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ECONOMIA AÇUCAREIRA III

Celso Furtado (Caps 8, 9, 10, 11, 12)


Prof. Edivaldo Constantino
ESTRUTURA DA AULA
Capitalização e nível de renda na colônia açucareira
Fluxo de renda e crescimento
Projeção da economia açucareira: a pecuária
A formação do complexo econômico nordestino
Contração econômica e expansão territorial
CAPITALIZAÇÃO E NÍVEL DE RENDA NA COLÔNIA
AÇUCAREIRA
Dificuldades na etapa inicial: hostilidade do silvícola, custo dos transportes e mão-
de-obra.
A escravidão demonstrou ser, desde o primeiro momento, uma condição de
sobrevivência para o colono europeu na nova terra.
A captura e o comércio do indígena vieram a constituir a primeira atividade
econômica estável dos grupos de população não dedicados à indústria açucareira.
 Mão-de-obra de segunda classe
 São Vicente
CAPITALIZAÇÃO E NÍVEL DE RENDA NA COLÔNIA
AÇUCAREIRA
“A mão-de-obra africana chegou para a expansão da empresa, que já estava instalada.
É quando a rentabilidade do negócio está assegurada que entram em cena, na escala
necessária, os escravos africanos: base de um sistema de produção mais eficiente e mais
densamente capitalizado.”

Celso Furtado. Formação Econômica do Brasil. Pag. 77.


CAPITALIZAÇÃO E NÍVEL DE RENDA NA COLÔNIA
AÇUCAREIRA
Após essa etapa de instalação, a colônia açucareira avança mais rapidamente.

Final do século XVI (1600)


 Produção do açúcar em 2 milhões de arrobas (estimativas de Roberto Simonsen)
 Número de engenhos: 120 engenhos.
 Capital aplicado: 15 mil libras esterlinas por engenho (total de 1,8 milhão de libras).
 Escravos africanos: 20 mil no total. 15 mil na indústria do açúcar (3/4).
 Valor de cada escravo: 25 libras (total de inversão de 375 mil libras em mão de obra)  20% do
capital fixo da empresa.
CAPITALIZAÇÃO E NÍVEL DE RENDA NA COLÔNIA
AÇUCAREIRA
“Ano favorável”
 Valor do açúcar exportado: 2,5 milhões de libras.
 Deduzidos os custos de reposição, chega-se a uma renda líquida de 2 milhões de libras.
 Custos de reposição: 110 mil libras.

“50 mil com reposição de escravos – admitindo-se uma vida média útil de 8 anos, 15 mil
escravos a 25 libras por cabeça – e 60 mil libras para a parte de equipamento
importado.”

Celso Furtado. Formação Econômica do Brasil. Pag. 77.


CAPITALIZAÇÃO E NÍVEL DE RENDA NA COLÔNIA
AÇUCAREIRA
População europeia: 30 mil habitantes.  Colônia rica!
Renda concentrada na classe dos proprietários de engenho.

90% Senhores de engenho e


plantadores de cana de açúcar

5% Serviços de transporte e
armazenamento

3% Gado para tração e lenha


para as fornalhas

2% Salários
CAPITALIZAÇÃO E NÍVEL DE RENDA NA COLÔNIA
AÇUCAREIRA
Ano um pouco menos “favorável”
 1.200.000 libras. (renda açucareira líquida na colônia)
 600.000 libras. (gastos de consumo)

“Sobras”: 600.000 £ por ano + parcela do trabalho dos escravos voltada para a
capitalização do negócio
 (Furtado estima ser essa parcela = 300.000 libras/ ano)
CAPITALIZAÇÃO E NÍVEL DE RENDA NA COLÔNIA
AÇUCAREIRA
“Os dados [...] sugerem que a indústria açucareira era suficientemente
rentável para autofinanciar uma duplicação de sua capacidade produtiva a
cada dois anos. Aparentemente o ritmo de crescimento foi dessa ordem nas
etapas mais favoráveis.
O fato de que essa potencialidade financeira só tenha sido utilizada
excepcionalmente indica que o crescimento da indústria foi governado pela
possibilidade de absorção dos mercados compradores.”

