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500 Anos do Falecimento do

Rei D. Manuel I
1521 – 2021
José Ribamar Trabulo de Souza (sócio nº 667)

Bloco e Selos Comemorativos do V Centenário do Falecimento de D. Manuel I


Correios de Portugal 26/03/2021
APRESENTAÇÃO

Em dezembo de 1521 ocorreu o


falecimento do rei D. Manuel I,
monarca da dinastia Aviz, que
governou Portugal de 1495 a 1521
num total de, aproximadamente, 26
anos. Ao longo de seu reinado D.
Manuel I, desempenhou um papel de
destaque em consequência de sua
forte ação, em áreas como: cultura,
economia, política, administração,
arte, navegação o que lhe
proporcionou o cognome de o
“Venturoso”, colocando Portugal em
uma posição de destaque entre todas
as nações europeias. Os Correios de
Portugal emitiram vários selos
postais, registrando diferentes fatos e
atos ocorridos durante o seu reinado
como: aclamação de D. Manuel I,
descoberta do caminho marítimo
para a Índia, o descobrimento oficial
do Brasil, a embaixada ao Papa Leão
X, a construção da Torre de Belém, a
criação do ofício do correio-mor,
inicio da construção do mosteiro dos
Jerônimos, entre outros. O conjunto
das peças filatélicas consegue
registrar o sucesso alcançado da
expansão ultramarina portuguesa, o
passado glorioso, confirmando a
grandeza do reinado de D. Manuel I.
Assim, após a apresentação da
biografia do rei D. Manuel I, é
apresentado para cada peça filatélica,
emitida pelos correios de Portugal,
um resumo histórico sobre o fato ou o
ato que ocorreu ao longo do reinado
de D. Manuel I, que corresponde ao
período de 1495 a 1521.
D. Manuel I "O Venturoso"
1495 - 1521
JOSÉ RIBAMAR TRABULO DE SOUZA (SÓCIO 667)

Rei D. Manuel I foi o 14º monarca português, sendo o


quinto rei da Dinastia Avis, sucedendo o Rei D. João II. Nasceu em 31 de maio
de 1469, na Vila Alcochete, situada na margem esquerda do estuário do Tejo.
Foi o nono filho dos infantes D. Fernando, Duque de Viseu (filho do rei Duarte I) e
de D. Beatriz de Portugal (neta do rei D. João I). Recebeu o cognome de O
Venturoso ou o Bem Venturado em reconhecimento aos fatos e atos que
ocorreram ao longo do seu reinado, que colocou Portugal na posição de
destaque no continente europeu em vista do imenso Império Português. Faleceu
em Lisboa em 13 de dezembro de 1521 com 52 anos, reinando durante
aproximadamente 26 anos. Foi sepultado na igreja velha do Restelo.
Decorridos 30 anos do seu falecimento, o rei D. João III, seu filho, determinou a
trasladação dos seus restos mortais, para o Mosteiro dos Jerônimos.
D. Manuel I, sem ser descendente direto do rei
antecessor, herdou o trono por testamento do rei D. João II, seu cunhado, em
consequência do falecimento do sucessor legítimo, Príncipe Real D. Afonso,
filho de D. João II e D. Leonor de Viseu, irmã de D. Manuel I. A sua aclamação
ocorreu em 27 de outubro de 1495, em Alcácer do Sal, contando com 26 anos de
idade, assumiu o título, pela primeira vez, de "Pela Graça de Deus, Manuel I,
Rei de Portugal e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, e Senhor da
Guiné”. A partir de 1499 com a descoberta do caminho marítimo para a índia
passou a usar o título: “Pela Graça de Deus, Manuel I, Rei de Portugal e dos
Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor da Guiné e da Conquista,
Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc."
A estátua abaixo do rei D. Manuel I, de Vasco da Conceição, localizada na Vila
de Alcochete, é um registro dos 500 anos de seu nascimento. Na mão direita
está segurando o ceptro, símbolo do poder real e na outra a esfera armilar
representando o êxito de Portugal nas grandes navegações e descobertas
como a chegada à Índia, ao Brasil, à península canadense, à Terra Nova, a
volta ao mundo pela navegador Fernão de Magalhães.
Em 5 de dezembro de 1496, como
parte do acordo matrimonial entre o
rei D. Manuel I e a princesa D. Isabel
de Aragão e Castela, filha dos reis
católicos, o monarca assinou o édito
de expulsão de judeus e mouros de
Portugal, definindo a data de 31 de
outubro de 1497 como limite para
que se retirassem do país. Aos
judeus ficou aberto duas opções: o
desterro ou a conversão ao
cristianismo.
Em 30 de setembro de 1497, o Rei D.
Manuel I casou com D. Isabel de
Aragão e Castela, viúva do príncipe
herdeiro D. Afonso, filho de D. João II
e sobrinho de D. Manuel I, em
Valência de Alcântara. No ano de
1498, com 27 anos de idade, em
Saragoça, por problemas ocorridos
no trabalho do parto, a Rainha Isabel
faleceu deixando um filho D. Miguel
da Paz, que com 23 meses de vida
morreu, na cidade de Granada no dia
19 de julho de 1500; sepultado no
Convento de Santa Isabel, em
Toledo.
Em 30 de
outubro de 1500, D. Manuel I casou com a Infanta D. Maria de Aragão e Castela,
sua cunhada, em Alcácer do Sal, com quem teve dez filhos: D. João (sucessor
do pai, futuro D. João III); D. Isabel (casada com Carlos V, Imperador da
Alemanha); D. Beatriz, (Duquesa de Sabóia, casada com Carlos III, Duque de
Sabóia); D. Luís (Duque de Beja, Condestável do reino); D. Fernando (Duque da
Guarda, casado com Guiomar Coutinho, Condessa de Marialva); D. Afonso
(Cardeal, Arcebispo de Évora e Lisboa); D. Maria (morreu jovem); D. Henrique
(Cardeal, Arcebispo de Braga, Évora e Lisboa, Inquisidor Geral, regente do reino
e rei de Portugal); D. Duarte (Duque de Guimarães) e D. Antônio (viveu poucos
dias). A rainha D. Maria de Aragão e Castela morreu em 1517, de causas
naturais em Lisboa, sendo sepultada na Madre de Deus, de onde foi trasladada
para o mosteiro de Belém.
Em 16 de julho de 1518, casou com a infanta D. Leonor de
Áustria, filha de Filipe, de Castela e de D. Joana de Castela (Habsburgo), em
Saragoça, com quem teve dois filhos: D. Carlos (morreu jovem) e D. Maria
(reconhecida como a mais culta das infantas). A rainha D. Leonor ficou viúva em
1521.
Entre 1512 e 1513 D. Manuel I publicou, de forma impressa, a
atualização das antigas Ordenações
Afonsinas (1446), incorporando a
estas todo o conjunto, de leis e
regimentos, ajustado com a situação
expansionista da coroa portuguesa. A
estrutura das Ordenações Afonsinas
foi preservada mantendo-se os cinco
livros. O livro nº 1 tratava do Direito
Administrativo, o de nº 2 do Direito
Eclesiástico, Fidalgo e Real; o de nº3
do Processo Civil; o de nº 4 do Direito
Patrimonial e o de nº 5 do Direito
Penal. As Ordenações Manuelinas
vigoraram até 1603 quando foram
ajustadas pelas Ordenações Filipinas.
Ao longo do seu reinado,
Portugal alcançou um período de Pintura do casamento de D. Manuel I
prosperidade, resultante da expansão com Dona Leonor de Áustria.
comercial com os produtos
provenientes das colônias ultramarinas portuguesas localizadas na América,
África, Índia e Oriente. Isto definiu a formação do Império Português,
posicionando Portugal como um dos países mais ricos e poderosos de toda a
Europa.
Atos e Fatos Ocorridos
Reinado de D. Manuel I - 1495 a 1521
Registrados em Peças Filatélicas Emitidas
Correios de Portugal
R elaç ão dos Selo s e Bloc os de A tos e F at os V inc ul ado s a o R ei D. M an uel I

01 Aclamação de D. Manuel I
02 Navegador Duarte Pacheco Pereira
03 Descoberta do Caminho Marítimo para Índia
04 Irmandade e Confraria de Misericórdia
05 Residência Oficial Palácio Nacional da Vila Sintra
06 Descobrimento do Brasil
07 Forais Manuelinos
08 Terceira Armada Portuguesa à Índia
09 Mosteiro dos Jerônimos
10 Gil Vicente
11 Chegada ao Ceilão
12 Relações Diplomáticas Portugal e Tailândia
13 Vice-Rei do Estado da Índia Portuguesa
D. Francisco de Almeida
14 Batalha de Diu
15 Governador do Estado da Índia Portuguesa
Afonso de Albuquerque
16 Janela do Convento – Tomar
17 Damião de Góis
18 Embaixada de D. Manuel I ao Papa Leão X
19 Torre de Belém
20 Chegada a Timor
21 Chegadas dos Portugueses a Cochinchina
22 Livro de Horas
23 Criação Correios Público
Aclamação de D. Manuel I

Bloco Comemorativo
“ V Centenário da Aclamação do Rei D. Manuel I”
Correios de Portugal 04/08/1995

A aclamação do rei de Portugal era a cerimônia em que o herdeiro ao trono


ascendia a monarca de Portugal. D. Manuel, da dinastia de Avis, foi aclamado
rei de Portugal, em 27 de outubro de 1495, na cidade Alcácer do Sal, assumindo
o trono como D. Manuel I, com 26 anos de idade, dois dias após o falecimento
do rei D. João II, seu primo, que faleceu em 25 de outubro de 1495. Foi o 14º rei
de Portugal e o primeiro a assumir o título de Rei de Portugal e dos Algarves,
d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhor do Comércio, da Conquista e da
Navegação da Arábia, Pérsia e Índia.
Navegador Duarte Pacheco Pereira

