pilar-queralt-del.html

King Charles II &


Queen Catherine of Braganza

Catarina de Bragança
Com 23 anos a infanta Catarina de Bragança, filha de D. Luísa de Gusmão e de D. João IV, deixou para trás tudo o que lhe era querido e próximo para navegar rumo a uma vida
nova. No coração um misto de tristeza e alegria. Saudades da sua Lisboa, de Vila Viçosa, do cheiro a laranjas, dos seus irmãos que já haviam partido deste mundo e dos que
ficavam em Portugal a lutar pelo poder. Mas os seus olhos escuros deixavam perceber o entusiasmo pelo casamento com o homem dos seus sonhos, Charles de Inglaterra, um
príncipe encantado que Catarina amava perdidamente ainda antes de o conhecer.

Catarina não foi uma rainha popular na Inglaterra por ser católica, o que a impediu de ser coroada. Sem posteridade, deixou pelo menos à Inglaterra a geleia de
laranja, o hábito de beber chá, além de lá ter introduzido o uso dos talheres e do tabaco. O hábito de beber chá já existiria, Catarina apenas o transformou na
"instituição" que hoje conhecemos por "five o'clock tea".

Em Londres, estavam reservados grandes desgostos à rainha porque D. Catarina reconheceu em seu marido carácter muito diferente do que lhe afirmaram. Julgava-
o um homem sério e virtuoso, mas era, ao contrário, libidinoso. Em solteiro entregara-se sempre a uma vida de libertinagem dissoluta e continuou da mesma forma,
casado, sem se coibir. Não dava nenhuma importância à mulher, e chegou ao ponto de nomear para dama da rainha sua amante, Barbara Palmer, que depois elevou
a Duquesa de Cleveland. O procedimento deu origem a graves discórdias e o rei nunca mais procurou a sua mulher nem sequer a cumprimentava quando se
encontravam.

Em busca de apoios contra Filipe IV de Espanha na Guerra da Restauração, Portugal comprometeu-se a isso se a pagar dois milhões de cruzados pelo dote da
infanta, e transferiu para a Inglaterra a posse de Tânger, e do porto e ilha de Bombaim. Além disso, os mercadores ingleses podiam habitar quaisquer praças do reino
e gozavam de idênticos privilégios no Rio de Janeiro, na Bahia e em Pernambuco. No caso de os Portugueses recuperarem dos Holandeses a ilha do Ceilão,
obrigavam-se a repartir com os Ingleses o trato da canela.

Catarina nunca deu à luz um herdeiro, apesar de ter estado grávida por várias vezes, a última das quais em 1669. A sua posição era difícil, já que Charles continuava
a ter filhos de suas amantes, mas insistia em que ela fosse tratada com respeito e recusou divorciar-se. Chegou mesmo a ser acusada de maquinar a morte do
marido por sugestão do pontífice e outros príncipes católicos.  Henrique de Sousa Tavares,marquês de Arronches,enviado pelo rei, irmão de D. Catarina fez com que
fossem castigados os acusadores, o rei Charles voltou a ter amor e carinho por ela e morreu, ao que se diz, como verdadeiro católico.

Após ter enviuvado em 1685, Catarina permaneceu ainda em Inglaterra durante o reinado do cunhado, James II. Regressou a Lisboa em 1693.

STILWELL, Isabel; “Catarina de Bragança - Princesa de Portugal e Rainha de Inglaterra”, Esfera dos Livros

