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Jorge da Dinamarca

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Jorge
Príncipe da Dinamarca e Noruega
Duque de Cumberland

Retrato por Mikael Dahl, 1705


Consorte da Inglaterra, Escócia e Irlanda
Reinado 8 de março de 1702
a 1 de maio de 1707
Predecessora Maria de Módena
Consorte da Grã-Bretanha e Irlanda
1 de maio de 1707
Reinado
a 28 de outubro de 1708
Sucessora Carolina de Ansbach
 
Nascimento 2 de abril de 1653
  Castelo de Copenhague, Copenhague, Dinamarca
Morte 28 de outubro de 1708 (55 anos)
  Palácio de Kensington, Londres, Grã-Bretanha
Sepultado em 13 de novembro de 1708, Abadia de Westminster, Londres, Inglaterra
Esposa Ana da Grã-Bretanha
mais...
Descendência Guilherme, Duque de Gloucester
Casa Oldemburgo
Pai Frederico III da Dinamarca
Mãe Sofia Amália de Brunsvique-Luneburgo
Religião Luteranismo
Jorge da Dinamarca e Noruega, Duque de Cumberland (Copenhague, 2 de abril de 1653 – Londres,
28 de outubro de 1708) foi o marido da rainha Ana e consorte dos reinos da Inglaterra, Escócia e
Irlanda de 1702 até o Tratado de União de 1707, continuando como consorte do Reino da Grã-Bretanha
e Irlanda até sua morte.
Seu casamento com Ana foi arranjado na década de 1680 como uma oportunidade de desenvolver uma
aliança anglo-dinamarquesa para conter o poderio naval holandês. Assim, Jorge não era popular com
seu cunhado holandês Guilherme de Orange, que havia se casado com Maria, irmã de Ana. Guilherme
e Maria tornaram-se co-monarcas da Inglaterra após a Revolução Gloriosa de 1689, que depôs Jaime II
& VII, pai de Ana e Maria.
Guilherme excluiu Jorge do serviço militar e ele e a esposa não exerceram grande influência até Ana
tornar-se rainha. Durante o reinado dela, Jorge ocasionalmente usou sua influência para apoiá-la,
mesmo quando discordava de suas visões. Era de fácil relacionamento e interessava-se pouco em
política; sua nomeação como Lorde Grande Almirante em 1702 foi apenas honorária.
As dezessete gravidezes de Ana com Jorge resultaram em doze abortos ou bebês natimortos, quatro
mortes na infância e um filho doente crônico, Guilherme, que morreu aos onze anos. Apesar de seus
históricos com os filhos, o casamento de Ana e Jorge era bem forte. Ele morreu aos 55 anos de uma
doença crônica no pulmão e foi enterrado na Abadia de Westminster.
Início de vida
Jorge nasceu no Castelo de Copenhague, Copenhague, em 2 de abril de 1653, sendo o filho mais novo
do rei Frederico III da Dinamarca e Noruega e Sofia Amália de Brunsvique-Luneburgo. Sua mãe era
irmã de Ernesto Augusto, Duque de Brunsvique-Luneburgo, mais tarde Eleitor de Hanôver. A partir de
1661 seu governador foi Otto Grote, posteriormente ministro hanoveriano na Dinamarca. Grote era
"mais um cortesão e estadista do que educador", sendo substituído pelo mais eficiente Christen Jensen
Lodberg ao partir para corte de Hanôver em 1665.[1] Jorge recebeu treinamento militar e empreendeu
uma Grand Tour pela Europa, passando oito meses entre 1668 e 1669 na França e no meio de 1669 na
Inglaterra.[2] Seu pai morreu em 1670 enquanto Jorge estava na Itália, com seu irmão mais velho
Cristiano ascendendo ao trono. Ele voltou para a Dinamarca através do Sacro Império Romano-
Germânico. O príncipe viajou pela Germânia novamente entre 1672 e 1673 para visitar duas de suas
irmãs, Ana Sofia e Guilhermina Ernestina, que eram casadas com os príncipes-eleitores da Saxônia e
do Palatinado.[1]
Jorge foi candidato em 1674 ao trono eleitoral da Polônia, tendo sido apoiado pelo rei Luís XIV de
França.[3] Seu firme luteranismo foi uma barreira na Polônia católica[4] e João Sobieski acabou sendo
escolhido.[5] Ele serviu em 1677 com distinção junto com o irmão Cristiano na Guerra da
Escandinávia contra a Suécia.[2] Seu irmão foi capturado pelos suecos na Batalha de Landskrona e
Jorge "abriu seu caminho através dos números inimigos e o resgatou no perigo iminente de sua própria
vida".[6]
Como protestante, Jorge era visto como um parceiro adequado para a sobrinha do rei Carlos II de
Inglaterra, a Srta. Ana. Apesar de serem primos distantes (ambos descendiam do rei Frederico II da
Dinamarca), nunca haviam se encontrado antes. Carlos II recebeu Jorge em Londres em 1669, porém
Ana estava na França durante o período da visita do príncipe.[7] Tanto a Dinamarca quanto a Inglaterra
eram países protestantes, com o católico Luís XIV estando interessado em uma aliança anglo-
dinamarquesa para conter o poder da República dos Países Baixos. Lourenço Hyde, 1.º Conde de
Rochester, tio de Ana, e Roberto Spencer, 2.º Conde de Sunderland e Secretário de Estado para o
Departamento do Norte, negociaram um acordo de casamento com os dinamarqueses em segredo para
impedir que seus planos vazassem para os holandeses.[8] Jaime, Duque de Iorque, o pai de Ana,
concordou com o casamento por diminuir a influência do seu outro genro, o holandês Guilherme III de
Orange, que naturalmente não gostou da união.[9]

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