Selo Navegadores Portugueses


4º Grupo
Duarte Pacheco Pereira
Correios de Portugal 06/04/1993

N
o reinado de D. Manuel I, “ O Venturoso”, Duarte Pacheco Pereira,
nascido no ano 1460, reconhecido militar, navegador e cosmógrafo,
foi nomeado membro de uma expedição, pelo Atlântico, com o
objetivo de verificar a localização do meridiano especificado no acordo do
Tratado de Tordesilhas, o que é considerado, por historiadores, como sendo
uma base do descobrimento do Brasil.
Duarte Pacheco Pereira acompanhou Pedro Alvares Cabral na expedição de
1500, com destino a Índia.
Autor do livro Esmeraldo de situ orbis, deixado incompleto, detalha sobre
náutica e geografia marítima das costas ocidental e oriental da África. Obra
considerada de grande importância para os navegadores.
Exerceu o cargo de capitão de S. Jorge da Mina entre 1519 e 1522, quando
regressou a Lisboa.
No Oriente se destacou em várias ações militares com sucesso o que foi
reconhecido pelo Rei D. Manuel I.
Foi um grande navegador e um afamado guerreiro sendo cognominado por
Camões como o “Aquiles lusitano”, nas oitavas 13 a 25, canto X dos Lusíadas.
Descoberta do Caminho Marítimo para a Índia

V
asco da Gama nasceu em 1469 na
cidade de Sines, na região do
Alentejo,,filho de Estevão da Gama,
cavaleiro do Rei D. Fernando, e de Dona Isabel
Sodré. Casou com Catarina de Ataíde, filha do
Alcaide de Alvor, com quem teve sete filhos:
Cristóvão da Gama, Estêvão da Gama, Álvaro
d"Ataide da Gama, Isabel d"Ataide da Gama,
Francisco da Gama, Pedro de Silva da Gama e
Paulo da Gama. No ano de 1492, no reinado de
D. João II, foi responsável pela captura de
navios franceses no porto de Setúbal.
Com o seu conhecimento na área da
navegação, astronomia e matemática foi Selo Comemorativo
V Centenário de Nascimento
escolhido pelo Rei, D. Manuel I , para comandar
Vasco da Gama
a frota que partindo de Lisboa, em Belém, em
Correios de Portugal
julho de 1497, tinha a missão de descobrir o
30/12/1969
caminho marítimo para a Índia onde ocorria a
produção de sedas, especiarias, e a oferta de pedras preciosas de grande
interesse comercial na Europa, que até então era dominado pela República de
Veneza. A frota era constituída pela nau São Gabriel, comandada por Vasco da
Gama e pilotada por Pero de Alenquer, a nau São Rafael, comandada por Paulo
da Gama, irmão de Vasco da Gama, a caravela Bérrio comandada por Nicolau
Coelho, e o navio São Miguel de mantimentos e munições sob o comando de
Gonçalo Nunes. A comitiva era de 148 pessoas nas mais variedades habilidades
técnicas de navegação.
Vasco da Gama ampliou a exploração da rota marítima do navegador,
Bartolomeu Dias, que havia navegado, em 1488, de Portugal até o Cabo da Boa
Esperança, localizado no sul do continente africano.
No início do mês de março de 1498 a expedição chegou em Moçambique e no
mês de maio em Calecute, situada na costa
do Malabar, na Índia, onde ocorreu o encontro
de Vasco da Gama com o Samorim,
responsável pelas transações comerciais da
região e pela segurança dos mercadores,
com quem Vasco da Gama se apresentou, em
nome do Rei D. Manuel I, externando o desejo
da formalização de acordos comerciais entre
os dois países em uma base sólida e
duradoura. Ao Samorim foi ofertado
presentes. A recepção inicial ocorreu de
Selo Comemorativo forma diplomática mas com dificuldades de
V Centenário de Nascimento formalizar os acordos favoráveis devido as
Vasco da Gama diferenças culturais, os interesses dos
Correios de Portugal representantes do Samorim, e a reação dos
30/12/1969 mercadores mouros se sentindo ameaçados
com a concorrência dos portugueses no
comércio dos bens da Índia
Descoberta do Caminho Marítimo para a Índia
lgumas ações foram utilizadas para evitar o retorno da expedição

A para Portugal, com o propósito de que a rota marítima descoberta


por Vasco da Gama, não fosse
utilizada por outros exploradores.
O caminho marítimo para a Índia
descoberto por Vasco da Gama, abriu o
acesso entre a Europa e o Oriente, quebrando
o monopólio comercial dominado pelas
cidades de Gênova e Veneza. Após uma
permanência de cerca de 5 meses na Índia, a
expedição retornou para Portugal em outubro
de 1498, aportando em Lisboa, com uma
recepção apoteótica, em setembro de 1499,
tendo decorrido 2 anos e 2 meses desde a sua
partida em busca da Índia. Do total dos 148 Selo Comemorativo
tripulantes que iniciaram a expedição apenas V Centenário de Nascimento
Vasco da Gama
55 retornaram. Vasco da Gama recebeu do
Correios de Portugal
Rei D. Manuel, em reconhecimento ao seu
30/12/1969
grande feito, o título de Dom; a patente de
Almirante dos mares da Arábia, Pérsia, Índia e todo o oriente, além de pensão
anual de 300 mil réis. Em 1502, Vasco da Gama, comandou uma nova expedição
à Índia numa dimensão bem superior em quantidade de embarcações, de
pessoal e armamentos, a da primeira, com o objetivo de fixar o domínio
português na nova região. A armada era constituída de 20 embarcações
divididas em três esquadras: a primeira comandada por Vicente Sodré, com 5
navios; a segunda também com 5 unidades e
capitaneada por Estevam da Gama, primo de
Vasco da Gama; a terceira com 10 navios
comandada por D. Vasco da Gama. Em
fevereiro de 1524, comandou a terceira
expedição à Índia, com o título de vice-rei,
com a missão de substituir o governador
Duarte de Meneses e confirmar a presença
portuguesa na Índia. No mês de dezembro, na
véspera de natal, faleceu e seu corpo foi
sepultado no mosteiro dos Frades de São
Francisco, em Cochim na Índia. No ano 1539
Selo Comemorativo
V Centenário de Nascimento
os restos mortais foram transportados para
Vasco da Gama Portugal e depositados, no seu jazigo, na vila
Correios de Portugal da Vidigueira Quinta do Carmo. Desde 1880 se
30/12/1969 encontram na Igreja do Mosteiro dos
Jerônimos, em Lisboa. O grande poeta
português, Luis Vaz de Camões, na sua imortal obra Os Lusíadas, narra a saga
das viagens de Vasco da Gama.
Descoberta do Caminho Marítimo para a Índia

Selo ilustrando a frota de Vasco da


Gama, com moldura de figuras
náuticas e geográficas.

Selo ilustrando a chegada da


expedição Vasco da Gama em
Calicut, na costa oeste da Índia,
em 20 de maio de 1498.

Selo ilustrando a partida da


esquadra de Vasco da Gama, em
julho de 1497, na praia do Restelo,
onde os marinheiros estão
embarcando para a busca do
caminho marítimo para as Índias. O
selo cita da obra “Os Lusíadas”,
poema que narra grandes feitos dos
portugueses, um verso do Canto IV,
estrofe 93: “Determinei de assim
nos embarcarmos”.

Selos Emissão Comemorativa


“4º Centenário do Descobrimento do Caminho Marítimo para a Índia”
Correios de Portugal 01/04/1898
Descoberta do Caminho Marítimo para a Índia

Selo ilustrando uma “Janela Manuelina” com


a figura da História observando ao longe a
frota de Vasco da Gama, partindo em 1497
rumo às Índias.

Selo ilustrando uma “Janela Manuelina”


onde é observado a passagem de um galeão
com uma frase lapidar de “Os Lusíadas “ E
se mais mundo houvera, lá chegara”. Na
parte superior dois medalhões contendo
pintura de Vasco da Gama e Luís Vaz de
Camões.

Selo ilustrando o escudo de armas


manuelino com a figura de São Gabriel
sobre o casco de uma nau.

Selos Emissão Comemorativa


“4º Centenário do Descobrimento do Caminho Marítimo para a Índia”
Correios de Portugal 01/04/1898
Descoberta do Caminho Marítimo para a Índia

O selo ilustra o escudo


português manuelino tendo
Vasco da Gama
posicionado por trás
segurando sua espada. No
lado esquerdo uma sereia
segurando um galeão tendo
ao fundo paisagem da Índia
com edificações, palmeiras
e animais.

Selo Ilustrando uma varanda


manuelina de onde se observa
a frota tendo nas laterais
soldados armados segurando
escudos, com detalhes da
esfera armilar e a Cruz de
Cristo.

Selos Emissão Comemorativa


“4º Centenário do Descobrimento do Caminho Marítimo para a Índia”
Correios de Portugal 01/04/1898
Descoberta do Caminho Marítimo para a Índia

Selo ilustrando a visita do rei D.


Manuel I ao estaleiro conhecido
como Ribeira das Naus de Lisboa,
onde se concentrava recursos,
equipamentos e mão-de-obra
necessários à construção naval e
aparelhamentos dos navios.
Melhorias na arte da construção
permitiu a construção da caravela
de aparelho duplo que combinava
velas quadradas para o vento
traseiro, velas latinas para o vento
frontal. Nau adequada para viagens
oceânicas o que garantiu a
expansão ultramarina portuguesa.

Selo ilustrando a saída da frota de


Vasco da Gama em direção às Índias,
em 8 de Julho de 1497 após a
celebração da missa, com a presença
do rei D. Manuel I, na capela de Nossa
Senhora do Restelo em Lisboa. O
episódio de “O Velho do Restelo”, na
obra “Os lusíadas”, de Luís Camões, no
Canto IV, estrofes de 90 a 104, retrata
a partida da esquadra de Vasco da
Gama.
A esquadra além de armas e
suprimentos carregava mercadorias
para presentear aos povos que iriam conhecer.