http://pt.wikipedia.org/wiki/Catarina_de_Bragan%C3%A7a

http://esferadoslivros.pt/livros.php?id_li=116

D. Maria II &
D. Fernando II
D. Maria, filha de D. Pedro IV (D. Pedro I no Brasil) e D. Leopoldina nasceu no Rio de Janeiro a 4 de abril de 1853. A corte portuguesa estava instalada no Brasil
refugiada das Invasões Francesas. D. Maria foi prometida ao seu tio D. Miguel, uma vez que D. Pedro IV havia abdicado do direito da coroa em favor de sua filha. A
princesa teria que cumprir os ideais da Carta Constitucional (redigida por D. Pedro IV) bem como o seu tio D. Miguel. Este rompeu com o compromisso e declarou-se
Rei de Portugal (junho de 1828), justificando que o irmão era Imperador do Brasil e havia “abandonado” Portugal. D. Maria que entretanto ia para a corte de Viena, foi
encaminhada pelo seu protetor, Marquês de Barbacena, para a Inglaterra onde travou amizade com a futura rainha Vitória. D. João vem a Portugal defender os
direitos da filha. Desembarcou no Porto onde foi cercado pelo exército do irmão. Mas a cidade resistiu e as tropas de D. Pedro com os ideais liberais atacam o sul do
país e D. Miguel vai perdendo batalhas até aceitar a Convenção de Évoramonte, que o expulsa de Portugal. Em 1831, D. Maria chega a Portugal acompanhada pelo pai
e madrasta (D. Maria Amélia) a fim de afirmar os seus direitos como rainha de Portugal. D. Pedro abdicou da coroa de imperador do Brasil em nome do seu filho D.
Pedro II (irmão de D. Maria).  D. Pedro IV tomou o título de Duque de Bragança, e de Regente em seu nome até D. Maria concluir a sua
educação. Aos 15 anos assumiu o Governo do Reino a 24 de Setembro de 1834 e em 1835 casou com o Príncipe Augusto de Beauharnais,
irmão da sua madrasta. De acordo com o livro: “D. Maria I – tudo por um reino” de Isabel Stilwell, a madrasta de D. Maria providenciou que o
casamento só fosse consumado quando D. Maria II fosse mais crescida. Por infortúnio, Augusto morreu dois meses após o casamento. No
ano seguinte, D. Maria II casa com D. Fernando Augusto de Saxe-Coburgo-Gotha. D. Fernando era primo de Alberto de Inglaterra que viria
a casar com a Rainha Vitória de Inglaterra (parente afastada e amiga da rainha D. Maria II).
D. Fernando II ajudou a consolidar o regime constitucional e era uma artista de fina sensibilidade. A ele se deve a conservação do Mosteiro
da Batalha, Mosteiro dos Jerónimos, Convento de Mafra, Convento de Cristo em Tomar e a edificação do Palácio da Pena e recuperação do
Castelo dos Mouros em Sintra. D. Maria II e D. Fernando II foram muito felizes juntos e tiveram onze filhos. O último causou a morte de
parto de D. Maria II em 1853. D. Maria II é recordada com o cognome, a Educadora, e uma mulher dotada de altas virtudes, corajosa,
enérgica, dedicada à política, respeitada e admirada até pelos seus adversários. Soube educar os seus filhos de um modo exemplar.

MARCELO, Maria de Lurdes; “Reis e Rainhas de Portugal – 35 histórias”; Euro Impala; 2005
STILWELL, Isabel; “D. Maria- tudo por um reino”, Esfera dos Livros, 4ªEdição
VIANA, António Manuel Couto; “A minha primeira História de Portugal”; Verbo; 1984

http://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_II_de_Portugal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_I_do_Brasil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_II_de_Portugal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Miguel_I_de_Portugal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Augusto_de_Beauharnais

