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O PROBLEMA DA MÃO DE

OBRA: IMIGRAÇÃO
Furtado (cap. 22)
Caio Prado Jr. (cap.19)
Maria Petrone (1969)
Prof. Edivaldo Constantino
MUSEU DA IMIGRAÇÃO DO ESTADO DE SP
A IMIGRAÇÃO EUROPEIA
A IMIGRAÇÃO EUROPEIA

BASSANEZI, Maria; SCOTT, Ana; BACELLAR, Carlos; TRUZZI, Oswaldo.


Atlas da Imigração Internacional em São Paulo 1850-1850. São Paulo: Editora Unesp, 2008. p. 19.
A IMIGRAÇÃO EUROPEIA
A IMIGRAÇÃO EUROPEIA
A IMIGRAÇÃO EUROPEIA
ESTRUTURA DA AULA
Imigração e colonização: primeiros sinais
A imigração europeia
Colônias de parceria
Lado da oferta
Colonato de assalariamento
Imigração assalariada
IMIGRAÇÃO E COLONIZAÇÃO: PRIMEIROS SINAIS

“A corrente demográfica que ora nos interessa será constituída de trabalhadores braçais
de origem europeia, cujo afluxo e fixação no país serão provocados e estimulados por
uma política oficial e deliberada de povoamento, ou pela iniciativa privada de
particulares interessados na obtenção de mão-de-obra.”

Caio Prado Jr., História Econômica do Brasil, cap.19


IMIGRAÇÃO E COLONIZAÇÃO: PRIMEIROS SINAIS
Família Real Portuguesa no Brasil

“A heterogeneidade que resultava de um tal sistema, tanto racial como cultural e social, era situação por
demais imprópria para um país que se tornara sede de uma monarquia europeia.”

“Impõe-se assim o problema de como organizar no Brasil uma força armada eficiente, contando para
isto apenas com uma população dispersa e rarefeita, composta de quase 50% de escravos e outra
grande parcela de elementos heterogêneos e mal assimilados.”

“A formação de novas correntes demográficas constituía assim uma necessidade inadiável, e a ela
aplicou-se a administração portuguesa. (...) Mas como em todas as iniciativas em que se meteu, sua ação
será fraca e dúbia.”

Caio Prado Jr., História Econômica do Brasil, cap.19


IMIGRAÇÃO E COLONIZAÇÃO: PRIMEIROS SINAIS
“Aliás o problema da imigração europeia para o Brasil oferecia grandes dificuldades. Contra
ela atuavam vários fatores: o clima tropical desfavorável a colonos europeus (considerado como
tal, pelo menos); a organização social e econômica pouco atraente que o país oferecia; o
regime político vigente, em que, embora sob a capa de instituições parlamentares, a liberdade
mesmo civil era inexistente para a massa da população, mesmo com exclusão dos escravos.
Havia ainda as restrições de ordem religiosa que punham sério embaraço à imigração dos
países protestantes da Europa, que eram justamente aqueles que forneciam então os maiores
contingentes emigratórios. A corrente imigratória será ainda por muito tempo fraca.”

Caio Prado Jr., História Econômica do Brasil, cap.19


IMIGRAÇÃO E COLONIZAÇÃO: PRIMEIROS SINAIS
Experiência antes mesmo da Independência (colônias de imigrantes europeus). Mas
foi um fracasso.

EUA houve um crescimento da população escrava para trabalhar nas plantations.

Emigração europeia para os EUA não tem a ver com as grandes plantações
IMIGRAÇÃO E COLONIZAÇÃO: PRIMEIROS SINAIS

“A circunstância de que o algodão era um produto volumoso, ocupando grande espaço nos navios,
enquanto as manufaturas que importavam os norte-americanos apresentavam uma grande
densidade econômica, favoreceu a baixa nos fretes de retorno da Europa para os EUA. E foi essa
baixa dos preços das passagens - em navios cargueiros e semicargueiros -que permitiu se
avolumasse de tal forma a emigração espontânea da Europa para os EUA.”