Selos Emissão Comemorativa


“5º Centenário do Descobrimento do Caminho Marítimo para a Índia” 1º Grupo
Correios de Portugal 12/11/1996
Descoberta do Caminho Marítimo para a Índia

Selo ilustrando a armada de Vasco


da Gama com destino às Índias a
partir do Oceano Atlântico. Nas
velas é destacado o símbolo da
Ordem de Cristo, a Cruz de Malta. A
navegação no Oceano Atlântico
exigia muito preparo dos tripulantes
pois tinham que enfrentar grandes
ondas, correntezas, tempestades,
costas desabitadas e com recifes,
difíceis de atracar. Cada navio tinha
seu capitão, o piloto e o mestre, que
comandava os marinheiros.

Selo ilustrando a dobra da frota


comandada por Vasco da Gama no
Cabo da Boa Esperança, em 22 de
novembro de 1497. O navegador
português Bartolomeu Dias, em 1488,
foi o primeiro europeu a dobrar o Cabo
das Tormentas que foi modificado pelo
Rei D. João II para Cabo da Boa
Esperança pois estava descoberto o
acesso para o Oceano Índico, o que
permitia a chegada à Índia. Por
ocorrer violentas tempestades foi
criada a lenda do monstro Adamastor
que ameaçava quem tentasse dobrar o Cabo das Tormentas e navegar no
oceano Índico.

Selos Emissão Comemorativa


“5º Centenário do Descobrimento do Caminho Marítimo para a Índia” 1º Grupo
Correios de Portugal 12/11/1996
Descoberta do Caminho Marítimo para a Índia

Bloco Comemorativo
“500 Anos do Descobrimento do Caminho Marítimo para a Índia –1º Grupo”
Correios de Portugal 12/11/1996

O bloco filatélico ilustra o sonho do Rei D. Manuel I onde aparece dois homens
que parecem representar os dois grandes rios da Índia: Ganges e Indo
indicando um prenúncio de que D. Manuel I seria reconhecido pelo grande feito
de patrocinar expedição, em busca de um caminho marítimo para a Índia o que
colocaria Portugal no patamar dos descobrimentos de novos continentes. As
imagens de água sugerem o desafio de vencer os mares até a chegada à Índia,
país onde correm os rios Ganges e Indo. Na obra os Lusíadas, no Canto IV, na
estrofe 74, é narrado o discurso do rio Ganges que profetiza sobre Portugal, que
irá dominar novas terras ultramarinas. Na estrofe 76 o Rei D. Manuel I pronuncia
aos seus súditos sobre os grandes desafios que serão enfrentados o que
estimula, a busca do novo caminho para o oriente.

"Eu sou o ilustre Ganges, que na terra


Celeste tenho o berço verdadeiro;
Estoutro é o Indo Rei que, nesta serra
Que vês, seu nascimento tem primeiro.
Custar-te-emos contudo dura guerra;
Mas insistindo tu, por derradeiro, “Chama o Rei os senhores a conselho,
Com não vistas vitórias, sem receio, E propõe-lhe as figuras da visão;
A quantas gentes vês, porás o freio."— As palavras lhe diz do santo velho,
Que a todos foram grande admiração.
Os Lusíadas Canto IV: Estrofe 74 Determinam o náutico aparelho,
Para que, com sublime coração,
Vá a gente que mandar cortando os
mares
A buscar novos climas, novos ares.”

Os Lusíadas Canto IV: Estrofe 76


Descoberta do Caminho Marítimo para a Índia

Selo ilustrando a colocação do Padrão de


São Gabriel em Quelimane, Mocambique,
correspondendo a uma coluna cilindrica
de pedra, com registro das armas e
quinas portuguesas, uma inscrição
contendo a data que foi descoberto o
local, o nome do rei e do descobridor. A
cruz na parte superior simbolizando a
presença cristã. O padrão de São Gabriel
representava a soberania territorial e a
expansão evangélica .

Selo ilustrando a escala na Ilha de


Moçambique onde a frota chegou em 2
de março de 1498, após a passagem pelo
Cabo da Boa Esperança, sendo os
primeiros navios de procedência
europeia a penetrarem em águas
desconhecidas. Ficou ancorada por
vários dias e o sultão de Moçambique
liberou dois pilotos, conhecedores da
navegação no oceano Índico, para
ficarem à disposição de Vasco da Gama
no prosseguimento da viagem rumo à
Índia. Devido a reação hostil da
multidão, Vasco da Gama se retirou de Moçambique utilizando disparos de
canhões contra a cidade.

Selos Emissão Comemorativa


“5º Centenário do Descobrimento do Caminho Marítimo para a Índia” 2º Grupo
Correios de Portugal 05/11/1997
Descoberta do Caminho Marítimo para a Índia

Selo ilustrando a chegada de Vasco da


Gama em Mombaça, no Quênia, onde
chegou a 7 de abril de 1498. Reações
hostis ocorreram em frente à cidade o
que não permitiu o contato amigável
capaz de ocorrer a negociação do
abastecimento de alimentos e a
disponibilidade de um piloto experiente
que orientasse a navegação da frota
rumo à Índia.

Selo ilustrando a recepção ao rei de


Melinde que se mostrou amigável aos
portugueses liberando um piloto árabe,
conhecedor do oceano Índico, das
monções, que orientou a frota até
Calecute, porto na costa sudoeste da
Índia.

Selos Emissão Comemorativa


“5º Centenário do Descobrimento do Caminho Marítimo para a Índia” 2º Grupo
Correios de Portugal 05/11/1997
Descoberta do Caminho Marítimo para a Índia

Bloco Comemorativo
5º Centenário do Descobrimento do Caminho Marítimo para a Índia” 2º Grupo
Correios de Portugal 05/11/1997

O bloco filatélico apresenta uma gravura representando a escala da expedição


Vasco da Gama, para descanso e reposição do estoque de água doce, madeira
e mantimentos, que ocorreu a 25 de dezembro de 1497, quando foi avistado o
cabo, na costa oriental africana, África do Sul, que foi nomeado, Natal, por ser
o dia do nascimento de Jesus Cristo.
Descoberta do Caminho Marítimo para a Índia

Selo ilustrando um diálogo entre o


comandante-mor Vasco da Gama e o
seu piloto árabe Ahmad Ibn Madjid ,
que contribuiu para a descoberta do
caminho marítimo para a Índia a partir
da África. A experiência de Ahmad na
navegação oceânica, no Índico, o
tornou famoso como o título de
navegador e cartógrafo árabe.

Selo ilustrando tempestade no oceano


Índico. Nos relatórios diários de bordo
há registro de ocorrências de grandes
tempestades na viagem de ida e de
volta à Índia devido a intensos
ciclones.

Selos ilustrando a chegada da frota de Vasco da Gama após 23 dias de viagem


percorridos desde a última escala em Melinde, em Calecute, sendo o primeiro
navegador português a chegar à Índia por via marítima. Depois de alguns dias
de espera, Vasco da Gama foi recebido pelo Samorim , título do antigo soberano
de Calecute, na costa de Malabar, na Índia.

Selos Emissão Comemorativa


“5º Centenário do Descobrimento do Caminho Marítimo para a Índia” 3º Grupo
Correios de Portugal 04/09/1998
Descoberta do Caminho Marítimo para a Índia

Bloco Comemorativo
“500 Anos da Descoberta do Caminho Marítimo para a Índia – 3º Grupo”
Correios de Portugal 04/09/1998

O bloco filatélico apresenta Vasco da Gama narrando a História de Portugal


para o rei de Melinde, onde os navegadores foram bem recebidos. O rei externa
a Vasco da Gama a sua curiosidade de conhecer com mais detalhes sobre o
povo português. Em atenção ao pedido do rei, Vasco da Gama narra sobre a
largada da frota, em Lisboa, os acidentes ocorridos durante o percurso da
viagem e as dificuldades enfrentadas como a incidência da doença escorbuto.
Descreve a Europa, conta várias histórias de Portugal, como a de Inês de
Castro.
Irmandade e Confraria de Misericórdia

E
m 15 de agosto de 1498, dia da assunção da Virgem, a Rainha D.
Leonor, viúva do Rei D. João II, irmã do Rei D. Manuel, no exercício da
Regência do reino de Portugal, devido a ausência do Rei, criou a
primeira Irmandade e Confraria de
Misericórdia, do reino, na cidade de
Lisboa, na Capela da Torre Solta, com a
participação do Frei Miguel Contreiras.
Com o regresso do Rei D. Manuel I, novas
misericórdias foram criadas, em várias
cidades do reino português.
Os serviços propostos na Irmandade e
Confraria de Misericórdia para serem
executados, por seus membros,
consistiam de: reunir cativos, visitar os
presos, cobrir os desprovidos de
vestimentas, fornecer alimentos aos
necessitados, curar os enfermos, oferecer
pousada aos peregrinos carentes,
Selo Comemorativo
disponibilizar assistência aos condenados
500 Anos das Misericórdias
e enterrar os mortos carentes. A Rainha
Correios de Portugal 20/02/1998
estabeleceu o Compromisso da
Misericórdia, englobando 14 práticas
sendo 7 espirituais e 7 corporais. A primeira edição impressa do Compromisso
da Confraria de Misericórdia ocorreu em 20 de Dezembro de 1516. O Rei D.
Manuel I, em 1520, mandou elaborar
uma nova versão do Compromisso,
iluminada com pinturas de Antônio
Holanda. Um século depois havia mais
de uma centena de Misericórdias em
Portugal continental e mais de 50 nos
territórios ultramarinos. São Francisco
Xavier no ano 1542 externou, numa
carta dirigida a São Inácio Loyola, o seu
sentimento acerca das obras realizadas
pelas Misericórdias: “companhia de
homens muito honrados... que se chama
Selo Comemorativo
a Misericórdia” e “é coisa de admiração
500 Anos das Misericórdias
ver o serviço que estes bons homens
Correios de Portugal 20/02/1998
fazem a Deus N. Senhor em favorecer a
todos os necessitados”.
O selo postal de 80$00 ilustra o retábulo central, da Igreja da Misericórdia de
Bragança, Portugal, que contém a imagem de Nossa Senhora da Misericórdia
com doze personagens do clero e nobreza como Rei D. João II, a Rainha D.
Leonor e o Frei Miguel Contreiras. O selo de 100$00 ilustra pessoas da
antiguidade ao redor de um acamado.
Residência Oficial
Palácio Nacional da Vila Sintra
O Palácio Nacional de Sintra é localizado na
vila de Sintra, Distrito de Lisboa, o que é
também conhecido como Palácio da Vila. A
sua construção teve início no século XV,
aproveitando as ruínas de uma antiga
construção da época do domínio dos árabes
na península ibérica. Por muito tempo foi
utilizado como residência da Família Real
Portuguesa.
A partir de 1489, no reinado de D. João II, o
palácio foi reconstruído com obras no seu
interior utilizando vários materiais inclusive
azulejos andaluzes.
No reinado de D. Manuel I foi construído novos
espaços como a Sala dos Brasões. O Rei D.
Selo Emissão Palácios Nacionais
João III, edificou o espaço compreendido
Palácio Vila Sintra
entre as alas joanina e manuelina.
Correios de Portugal 11/10/1990

