Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Conquista da Inglaterra
Apesar de Canuto II ter sido eleito Rei da Inglaterra e da Dinamarca não pode assumir nenhum dos dois
reinos fazendo com que deixasse o trono inglês para o Rei que havia sido exilado no ano de 1013, o Rei
Etelredo II de Inglaterra já o da Dinamarca acabou por ficar sob o comando de seu irmão Harold II, assim
Canuto II da início a organização de tropas para a invasão da Inglaterra na qual pretendia retomar o trono
inglês.
Assim, no ano de 1015, Canuto começa a invasão pela região de Wessex. As tropas de Canuto II são
estimadas em 10 mil soldados embarcados em cerca de 200 navios, fazendo com que levassem cerca de um
ano até que ele e suas tropas percorressem a trajetória de aproximadamente 124 km de Southampton, local
do desembarque, até Londres, tomando as cidades e povoados, além de castelos
Reinado na Inglaterra
Como rei dinamarquês da Inglaterra, Canuto II foi rápido em eliminar qualquer descendente da poderosa
dinastia Wessex. O primeiro ano de seu reinado foi marcado pelas execuções de vários nobres ingleses que
ele considerava suspeitos. Os filhos de Etelredo II com Emma da Normandia fugiram sob a proteção de
seus parentes no Ducado da Normandia. Em julho de 1017, Canuto II se casa com a Rainha Ema, viúva de
Etelredo II e filha de Ricardo I, Duque da Normandia. Mais tarde, ele proclama seus filhos com Emma
como legítimos herdeiros. Enquanto seus dois filhos de seu casamento com Elgiva de Northampton, sua
concubina, foram mantidos à margem na corrida ao trono. Canuto II baseando-se na tendência inglesa de
agrupar vários condados sob um mesmo líder, dividiu o país em quatro grandes unidades administrativas.
Os responsáveis por essas províncias foram designados condes, um título de origem escandinava já em uso
localizado na Inglaterra. Wessex foi inicialmente mantido sob o controle pessoal de Canuto II, enquanto
Nortúmbria foi para Érico da Noruega, Anglia oriental para Thorkell, o alto, e Mércia permaneceu nas
mãos de Eadrico Streona.[7]
e em um esforço para se reconciliar com seus clérigos, Canuto reparou todas as igrejas e mosteiros ingleses
que foram vítimas do saque dos Vikings e reabasteceu seus cofres. Ele também construiu novas igrejas e foi
um patrocinador sincero de comunidades monásticas. Sua terra natal, a Dinamarca, era uma nação cristã em
ascensão, e o desejo de melhorar o aspecto desta religião ainda eram novos. Como exemplo, a primeira
igreja de pedra registrada para ter sido construída na Escandinávia foi em Rosquilda, em 1027, e seu
patrono era a irmã de Canuto, Estride Svendsdatter.[8]
Suas doações ecumênicas eram muitas vezes exuberantes.[9] Terras foram dadas ao clero, juntamente com
isenção de impostos e relíquias. Outro ponto a favor de Canuto II foi Winchester, perdendo apenas para a
diocese da Cantuária em termos de riqueza.[10] Old Minster foi o destino de um santuário para as relíquias
de São Birino. No entanto, é importante lembrar que nem todos os clérigos ingleses estavam ao seu favor, e
a tributação foi amplamente sentido. Suas atitudes em relação à cidade de Londres claramente não eram
boas. Os mosteiros de Ely e Glastonbury aparentemente não estavam em boas condições.[11]
Canuto II não limitou-se aos seus territórios para as suas benfeitorias e doações. Entre elas estavam um
envio de um Saltério e sacramentário feito em Peterborough, que tinha grande reconhecimento por suas
iluminuras de grandiosa qualidade neste período, para Colônia e um livro escrito em ouro, para Guilherme,
o Grande da Aquitânia.[12]
As Romaria
Após essas conquistas bélicas Canuto II foi fazer uma peregrinação para Roma, uma prática muito comum
entre os católicos e poderia ser usada para motivações políticas uma vez que o Papa era uma figura que
exercia poder temporal equivalente a um Rei ou príncipe, e exercia grande influência sobre os demais
príncipes europeus. Outro aspecto que também deve ser levado em consideração e o aspecto religioso que
permeava a ida até Roma, uma vez que os chefes de estado e líderes militares medievais tendiam a ter um
forte vínculo religioso e suas ações muitas das vezes eram balizadas por critérios religiosos.
