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Ex.:
D. João IV Restauração da Independência
D. João V Convento de Mafra
O século XIX
Entre 1807 e 1810, Portugal sofreu 3 Invasões Francesas, ordenadas pelo
imperador Napoleão Bonaparte, que, em guerra com a Inglaterra, queria impedir a
aliança de Portugal com esse país. A rainha D. Maria I e o príncipe D. João, que,
mais tarde, viria a ser o rei D. João VI, fugiram para o Brasil, acompanhados por
toda a corte, onde permaneceram até 1821.
A permanência do rei D. João VI no Brasil acabou por gerar descontentamento em
Portugal. Assim, em 24 de agosto de 1820, ocorreu, no Porto, uma revolução que
visava pressionar o rei a regressar do Brasil e a aceitar a alteração dos seus
poderes. De facto, até aí, o rei concentrava na sua pessoa todos os poderes,
nomeadamente os de promulgar leis, de as fazer cumprir e de punir as infrações,
além de dirigir a administração do país, sem estar sujeito a qualquer tipo de
controlo. Esta forma de governo foi designada como Monarquia Absoluta.
Em 1822, foi concluída e aprovada pelas Cortes uma Constituição, texto que
regulava os direitos e garantias dos cidadãos e definia uma nova organização
política do país, tendo os poderes sido distribuídos por vários órgãos, cabendo ao
rei a representação do Estado. A este tipo de governo chamou-se Monarquia
Constitucional.
Regressado ao país em 1821, D. João VI aceitou a mudança de sistema político,
passando a ser um monarca constitucional. Em consequência ainda da Revolução
Liberal, o Brasil tornou-se independente, em 1822, por ação de D. Pedro V, filho de
D. João IV.
Ex.:
D. Maria I Invasões Francesas
D. João VI D. Pedro IV
O Fim da Monarquia e a Implantação da
República
Nos finais do século XIX, uma grande parte da população portuguesa estava descontente
com as condições de vida e com o modo como o país era governado. Assim, a 1 de
fevereiro de 1908, em Lisboa, o rei D. Carlos é assassinado, assim como o seu filho e
herdeiro do trono, D. Luís Filipe. Sucedeu-lhe no trono segundo filho, D. Manuel II.
Contudo, a 5 de outubro de 1910, eclode uma revolta em Lisboa que acaba por resultar
na expulsão do último rei de Portugal. Terminavam, assim, quase oito séculos de
Monarquia.
Nesse dia foi proclamada a República, um sistema político em que chefe supremo da
nação é o Presidente da República, substituindo o rei. Manuel de Arriaga foi o primeiro
Presidente da República Portuguesa eleito.
A Primeira República começou por adotar leis que pretendiam modernizar e desenvolver
o país, de modo a melhorar as condições de vida dos portugueses. Mas a situação
internacional pouco favorável, decorrente da Primeira Guerra Mundial, associada a uma
grande instabilidade social que se vivia nas zonas urbanas, não permitiu que a
Primeira República se consolidasse. Durante os cerca de dezasseis anos que durou,
e devido a divergências internas entre os próprios republicanos, houve oito
presidentes da República e 39 governos.
A 28 de maio de 1926, um golpe militar, chefiado pelo general Gomes da Costa,
pôs fim à Primeira República, instaurando uma Ditadura Militar. Em 1928, o
general Carmona assumiu o cargo de Presidente da República e nomeou para
ministro das Finanças António de Oliveira Salazar.
Em 1932, António de Oliveira Salazar é nomeado chefe do Governo, cargo que
exerceu até 1968. Em 1933, foi elaborada uma nova Constituição, que institui o
regime intitulado Estado Novo.
Ex.:
D. Carlos D. Luís Filipe
Manuel de Arriaga António de Oliveira Salazar
O 25 de Abril
O Estado Novo caracterizou-se por ser um regime autoritário e repressivo, retirando direitos e
liberdades aos cidadãos, como de expressar livremente a opinião. Combatido por alguns setores da
sociedade portuguesa, virá a sofrer fortes abalos, causados ora pelas conspirações ora pelas
candidaturas das forças políticas democráticas às eleições, nomeadamente em 1958, com a
candidatura do general Humberto Delgado.
Fechado e pouco desenvolvimentista, o Estado Novo manteve o país relativamente pobre e
atrasado, o que levou a que, na década de 60 do século XX, mais de um milhão de portugueses
tivesse emigrado para outros países, em busca de melhores condições de vida.
Entretanto, em 1961, alguns grupos de pessoas naturais das regiões dominadas por Portugal em
África e Ásia – as colónias – desencadearam uma guerra contra a presença e a governação dos
portugueses, a que se chamou guerra colonial, onde morreram milhares de soldados.
Na madrugada de 25 de abril de 1974, um grupo de militares, autointitulado Movimento das
Forças Armadas, levou a cabo um golpe militar que originou uma revolução que pôs fim ao regime
do Estado Novo.
Nesse dia, algumas forças do MFA, lideradas pelo capitão Salgueiro Maia, cercaram e
Tomaram o quartel do Carmo em Lisboa, onde se refugiara Marcelo Caetano, que
sucedera a Oliveira Salazar como chefe do governo. Marcelo Caetano e as forças do
Estado Novo renderam-se. Rapidamente, o golpe de estado militar foi bem
recebido pela população portuguesa, que veio para as ruas festejar sem medo.
O general António de Spínola foi designado Presidente da República, tendo sido
substituído, em 30 de setembro de 1974, pelo general Costa Gomes. Foram
libertados os presos políticos e permitido o regresso ao país de opositores ao
regime repressivo, até então exilados, como Álvaro Cunhal e Mário Soares, que,
mais tarde, em 1986, seria eleito Presidente da República.
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Ex.:
Soldados no 25 de Abril Mário Soares acabado de chegar do exílio
A Democracia
Com o 25 de Abril, foi possível, então, instituir a Democracia, regime político em que
a população escolhe os seus representantes através de eleições livres e se baseia nos
princípios da liberdade e igualdade de todos os cidadãos perante a lei. A partir deste
momento, os portugueses puderam escolher, livremente e sem qualquer forma de
pressão ou medo, quem iria governar o país. As primeiras eleições do novo regime
democrático realizaram-se um ano depois, a 25 de abril de 1975.
No novo regime democrático, são quatro órgãos de soberania: o Presidente da
República; a Assembleia da República; o Governo; os Tribunais.
O novo regime também pôs fim à guerra colonial, concedendo a independência às
regiões de África e Ásia que estavam sob o domínio português. Nasceram assim cinco
novos países independentes que falam a língua portuguesa: Angola, Moçambique,
Guiné-Bissau, Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe. Mais tarde, em 2001,
aconteceria a independência de Timor-Leste, que desde 1975 se encontrava sob o
domínio da Indonésia.
Por ser uma democracia, Portugal pôde aderir, em 1 de janeiro de 1986, à então
Comunidade Económica Europeia (CEE), depois designada como União Europeia
(UE), união de países democráticos da Europa. Em 2002, entra em circulação a
moeda única (o euro), adotada atualmente por 17 países da EU, incluindo Portugal.
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Ex.:
Assinatura do tratado de adesão de Portugal à CEE no Mosteiro dos
Jerónimos