Celso Furtado, Formação Econômica do Brasil. Cap. 22


IMIGRAÇÃO E COLONIZAÇÃO: PRIMEIROS SINAIS
Colônias criadas no Brasil pelo governo imperial não tinham fundamento econômico.
 Crença na superioridade da raça europeia.

Colonização amplamente subsidiada


 Pagavam-se transporte, gastos de instalação e promoviam-se obras públicas artificiais para dar aos colonos.
 Depois, deixados a própria sorte, tendiam a involuir em simples economia de subsistência.
IMIGRAÇÃO E COLONIZAÇÃO: PRIMEIROS SINAIS

“Caso ilustrativo é o da colonização alemã do Rio Grande do Sul. O governo imperial instalou aí a
primeira colônia em 1824, em São Leopoldo, e, depois da guerra civil, o governo da província
realizou fortes inversões para retomar e intensificar a imigração dessa origem. Contudo, a vida
econômica das colônias era extremamente precária, pois, não havendo mercado para os excedentes
de produção, o setor monetário logo se atrofiava, o sistema de divisão do trabalho involuía e a
colônia regredia a um sistema econômico rudimentar de subsistência.”

Celso Furtado, Formação Econômica do Brasil. Cap. 22


IMIGRAÇÃO E COLONIZAÇÃO: PRIMEIROS SINAIS
Consequência:
 Na Europa, se formou um movimento de opinião contra a emigração para o Brasil.
 Em 1859 (antes mesmo da Abolição) se proibia a emigração alemã.

“Para que as colônias chegassem a constituir um êxito como política imigratória e atraíssem
pelo exemplo correntes espontâneas de povoamento, teria sido necessário que as mesmas se
dedicassem de imediato a atividades produtivas rentáveis.”

Celso Furtado, Formação Econômica do Brasil. Cap. 22


A IMIGRAÇÃO EUROPEIA
Vendo que a política de colonização do governo imperial não contribuía para resolver o
problema da mão de obra, a classe dirigente da economia cafeeira se preocupa
diretamente com a questão.

Senador Vergueiro contratou, em 1852, 80 famílias de alemães para sua fazenda (Ibicaba)
em Limeira.
 Como? Adaptação da emigração inglesa para os EUA: o imigrante vendia seu trabalho futuro.
A IMIGRAÇÃO EUROPEIA
Governo financiava a passagem da família.

“É fácil compreender que esse sistema degeneraria rapidamente numa forma de servidão
temporária, a qual nem sequer tinha um limite de tempo fixado, como ocorria nas colônias inglesas.
Com efeito, o custo real da imigração corria totalmente por conta do imigrante, que era a parte
financeiramente mais fraca. O Estado financiava a operação, o colono hipotecava o seu futuro e o
de sua família, e o fazendeiro ficava com todas as vantagens.”

Celso Furtado, Formação Econômica do Brasil. Cap. 22


A IMIGRAÇÃO EUROPEIA
Abusos principalmente em condições de isolamento, sendo o fazendeiro a única fonte do
poder político.

Mais críticas na Europa: Era uma escravidão disfarçada.

Problema da mão de obra se agrava.


 Preço do café aumenta
A IMIGRAÇÃO EUROPEIA
“Reativa-se (após o fim do tráfico) a política de povoamento, e a par das colônias oficiais ou
mesmo particulares, mas organizadas segundo o (i) sistema tradicional que consistia em
distribuir aos colonos pequenos lotes de terra agrupados em núcleos autônomos, aparece um
(ii) novo tipo de colonização: fixação dos colonos nas próprias fazendas e grandes lavouras,
trabalhando como subordinados e num regime de parceria. Este tipo de colonização
representa uma transição do sistema primitivo que resultava na formação de pequenos
proprietários e camponeses independentes, para aquele que se adotará mais tarde quase
exclusivamente: (iii) a colonização por assalariados puros.”