Nessa peregrinação ocorreu um encontro com Papa João XIX, nesse período que Canuto II estava em
Roma ele acabou por presenciar a coroação do sagrado Imperador romano Conrado II, essa coroação
reuniu os mais poderosos senhores da Europa em Roma dentre eles o próprio Papa, o sagrado imperador de
Roma, que era tido como o herdeiro do grande legado do Império Romano, e um senhor do norte que havia
acabado de conquistar o mar do norte e submeter três grandes reinos ao seu controle. Além de Rodolfo III
de Borgonha e os bispos que eram eleitores do sacro império.
Controvérsias religiosas
É difícil determinar se as atitudes de Canuto II em relação à Igreja católica derivada da profunda devoção
religiosa ou era apenas um meio de reforçar o domínio de seu regime sobre o povo. Há evidências de
louvor pela religião pagã, enquanto outros líderes vikings insistiam na rígida observação da linha cristã,
como São Olavo.[13] No entanto, ele também demonstra o desejo de uma nação cristã respeitável dentro da
Europa. Em 1018,[14] algumas fontes sugerem que ele estava na igreja da Cantuária no retorno do
Arcebispo Lyfing de Roma, para receber cartas de exortação do Papa. Ele foi da Cantuária para o
Witenagemot em Oxford, com o Arcebispo Wulfstan de York presente.
Após a sua morte o Império do Mar do Norte foi dissolvido novamente nos reinos que o originaram,
Inglaterra, Dinamarca e Noruega, ficando respectivamente sobre os reinados de Haroldo I, Canuto III e
Magno I. uma vez que a sucessão destes reinos que Canuto II havia aglomerado não eram hereditários e
sim eletivos. deste modo a união entre os maiores reinos do norte da Inglaterra durou pouquíssimo tempo,
todavia neste período de nove anos todos os três reinos foram beneficiados com uma crescente comercial
uma vez que faziam parte da mesma suserania.
E quando os normandos invadem e conquistam a Inglaterra em 1066 sobre o comando de Guilherme I eles
implantam o sistema hierárquico vigente na França à época, porém mantem o termo Earl para referir-se a
condes na parte insular, porém na parte continental optaram por manter o termo Count uma vez que tinham
como intenção evitar que os Ingleses tivessem lembranças do Imperador Canuto II.[16]
Cultura Popular
na cultura popular, Canuto II aparece na lenda de Rei Canuto e a maré, esta lenda nos diz que o Rei Canuto
II, o Grande, foi um monarca poderoso no seu tempo e senhor do imenso Império do Mar do Norte, que
abrangia toda a Inglaterra, Dinamarca, Noruega e partes da atual Suécia. Tempos depois de sua morte, o
historiador inglês Henrique de Huntingdon escreveria que o Rei Canuto II estava no apogeu de seu reinado
quando pediu que seu trono fosse colocado na praia e, ao começar a subir a maré, ordenou ao oceano que
não penetrasse em seus domínios. Mas a maré continuava a subir, como de costume, sem qualquer
reverência por sua realeza. As águas já cobriam suas canelas, quando o Rei se afastou, dizendo: Que todos
saibam que o poder dos Reis é vão e inútil, que não existe ninguém digno do nome de Rei, a não ser
Aquele a quem o céu, a terra e o mar obedecem por leis eterna. Desde então o Rei Canuto nunca mais
colocou a coroa sobre sua cabeça, dedicando-a ao Rei Todo-poderoso.[17]
Títulos e sucessão
Referências
1. Graslund, B (1986). « 'Knut den store och sveariket: Slaget vid Helgea i ny belysning' ».
Scandia: 211 - 238.
