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REINO DE PORTUGAL
Prof. Edivaldo Constantino
ESTRUTURA DA AULA
Feudalismo
Formação do reino de Portugal
Expansão marítima
Portugal e navegação
FEUDALISMO
Idade Média (séc. V - XV)
Tipo de estrutura político, econômica e social que rege o homem medieval.
1.Política
Descentralização
Susseranos X Vassalos
2. Economia
Autossuficiente
Ruralizada/sem moeda
Mão-de-obra servil
FEUDALISMO
Sociedade:
Clero → Orar
Nobreza → Batalhar
Campesinato → Trabalhar
Sociedade rígida
Imobilidade social
Obrigações servis
FEUDALISMO
Crise
Renascimento comercial/urbano
Cruzadas
Desarticula os feudos → burgos, feiras. → Flandres, Gênova, Veneza
SÉRGIO, Antonio. Breve interpretação da história de Portugal. Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora, 1977, p. 13.
FORMAÇÃO DO REINO DE PORTUGAL
... Raimundo teve o governo de toda a faixa ocidental até o Tejo (1094), e
Henrique, sob as ordens de Raimundo, o da terra portucalense, que ia das
imediações do Vouga às do Minho, e cujo nome derivava da sua principal
povoação, Portucale, junto ao Douro. Pouco depois governava Henrique,
independente da autoridade de Raimundo, toda a região ao sul do Minho.
Faleceu em 1114, sendo já mortos Raimundo e Afonso VI. Deixava um filho,
criança ainda, Afonso Henriques.
SÉRGIO, Antonio. Breve interpretação da história de Portugal. Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora, 1977, p. 13.
FORMAÇÃO DO REINO DE PORTUGAL
1143 → Guerra de Independência de Portugal
Henrique de Borgonha e D. Teresa começam essa guerra, mas quem vai consolidar é
o filho: D. Afonso Henriques
Fundador da Dinastia de Borgonha (1139 – 1383)
Primeiro Rei de Portugal
Portugal
Cercado de inimigos → Expansão: atividade mercantil, mar → Porto (ingleses) e
Lisboa (italianos) → Crescimento da classe mercantil, mas tinha a nobreza que era
baseada na terra → Rivalidade
Rivalidade atinge o ápice no último Rei da dinastia de Borgonha (D. Fernando) →
Ele era próximo da fidalguia. → Casa sua filha com a Coroa de Castela. → Porque?
Proteger o trono do seu irmão (D. João, o mestre de Avis) → D. João era próximo da
camada mercantil
FORMAÇÃO DO REINO DE PORTUGAL
Morte de D. Fernando → Coroa de Castela reclama o trono de Portugal →
Revolução de Avis (1383 – 1385)
D. João + burguesia mercantil + parte da nobreza (sim!) se levantam contra a possibilidade de
Castela assumir o trono → Perda de autonomia.
Revolução de Avis
D. João I (dinastia de Avis)
Incentivo à expansão marítima
EXPANSÃO MARÍTIMA
Portugal: Primeira monarquia moderna
Centralização precoce do Estado
Revolução de Avis
Consolidação de um sistema econômico comercial X Capitalismo comercial
Estado e burguesia tem interesses comuns
MONARQUIAS NACIONAIS
Burocracia nacional
Exército
Leis e justiça unificadas
Uma só língua e uma só moeda: segurança nas transações
EXPANSÃO MARÍTIMA
Busca por novas rotas comerciais para as Índias
Expansão da fé católica
Portugal é pioneiro
Disponibilidade de capitais
Queda do Império Bizantino → Invasão dos turcos-otomanos → Obstáculo para a rota de comércio
TECNOLOGIAS
Escola de Sagres
Caravela
Astrolábio
Bússola
Cartas náuticas
EXPANSÃO MARÍTIMA
1415: Ceuta
1431: Açores
1434: Cabo Bojador → Gil Eanes
1456: Cabo Verde
1488: Bartolomeu Dias: Cabo da Boa Esperança
1498: Vasco da Gama: Índias (Calicute)
1500: Pedro Álvares Cabral: Brasil
A NAVEGAÇÃO E AS
ESPECIARIAS NOS MARES
ASIÁTICOS
Charles Boxer
“LUCROS, IMPÉRIO E FÉ”
MOTIVAÇÕES
LUCROS: monopólio italiano-muçulmano
IMPÉRIO: territorialidade
FÉ: “espírito de cruzada”
Cidade de Ormuz
Sal e enxofre, mas era fundamental para o comércio entre Índia e Pérsia.