D. Dinis &
Rainha Santa Isabel
D. Dinis foi o mais jovem diplomata português. Aos sete anos, Afonso III, seu pai, enviou-o numa embaixada a Castela, para resolver um
conflito entre os dois países. O litígio consistia na legítima posse de terras do Algarve, recém-conquistadas aos Mouros e que Afonso X, Rei
de Leão e Castela, dizia também serem suas, porque lhe tinham sido oferecidas por um vizir (chefe árabe).
Montado numa mula, D. Dinis seguiu entre cavaleiros, por montes e vales, durante dias e dias. Ao chegar a Castela, Afonso X, seu avô,
ficou encantado com a inteligência do neto e com as poesias que ele sabia recitar. Como era uma Rei sábio e poeta, logo ali se resolveu o
grande conflito porque o rei de Castela ofereceu, como prenda, todo o Algarve ao seu neto. D. Dinis teve do Rei tudo quanto quis.
D. Dinis foi aclamado rei aos 18 anos e desde logo demonstrou as suas boas capacidades de governar e desenvolver o país. Após extinta
Ordem Militar dos Templários, fundou a Ordem de Cristo com o património deixado pelos Templários, que mais tarde foi determinante na
realização dos descobrimentos portugueses. D. Dinis mandou também semear o pinhal de Leiria que mais tarde forneceu a madeira para as
naus das descobertas. Fundou a primeira Universidade e transferiu-a de Lisboa para Coimbra, definiu o Portugês como língua oficial do
Reino e assinou o Tratado de Alcanises. Este definia claramente a fronteira entre Portugal e Espanha, acabando com os conflitos que havia
entre os territórios portugueses e espanhóis. O cognome de D. Dinis é lavrador uma vez que fez tudo quanto quis, no entanto foi também
poeta e trovador.
Em 1282 foi celebrado, na vila de Trancoso, com pompas nunca vistas, o casamento de D. Dinis com D. Isabel de Aragão. D. Isabel tinha
doze anos, era uma linda, delicada e elegante princesa que sabia ler e escrever, mesmo em Latim. O rei impressionado com a sua
inteligência e encanto ofereceu-lhe desde logo o maior dote que jamais rainha alguma tivera em Portugal. Incluía Trancoso, Óbidos,
Abrantes, Porto Mós e mais doze castelos. A rainha Santa Isabel ficou conhecida pela sua bondade e pela proteção que dava aos mais
pobres e desprotegidos. Conta-se que, numa manhã de janeiro, a rainha deixou o Paço para levar pão aos seus pobres. Pelo caminho
encontrou o rei, que, estranhando a preocupação com que a rainha aconchegava o seu regaço, lhe perguntou o que levava. A rainha,
embraçada e receosa, respondeu:”-São rosas, senhor!...”
E abrindo o manto, perante o olhar admirado do rei, em vez de pão caíram-lhe rosas.
Conta-se também que o filho de D. Dinis, o futuro D. Afonso IV, ansioso por subir ao trono do pai, organizou uma exército para combater. O
Rei, com os seus homens de armas, preparou-se para a contenda. Já estavam os dois exércitos frente-a-frente e pai e filhos prestes a lutar,
quando apareceu, montada num burrinho, uma simples mulher. Os soldados iam escorraçá-la mas pararam e um grito suuou: “É a Rainha!
É a Rainha!”. D. Isabel pôs-se entre o exército do pai e do filho, para impedir que lutassem um contra o outro. Não se sabe que palavras
proferiu, só se sabe que pai e filho nunca guerrearam durante as suas vidas.

MARCELO, Maria de Lurdes; “Reis e Rainhas de Portugal – 35 histórias”; Euro Impala; 2005
VIANA, António Manuel Couto; “A minha primeira História de Portugal”; Verbo; 1984
COSTA, Fátima; MARQUES, António; “História e Geografia de Portugal 5ºano”; Porto Editora; Escola Virtual - março 2014
D. Carlos &

D. Amélia
Amélia era a filha primogénita de Luís Filipe, conde de Paris (neto do último rei da França,Luís Filipe I, e como tal pretendente ao trono francês) e de Maria Isabel de
Orleães-Montpensier, infanta da Espanha, filha do duque Antônio de Montpensier. Através de sua irmã Luísa, a princesa é tia-avó do rei Juan Carlos I da Espanha.

Os pais de D. Amélia eram primos direitos pelo que a família de D. Amélia era muito unida.

D. Amélia passou parte da infância em Inglaterra, onde nasceu, devido ao exílio a que a sua família estava sujeita desde que Napoleão III assumira o trono da
França, em 1848. Somente após a queda do império, em 1871, os Orleães puderam regressar ao país. A princesa teve então a esmerada educação reservada às
princesas, embora o seu pai apenas fosse pretendente à coroa.

A princesa cresceu em grandes palacios e frequentemente viajava para a Áustria e Espanha, onde visitava seus parentes da família real espanhola (sua avó materna
era filha de Fernando VII). D. Amélia adorava teatro e ópera. Uma ávida leitora, escrevia para seus autores favoritos e, ademais, tinha dons para pintura.
O matrimónio de Amélia de Orleães com o príncipe real Carlos, Duque de Bragança, ocorreu após falharem várias hipóteses de uma união com a família imperial
austríaca e a família real espanhola.
No livro de Isabel Stillwell, D. Maria I é descrita como uma mulher elegante, alta e muito bonita. É referido no livro que D. Carlos tentou ter relações com D. Amélia
antes do casamento, D. Amélia rejeitou todas as insinuações de D. Carlos antes do casamento.
O casamento foi celebrado no dia 22 de maio de 1886, na Igreja de São Domingos, e grande parte do povo lisboeta saiu às ruas para acompanhar a cerimónia.
Casou bastante apaixonada e Carlos também estava louco por D. Amélia. No entanto tiveram três filhos: Luís Filipe, o futuro Manuel II de Portugale também uma
filha, Maria Ana que sobreviveu por poucas horas.