O Rei D. Pedro II realizou uma repintura dos


tetos de vários ambientes do palácio.
O Rei D. José, no ano em que ocorreu o
grande terremoto em Lisboa, realizou obras
de recuperação naquilo, que foi destruído
pelo sismo, e ampliou o palácio construindo
novos ambientes.
Um aspecto arquitetônico marcante no
palácio é o par de chaminés no formato
cônico e com altura de 33 metros, que é
considerado um símbolo de Sintra. No seu
interior é destacado os ambientes: Sala dos
Arqueiros, Sala Moura, Sala das Pegas, Sala
dos Cisnes, Sala das Sereias, Sala da
Audiência e a Sala dos Brasões onde se
encontram representados a representação
das armas de famílias nobres portuguesas
ao redor das pinturas dos filhos do rei D.
Manuel I.
Alguns fatos históricos importantes da
monarquia portuguesa ocorreram no Palácio
de Vila Sintra, como: a notícia dada ao Rei
D. Manuel I do descobrimento do Brasil, o
Selo Emissão nascimento do Rei D. Afonso V, o
“Palácios de Portugal Sintra” encarceramento do Rei D. Afonso VI, a
Correios de Portugal 03/10/2012 leitura de Os Lusíadas de Luíz Vaz de
Camões para o Rei D. Sebastião.
Descobrimento do Brasil
edro Álvares nasceu na vila de

P
Belmonte, na Beira Baixa, filho
de Dona Isabel de Gouveia e
Dom Fernão Cabral. Viveu sua
infância em companhia dos
pais e dos seus dez irmãos. Com a morte
de seu irmão mais velho é que recebeu o
sobrenome da família Cabral. Com a
idade de onze anos, foi para a corte de
Afonso V, onde obteve um conhecimento
amplo de vários assuntos: literatura,
história, ciência e o domínio do uso de
armas. Com dezesseis anos, é nomeado
moço fidalgo da corte de D. João II. Aos
33 anos além de ser um homem culto,
conhecia com profundidade a arte da
navegação.
Os selos comemorativos emitidos pelo
Correios de Portugal registram: o
medalhão que se encontra no Mosteiro
dos Jerônimos, a frota comandada por
Pedro Álvares Cabral e o brazão de
armas da família Cabral. O selo emitido
pelo Correios do Brasil registra a frota
sendo observada por Cabral.
O Rei D. Manuel, convidou Pedro Álvares
Cabral para ser o Capitão-mor da grande
frota portuguesa com destino às Índias
de modo a realizar negociações
comerciais. Assim, no dia 8 de março de
1500, o Rei D. Manuel numa cerimônia
solene, na Capela de Nossa Senhora de
Belém, marca o embarque de todos os
tripulantes nas naus e caravelas
ancoradas no rio Tejo.

Selos Comemorativos
V Centenário do Nascimento de
Pedro Álvares Cabral
Correios de Portugal 30/01/1969
Correios do Brasil 22/04/1968
Descobrimento do Brasil

N
a tarde de 9 de março de 1500, com a intensidade dos ventos
adequados, os
13 navios
zarparam para a longa
viagem, sob o comando de
Pedro Álvares Cabral
acompanhado de ilustres
navegadores: Sancho de
Tovar, imediato de Cabral,
Bartolomeu Dias, descobridor
do cabo da Boa Esperança;
seu irmão Diogo Dias, Nicolau
Coelho e Pero de Escobar,
que participaram da primeira
viagem à Índia em companhia
de Vasco da Gama, cirurgião Conjunto Comemorativo
físico Mestre João, religiosos 500 Anos da Descoberta do Brasil
liderados pelo frei Henrique Emissão Conjunta dos Correios de Portugal e do Brasil.
11/04/2000
Soares, de Coimbra e Pero
Vaz Caminha escrivão da
frota, que transportava em torno de 1.200 tripulantes distribuídos nas diversas
especialidades da navegação.

No dia 22 de abril de 1500, já ao entardecer


a tripulação começou a observar um monte
alto com grandes árvores, que recebeu o
nome de Monte Pascoal. No dia seguinte
Cabral autorizou Nicolau Coelho a acessar a
terra descoberta, quando ocorreu o primeiro
encontro com os nativos locais, com a troca
de presentes. Devido às condições
climáticas não permitindo o desembarque
dos tripulantes, Cabral determinou pela
busca de um outro local onde pudesse
Selo Comemorativo ocorrer o acesso de forma segura o que
Descobrimento do Brasil ocorreu na atual baía Cabrália. O piloto
Correios do Brasil 27/04/1984
Afonso Lopes autorizado por Cabral efetuou
o reconhecimento do novo local e no seu
retorno, ao navio, trouxe dois nativos que demonstraram grande curiosidade.
Descobrimento do Brasil

N
o dia 26 de abril de
1500, num domingo,
Cabral solicitou aos
religiosos que celebrassem
uma missa na nova terra com a
presença de todos os oficiais e
tripulantes. Frei Henrique
celebrou a missa, com a
presença de nativos do local,
num altar simples. Após a
missa, Cabral e seus oficiais
reunidos, na sua nau, com a
presença do escrivão da frota Bloco Comemorativo Sesquicentenário do Pintor
Caminha é iniciada a redação Nascimento de Victor Meirelles de Lima
“1ª Missa no Brasil”
da carta comunicando ao Rei
Correios do Brasil 18/08/1983
D. Manuel I, acerca da
descoberta da nova terra, sendo determinado que o comandante Gaspar de
Lemos seria o responsável pela viagem de retorno a Portugal para realizar a
entrega da carta de Pero Vaz Caminha e do relatório do Mestre João, o físico,
que realizou estudos astronômicos
localizando a constelação do Cruzeiro do
Sul. Antes da partida da frota para a Índia
foi construído um padrão com as armas de
Portugal que foi colocado numa entrada da
floresta onde foi celebrada uma segunda
missa. Após o término da missa é iniciada a
partida da nova terra, que Cabral batizara
de Vera Cruz. Somente depois da
descoberta do pau-brasil, ocorrida no ano
de 1511, é que a Terra de Santa Cruz
passou a ser chamada de Brasil.
No Largo da Glória, no Rio de Janeiro,
Brasil, se encontra a estátua de Pedro
Álvares Cabral acompanhado do navegador
João da Nova.

Selo Emissão
“Navegadores Portugueses”
Pedro Alvares Cabral
Correios de Portugal 29/07/1945
Forais Manuelinos
Foral era o documento que reconhecia a
existência de uma comunidade instalada em uma
determinada área geográfica onde era definido o
que lhe ficava a pertencer, o grau de autonomia e
o conjunto de regras fundamentais que deveriam
ser observadas pela comunidade.

No início do reinado de D. Manuel I, em 1495,


quando da reunião das Cortes em Montemor-o-
Novo, foi decidido sobre a revisão dos forais já
concedidos por haver discórdias sobre o assunto e
pela necessidade de serem atualizados a fim de se
adequarem às novas condições vingentes. Assim
D. Manuel I, nomeou Rui Boto, Chancelor-Mor do
Reino, João Façanha, Desembargador e Fernão
Pina Cavaleiro da Casa Real, como membros
efetivos da Comissão Especial responsável pelas
revisões e atualizações dos forais. Com a
continuidade dos trabalhos novos colaboradores
foram incorporados à comissão inicial.

Os forais novos foram escritos em português


atualizado – Leitura Nova – de modo a serem
esclarecedores para evitar interpretações dúbias.
Além disso, todas cidades, vilas e lugares do reino
português que nunca tinham recebido carta foral,
tembém seriam contempladas com esta reforma.
Ao longo do seu reinado entre 1495 e 1521
D.Manuel I outorgou quinhentos e oiteta e nove
Forais Novos. O texto definitivo de cada foral era
elaborado em três vias, cabendo uma cópia para o
senhor da terra, outra para a sede do concelho e a
terceira reservada para o arquivo na Torre do
Tombo. A 7 de agosto de 1500 foi expedido o novo
foral de Lisboa.
Terceira armada portuguesa à Índia

Em 1501, o rei D. Manuel I


autorizou o envio da terceira
armada à Índia, sob o comando
do navegador galego João da
Nova, a serviço da coroa
portuguesa constituída de três
naus e uma caravela, com um
contingente de 350 homens, que
zarpou de Lisboa em 10 de
março de 1501. Na expedição
João da Nova utilizou
instrumentos de medição
astronômica como Balestilha
que permitia medir a altura das

estrelas. A rota de navegação incluía uma


parada na costa brasileira que ocorreu em
abril de 1501 quando atingiu o cabo de
Santo Agostinho, em Pernambuco. A 13 de
maio de 1501 a frota a caminho da Índia,
descobriu a atual ilha de Ascensão. Na
costa da Índia batalhou contra a frota do
samorim de Calecute e implantou uma
nova feitoria em Cananor. Em setembro de
1502 retornou a Lisboa, com um
carregamento de especiarias, descobrindo
a ilha de Santa Helena. Em 1505
acompanhou a armada naval comandada
por Francisco Almeida, o primeiro vice-rei do estado da Índia, nomeado pelo rei
D. Manuel I, que tinha a missão de garantir o monopólio da navegação e do
comércio no Índico.
Em 1506, João Nova iniciou a viagem de retorno a Portugal, sendo interrompida
após o encontro com Tristão da Cunha, em Moçambique. Retornou à Índia onde
participou de vários combates como a batalha naval de Diu em 1509.
João da Nova faleceu em 1510 na cidade indiana de Cochim.