Caio Prado Jr., História Econômica do Brasil, cap.19


A IMIGRAÇÃO EUROPEIA
Três modelos básicos:

1) o primeiro: favorecido pelo governo imperial, que visava estabelecer imigrantes em colônias oficiais,
sob justificativas que incluíam povoamento, segurança de fronteiras, desenvolvimento da agricultura e
branqueamento.
 Casos mais notáveis no RS, SC, PR e ES, mas também em outras províncias, como RJ e MG.

2) o segundo: “colônias de parceria”

3) o terceiro: “colonato de assalariamento” ou “imigração subvencionada”, predominou como política de


imigração defendida por fazendeiros e o governo provincial de SP.
COLÔNIAS DE PARCERIA

• Regime de parceria: “meio termo entre o regime de serviços assalariados e o das pequenas
propriedades”

• Nesse sistema, cada família cuidava de certo número de cafezais; permitia-se cultivo de
subsistência; produto da venda do café colhido e de alimentos produzidos era repartido
com o fazendeiro.
COLÔNIAS DE PARCERIA
• Problemas na definição dos contratos de parceria:
a) ausência de qualquer supervisão ou controle pelo colono da colheita do café até o ajuste
de contas;
b) deduções dos custos de transportes e impostos (20 a 30% do lucro bruto), desconfiança dos
colonos.

• Problemas como esses levaram a conflitos sucessivos. Maior crise ocorreu em dez/1856, com
a revolta na Fazenda Ibicaba, de Nicolau de Campos Vergueiro.
COLÔNIAS DE PARCERIA
Diversos problemas afetaram a manutenção do fluxo de imigrantes europeus em SP, a começar
pela coexistência com a escravidão até 1888. Além disso,

• a) queda dos preços do café após 1896 reduziu rentabilidade e levou a piora das
condições de trabalho dos colonos, na época basicamente italianos;
• b) reclamações e protestos levaram à intervenção do governo italiano:
 Decreto Prinetti de 1902, que proibiu a emigração nos portos da Itália com
passagens pagas pelo governo de São Paulo;
COLÔNIAS DE PARCERIA
“Os proprietários, habituados a lidar exclusivamente com escravos, e que continuavam a conservar muitos
deles trabalhando ao lado dos colonos, não tinham para com estes a consideração devida à sua qualidade
de trabalhadores livres; os contratos de trabalho que os emigrantes assinavam antes de embaraçar na
Europa e desconhecendo ainda completamente o meio e as condições do país onde se engajavam, eram
geralmente redigidos em proveito exclusivo do empregador e não raro com acentuada má-fé. Além disto, a
coexistência nas fazendas, lado a lado, de escravos que formavam a grande massa dos trabalhadores, e de
europeus livres fazendo o mesmo serviço que eles, não podia ser muito atraente para estes últimos e
representava uma fonte de constantes atritos e indisposições. Doutro lado, o recrutamento de colonos na
Europa se fazia sem maior cuidado (...). Aceitavam qualquer candidato, sem indagar da sua prestabilidade
para o trabalho agrícola, e sobretudo o pesado esforço exigido por uma agricultura tropical de
desbravamento. Chegavam a emigrar para o Brasil não raro até enfermos e velhos inválidos.”

Caio Prado Jr., História Econômica do Brasil, cap.19


LADO DA OFERTA
Condições favoráveis do lado da oferta.
“Situação internacional favorável: de um lado, inicia-se nos Estados Unidos uma política restrições
da imigração; esta tinha de procurar outras direções, e o Brasil, em pleno florescimento econômico,
será uma delas. Doutro lado, entrava em cena um novo país de grande emigração, a Itália, como
resultado das perturbações políticas e sociais por que atravessava. E o italiano, tanto pela questão
de clima, como de afinidade maior com as condições do Brasil, adaptar-se-á melhor e mais
facilmente que o alemão e outras populações do norte da Europa que dantes formavam os
principais contingentes emigratórios que se dirigiam para a América. Além disto, o italiano é um
trabalhador mais rústico e menos exigente; aceitará de boa vontade as duras tarefas da lavoura
brasileira”.