Após o nascimento do primeiro filho, D. Amélia avistou o marido a visitar uma “amante” durante o escuro da noite. De facto D. Carlos era pouco fiel e a relação dele
com D. Amélia foi piorando com o tempo.

Isabel Stilweel refere que durante o regicídio D. Amélia sofreu bastante pelo filho, D. Luis Filipe, e a morte do marido não foi tão sentida como a do filho.

Como rainha, porém, Amélia desempenhou um papel importante. Com sua elegância e caráter culto, influenciou a corte portuguesa. Interessada pela erradicação dos
males da época, como a pobreza e atuberculose, fundou dispensários, sanatórios, lactários populares, cozinhas económicas e creches. Todavia, suas obras mais
conhecidas são as fundações do Instituto de Socorros a Náufragos (em 1892); do Museu dos Coches Reais (1905); do Instituto Pasteur em Portugal (Instituto Câmara
Pestana); e da Assistência Nacional aos Tuberculosos.

O reinado de Carlos I enfrentou crises políticas, tais como o Ultimato britânico de 1890, e a insatisfação popular; crescia o ódio à família real portuguesa. Em janeiro
de 1891, em Porto, houve uma rebelião republicana, mas foi sufocada.
A 1 de Fevereiro de 1908, a família real regressou a Lisboa depois de uma temporada no Palácio Ducal de Vila Viçosa. Viajaram de comboio até ao Barreiro, onde
apanharam um vapor para o Terreiro do Paço. Esperavam-nos o governo e vários dignitários da corte. Após os cumprimentos, a família real subiu para uma
carruagem aberta em direcção ao Palácio das Necessidades. A carruagem com a família real atravessou o Terreiro do Paço, onde foi atingida por disparos vindos da
multidão que se juntara para saudar o rei. Carlos I, que morreu imediatamente, após ter sido alvejado. O herdeiro Luís Filipe foi ferido mortalmente e o
infante Manuel ferido num braço. Os autores do atentado foram Alfredo Costa e Manuel Buíça, que foram mortos no local por membros da guarda real e reconhecidos
posteriormente como membros do movimento republicano.

A morte de Carlos e do príncipe indignaram toda a Europa, especialmente a Inglaterra, onde o rei Eduardo VII lamentou veementemente a impunidade dos chefes do
atentado.

O regicídio lançou a rainha num profundo desgosto, do qual D. Amélia jamais se recuperou totalmente. Retirou-se então para o Palácio da Pena, em Sintra, não
deixando porém de procurar apoiar, por todos os meios, o seu jovem filho, o rei D. Manuel II, no período em que se assistiu ao degradar das instituições monárquicas.
Encontrava-se justamente no Palácio da Pena, quando eclodiu a revolução de Outubro de 1910.

Após a proclamação da República Portuguesa, em 5 de outubro de 1910, Amélia seguiu o caminho do exílio com o resto da família real portuguesa
para Londres, Inglaterra. 
Durante a Segunda Guerra Mundial, o governo Salazar ofereceu-lhe asilo político em Portugal, mas D. Amélia permaneceu em França ocupada,
com imunidade diplomática portuguesa.

Após o fim da guerra, em 8 de junho de 1945, regressou a Portugal, numa emocionante jornada, visitando o Santuário de Fátima e todos os lugares que lhe estavam
ligados, com exceção de Vila Viçosa, apesar da grande afeição que sentia por esta vila alentejana.
Pouco antes da sua visita a Portugal, D. Amélia aceitara ser madrinha de baptismo de Duarte Pio de Bragança, confirmando a reconciliação dos dois ramos da família
Bragança.

STILWELL, Isabel; “D. Amélia- a rainha exilada que deixou o coração em Portugal”, Esfera dos Livros, 12ªEdição
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_I_de_Portugal
http://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9lia_de_Orle%C3%A3es