2. McDonald, R. Andrew (Russell Andrew), 1965-; Somerville, Angus A., 1943-. The Viking
age : a reader (https://www.worldcat.org/oclc/867897668) Second edition ed. North York,
Ontario, Canada: [s.n.] p. 435. OCLC 867897668 (https://www.worldcat.org/oclc/867897668)
3. Trow, M. J. (2005). Cnut : emperor of the north (https://www.worldcat.org/oclc/56964952).
Stroud: Sutton. p. 197 - 198. OCLC 56964952 (https://www.worldcat.org/oclc/56964952)
4. Whitelock, Dorothy. (1996). English historical documents. Volume 1, C. 500-1042 (https://ww
w.worldcat.org/oclc/252942508) 2nd ed ed. London: Routledge. p. 335 - 336.
OCLC 252942508 (https://www.worldcat.org/oclc/252942508)
5. Sawyer, P. H. (1997). The Oxford illustrated history of the Vikings (https://www.worldcat.org/o
clc/36800604). Oxford [England]: Oxford University Press. p. 171. OCLC 36800604 (https://w
ww.worldcat.org/oclc/36800604)
6. Stenton, F. M. (Frank Merry), 1880-1967. (1971). Anglo-Saxon England (https://www.worldca
t.org/oclc/823170081) 3d ed ed. Oxford [England]: Clarendon Press. p. 393. ISBN 978-0-19-
150024-4. OCLC 823170081 (https://www.worldcat.org/oclc/823170081)
7. Lawson, M. K. (Michael Kenneth), 1950- (2004). Cnut : England's viking king (https://www.wo
rldcat.org/oclc/57698761) [2nd ed.] ed. Stroud: Tempus. p. 121. OCLC 57698761 (https://ww
w.worldcat.org/oclc/57698761)
8. Roesdahl, Else.; Wilson, David M. (David Mackenzie), 1931-; Galeries nationales du Grand
Palais (France); Altes Museum (Berlin, Germany); Nationalmuseet (Denmark) (1992). From
Viking to crusader : the Scandinavians and Europe, 800-1200 (https://www.worldcat.org/oclc/
27021202). New York: Rizzoli. ISBN 0-8478-1625-7. OCLC 27021202 (https://www.worldcat.
org/oclc/27021202)
9. Lawson, M. K. (Michael Kenneth), 1950- (2004). Cnut : England's viking king (https://www.wo
rldcat.org/oclc/57698761) [2nd ed.] ed. Stroud: Tempus. p. 125. OCLC 57698761 (https://ww
w.worldcat.org/oclc/57698761)
10. Lawson, M. K. (Michael Kenneth), 1950- (2004). Cnut : England's viking king (https://www.wo
rldcat.org/oclc/57698761) [2nd ed.] ed. Stroud: Tempus. p. 124 - 125. OCLC 57698761 (http
s://www.worldcat.org/oclc/57698761)
11. Lawson, M. K. (Michael Kenneth), 1950- (2004). Cnut : England's viking king (https://www.wo
rldcat.org/oclc/57698761) [2nd ed.] ed. Stroud: Tempus. p. 104. OCLC 57698761 (https://ww
w.worldcat.org/oclc/57698761)
12. Lawson, M. K. (Michael Kenneth), 1950- (2004). Cnut : England's viking king (https://www.wo
rldcat.org/oclc/57698761) [2nd ed.] ed. Stroud: Tempus. p. 95 - 98. OCLC 57698761 (https://
www.worldcat.org/oclc/57698761)