Caio Prado Jr., História Econômica do Brasil, cap.19


LADO DA OFERTA

“(...) processava-se a unificação política da Itália, de profundas consequências econômicas para a


península. A região do sul - o chamado reino das duas Sicílias -, de menor grau de desenvolvimento
e mais baixa produtividade agrícola, encontrou-se em difícil situação para enfrentar a concorrência
das regiões mais desenvolvidas do norte. (...) A pressão sobre a terra, do excedente de população
agrícola, fez crescer a intranquilidade social. A solução migratória surgiu, assim, como verdadeira
válvula de alívio.”

Celso Furtado, Formação Econômica do Brasil. Cap. 22


COLONATO DE ASSALARIAMENTO
Mudanças amplas: sistema de pagamento ao colono.

“O regime inicialmente adotado era o de parceria, no qual a renda do colono era sempre incerta,
cabendo-lhe a metade do risco que corria o grande senhor de terras. A perda de uma colheita
podia acarretar a miséria para o colono, dada sua precária situação financeira. A partir dos anos
sessenta introduziu-se um sistema misto pelo qual o colono tinha garantida parte principal de sua
renda. Sua tarefa básica consistia em cuidar de um certo número de pés de café, e por essa tarefa
recebia um salário monetário anual. Esse salário era completado por outro variável, pago no
momento da colheita em função do volume desta.”

Celso Furtado, Formação Econômica do Brasil. Cap. 22


COLONATO DE ASSALARIAMENTO
Características dos novos contratos:
a) colono e família trabalhavam como bem entendessem,
b) com remuneração fixa por tratamento de 1.000 pés de café, uma parte variável por
quantidade de café colhido e outra por serviços ocasionais na fazenda;
c) roças eram fornecidas para cultivo de subsistência; em geral 2 hectares, com milho, arroz,
feijão, batatas, legumes. Produto integral para os colonos;
d) colonos recebiam terreno para pasto, onde podiam criar galinhas, porcos, cabras e vacas;
e) excedente podia ser vendido.
COLONATO DE ASSALARIAMENTO

“Além disto, em vez de preceder à vinda do imigrante com contratos já assinados na Europa,
o governo tomará o assunto a seu cargo, limitando-se a fazer a propaganda nos países
emigratórios e pagando o transporte dos imigrantes até o Brasil. Chegando aqui, eles eram
distribuídos pelas diferentes fazendas de acordo com as necessidades delas e os pedidos
feitos.”

Caio Prado Jr., História Econômica do Brasil, cap.19


COLONATO DE ASSALARIAMENTO
IMIGRAÇÃO ASSALARIADA
Tanto o Governo Central como o Provincial subvencionaram a imigração:
propaganda, auxílio financeiro para atrais imigrantes.

Impostos sobre escravos destinavam-se a pagamento de passagens dos imigrantes.

Província não poupou esforços para atrais imigrantes.


 Lei provincial de São Paulo de 30 de março de 1871: autoriza o governo de São Paulo a emitir
apólices até a quantia de 600 contos para auxiliar com empréstimos os fazendeiros a introduzir
colonos. Os imigrantes ainda recebem um auxílio de 20 mil-réis como ajuda de custo.
IMIGRAÇÃO ASSALARIADA
Outro problema: pagamento da viagem.

Cenários:
 A) Colono indeniza os gastos da viagem. Mas isso gerava temos sobre sua liberdade futura.

 B) Fazendeiros arcam com o custo: Mas aí só os mais ricos iriam promover a imigração. Além disso, os
colonos poderiam migrar entre fazendas.