D. Afonso Henriques &


D. Mafalda de Saboia
D. Afonso Henriques foi o rei fundador de Portugal. Era filho de D. Henrique de Borgonha e de D. Teresa de Leão, condes do Condado Portucalense (condado vassalo do reino de
Leão). Após a morte de D. Henrique, D. Teresa de Leão queria unir o Condado Portucalense com as terras de Galiza. Com receio do domínio galego, D. Afonso Henriques seguiu os
conselhos dos grandes senhores de Entre-Douro e Minho e combateu as tropas que apoiavam D. Teresa e as do Conde Galego D. Fernão Peres de Trava. Venceu as tropas adversárias
no dia 24 de junho de 1128 n a Batalha de S. Mamede.
Mas os maiores inimigos de D. Afonso Henriques eram os Árabes que queriam dominar a Península Ibérica. Não se deixando intimidar D. Afonso Henriques lutou contra os Árabes e
obrigou-os a recuar cada vez mais para o Sul. Assim, foi ganhando terras e fama de herói. A mais famosa das suas vitórias foi contra cinco reis mouros na Batalha de Ourique (1139).
Depois da batalha, os seus soldados aclamaram-no Rei de Portugal.
Afonso Henriques queria aumentar o território que herdara de seus pais e as conquistas aos Mouros sucederam-se, castelo, após castelo. Em 1143, Afonso VII, primo de Castela de D.
Afonso Henriques, ao ver tanta bravura e coragem contra os inimigos comuns – os Mouros – reconheceu no Tratado de Zamora, a independência do Condado Portucalense e
declarou D. Afonso Henriques, Rei de Portugal, libertando-o da obrigação de lhe prestar vassalagem.
“Mil cento e quarenta e três, quem não sabe esta data não é bom português”.
Há quem diga que D. Afonso Henriques no meio de tantas lutas, não tinha tempo para pensar em casamento, mas também há quem tenha descoberto que aos dezoito anos, o Rei se
apaixonara por uma linda galega, Flâmula Peres de Trava, sobrinha do Conde que D. Afonso Henriques derrotara na batalha de S. Mamede. A corte não permitiu o casamento e só
puderam encontrara-se em segredo. Tiveram dois filhos.
D. Afonso Henriques casou com D. Mafalda (ou Matilde) de Sabóia (princesa vinda de Itália). Pouco se sabe sobre esta princesa de dezasseis anos que atravessou as terras da Europa
para vir casar a Portugal por ordem dos pais e vontade do Rei português. O casal teve oito filhos e sabe-se que sentiu dificuldades em compartilhar a vida amorosa do rei.

MARCELO, Maria de Lurdes; “Reis e Rainhas de Portugal – 35 histórias”; Euro Impala; 2005
VIANA, António Manuel Couto; “A minha primeira História de Portugal”; Verbo; 1984
LEITE, Orlando; OLIVEIRA, Raquel; Trigueirão, Sónia; “A vida louca dos Reis e Rainhas de Portugal – a verdade escondida pela história”; Marcador; 2011
http://pt.wikipedia.org/wiki/Afonso_I_de_Portugal

D. Pedro IV &
D. Leopoldina
D. Pedro nasceu no Palácio de Queluz a 12 de outubro de 1978. Aos nove anos de idade partiu com a família real para o Brasil por causa das Invasões Francesas. D. Pedro adotou o
Brasil como sendo a sua pátria, pois foi lá que passou parte da sua infância e onde cresceu entre atividades de cavalgadas e aventuras, caçadas. Pouco estudou mas desenvolveu os
seus conhecimentos na área da Música. Afinal D. Pedro foi o autor do da música do hino revolucionário da independência do Brasil. Durante a partida do Rei D. João VI para Portugal,
os brasileiros que tinham tido o governo dentro das suas fronteiras durante 14 anos, não aceitaram serem de novo governados à distância e tratados como uma colónia. Queriam a
independência! D. Pedro IV proclamou a independência do Brasil e foi proclamado Imperador. Foi o célebre Grito de Liberdade, junto às margens do rio Ipiranga.
Em 1826, o rei D. João VI faleceu e surgiu um problema de sucessão do trono de Portugal. D. Pedro IV optou por abdicar do direito à coroa de Portugal em favor da filha, futura rainha
D. Maria II.
A princesa teria de jurar cumprir as leis da Carta Constitucional e de se casar com o tio (D. Miguel), irmão de D.Pedro IV.

D. Miguel rompeu com o prometido e proclamou-se Rei de Portugal, com o apoio da mãe D. Carlota Joaquina.
Com o apoio de França e Inglaterra, D. Pedro IV desembarcou nas praias do Mindelo e surpreendeu as tropas absolutistas (de D. Miguel). Durante dois anos deu-se a guerra civil
entre absolutista e liberalistas que opunham os dois irmãos D. Miguel e D. Pedro. 1834 seria a data do fim das lutas e a vitória das forças liberais que culimou com o Tratado de
Évoramonte.
D. Pedro IV não teve muito tempo para gozar esta vitória pois morreu no mesmo tuberculoso no Palácio de Queluz, no mesmo quarto onde havia nascido. Está sepultado no Brasil
mas doou o seu coração à cidade do Porto como prova do seu amor e consideração pelo apoio prestado às tropas Liberais.