13. Trow, M. J. (2005). Cnut : emperor of the north (https://www.worldcat.org/oclc/56964952).
Stroud: Sutton. p. 197. OCLC 56964952 (https://www.worldcat.org/oclc/56964952)
14. Lawson, M. K. (Michael Kenneth), 1950- (2004). Cnut : England's viking king (https://www.wo
rldcat.org/oclc/57698761) [2nd ed.] ed. Stroud: Tempus. p. 143. OCLC 57698761 (https://ww
w.worldcat.org/oclc/57698761)
15. Hermann Pálsson, 1921-2002.; Edwards, Paul, 1926-1992. (1986). Knytlinga saga : the
history of the kings of Denmark (https://www.worldcat.org/oclc/17277466). Odense: Odense
University Press. pp. 11 – 45. ISBN 87-7492-571-7. OCLC 17277466 (https://www.worldcat.o
rg/oclc/17277466)
16. COSTA, ANTONIO LUIZ M. C. (2014). Títulos de Nobreza e Hierarquias. São Paulo:
DRACO. p. 47
17. «O rei Canuto à beira-mar» (https://contosparacrescer.wordpress.com/2011/09/07/o-rei-canut
o-a-beira-mar/). Consultado em 20 de julho de 2020
Bibliografia
McDonald, R. Andrew (Russell Andrew), 1965-; Somerville, Angus A., 1943-. The Viking
age : a reader Second edition ed. North York, Ontario, Canada: [s.n.] OCLC 867897668
Trow, M. J. (2005). Cnut : emperor of the north. Stroud: Sutton. OCLC 56964952
Whitelock, Dorothy. (1996). English historical documents. Volume 1, C. 500-1042 2nd ed ed.
London: Routledge. OCLC 252942508
Sawyer, P. H. (1997). The Oxford illustrated history of the Vikings. Oxford [England]: Oxford
University Press. OCLC 36800604
Sawyer, P. H. (1997). The Oxford illustrated history of the Vikings. Oxford [England]: Oxford
University Press. OCLC 36800604
Stenton, F. M. (Frank Merry), 1880-1967. (1971). Anglo-Saxon England 3d ed ed. Oxford
[England]: Clarendon Press. ISBN 978-0-19-150024-4. OCLC 823170081
Lawson, M. K. (Michael Kenneth), 1950- (2004). Cnut : England's viking king [2nd ed.] ed.
Stroud: Tempus. OCLC 57698761
Roesdahl, Else.; Wilson, David M. (David Mackenzie), 1931-; Galeries nationales du Grand
Palais (France); Altes Museum (Berlin, Germany); Nationalmuseet (Denmark) (1992). From
Viking to crusader : the Scandinavians and Europe, 800-1200. New York: Rizzoli. ISBN 0-
8478-1625-7. OCLC 27021202
Lawson, M. K. (Michael Kenneth), 1950- (2004). Cnut: England's viking king [2nd ed.] ed.
Stroud: Tempus. OCLC 57698761
Lawson, M. K. (Michael Kenneth), 1950- (2004). Cnut: England's viking king [2nd ed.] ed.
Stroud: Tempus. OCLC 57698761
Lawson, M. K. (Michael Kenneth), 1950- (2004). Cnut: England's viking king [2nd ed.] ed.
Stroud: Tempus. OCLC 57698761
Hermann Pálsson, 1921-2002.; Edwards, Paul, 1926-1992. (1986). Knytlinga saga: the
history of the kings of Denmark. Odense: Odense University Press. ISBN 87-7492-571-7.
OCLC 17277466
COSTA, ANTONIO LUIZ M. C. (2014). Títulos de Nobreza e Hierarquias. São Paulo:
DRACO. p. 47
Bennett, William (1995). O Livro das Virtude. Rio de Janeiro: Nova Fronteira
Graslund, B.,'Knut den store och sveariket: Slaget vid Helgea i ny belysning', Scandia, vol.
52 (1986).
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Canuto_II_da_Dinamarca&oldid=66944880"