Selos Comemorativos
“5 Séculos da Presença Portuguesa nos Mares Austrais”
Correios de Portugal 11/10/2021
Mosteiro dos Jerônimos

Em 1496 o rei D. Manuel I, solicitou à Santa Sé, autorização para construir um


mosteiro, às margens do rio Tejo, em Belém, Lisboa. Neste local já existia a
igreja Santa Maria de Belém, o que definiu o nome “Mosteiro de Santa Maria de
Belém”, também conhecido como
Mosteiro dos Jerônimos .
Em vista da grandiosidade do projeto
arquitetônico e da riqueza de
detalhes a obra se desenvolveu ao
longo de décadas com o
envolvimento de vários mestres
responsáveis como: Diogo de
Boitaca, João de Castilho, Leonardo
Vaz, Diogo de Torralva, Jerônimo de
Ruão entre outros.
O edifício tem mais de trezentos Selo Emissão
metros de fachada, rico em detalhes, “Sete Maravilhas de Portugal”
construído com calcário de lioz, Mosteiro de Santa Maria de Belém (Jerônimos)
material disponível em locais Correios de Portugal 14/06/2007
próximo à obra como Ajuda, Rio
Seco, Alcântara e Laveiras. A igreja, Santa Maria de Belém, possui três naves
de mesma altura, rica em detalhes.
No portal Sul da Igreja, se destacam as imagens do Arcanjo S. Miguel e de
Santa Maria de Belém. No portal Principal se destaca as estátuas da rainha D.
Maria de Aragão ajoelhada e do rei D. Manuel I sob um dossel ricamente
decorado. Além da igreja o mosteiro
possui o Claustro interno de dois
andares, com abóbodas decoradas em
relevo, onde em uma de suas colunas é
apresentado o navegador Pedro Álvares
Cabral, o Refeitório dos monges, a sala
da Livraria. Símbolos relevantes na
história portuguesa são observados
como a Cruz da Ordem de Cristo, a esfera
armilar e o escudo nacional das Cinco
Quinas. Elementos naturalistas
associados ao mar estão presentes como
Selo Emissão Europa 1978
rolos de corda, monstros marinhos,
Mosteiro dos Jerônimos
corais, figuras femininas, serpentes
Correios de Portugal 02/05/1978
reforçam o estilo arquitetônico
manuelino. Na construção do mosteiro, o
rei D. Manuel I utilizou recursos financeiros oriundos do dinâmico comércio das
especiarias do Oriente e da África, no decurso da epopeia dos Descobrimentos.
No seu interior estão sepultados reis da Dinastia de Avis: D. Manuel I, D. João
III, D. Sebastião e D. Henrique, o Navegador Vasco da Gama e os escritores
Luís de Camões, Alexandre Herculano e Fernando Pessoa.
Gil Vicente

E
m 1465, nasceu Gil Vicente, na cidade portuguesa de Guimarães.
Realizou estudos na Universidade de Salamanca na Espanha.
Contraiu matrimônio com Branca Bezerra com quem teve dois filhos.
Com o falecimento de sua esposa realizou um novo casamento com Melícia
Rodrigues de onde nasceram três filhos.
Em 1502, na comemoração do nascimento do príncipe D. João, filho do Rei D.
Manuel I e da Rainha D. Maria, Gil Vicente participou como ator na encenação
da peça de sua autoria, Monólogo do Vaqueiro, baseada na adoração dos reis
magos. Com aceitação da Corte Portuguesa e do público, Gil Vicente se tornou
um nome reconhecido
resultando uma produção
literária bem intensa em
termos de quantidade e
de qualidade.
Sua produção literária foi
muito rica e diversificada
em obras de conteúdo
religioso, sátira social,
crítica de costumes,
atitudes moralizantes de
caráter medieval, poemas
estilo cantiga de
trovadores, escritas tanto
em português como em
Selos do IV Centenário da Morte de Gil Vicente
espanhol o que colocou
Correios de Portugal 29/07/1937
Gil Vicente como
dramaturgo e poeta,
sendo considerado o “Pai do Teatro Português”.
Dentre as suas obras se encontra: Auto da Visitação ou Monólogo do Vaqueiro,
Auto Pastoral Castelhano, Auto de São Martinho e Auto dos Reis Magos, Quem
Tem Farelos?, Auto da Índia, O Velho da Horta, Exortação da Guerra, Farsa de
Inês Pereira, Auto da Beira, O Clérigo da Beira, Auto da Lusitânia, Comédia do
Viúvo, Trilogia das Barcas (Auto das Barcas do Inferno, Auto da Barca do
Purgatório e Auto da Barca da Glória), A Floresta dos Enganos que foi escrita
em 1536 sendo a sua última obra.
Gil Vicente faleceu em Évora, Portugal, no ano de 1537. Na fachada do Teatro
Nacional D. Maria II, Lisboa, se encontra a estátua de Gil Vicente, obra do
escultor Francisco de Assis Rodrigues.
Numa pintura de Roque Gameiro é registrado Gil Vicente apresentando a peça,
“O Monológo do Vaqueiro”, quando da comemoração do nascimento do príncipe
D. João, futuro Rei D. João III.
Chegada ao Ceilão

Bloco Comemorativo
“500 Anos da Chegada dos Portugueses ao Ceilão”
Correios de Portugal 30.10.2006

A
pós a fundação de várias feitorias, o que seria conhecido como o
Estado Portugês da India, a expansão portuguesa continuava na
região e o Rei D. Manuel I ordenou que o vice-Rei da India, D.
Francisco de Almeida, explorasse a ilha Ceilão, conhecida desde a antiguidade
com o nome de Tabrobana.
No ano 1506 o
filho do vice-Rei, D. Lourenço
de Almeida, com uma armada
portuguesa chega ao Ceilão.
Desde então a presença
portuguesa em Ceilão foi se
consolidando de forma
contínua e a cada expedição
ocorria a presença de
missionários responsáveis
pela evangelização dos
Selos
nativos.
“500 Anos da Chegada dos Portugueses ao Ceilão”
Em 1518 foi contruída uma
Correios de Portugal 30.10.2006
fortaleza em Colombo, como
base para a expansão
territorial e garantir o controle sobre os três reinos existentes na ilha: Jafna, a
norte, Cot a sul e Cande no centro. Com o êxito da missão colonizadora
portuguesa é quebrado o monopólio árabe do comércio de especiarias que
predominava na região.
Relações Diplomáticas Portugal e Tailândia

Selos Comemorativos “ 500 Anos das Relações Diplomáticas Portugal -Tailândia.”


Correios de Portugal 20/07/2011

O rei D. Manuel I desejoso de eliminar o comércio muçulmano no oceano Indico,


determinou a conquista de Malaca o que ocorreu em 1511, por Afonso de
Albuquerque. A partir de então foi iniciado as relações de Portugal com a parte
Sueste da Ásia incluindo o Sião, para onde é enviado Duarte Fernandes como
Embaixador, colocando Portugal como o primeiro país ocidental a manter
relações diplomáticas com o Sião.

Em 1516, Duarte Coelho, representando o Reino de Portugal, e o Rei Rama


Tibodi II, do Reino do Sião, assinaram o primeiro Acordo de Amizade, Comércio
e Navegação o que permitiu que 300 portugueses, implantassem a Aldeia dos
Portugueses (Ban Portuguet), em Ayutthaya, capital do Reino do Sião, na
época. Em 1939 o nome do país, Sião, foi substituído para Tailândia, que
significa país livre.

Dentre as várias influências portuguesas na Tailândia, uma se destaca, que foi a


introdução da doçaria feita por, Maria Guiomar de Pina, Luso-japonesa, com a
receita dos Fios de Ovos, de grande aceitação no país, reconhecido pelo nome
local de “Foi Thong” (Fios Dourados). Outras especialidades portuguesas, se
firmaram na gastronomia tailandesa, como “Thong Yip” e os queques.

Selos Comemorativos “ 500 Anos das Relações Diplomáticas Portugal -Tailândia.”