Celso Furtado. Formação Econômica do Brasil. Pag. 81.


CAPITALIZAÇÃO E NÍVEL DE RENDA NA COLÔNIA
AÇUCAREIRA
“Mas, se a plena capacidade de autofinanciamento da indústria não era
utilizada, que destino tomavam os recursos financeiros sobrantes? A
explicação mais plausível para esse fato talvez seja que parte substancial dos
capitais aplicados na produção açucareira pertencesse aos comerciantes.
Sendo assim, uma parte da renda, que antes atribuímos à classe de
proprietários de engenhos e de canaviais, seria o que modernamente se
chama renda de não-residentes, e permanecia fora da colônia.”

Celso Furtado. Formação Econômica do Brasil. Pag. 82.


CAPITALIZAÇÃO E NÍVEL DE RENDA NA COLÔNIA
AÇUCAREIRA
“Explicar-se-ia assim, facilmente, a íntima coordenação existente entre as etapas de
produção e comercialização, coordenação essa que preveniu a tendência natural à
superprodução.”

Celso Furtado. Formação Econômica do Brasil. Pag. 82.


FLUXO DE RENDA E CRESCIMENTO
Pergunta: Que possibilidade efetiva de expansão e evolução estrutural
apresentava esse sistema econômico?
 Vamos analisar os processos de formação da renda e acumulação de capital

Formação de capital
 Desde o início teve que operar em escala grande  Teve que importar capital  Equipamentos e
mão-de-obra europeia especializada  Uso do trabalho indígena em tarefas não-especializadas.
FLUXO DE RENDA E CRESCIMENTO
A introdução do trabalhador africano não constitui modificação fundamental, pois
apenas veio substituir outro escravo menos eficiente e de recrutamento incerto.

Expansão: Equipamentos, materiais de construção e mão-de-obra escrava.


 Importação de mão-de-obra especializada em menor escala
 Mão-de-obra não especializada era diferente: redução vegetativa
FLUXO DE RENDA E CRESCIMENTO
“Ao contrário do que ocorreu nos EUA, onde regiões (...) chegaram a especializar-se na
criação de escravos, no Brasil sempre prevaleceu uma visão de curto prazo (...). (Já) o
jesuíta, nos seus sábios conselhos aos senhores de engenho, no começo do século XVIII,
recomendava que “aos feitores de nenhuma maneira se deve consentir dar coice,
principalmente na barriga das mulheres, que andam pejadas, nem dar pau nos escravos,
porque na cólera se não medem os golpes e podem ferir na cabeça a um escravo de
préstimo que vale muito dinheiro e perdê-lo. Repreendê-los, e chegar-lhes com um cipó às
costas com algumas varancadas, he o que se lhes póde, e deve permitir para ensino”

Celso Furtado. Formação Econômica do Brasil, p.84. apud Roberto Simonsen, p.108.
FLUXO DE RENDA E CRESCIMENTO
Estimulado pelo setor externo: aumento de preço e/ou de demanda
Aumento de gastos monetários com importação de equipamentos e mão de obra
Incorporação de novas terras
Escravos antigos e novos encarregados da instalação e operação das novas
estruturas
FLUXO DE RENDA E CRESCIMENTO
“Uma vez efetuada a importação dos equipamentos e mão-de-obra escrava, a etapa
subsequente da inversão – construção e instalação – se realizava praticamente sem que
houvesse lugar para a formação de um fluxo de renda monetária.”

“Numa economia industrial a inversão faz crescer diretamente a renda da coletividade em


quantidade idêntica a ela mesma. Isto porque a inversão se transforma automaticamente em
pagamento a fatores de produção.”

Celso Furtado. Formação Econômica do Brasil, p.85


FLUXO DE RENDA E CRESCIMENTO
Economia industrial
 Inversão faz crescer a renda da coletividade
 Inversão se transforma em pagamento aos fatores de produção (K, L).
 Criação de renda monetária

Economia exportadora-escravista
 Inversão é em pagamentos no exterior: importação de mão-de-obra, equipamentos, material de
construção (K)
 Maior parte tem como origem a própria utilização dos escravos (L).
 Renda criada não era objeto de nenhum pagamento. Lucro do empresário!
FLUXO DE RENDA E CRESCIMENTO
“A inversão feita numa economia exportadora-escravista é fenômeno inteiramente diverso. Parte
dela transforma-se em pagamentos feitos no exterior: é a importação de mão de obra, de
equipamentos e materiais de construção; a parte maior, sem embargo, tem como origem a
utilização mesma da força de trabalho escravo.”