D. Pedro IV casou aos 19 anos com a imperatriz Leopoldina, filha do Imperador Francisco I de Aústria e da sua segunda esposa, Maria Teresa de Bourbon.
A cerimônia do casamento, foi celebrada pelo Arcebispo de Viena, a 13 de maio de 1817, por procuração, na igreja de Santo Agostinho, em Viena. D. Pedro foi representado pelo
arquiduque Karl Ludwig, grande chefe militar, herói da batalha de Aspern.

Ao chegar ao Rio de Janeiro, a austríaca despertou algum espanto aos reis, que esperavam uma bela princesa. Consta que D. Leopoldina era linda de cara, mas obesa. O casamento
com D.Pedro IV foi oficializado a 6 de Novembro de 1817.
Tiveram 6 filhos, dos quais D. Maria II, futura rainha de Portugal e o segundo futuro Imperador do Brasil, D. Pedro II.
O seu casamento foi bastante atribulado, dado sobretudo o mau génio de D. Pedro IV, as suas infidelidades e agressões físicas e morais de D. Pedro para com D. Leopoldina. Das
amantes de D. Pedro IV, é de salientar Domitília de Castro que D. Pedro IV manteve durante alguns anos e enquanto também mantinha paralelamente outros casos. Domitília foi
nomeada camareira de D. Leopoldina e mais tarde, Marquesa de Santos. A família de Domitília também recebeu algumas benesses reais. D. Leopoldina teve que suportar toda esta
situação, inclusive aceitar que a filha ilegítima de Domítilia e D. Pedro frequentasse a corte junto de seus filhos.
Isabel Stilwell nara no livro “D. Maria II – tudo por um reino” que D. Leopoldina durante a última gravidez discutiu com D. Pedro por causa da insistência da presença de Domitília
durante a cerimónia do “beija-mão”. D. Pedro chegou a agredir a esposa, deixando-a acamada. D. Leopoldina jamais chegou a recuperar e faleceu dias depois.
D.Pedro IV passou a ser visto, pelas cortes europeias, como o assassino da sua primeira esposa. Muitos opuseram-se ao seu casamento com D. Amélia de Beauharnais.

MARCELO, Maria de Lurdes; “Reis e Rainhas de Portugal – 35 histórias”; Euro Impala; 2005
STILWELL, Isabel; “D. Maria- tudo por um reino”, Esfera dos Livros, 4ªEdição
LEITE, Orlando; OLIVEIRA, Raquel; Trigueirão, Sónia; “A vida louca dos Reis e Rainhas de Portugal – a verdade escondida pela história”; Marcador; 2011