Correios de Portugal 20/07/2011
Vice-rei do Estado da Índia Portuguesa
D. Francisco de Almeida
Após a descoberta do caminho marítimo para a Índia
por Vasco da Gama, em 1498 e de várias outras expedições à Índia o rei D.
Manuel I nomeou D. Tristão da Cunha, para exercer o cargo de Vice- rei da Índia
em 1504, o que não ocorreu por motivo de doença nos seus olhos. Em
substituição a D. Tristão o rei
concedeu o título para D.
Francisco de Almeida, militar
português e explorador
reconhecido pelos seus grandes
feitos, com a missão de
confirmar a soberania
portuguesa em todos os
territórios no Índico,
compreendidos desde a África
austral até ao sudeste Asiático.
Em 25 de março de 1505, D.
Francisco de Almeida, partiu de
Lisboa, para o porto de Dale, na
costa da Guiné, comandando
uma frota de 16 naus e 8
caravelas com 1.500 soldados.
Chegou em Quiloa em 23 de
julho onde garantiu o controle da Selo Comemorativo
cidade. Em prosseguimento à “ 450 Anos da Fundação do Estado da Índia”
D. Francisco de Almeida
adoção da política de expandir o
Casa da Moeda 24.03.1956
domínio português na região
dominou Mombaça, na costa
oriental da África. Na Índia edificou fortalezas em Cananor e Cochim onde
implantou a sede do Vice-reino em 31 de outubro de 1505. Ao longo do período
do seu mandato a soberania portuguesa na região foi alcançada. Em 1510,
quando do seu regresso para Portugal, faleceu em 01 de março, com 60 anos,
na Baia de Mesa, África do Sul, vítima de um ataque de naturais da terra
chamados de cafres. Durante a vigência do reinado de D. Manuel I foram
nomeados os seguintes governadores do Estado Português da Índia: Afonso de
Albuquerque, em 1509; Lopo Soares de Albergaria, em 1515; Diogo Lopes de
Sequeira em 1518; D. Duarte de Menezes em 1521.
Batalha de Diu
Em 3 de fevereiro de 1509, ocorreu a Batalha
Naval de Diu, no oceano Índico. O Império
Português contando uma armada de 9 naus; 6
caravelas; 2 galés; 1 brigatim; 800 soldados
portugueses e 400 hindu-nairs, sob o comando do
Vice-rei D. Francisco de Almeida, enfrentou uma
poderosa frota conjunta de 10 naus; 6 galés, 30
galés pequenas; 150 navios de guerra; 450
mamelucos e 5.000 guzarates; do Sultanato de
Gujarate, do Império Otomano, da República de
Veneza, do sultanato Mameluco Burji do Egito, do
Samorim de Calecute e da República de Ragusa;
sob o comando de Malik Ayyaz, Kunzali Marakkar
e Amir Husain. A armada portuguesa saiu da
cidade de Cochim a 12 de dezembro de 1508. Em
2 de fevereiro de 1509 os navios portugueses
chegaram em Diu. Ao se aproximar do local do
confronto D. Francisco de Almeida enviou uma
correspondência para Meliqueaz, governador de
Diu, onde citava:
"Eu o visorei digo a ti honrado Meliqueaz, capitão
de Diu, e te faço saber que vou com meus
cavaleiros a essa tua cidade, lançar a gente que
se aí acolheram, depois que em Chaul pelejaram
com minha gente, e mataram um homem que se
chamava meu filho; e venho com esperança em
Deus do Céu tomar deles vingança e de quem os
ajudar; e se a eles não achar não me fugirá essa
tua cidade, que me tudo pagará, e tu, pela boa
ajuda que foste fazer a Chaul; o que tudo te faço
saber porque estejas bem apercebido para
quando eu chegar, que vou de caminho, e fico
nesta ilha de Bombaim, como te dirá este que te
esta carta leva.”
A vitória alcançada pela armada portuguesa é
reconhecida como uma das maiores batalhas em
que Portugal se envolveu, determinando o
domínio do Império Português no Índico por vários
séculos, com a eliminação do poderio dos
derrotados. No contexto da batalha é conhecido
que o Vice-rei D. Francisco de Almeida com a
perda de seu filho, Lourenço de Almeida, em
1508, em Chaul, tinha um forte desejo de
vingança pela morte do filho. Do contingente
militar da coligação 4.000 militares morreram durante a batalha e os que
ficaram prisioneiros foram executados. A baixa portuguesa foi de 32 mortos e
300 desaparecidos. A nau capitânia Frol de La Mar foi utilizada pelo
comandante da esquadra D. Francisco de Almeida.
Governador do Estado da Índia Portuguesa
Afonso de Albuquerque
Afonso de Albuquerque nasceu na Quinta do
Paraíso, perto de Alhandra em 1453, filho de Albuquerque conselheiro do rei D.
Afonso V, e de D. Leonor de Menezes. No reinado de D. Manuel I, foi nomeado
governador da Índia, em substituição ao Vice-rei da Índia D. Francisco de
Almeida. O seu mandato ocorreu de outubro de 1509 a dezembro de 1515. Ao
longo do seu governo conquistou Goa, Cambaia, Calicute, Narsinga, Malaca e
Omuz. Comandou a esquadra que iniciou o controle da entrada do mar
Vermelho a fim de controlar a navegação estrangeira na área resultando no
domínio português sobre imenso território no oriente.
As conquistas de D. Afonso de Albuquerque no Oriente
confirmaram o seu perfil de um
excelente estrategista militar, que
conseguiu com os recursos
materiais e humanos reduzidos a
conquistar poderosos reinos
consolidando o gigantesco império
português no Índico, que
permaneceu sob o domínio do reino
de Portugal por vários séculos.
D. Afonso
de Albuquerque empreendeu uma
estrutura administrativa ajustada
aos diferentes reinos, conseguindo
respeitar os costumes de cada
grupo étnico obtendo assim o
respeito e a confiança da
população nativa. Em Goa,
conquistada em 1510, identificou o
Selo Comemorativo
seu potencial para ser a capital de “ 450 Anos da Fundação do Estado da Índia”
todas as possessões portuguesas D. Afonso de Albuquerque
no Oriente. Casa da Moeda 24.03.1956

No final
de 1515 com a chegada do novo governador nomeado pelo rei D. Manuel I, D.
Lopo Soares de Albergaria, D. Afonso de Albuquerque se encontrava doente e
na barra de Goa após manter a vista da cidade que lhe era muito querida veio a
falecer na madrugada de 16 de dezembro de 1515. Seu enterro foi acompanhado
por uma multidão que não acreditava em sua morte.
Na estátua de Afonso de Albuquerque, na cidade de Lisboa
tem na sua base quatro baixos relevos representando momentos históricos
ocorridos no período de seu governo no Estado da Índia, os quais são:
a) Entrega das chaves de Goa pelo vice-rei da Índia;
b) Derrota dos Mouros em Malaca;
c) Recepção do Embaixador dos Reis de Narcinga;
d) Resposta de Albuquerque a oferta de dinheiro que lhe fizeram,
significada na frase "é esta a moeda com que o Rei de Portugal paga os
seus tributos"
Janela do Convento -–Tomar

Selo Emissão Paisagens e Monumentos


3º Grupo de Valores
Tomar - Janela do Convento
Correios de Portugal 05/09/73

o reinado de D. Manuel I de Portugal, a partir de 1510 teve início a

N reforma do Convento da Ordem de Cristo, em Tomar, sob a


responsabilidade técnica do arquiteto português Diogo de Arruda,
que ampliou o espaço litúrgico colocando a Charola como capela-mor
da nova igreja conventual. A partir de 1513 a obra passou para o
arquiteto João de Castilho encerrando-a em 1515. A Nave manuelina é rica em
detalhes escultóricos como as janelas da sacristia, conhecida como “Casa do
Capítulo”. O projeto original apresentava três janelas das quais restam apenas
duas. Uma é vista do Claustro Principal, a outra está instalada na fachada
ocidental a qual é bastante conhecida com o nome de Janela do Capítulo, ou
Janela Manuelina, que está registrada, no selo postal emitido pelos Correios de
Portugal em setembro de 1973. A Janela Manuelina, retangular, emoldurada por
um rico emaranhado de nós de cordas, raízes e troncos, rematada por esferas
armilares, o escudo do Rei D. Manuel I e a cruz de Cristo. Dois contrafortes,
ladeiam a janela manuelina com estátuas de D. João II e D. Manuel I. O estilo
manuelino desenvolveu-se no período da expansão marítima com o uso de
elementos naturalistas e vegetalistas como conchas, cordas, corais, folhas,
alcachofras, animais, seres imaginários e exóticos, utilizados em janelas,
portas, arcadas, colunas e rosáceas. A arte manuelina utiliza a esfera armilar,
como símbolo do poder régio, e a cruz da ordem de Cristo, domo símbolo do
poder divino.
Damião de Góis

Selo Comemorativo “500 Anos do Nascimento de Damião de Góis”


Correios de Portugal 26/02/2002

Damião de Góis, nasceu em Portugal, na vila de Alenquer, em


dois de fevereiro de 1502, filho de Rui Dias de Góis e Isabel Gomes de Limi. Em
1511, com 9 anos de idade foi admitido, no Paço do rei D. Manuel I como pajem
de lança. Em 1518, aos 16 anos iniciou a função de moço de câmara. Ao longo
de sua permanência na corte, foi educado e externou interesse pela história,
diplomacia, música e literatura, dominando o latim. Conheceu personagens da
política e cultura, no momento em que o reinado de D. Manuel I, se destacava
pela expansão dos descobrimentos nos oceanos Atlântico e Índico.
Após o falecimento de D. Manuel I em 13 de dezembro de 1521, o sucessor rei D.
João III, em 1523, nomeou-o, com 20 anos de idade, para o cargo de secretário
da Feitoria Portuguesa de Antuérpia. No período de 1528 a 1531 realizou várias
missões diplomáticas e comerciais por vários países da Europa.
Em 1532, iniciou curso acadêmico na Universidade de Lovaina, Bélgica, e
traduziu para o latim o livro da embaixada do Imperador da Etiópia a D. Manuel
I. Durante vários anos desenvolveu vários estudos em diferentes cidades como
Paris, Estraburgo, Basileia, Friburgo, Pádua, convivendo com personagens
ilustres de várias áreas de conhecimento.
Em 1538 casou com Johanna Van Hargen, na cidade de Lovaina. Em 1558, por
solicitação do cardeal-infante D. Henrique, escreveu a crônica oficial do reinado
de D. Manuel I, completando a obra em 1565.
Em abril de 1571, acusado de heresia, foi julgado pelo Santo Ofício (Inquisição)
e condenado a cárcere perpétuo, cumprindo pena no Mosteiro da Batalha.
Devido ao seu grave estado de saúde, em 1573, foi libertado e autorizado a
recolher-se à sua casa em Alenquer, onde veio falecer em 30 de janeiro de 1574.
Damião de Góis

Selos Emissão “400º Aniversário da Morte de Damião de Góis”


Correios de Portugal 05/04/1974

Em 1974 os Correios de Portugal emitiram três selos


comemorativos registrando o “4º Centenário de Falecimento de Damião de Góis”
destacando três aspectos da sua personalidade: Humanista, Diplomata e
Historiador. Os selos ilustram o retrato em desenho de Damião de Góis com o
seu Escudo de Armas, ampulheta e pena sobre o frontespício da obra “Crônica
do Príncipe D. João e um alaúde sobre a pauta do motete a três vozes de autoria
de Damião de Góis.
Embaixada de Dom Manuel I ao Papa Leão X