“Ora a diferença entre o custo de reposição e de manutenção dessa mão de obra, e o valor do
produto do trabalho da mesma, era lucro para o empresário. Sendo assim, a nova inversão
fazia crescer a renda real apenas no montante correspondente à criação de lucro para o
empresário. Esse incremento da renda não tinha, entretanto, expressão monetária, pois não era
objeto de nenhum pagamento.”

Celso Furtado. Formação Econômica do Brasil, p.85


FLUXO DE RENDA E CRESCIMENTO
Mão-de-obra escrava comparada às instalações de uma fábrica:
 Inversão consiste na compra do escravo
 Manutenção representa custos fixos

Esteja a fábrica funcionando ou não, os gastos de manutenção terão que ocorrer.

O empresário também utiliza os escravos em outras atividades (obras de construção,


abertura de novas terras, melhoramentos locais). Escravos também prestavam
serviços pessoais. Essas inversões aumentam o ativo do empresário, mas não criavam
um fluxo de renda.
FLUXO DE RENDA E CRESCIMENTO
Funcionamento da economia.
Fatores de produção pertenciam ao empresário  Renda gerada em suas mãos. 
Correspondia ao valor das exportações.
 Fluxo de renda entre a unidade produtiva e o exterior
 Fluxo de renda se resume a operações contábeis  Não é uma economia semi-feudal.
 Pagamentos monetários (pelo escravo, mas não ao escravo)
 Voltada para o mercado externo
FLUXO DE RENDA E CRESCIMENTO
Voltemos a pergunta inicial: Que possibilidades de expansão e evolução
estrutural apresentava o sistema de produção escravista?

Aumento da absorção do mercado externo com nível adequado do preço do açúcar.


 Expansão das terras disponíveis.

Manutenção da estrutura produtiva


FLUXO DE RENDA E CRESCIMENTO
“Contudo, esse crescimento se realizava sem que houvesse modificações sensíveis na
estrutura do sistema econômico. Os retrocessos ocasionais tampouco acarretavam
qualquer modificação estrutural. Mesmo que a unidade produtiva chegasse a paralisar-
se, o empresário não incorria em grandes perdas, uma vez que que os gastos de
manutenção dependiam principalmente da própria utilização da força de trabalho
escravo. Por outro lado, grande parte dos gastos de consumo do empresário estava
assegurada pela utilização dessa força de trabalho.”

Celso Furtado. Formação Econômica do Brasil, p.89


FLUXO DE RENDA E CRESCIMENTO
“As paralisações ou retrocessos nesse crescimento não tendiam a criar tensões capazes de
modificar-lhe a estrutura. Crescimento significava, nesse caso, ocupação de novas terras
e aumento de importações. Decadência vinha a ser redução dos gastos em bens
importados e na reposição da força de trabalho (também importada) com diminuição
progressiva, mas lenta, no ativo da empresa, que assim minguava sem se transformar
estruturalmente.”

Celso Furtado. Formação Econômica do Brasil, p.89


FLUXO DE RENDA E CRESCIMENTO
Expansão
 Sempre em função do estímulo externo, sem ganhos de produtividade
 Manutenção da estrutura produtiva

Retrocessos
 Também em função do mercado externo
 Redução de gastos com importados (bens, escravos e máquinas)
 Lento retrocesso sem transformação estrutural

A unidade exportadora estava capacitada para preservar sua estrutura. Resistiu a


mais de três séculos a depressões. Letargia secular.
PROJEÇÃO DA ECONOMIA AÇUCAREIRA: A
PECUÁRIA
Sistema econômico de alta produtividade no litoral do NE.
 Assegura renda para defesa de outras partes da colônia e intensificar sua exploração.

Havia surgido um mercado capaz de justificar a existência de outras atividades


econômicas.