 C) Governo Imperial: Encarrega-se de cobrir os gastos do transporte.


IMIGRAÇÃO ASSALARIADA
“Chegados à capital terão eles hospedagem grátis durante oito dias no alojamento
provincial. Até seus lugares de destino as passagens e os fretes dos imigrantes serão pagos
pelo governo nas estradas de ferro e na navegação fluvial. A soma gasta pela Província
para introduzir imigrantes foi fabulosa. (...) em parte fornecidas por impostos sobre escravos.
Graças a essas medidas São Paulo ficou muito mais conhecido do que o resto do Brasil. (...)
Essas medidas beneficiaram tanto o fazendeiro que arriscava seu dinheiro mandando buscar
imigrantes, que talvez não fossem capazes de reembolsá-lo, como o colono que assim podia
escolher entre as fazendas que queriam contratá-lo e que dessa maneira não ficava preso ao
fazendeiro por dívidas desde o começo”

Maria Petrone, Imigração assalariada, 1985.


IMIGRAÇÃO ASSALARIADA
Presidente da Província  Conde de Parnaíba, Antônio de Queirós Teles
 Forte atuação no campo da imigração
 Construiu a Hospedaria dos Imigrantes no Brás (acomodava cerca de 4000 imigrantes). Era um
verdadeiro mercado de trabalho, pois nela os fazendeiros iam procurar os colonos para contratar.

Sociedade de colonização
 Surgem a partir da ação combinada dos Governos Provincial e Imperial
 Promover o aumento da imigração, patrocinar reformas legislativas, fazer propaganda na Europa
 Destaque para a Sociedade Promotora da Imigração: papel moralizador perante o governo italiano
 Funcionou até 1895 e introduziu 126.145 imigrantes em São Paulo.
IMIGRAÇÃO ASSALARIADA
Fraudes nos serviços de imigração
 As vezes vinham pessoas sem experiência na agricultura. Eles se fixavam nas cidades e não resolviam o
problema do Brasil.

Preferência por famílias ao invés de solteiros


 Evitar migrar para outra região e menor desejo de repatriamento

Maria Petrone (1985) chama atenção para o fato de que o fluxo de italianos ao Brasil iria
alterar a composição da população.

Inclusive no que diz respeito aos hábitos alimentares (verduras, legumes e frutas foram
difundidas pelos imigrantes italianos).
IMIGRAÇÃO ASSALARIADA
O trabalho do colono na fazenda de café consistia no tratamento do cafezal, isto é, na
capinação, no replante das falhas, na limpeza das árvores, na varredura. (...) O colono
realizava seu trabalho no cafezal sem fiscalização e dispunha de seu tempo como bem
entendesse.

A renda do trabalho no cafezal era na realidade para a maioria dos colonos italianos um
lucro líquido, pois dispunham de terras suficientes para cultivarem seus próprios mantimentos.

Os fazendeiros logo perceberam naturalmente a superioridade do trabalho livre no que diz


respeito a produção de café nas fazendas. O colono, diretamente interessado no volume de
café produzido, cuidava bem do cafezal e assim conseguia, não raro, o dobro do escravo.
IMIGRAÇÃO ASSALARIADA
Como consequência da imigração italiana
Houve o desenvolvimento de outras atividades econômicas.
 Vai surgindo em São Paulo uma infra-estrutura nova.
 Indústria e comércio receberão imediatamente o impacto dessa corrente migratória.
 Novas exigências de consumo transformam a estrutura comercial, onde a classe trabalhadores
praticamente não funcionava como consumidora. Para suprir essa maior demanda, surgem as indústrias
que começam a produzir artigos até então desconhecidos ou somente conseguidos através da
importação.

Valorização social do trabalho


O PROBLEMA DA MÃO DE
OBRA: IMIGRAÇÃO
Furtado (cap. 22)
Caio Prado Jr. (cap.19)
Maria Petrone (1969)
Prof. Edivaldo Constantino

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