Selos Comemorativos do 5º Centenário da Embaixada de D. Manuel I ao Papa Leão X


Correios de Portugal 29/07/2014

m 12 de março de 1514 um séquito pomposo formado por mais de

E 100 pessoas passou pelas ruas de Roma, ao som das salvas de


artilharia, do repicar dos sinos das igrejas e dos vivas das pessoas
acumuladas nas ruas, transportando uma volumosa quantidade de
ricos presentes incluindo animais: cavalo persa, papagaios, onça
domesticada, leopardos, além de um elefante branco de Ceilão acobertado com
guarnições de ouro, transportando o cofre contendo o pontifical, oferecido por
D. Manuel I, e moedas de ouro, sendo montado pelo conarca Naire.
A embaixada era chefiada por Tristão da Cunha, embaixador, fidalgo muito
respeitado, hábil político e militar, acompanhado de assessores: Diogo de
Pacheco, juriconsulto de 1ª ordem, latinista; João de Faria, magistrado versado
na jurisprudência civil e canônica e Garcia de Resende, antigo secretário de D.
João II, de vasta erudição.
A embaixada manuelina foi recebida por Leão X (um Médici, que liderou o
papado de 1513 a 1521), no dia 20 de março no Castelo de Santo Ângelo. O
cerimonial solene, da embaixada, iniciou com a leitura das credenciais de
Tristão da Cunha que foram entregues, ao Papa Leão X, por Garcia Rezende. Em
seguida Diogo Pacheco proferiu discurso, em latim, historiando os gloriosos
feitos dos portugueses nas descobertas, navegações e conquistas.
No dia seguinte ocorreu a entrega dos presentes trazidos de Portugal iniciando
com o cofre e depois os animais.
Com a grandiosidade da embaixada em tamanho, em riquesa e exótica, o Rei D.
Manuel I desejava impressionar o Papa Leão X, com toda a expressão da
riqueza visível, objetivando resultados políticos que confirmasse o papel de
Portugal como um forte país no processo dos descobrimentos e expansão do
imperío português.
Embaixada de Dom Manoel I ao Papa Leão X

Bloco Comemorativo da Embaixada de D. Manuel ao Papa Leão X


Correios de Portugal 03/05/1982

Em 03 de maio de 1982 os Correios de Portugal, emitiram um bloco


comemorativo para registrar a grande Embaixada que o Rei D. Manuel I
organizou para homenagear o Papa Leão X, caracterizada por uma suntuosidade
dos trajes, riqueza dos presentes e pelo exotismo da caravana que circulou
pelas ruas de Roma, a 12 de Março de 1514, com enorme sucesso.
Dentre os vários objetivos da embaixada o Rei D. Manuel I desejava consolidar o
poder político de Portugal no contexto europeu.

Selo Emissão Europa-82


Embaixada de D.Manuel I ao Papa Leão X
Correios de Portugal 03/05/1982
Torre de Belém

N
o reinado de D. Manuel I foi definido o plano de defesa do rio Tejo que
já tinha sido iniciado por D. João
II o que envolvia a construção da
Torre de S. Vicente, em Belém, com início
das obras em 1514, na margem norte do rio
Tejo. O arquiteto Francisco de Arruda,
depois de retornar do norte da África em
1514, para atuar na obra do Mosteiro dos
Jerônimos, em 1516 foi contratado como
mestre-de-obras do Baluarte do Restelo, Selo Emissão Monumentos e
Torre de Belém. O projeto elaborado Paisagens
contemplou a torre de menagem, muito Torre de Belém
utilizada nas construções medievais, com o Correios de Portugal 01/03/1972
baluarte de tamanho adequado a abrigar a
casamata onde deveria ser posicionados os canhões de tamanhos diferentes. O
conjunto arquitetônico englobou os seguintes espaços:

a) Casamata: um espaço de forma arredondada, com 16 canhões, colocados


junto das aberturas que dão para o rio. Os canhões possuíam tamanhos e
nomes diferentes, de acordo com a sua capacidade. Assim, os maiores
eram colocados na parte da frente da casamata e os mais pequenos, de
lado. Desta forma era possível atacar e defender de maneira eficiente
utilizando a artilharia pirobalística que utilizava a pólvora como força
propulsora. No piso inferior constava o paiol reservado para o
armazenamento da pólvora e dos mantimentos. Ao lado do paiol existiam
as masmorras que eram um espaço úmido e escuro onde ficavam os
prisioneiros. No período da dinastia Filipina personagens influentes na
época foram presos na Torre.

Selo Emissão “7 Maravilhas de Portugal”


Torre de Belém
Correios de Portugal 14/06/2007
Torre de Belém
b) Terraço do Baluarte: Espaço aberto onde foi colocada a imagem de
Nossa Senhora do Bom Sucesso ou Nossa Senhora das Uvas, com vista
para o Tejo, coroada de rainha, segurando numa das mãos um cacho de
uvas e uma folha de parra. Em uma guarita tem a cabeça de rinoceronte
registrando o presente que o Rei D. Manuel I recebeu de Alfonso de
Albuquerque, governador das Índias Portuguesas que havia recebido do
Rei Modofar de Cambaia.

c) Fachada Sul da Torre: rica em detalhes destacando Guaritas, Escudos


com Cruz de Cristo, Remate com o feitio de corda, Esfera armilar, Escudo
do Rei D. Manuel I, Varanda rendilhada com 7 arcos.

d) 1ª sala ou Sala do Governador: Nesta sala foi colocada uma cisterna para
armazenar a água das chuvas. O teto é arredondado. Duas passagens
permitem o acesso para as
guaritas nordeste e noroeste.
Gaspar de Paiva, primo do
navegador Fernão de
Magalhães, foi o primeiro
governador da Torre de
Belém, nomeado pelo rei D.
Manuel I.

e) 2ª sala ou Sala dos Reis :


sala ampla com janelas que
permitem uma vista de todo o Selo Emissão Continente Sul
local. Da varanda os Reis Torre de Belém
contemplavam toda a Correios de Portugal 23/09/2016
movimentação das
embarcações que navegavam
no rio Tejo. No piso há oito orifícios chamados Matacães que permitiam
os sentinelas lançarem pedras ou líquidos quentes sobre os inimigos que
se encontravam no piso inferior.

f) 3ª sala ou Sala das Audiências: A terceira sala da Torre era um espaço,


destinado para reuniões, dotado de bancos de pedra e lareira.

g) 4ª sala ou Capela: Ambiente com duas janelas altas, teto arredondado e


arqueado, com nervuras em pedra com representação da Cruz da Ordem
Militar de Cristo, escudo real e cruz de Cristo.
Torre de Belém
h) Terraço da Torre: Último espaço da Torre com vista ampla do Tejo e das
suas margens, e de vários monumentos posicionados no bairro de Belém:
Capela de S. Jerónimo, Mosteiro dos Jerónimos; Centro Cultural de Belém;
Padrão dos Descobrimentos; - o
Palácio Nacional da Ajuda; - à
esquerda, o Forte do Bugio. Em
1519 a obra foi declarada
concluída.
No reinado de D. Maria II, a Torre
de Belém foi restaurada, sob a
responsabilidade técnica do
engenheiro militar Antônio de
Azevedo Cunha e a supervisão do
Rei-consorte D. Fernando II.
Ocorreu a demolição dos “quartéis
filipinos” e o resgate historicista
com os merlões armoriados, o
nicho com a imagem de N.S. das
Uvas.
Os três selos componentes da
emissão “Torre de Belém 500
Anos”, de 2015, mostram no selo
de €0,45, o Códice da Casa de
Cadaval, nº29, imagem
disponibilizada pelo Arquivo
Nacional da Torre do Tombo -
ANTT; e a imagem do Rei D.
Manuel I, do acervo da Biblioteca
Nacional de Portugal; no selo de
€0,72, «Torre de Belém» de Évrard
Chauveau, de 1733, pintura do
Museu de Lisboa; imagem da
Selos Emissão “500 Anos da Torre de Belém”
Correios de Portugal 01/07/2015
escultura do rinoceronte, numa
gravura de Albrethc Durer de 1515;
no selo de €0,80, consta a imagem da Torre de Belém, da Topic Photo
Agency/age/Fotobanco, e a imagem da nota de 20$00, emitida em 1978, pelo
Banco de Portugal.
Torre de Belém

Bloco Comemorativo 500 Anos Torre de Belém


Correios de Portugal 01/07/2015

s Correios de Portugal em 1º de Julho de 2015, lançaram a emissão

O
“Torre de Belém 500 Anos, com um bloco comemorativo ilustrando a
casamata com o teto de arcos abobadados e vários canhões
posicionados nas respectivas aberturas posicionadas para a
desembocadura do rio Tejo. O selo do bloco de 2$00 euros, apresenta
uma fotografia da Torre de Belém, às margens do Rio Tejo com uma imagem, no
canto superior esquerdo, ilustrando a Torre de Belém e a entrada da Barra de
Belém, de Dirck Stoop de 1662, obra do acervo do Museu de Lisboa.
A Torre de Belém, com 35 metros de altura, distribuídos entre três andares e um
terraço, rica em detalhes arquitetônicos, representa um patrimônio cultural de
Portugal, sendo marco histórico de Lisboa. Em 1907 foi classificada como
Monumento Nacional e em 1983 como Patrimônio Mundial da Unesco.
Chegada a Timor

Bloco Comemorativo dos 500 Anos da Chegada a Timor


Correios de Portugal 28/10/2015

A
expansão marítima portuguesa proporcionou no ano 1515 a chegada
de mercadores privados portugueses à ilha Timor, localizada nas
Índias Orientais. A partir de então ocorreram constantes viagens
com o objetivo da consolidação das transações comerciais e do
desenvolvimento missionário cristão, que ocorreu a partir de 1556, com o frei
Antônio Taveira, na ilha de Solor.
Em 1561, o bispo de Malaca, autorizou o envio de quatro missionários
dominicanos para a ilha de Solor.
Em 1595, ocorreu a chegada dos holandeses na região originando conflitos com
os locais. Em 1646, foi construído uma fortaleza em Cupão. Com a presença
de missionários dominicanos diversos líderes locais foram convertidos ao
cristianismo e se colocando sob o domínio português.