Alta rentabilidade, alta especialização, mercado de grandes dimensões, quase


inexistência de fluxo monetário interno, grau de comercialização elevado.
PROJEÇÃO DA ECONOMIA AÇUCAREIRA: A
PECUÁRIA
Economia açucareira atua como fator dinâmico do desenvolvimento de outras regiões
do país.

Furtado: Comparação São Vicente e Nova Inglaterra.


 Os objetivos iniciais da colonização fracassaram.
 Colonos em atividades de baixa produtividade:
 Caça ao índio em São Vicente (desbravar o interior)
 Pesca na Nova Inglaterra (se voltam para os mares).
São Vicente Nova Inglaterra

Nordeste Antilhas
açucareiro

Fracasso dos objetivos iniciais


De “empresa colonial” a economia de baixa
rentabilidade
São Vicente Nova Inglaterra

Escassez severa de mão de Transferência de mão de


obra obra das Ilhas Britânicas

Caça ao índio: exploração Pesca


do interior

Desenvolvimento de Construção de embarcações


habilidade “exploratório- e aperfeiçoamento do
militar” transporte marítimo
PROJEÇÃO DA ECONOMIA AÇUCAREIRA: A
PECUÁRIA
Fator limitante da ação dinâmica da economia açucareira em São Vicente.
 Abundância de terras nas proximidades do núcleo canavieiro.
 Antilhas  Escassez de terras
 NE do Brasil  Fluidez da fronteira do açúcar.

Criação, no próprio NE de um segundo sistema econômico, dependente da economia


açucareira.
As Antilhas, por outro lado, tiveram acesso a outros mercados (inclusive coloniais - ver
aula anterior!)
PROJEÇÃO DA ECONOMIA AÇUCAREIRA: A
PECUÁRIA
Expansão do açúcar devasta florestas no litoral
Reservas de lenha cada vez mais distantes
Aumento na demanda por animais de tiro
A expansão da atividade pecuária: povoamento e ocupação econômica do sertão
PROJEÇÃO DA ECONOMIA AÇUCAREIRA: A
PECUÁRIA
Pecuária:
 Ocupação extensiva e itinerante
 Regime de águas e distância para o mercado exigiam deslocamentos dos animais
 Inversões fora do estoque do gado eram baixas
 Sempre que há terra, há uma indução a uma expansão
 População era baixa (13 mil pessoas [ANTONIL]) e indígena.

Principal fator de penetração e ocupação do interior brasileiro, mas era um


fenômeno induzido pela economia açucareira.
PROJEÇÃO DA ECONOMIA AÇUCAREIRA: A
PECUÁRIA
Pergunta: Que possibilidades de crescimento apresentava a pecuária?

Condição fundamental para expansão: Terras.


 Na medida em que expande, os custos de transporte aumentam.
 Para o colono sem recursos, essa atividade era atrativa.

Porém, a expansão da pecuária (aumento de rebanho e mão-de-obra) depende da


dinâmica da economia açucareira.
PROJEÇÃO DA ECONOMIA AÇUCAREIRA: A
PECUÁRIA
Note:
 Expansão  Terras  Distantes do mercado consumidor  Aumento do custo de transporte  Se os
preços não aumentam, a renda média vai reduzindo.

Era um mercado de dimensões ínfimas. Baixo grau de especialização e


comercialização.

A criação de gado era também uma atividade de subsistência, sendo fonte de


alimento e matéria-prima (couro).
FORMAÇÃO DO COMPLEXO NORDESTINO
Já sabemos que:

“O crescimento era de caráter puramente extensivo, mediante incorporação de terra e


mão-de-obra, não implicando em modificações estruturais que repercutissem nos custos
de produção e portanto na produtividade. Por outro lado, a reduzida expressão dos
custos monetários (...) tornava a economia enormemente resistente aos efeitos de curto
prazo de uma baixa dos preços.”

Celso Furtado. Formação Econômica do Brasil, p.101


FORMAÇÃO DO COMPLEXO NORDESTINO
Mas no longo prazo, as diferenças são grandes!