http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_I_do_Brasil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_Leopoldina_de_%C3%81ustria
http://pt.wikipedia.org/wiki/Domitila_de_Castro_Canto_e_Melo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9lia_de_Leuchtenberg
De acordo com o gosto pelos Romances Históricos da noiva, optou-se por definir a temática das mesas relacionadas com
http://rainhastragicas.com/2012/12/11/um-encontro-com-d-leopoldina/
elementos da realeza portuguesa e inglesa. Na sua maioria, os casais escolhidos fizeram parte de uma obra literária lida pela
noiva.
Edward era filho de Richard, duque de York e de Cecily Neville. Quando o Rei Henry VI começou a apresentar sinais de
demência/depressão, o pai de Edward foi nomeado regente (era primo do rei). Ao recuperar temporariamente a sua condição
mental, Henry VI voltou a governar e afastou Richard. Este revoltado mostrou o seu desagrado na Batalha de St. Alban’s em 1455,
começando assim a conhecida Guerra das Rosas (Guerra entre primos) derivada a acontecimentos do século XIV. Esta guerra opôs
a casa de Lancaster (Henry VI) contra a de York (Richard, duque de York)
Depois de várias batalhas, assistidos pelo general Richard Neville, Conde de Warwick, que incluíram a captura do próprio Henry VI,
em 1460 o Duque de York perdeu a batalha de Wakefield contra os exércitos comandados por Margaret de Anjou (rainha consorte
e esposa de Henry VI). A rainha não lhe perdoou a traição contra o rei e ordenou a sua execução. Com o pai morto e a sua cabeça
exposta nas muralhas de York, Eduardo tornou-se Duque de York com apenas dezoito anos.
A sua inexperiência foi largamente compensada por Richard Neville, Conde Warwick o seu mentor, que viu nele as capacidades de
um líder nato, capaz de substituir Henry VI. Enquanto Margaret de Anjou fazia campanha no Norte, Warwick capturou Londres no
ano seguinte, aprisionou Henry VI na Torre de Londres e Edward tornou-se rei de Inglaterra. Contra a vontade de Warwick, Edward
IV contraiu matrimónio secreto com a viúva Elisabeth Woodville. Elisabeth Woodville era filha de Sir Richard Woodville, Conde de
Rivers e Jacquetta de Luxembourg (descendente da lendária Melusina e antiga dama de companhia de Margaret de Anjou). Sir
Richard Woodville havia combatido a favor da casa de Lancaster. (Rei Henry VI), juntamento com o primeiro marido de Elizabeth
Woodville, Sir John Grey. Este último perdeu a vida na segunda Batalha de St. Albans em 1461, tendo deixado órfãos pai, Thomas
Grey e Richard Grey.
De acordo com o livro “A Rainha Branca” de Philippa Gregory, a família de Elisabeth Woodville inicialmente não aceitou com
agrado a união de Elisabeth com Edward IV, tendo inclusive desconfiado das intenções de Edward IV ao casar em segredo com
Elizabeth. De acordo com o livro “A Rainha Branca”, Elizabeth conheceu Edward IV quando esta foi-lhe pedir pessoalmente uma
“pensão” para os filhos. Foi amor à primeira vista e contra a vontade da mãe e do seu mentor Warwick, Edward IV casou com
Elizabeth Woodville , tornando-a Rainha de Inglaterra. Tiveram 10 filhos, dos quais a futura Elizabeth de York que ao casar com
Henry VII viria a unir a casa de York com a de Lancaster, cessando a Guerra das Rosas.
Edward IV defrontou-se com várias revoltas e batalhas geradas por Warwick que não se conformava com o crescente poder da
família Woodville. Warwick chegou a aliar-se à antiga inimiga Margaret de Anjou mas foi derrotado na batalha de Barnet em
1471juntamente com o seu recente genro, Edward Westminster (filho de Henry VI e Margaret de Anjou).
Um mês depois, Edward IV destrói o resto das forças de Lancaster na batalha de Tewkesbury. Com Edward Westminster morto e
Margaret de Anjou aprisionada, apenas o frágil Henry VI se mantinha como ameaça ao seu poderio. A situação foi resolvida com o
assassinato discreto do antigo rei.
Nos anos seguintes, Edward encontrou problemas dentro da sua própria família, nomeadamente com os irmãos   George Duque de
Clarence e Richard, Duque de Gloucester (futuro Richard III), ambos casados com as duas filhas de Warwick. Após uma tentativa de
traição em 1478, Edward mandou executar Clarence, diz a lenda que por afogamento dentro de um barril de vinho (o preferido de
Elizabeth Woodville), conforme sugestão do próprio condenado.
Em 1483 Edward IV morreu depois de um resfriado apanhado durante uma atividade de Caça (de acordo com o Livro “A Rainha
Branca”). Gerou-se logo um problema de sucessão visto que o seu sucessor, Edward ainda era muito jovem para governar e
depressa houve a disputa entre a família Woodville e o irmão de Edward IV para cuidar da criança e tornar-se regente do reino. Por