Selos Comemorativos dos


“500 Anos da Chegada a Timor”
Correios de Portugal 28/10/2015
Chegada dos Portugueses a Cochinchina

Selos Emissão “500 Anos da Chegada dos Portugueses à Cochinchina”


Emissão Conjunta Portugal - Vietnã
Correios de Portugal 01/07/2016

E
m 2016 os Correios de Portugal em parceria com os Correios do
Vietnam emitiram selos comemorativos em registro aos 500 Anos da
Chegada dos Portugueses à Cochinchina, atual Vietnã, que ocorreu
no ano de 1516 quando o navegador português, Fernão Peres de
Andrade, diplomata às ordens de Afonso de Albuquerque, navegando para a
China, a fim de estabelecer relações comerciais com este país, teve que fazer
uma parada em Da Nang, região da Cochinchina, motivada pela forte
turbulência da monção, o que definiu aos Portugueses a condição de serem os
primeiros europeus a manterem contato com os habitantes locais.
Em 1802 a dinastia Nguyên reunificou o território e ficou com o nome Viêt Nam,
Povo do Sul. Um marco constante ao longo das seculares relações luso-
vietnamita é a ausência de qualquer sinal de guerra entre os dois povos. Dentre
o rico legado deixado pelos portugueses foi a escrita do alfabeto latino,
introduzido pelos missionários Jesuítas, a partir de 1616, com a eliminação da
escrita ideográfica utilizada em todos os demais países do Sudeste Asiático e o
forte relacionamento comercial e cultural existente entre os dois países. Para
comemorar os 500 anos de relacionamento, uma emissão filatélica, de dois
selos comemorativos, foi emitida de forma conjunta por Portugal e Vietnã.
O selo com o valor facial de €0,47 ilustra ao fundo uma gravura da cidade de
Lisboa no século XVI, obtida de uma foto do Museu de Lisboa, com uma peça de
faiança portuguesa, do acervo do Museu Nacional de Arte Antiga. O selo de
€0,80 ilustra ao fundo uma gravura da cidade Hoi-Na, do início do século XX,
com uma peça cerâmica vietnamita de Bui Thi Hy, do acervo do museu Palácio
Topkapi, de Instambul, Turquia. Na parte superior dos selos estão as bandeiras
do Vietnam e de Portugal.
Chegada dos Portugueses a Cochinchina

Selos Emissão “500 Anos da Chegada dos Portugueses à Cochinchina”


Emissão Conjunta Vietnã - Portugal
Correios do Vietnã 01/07/2016

F
ernão Peres de Andrade, juntamente com os membros da expedição
que se destinava à China, por condições climáticas acabaram a pisar
o solo de Vietnã em 1516, acontecimento que foi registrado pelos
Correios de Portugal e do Vietnã com uma emissão conjunta de selos
impressos nos dois idiomas.
Com o interesse de controlar as principais rotas comerciais marítimas no
Sudeste Asiático, várias outras expedições oficiais autorizadas pelos
governadores da Índia chegaram até ao atual Vietnã com missões envolvendo
mercadores e religiosos das ordens dominicanas e jesuítas, responsáveis pela
evangelização. No fluxo marítimo na região ocorriam naufrágios como o do
navio, Nau de Prata, em que viajava Luís Vaz de Camões, e sua amada uma
jovem chinesa chamada Tin Nam Men que passou a ser chamada por Camões de
Dinamene, no percurso de Macau para Goa, no delta do rio Mekong, se tornando
o náufrago mais famoso a pisar o solo vietnamita, segurando a obra que estava
escrevendo, “Os Lusíadas” sem conseguir salvar a sua amada.
Livro de Horas

O
s Livros de Horas foram utilizados
pelos nobres europeus nos séculos
XV e XVI. As obras eram luxuosas,
apresentando o calendário litúrgico em
consonância com ritual religioso de cada dia.
As páginas com texto vinham intercaladas por
fólios, esmeradamente, iluminados.
O Livro de Horas do Rei D. Manuel I, foi
iniciado em 1517 e teve o seu final concluído
em 1538, já no reinado de D. João III,
decorrendo duas décadas. A obra,
encomendada pelo Rei D. Manuel I,
representa um instrumento de devoção
pessoal, ornado e trabalhado, com grande
esmero pelos talentosos artistas contratados
Selo Comemorativo do Natal
que registraram no manuscrito a riqueza de
Correios de Portugal 15/11/1985
temas do cotidiano e dos sentimentos
religiosos.
Foi produzido, nas oficinas dos irmãos Hollanda,
que tiveram influência flamenga.
O Livro de Horas de D. Manuel I, é considerado
como um dos mais importantes manuscritos
iluminados desenvolvidos em Portugal no século
XVI.
De acordo com alguns historiadores é
considerado que o Ofício dos Mortos constante no
Livro de Horas, representa as exéquias fúnebres
relacionadas com o enterro e transladação dos
restos mortais de D. Manuel I para o Mosteiro dos
Jerônimos.
No Museu de Arte Antiga, na cidade de Lisboa, se
encontra o Livro de Horas do Rei D. Manuel I, com
um total de 303 fólios de pergaminho com 58
iluminuras de página inteira.
Selo Comemorativo do Natal
Correios de Portugal 15/11/1985 Os selos ilustram o Presépio que consta no fólio
74 e a Adoração dos Reis Magos, no fólio 87.
Criação Correios Público

Bloco Emissão “500 Anos do Correio em Portugal”


Correios de Portugal 10/10/2016

través da Carta Régia, emitida em Évora, datada de 6 de novembro

A de 1520, o rei D. Manuel I criou o Ofício de Correio-Mor, entregando


a gestão deste serviço público ao seu cavaleiro Luís Homem, da
Casa Real, como o 1º Correio-Mor do Reino, por já ser o responsável
pela entrega de correspondência régia e da nobreza a outros países
da Europa. A Carta Régia definia as obrigações a serem cumpridas pelo
Correio-Mor, no tocante à prestação dos serviços demandados pela monarquia e
particulares; definir o preço das tarifas de acordo com as distâncias e a rapidez
de entrega; garantir animais nos pontos de posta e acomodações para o pessoal
envolvido na execução do serviço.
Com o Correio-Mor foi iniciado a implantação do serviço postal no reino
português num momento em que Portugal se destacava como uma potência
econômica, mercantil e cultural o que veio suprir o atendimento rápido das
comunicações entre cortes europeias, centros comerciais e o interior do próprio
reino. O bloco comemorativo dos Correios de Portugal de 10/10/2016 ilustra o
momento em que o Rei D. Manuel I entrega a nomeação do ofício de Correio-
Mor ao cavaleiro real, Luís Homem.
Criação Correios Público
A Carta Régia da criação dos Correios Públicos, exigia que o Correio-mor tinha
que residir em Lisboa. Em caso de algum tipo de impedimento deveria ser
substituído por pessoa de sua confiança. Alguns privilégios eram concedidos ao
Correio-mor como o uso de armas reais nas vestimentas.

Os selos emitidos pelos


Correios de Portugal em 1979
ilustram dois momentos da
história dos Correios de
Portugal
O selo de 14,00 apresenta o
momento da entrega da
correspondência, por um
mensageiro postal a cavalo,
utilizando uma vara, para
evitar o contágio da peste, no
século XVI.
O selo de 40,00 retrata a
entrega domiciliar no século
XIX.

Selos História dos Correios


Correios de Portugal 30/04/1979
Criação Correios Público

Selos Comemorativos Emissão


“500 Anos do Correio em Portugal”
Correios de Portugal 10/10/2016

Em 2016 os Correios de Portugal emitiram um conjunto filatélico composto de


quatro selos e um bloco, constituindo o 1º Grupo no âmbito das comemorações
dos 500 anos dos Correios de Portugal, que ocorreu no ano 2020. Os selos
ilustram cenas do início dos correios de Portugal. Cada selo apresenta o Brasão
de Armas de D. Manuel I e uma iluminura.
BIBLIOGRAFIA:
HISTÓRIA DE PORTUGAL – das Origens até 1940 – João Amaral -Sexta Edição –
Livraria Tavares Martins -1968

PORTUGAL – Desde o Começo da Monarquia Até o Fim do Reinado de Afonso III


de Alexandre Herculano – Tomo Primeiro – Quarta Edição- Lisboa

ASSIM NASCEU PORTUGAL – Manuel Fernandes Costa – Ed. Casa da Medalha


Ltda

PALÁCIO E SOLARES PORTUGUESES -Enciclopédia pela Imagem – Editores


Lello&Irmão – Porto –Portugal

OS COMPANHEIROS DE VASCO DA GAMA – Romance Histórico Traduzido do


Espanhol por Candido de Figueiredo – Editora Livraria Popular – Coimbra 1875

HISTÓRIA DOS CRISTÃOES-NOVOS PORTUGUESES - Obras Completas de J.


Lúcio de Azevedo; 3 Edição; Clássica Editora.

HISTÓRIA DE PORTUGAL Popular e Ilustrada 3ª Edição - M. Pinheiro Chagas –


Volumes 3-4; Empreza da História de Portugal

CAMÕES, Luís de. 2010. Os Lusíadas. São Paulo, Abril.

BREVE HISTÓRIA DOS DESCOBRIMENTOS E DA EXPANSÃO DE PORTUGAL –


José Manuel Garcia –Editorial Presença – Lisboa 1999

PORTUGAL: O PIONEIRO DA GLOBALIZAÇÃO: A HERANÇA DAS DESCOBERTAS.


Jorge Nascimento Rodrigues e Tessaleno Devezas (2009).

O IMPÉRIO PORTUGUÊS NO ORIENTE – Jaime Cortesão; Portugalia Editora;


Lisboa.

O IMPÉRIO MARÍTIMO PORTUGUÊS 1415-1825 – C.R.BOXER; 1969; Edições 70


Ltda.

.PAGELAS EMITIDAS PELOS CORREIOS DE PORTUGAL

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http://www.gilvicente.eu/autos/textos/Pranto_de_Maria_Parda.html

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https://www.filateliaananias.com.br/wp-content/uploads/2019/01/FL33.pdf

https://antt.dglab.gov.pt/exposicoes-virtuais-2/damiao-de-gois-um-humanista-na-
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https://archive.org/details/p1p2comentriosd00albu

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