PORTUGAL E NAVEGAÇÃO
Ormuz e Malaca eram os dois principais entrepostos para o recolhimento e a
distribuição de mercadorias de luxo.
Elas chegavam à Europa via Levante.
A frota mercante árabe era mais frágil em relação às carracas e aos galeões
portugueses.
PORTUGAL E NAVEGAÇÃO
Afonso de Albuquerque:
Navios sem licença que encontrasse navios portugueses corriam o risco de ser
capturados ou afundados, sobretudo se pertencessem a mercadores muçulmanos.
PORTUGAL E NAVEGAÇÃO
“Quando tentavam aplicar no mar da China meridional, os mesmos métodos violentos
que lhe foram tão úteis no Índico, foram decisivamente derrotados pelas frotas chinesas
de defesa da costa, em 1521 e 1522. Embora, tenham posteriormente conseguido
penetrar no tão cobiçado comércio chinês, só o fizeram por condições estabelecidas
pelas autoridades chinesas e não por aquelas impostas por eles próprios.”
Valor estratégico de Ceuta: segurança não de Portugal e Castela como até de todas
a Cristandade.
PORTUGAL E NAVEGAÇÃO
A iniciativa de invasão à Ceuta pertence a João Afonso e a D. João I.
A conquista de Ceuta integra-se num plano de expansão portuguesa no Norte da
África.
Ceuta era a base naval para a pirataria portuguesa interceptar o tráfego marítimo
dos mouros.
A atividade do corsário não se opunha ao comércio. Era a forma mais nobre do comércio, porque
implicava feitos guerreiros, que para a mentalidade desses séculos, são eticamente superiores às
transações mercantis.
Razões da decadência
Ausência de uma política de colonização
Depredações (fidalguia, nobreza e suas pilhagens)
Desvio das rotas comerciais mouras para a costa da Guiné (comércio Sudão-Marrocos)
Estado de guerra causado pelo domínio português
APÓS A CONQUISTA
“Ceuta, depois de conquistada em 1415, não só não forneceu trigo a Portugal, como,
pelo contrário, necessitou de ser permanentemente abastecida, tantas vezes com trigo
importado de longínquas paragens. Também o almejado acesso ao ouro africano não
foi alcançado. (...) [A] presença portuguesa em Ceuta fez com que as rotas comerciais
se deslocassem, frustrando qualquer veleidade de apropriação da preciosa carga das
caravanas que se dirigiam para a costa.”
Martin Page
Portugal e a revolução global: como um dos menores países do mundo mudou a nossa
história. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011, p. 123
POLÍTICAS DE EXPANSÃO
CLASSES E INTERESSES
EXPANSÃO MARÍTIMA
Não existe [...] uma diretriz única de expansão. Na convergência das
necessidades de expansão comercial para a burguesia e de expansão
guerreira para a nobreza reside plausivelmente a causa dos
descobrimentos e conquistas.
GODINHO, V. M. A expansão quatrocentista portuguesa. Lisboa: Empresa Contemporânea de Edições, 1944, p. 97.
O IMPÉRIO COLONIAL PORTUGUÊS
(SEGUNDA METADE DO XVI)
EXPANSÃO MARÍTIMA
EXPANSÃO MARÍTIMA
Nunca houve um grupo de Estados com pretensões expansionistas tão acintosas, em
escala planetária como essa expansão europeia.
Perspectiva eurocêntrica
EXPANSÃO MARÍTIMA
Portugueses NÃO tinham como objetivo final descobrir o Brasil.
Uma história centrada no Brasil pode sugerir isso!
O Brasil não existia como uma entidade dotada de uma história própria.
A história do Brasil faz parte de algo maior.