ordem de Richard, o príncipe Edward juntamente com o seu irmão Richard foram retirados de perto de Elizabeth Woodville e
h King Edward IV &
De acordo com o gosto pelos Romances Históricos da noiva, optou-se por definir a temática das mesas relacionadas com
elementos da realeza portuguesa e inglesa. Na sua maioria, os casais escolhidos fizeram parte de uma obra literária lida pela
noiva.
Edward era filho de Richard, duque de York e de Cecily Neville. Quando o Rei Henry VI começou a apresentar sinais de
demência/depressão, o pai de Edward foi nomeado regente (era primo do rei). Ao recuperar temporariamente a sua condição
mental, Henry VI voltou a governar e afastou Richard. Este revoltado mostrou o seu desagrado na Batalha de St. Alban’s em 1455,
começando assim a conhecida Guerra das Rosas (Guerra entre primos) derivada a acontecimentos do século XIV. Esta guerra opôs
a casa de Lancaster (Henry VI) contra a de York (Richard, duque de York)
Depois de várias batalhas, assistidos pelo general Richard Neville, Conde de Warwick, que incluíram a captura do próprio Henry VI,
em 1460 o Duque de York perdeu a batalha de Wakefield contra os exércitos comandados por Margaret de Anjou (rainha consorte
e esposa de Henry VI). A rainha não lhe perdoou a traição contra o rei e ordenou a sua execução. Com o pai morto e a sua cabeça
exposta nas muralhas de York, Eduardo tornou-se Duque de York com apenas dezoito anos.
A sua inexperiência foi largamente compensada por Richard Neville, Conde Warwick o seu mentor, que viu nele as capacidades de
um líder nato, capaz de substituir Henry VI. Enquanto Margaret de Anjou fazia campanha no Norte, Warwick capturou Londres no
ano seguinte, aprisionou Henry VI na Torre de Londres e Edward tornou-se rei de Inglaterra. Contra a vontade de Warwick, Edward
IV contraiu matrimónio secreto com a viúva Elisabeth Woodville. Elisabeth Woodville era filha de Sir Richard Woodville, Conde de
Rivers e Jacquetta de Luxembourg (descendente da lendária Melusina e antiga dama de companhia de Margaret de Anjou). Sir
Richard Woodville havia combatido a favor da casa de Lancaster. (Rei Henry VI), juntamento com o primeiro marido de Elizabeth
Woodville, Sir John Grey. Este último perdeu a vida na segunda Batalha de St. Albans em 1461, tendo deixado órfãos pai, Thomas
Grey e Richard Grey.
De acordo com o livro “A Rainha Branca” de Philippa Gregory, a família de Elisabeth Woodville inicialmente não aceitou com
agrado a união de Elisabeth com Edward IV, tendo inclusive desconfiado das intenções de Edward IV ao casar em segredo com
Elizabeth. De acordo com o livro “A Rainha Branca”, Elizabeth conheceu Edward IV quando esta foi-lhe pedir pessoalmente uma
“pensão” para os filhos. Foi amor à primeira vista e contra a vontade da mãe e do seu mentor Warwick, Edward IV casou com
Elizabeth Woodville , tornando-a Rainha de Inglaterra. Tiveram 10 filhos, dos quais a futura Elizabeth de York que ao casar com
Henry VII viria a unir a casa de York com a de Lancaster, cessando a Guerra das Rosas.
Edward IV defrontou-se com várias revoltas e batalhas geradas por Warwick que não se conformava com o crescente poder da
família Woodville. Warwick chegou a aliar-se à antiga inimiga Margaret de Anjou mas foi derrotado na batalha de Barnet em
1471juntamente com o seu recente genro, Edward Westminster (filho de Henry VI e Margaret de Anjou).
Um mês depois, Edward IV destrói o resto das forças de Lancaster na batalha de Tewkesbury. Com Edward Westminster morto e
Margaret de Anjou aprisionada, apenas o frágil Henry VI se mantinha como ameaça ao seu poderio. A situação foi resolvida com o ~
assassinato discreto do antigo rei.
Nos anos seguintes, Edward encontrou problemas dentro da sua própria família, nomeadamente com os irmãos   George Duque de
Clarence e Richard, Duque de Gloucester (futuro Richard III), ambos casados com as duas filhas de Warwick. Após uma tentativa de
traição em 1478, Edward mandou executar Clarence, diz a lenda que por afogamento dentro de um barril de vinho (o preferido de
Elizabeth Woodville), conforme sugestão do próprio condenado.
Em 1483 Edward IV morreu depois de um resfriado apanhado durante uma atividade de Caça (de acordo com o Livro “A Rainha
Branca”). Gerou-se logo um problema de sucessão visto que o seu sucessor, Edward ainda era muito jovem para governar e
depressa houve a disputa entre a família Woodville e o irmão de Edward IV para cuidar da criança e tornar-se regente do reino. Por
ordem de Richard, o príncipe Edward juntamente com o seu irmão Richard foram retirados de perto de Elizabeth Woodville e
h King Edward IV &
King Henry VII &
Queen Elizabeth of York
D. João VI &
D. Carlota Joaquina

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