 Economia criatória não depende de gastos monetários no processo de reposição de capital e de


expansão da capacidade produtiva.
 Economia açucareira depende de importação de mão-de-obra e equipamentos.

Economia criatória  Condições de trabalho e alimentação  Crescimento


vegetativo da população.
Açúcar
• Demanda gastos monetários de reposição: mão de
obra e maquinário
• População escrava diminui gradativamente

Pecuária
• Não demanda tais gastos monetários (expansão
endógena)
• Forte crescimento vegetativo de sua força de
trabalho
FORMAÇÃO DO COMPLEXO NORDESTINO
Enfraquecimento da economia açucareira
Crescimento do setor de subsistência (autoconsumo) na pecuária
Pecuária absorve os desocupados da economia açucareira
Diminuição da renda monetária, da produtividade econômica, da especialização, da
divisão do trabalho
Lento processo de atrofiamento econômico, sem que exista emigração de fatores e
sem estagnação demográfica (pelo contrário)
FORMAÇÃO DO COMPLEXO NORDESTINO
“Contudo, como a rentabilidade da economia pecuária dependia em grande medida da
rentabilidade da própria economia açucareira, ao transferir-se população desta para
aquela nas etapas de depressão se intensificava a conversão da pecuária em economia
de subsistência.”

“A expansão da economia nordestina durante esse longo período consistiu, em última


instância, num processo de involução econômica: o setor de alta produtividade ia
perdendo importância relativa, e a produtividade do setor pecuário declinava à medida
que este crescia.”

Celso Furtado. Formação Econômica do Brasil, p.105


CONTRAÇÃO ECONÔMICA E EXPANSÃO
TERRITORIAL
Apogeu do açúcar
 Portugal busca defender o monopólio do açúcar e estender seus domínios para o Norte.
 Foz do Amazonas.
 Maranhão

Dificuldades do açúcar
 Regiões foram abandonadas
CONTRAÇÃO ECONÔMICA E EXPANSÃO
TERRITORIAL
Maranhão não apresenta a mesma qualidade de solo.
Tentaram capturar e vender escravos (assim como fez Piratininga), mas PE estava
isolado, sob domínio holandês. E depois, chegou a decadência do açúcar.
Região que acabou involuindo: depende apenas da caça ao índio para sobreviver
(as famílias tem que abastecer-se por si mesmas, pois não havia nada para
comercializar. Por isso, a necessidade dos índios).
Penetração na região Amazônica para capturar os indígenas.
 Melhor conhecimento das potencialidades econômicas da floresta. (cacau, baunilha, cravo, canela)
CONTRAÇÃO ECONÔMICA E EXPANSÃO
TERRITORIAL
Mais uma vez, precisava dos índios para colher os produtos.
Jesuítas: organização do trabalho indígena.

“Dessa forma, a pobreza mesma do Maranhão, ao obrigar seus colonos a lutar tão
tenazmente pela mão-de-obra indígena, e a correspondente reação jesuítica (...)
constituíram fator decisivo da enorme expansão territorial que se efetua na primeira
metade do século XVIII.”
Celso Furtado. Formação Econômica do Brasil, p.111
CONTRAÇÃO ECONÔMICA E EXPANSÃO
TERRITORIAL
Dificuldades em São Vicente.
 Cresce a importância do couro para exportação.
 Região da Prata era um concorrente.
 Portugueses penetram na área e fundam a Colônia do Sacramento.
 Entreposto e contrabando da América espanhola.

Geral, cresce a importância relativa dos setores de subsistência no Norte, Sul e


interior do NE.
CONTRAÇÃO ECONÔMICA E EXPANSÃO
TERRITORIAL
Difícil gerar tributos para a Metrópole.  Dificuldades nas finanças portuguesas 
Desvalorização cambial  Alívio para o setor exportador  Mas tornava mais
difícil a importação  Agravou a situação das regiões mais pobres.

Em Piratininga, uma simples roupa de fazenda importada ou uma espingarda


podiam valer mais do que uma casa residencial.

Atrofiamento da economia!
ECONOMIA AÇUCAREIRA III
Celso Furtado (Caps 8, 9, 10, 11, 12)
Prof. Edivaldo Constantino

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