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“50 mil com reposição de escravos – admitindo-se uma vida média útil de 8 anos, 15 mil
escravos a 25 libras por cabeça – e 60 mil libras para a parte de equipamento
importado.”
5% Serviços de transporte e
armazenamento
2% Salários
CAPITALIZAÇÃO E NÍVEL DE RENDA NA COLÔNIA
AÇUCAREIRA
Ano um pouco menos “favorável”
1.200.000 libras. (renda açucareira líquida na colônia)
600.000 libras. (gastos de consumo)
“Sobras”: 600.000 £ por ano + parcela do trabalho dos escravos voltada para a
capitalização do negócio
(Furtado estima ser essa parcela = 300.000 libras/ ano)
CAPITALIZAÇÃO E NÍVEL DE RENDA NA COLÔNIA
AÇUCAREIRA
“Os dados [...] sugerem que a indústria açucareira era suficientemente
rentável para autofinanciar uma duplicação de sua capacidade produtiva a
cada dois anos. Aparentemente o ritmo de crescimento foi dessa ordem nas
etapas mais favoráveis.
O fato de que essa potencialidade financeira só tenha sido utilizada
excepcionalmente indica que o crescimento da indústria foi governado pela
possibilidade de absorção dos mercados compradores.”
Formação de capital
Desde o início teve que operar em escala grande Teve que importar capital Equipamentos e
mão-de-obra europeia especializada Uso do trabalho indígena em tarefas não-especializadas.
FLUXO DE RENDA E CRESCIMENTO
A introdução do trabalhador africano não constitui modificação fundamental, pois
apenas veio substituir outro escravo menos eficiente e de recrutamento incerto.
Celso Furtado. Formação Econômica do Brasil, p.84. apud Roberto Simonsen, p.108.
FLUXO DE RENDA E CRESCIMENTO
Estimulado pelo setor externo: aumento de preço e/ou de demanda
Aumento de gastos monetários com importação de equipamentos e mão de obra
Incorporação de novas terras
Escravos antigos e novos encarregados da instalação e operação das novas
estruturas
FLUXO DE RENDA E CRESCIMENTO
“Uma vez efetuada a importação dos equipamentos e mão-de-obra escrava, a etapa
subsequente da inversão – construção e instalação – se realizava praticamente sem que
houvesse lugar para a formação de um fluxo de renda monetária.”
Economia exportadora-escravista
Inversão é em pagamentos no exterior: importação de mão-de-obra, equipamentos, material de
construção (K)
Maior parte tem como origem a própria utilização dos escravos (L).
Renda criada não era objeto de nenhum pagamento. Lucro do empresário!
FLUXO DE RENDA E CRESCIMENTO
“A inversão feita numa economia exportadora-escravista é fenômeno inteiramente diverso. Parte
dela transforma-se em pagamentos feitos no exterior: é a importação de mão de obra, de
equipamentos e materiais de construção; a parte maior, sem embargo, tem como origem a
utilização mesma da força de trabalho escravo.”
“Ora a diferença entre o custo de reposição e de manutenção dessa mão de obra, e o valor do
produto do trabalho da mesma, era lucro para o empresário. Sendo assim, a nova inversão
fazia crescer a renda real apenas no montante correspondente à criação de lucro para o
empresário. Esse incremento da renda não tinha, entretanto, expressão monetária, pois não era
objeto de nenhum pagamento.”
Retrocessos
Também em função do mercado externo
Redução de gastos com importados (bens, escravos e máquinas)
Lento retrocesso sem transformação estrutural
Nordeste Antilhas
açucareiro
Pecuária
• Não demanda tais gastos monetários (expansão
endógena)
• Forte crescimento vegetativo de sua força de
trabalho
FORMAÇÃO DO COMPLEXO NORDESTINO
Enfraquecimento da economia açucareira
Crescimento do setor de subsistência (autoconsumo) na pecuária
Pecuária absorve os desocupados da economia açucareira
Diminuição da renda monetária, da produtividade econômica, da especialização, da
divisão do trabalho
Lento processo de atrofiamento econômico, sem que exista emigração de fatores e
sem estagnação demográfica (pelo contrário)
FORMAÇÃO DO COMPLEXO NORDESTINO
“Contudo, como a rentabilidade da economia pecuária dependia em grande medida da
rentabilidade da própria economia açucareira, ao transferir-se população desta para
aquela nas etapas de depressão se intensificava a conversão da pecuária em economia
de subsistência.”
Dificuldades do açúcar
Regiões foram abandonadas
CONTRAÇÃO ECONÔMICA E EXPANSÃO
TERRITORIAL
Maranhão não apresenta a mesma qualidade de solo.
Tentaram capturar e vender escravos (assim como fez Piratininga), mas PE estava
isolado, sob domínio holandês. E depois, chegou a decadência do açúcar.
Região que acabou involuindo: depende apenas da caça ao índio para sobreviver
(as famílias tem que abastecer-se por si mesmas, pois não havia nada para
comercializar. Por isso, a necessidade dos índios).
Penetração na região Amazônica para capturar os indígenas.
Melhor conhecimento das potencialidades econômicas da floresta. (cacau, baunilha, cravo, canela)
CONTRAÇÃO ECONÔMICA E EXPANSÃO
TERRITORIAL
Mais uma vez, precisava dos índios para colher os produtos.
Jesuítas: organização do trabalho indígena.
“Dessa forma, a pobreza mesma do Maranhão, ao obrigar seus colonos a lutar tão
tenazmente pela mão-de-obra indígena, e a correspondente reação jesuítica (...)
constituíram fator decisivo da enorme expansão territorial que se efetua na primeira
metade do século XVIII.”
Celso Furtado. Formação Econômica do Brasil, p.111
CONTRAÇÃO ECONÔMICA E EXPANSÃO
TERRITORIAL
Dificuldades em São Vicente.
Cresce a importância do couro para exportação.
Região da Prata era um concorrente.
Portugueses penetram na área e fundam a Colônia do Sacramento.
Entreposto e contrabando da América espanhola.
Atrofiamento da economia!
ECONOMIA AÇUCAREIRA III
Celso Furtado (Caps 8, 9, 10, 11, 12)
Prof. Edivaldo Constantino