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Com as Cruzadas (guerras promovidas pela Igreja Católica com o objetivo de retomar a
Terra Santa), houve uma expansão das distâncias comerciais e uma maior importância do Mar
Mediterrâneo. Nesse contexto, cidades como Gênova, Veneza e Barcelona assumem um papel
comercial importante. Comércio de longa distância permitiu uma emergência burguesa e
posterior degradação do sistema feudal, já que era necessária a unificação do Estado Nacional
e, consequente formação de um corpo militar que estivesse em defesa de seus interesses. O
primeiro Estado Nacional foi o português, cujo império era constituído por colônias na África,
Ásia, que ansiou o absolutismo como forma de governo. A acumulação de metais preciosos
(forma líquida de riquezas) no século XVI gerou um processo inflacionário no país.
Como não haveria transportes eficientes terrestres, a mobilidade se dava por meio
marítimo, tanto que as cidades europeias quando coloniais se desenvolveram principalmente
ao redor de rotas fluviais vascularizadas (São Francisco, Rio da Prata, Amazonas, etc.).
Até 1530 houve uma negligencia por parte de Portugal em relação ao Brasil já que não
haviam encontrado riquezas, como foi o caso espanhol, porém, com as tentativas de tomada
do território (como o caso da França Antártica), houve uma preocupação maior com a colônia
e, como forma de estabelecimento de Portugal de forma gerar lucratividade para os
burgueses, houve o estabelecimento de atividade comercial organizada através da cana de
açúcar. A empresa colonial agrícola portuguesa obteve muito sucesso do século XVI até XVIII.
Feitorias: portos e jurisdições da metrópole destinada ao extrativismo e formações de
estoques (ações pagas pela metrópole e executado por nativos).
Conceitos Importantes:
Sentido de Colonização:
Como não havia grande excedente populacional em Portugal, usa-se como alternativa
a doação de terras como forma de incentivo.
Produzir produtos coloniais de forma lucrativa para o comércio europeu sem competir
com as culturas agrícolas europeias. Lucratividade da empresa colonial agrícola assentada em
três elementos principais:
- Latifúndio: atividade produtiva estava baseada no uso extensivo da unidade produtiva (terra)
não no aumento de produtividade. Engenho demanda grande força de trabalho;
Empresa Açucareira:
Quase totalidade da renda monetária vem das exportações; e dos gastos / dispêndios
das importações. O sistema cresce através da demanda externa, abundância de terras.
Aumento da produção sem que existam modificações sensíveis na estrutura econômica:
ocupação de novas terras. Economia do NE resiste mais de três séculos, com prolongadas
depressões.
Êxito da empresa colonial agrícola: alto valor comercial; monopólio pela metrópole
através do pacto colonial.
- Para alimentação;
- Lenha necessária como material de construção e combustível; cada vez fica mais
distante conseguir; necessários animais de tração: boi.
Empresa Mineira:
Podemos analisar a economia mineira bem como a circulação da renda nesta traçando
paralelos com a economia canavieira. Enquanto as empresas canavieiras necessitavam de um
investimento inicial maior de capital fixo (incluso para compra de escravos), na economia
mineira este investimento inicial era substancialmente menor, inclusive com relação à compra
de escravos. Diferente da economia canavieira, na mineira os escravos nunca superaram
demograficamente em relação à população livre; e muitas vezes, os escravos trabalhavam por
conta própria comprometendo-se a pagar a seus ‘donos’ certas quantias fixas periodicamente,
criando assim condições de muitas vezes poder após certo tempo comprar sua própria
liberdade. Em relação à renda da economia mineira, era baseada na incerteza, e até podemos
dizer na sorte. Muitas empresas atingiram seu ápice de prosperidade muito rapidamente, tão
rápida quanto à depressão posterior (esgotamento das minas). As empresas não
necessitavam ficar fixas em uma região, mas devemos levar em questão o deslocamento delas
para quando em determinada área esgotava os recursos. Após a depressão, muitos
empresários eram reduzidos a simples faiscadores e com o tempo revertiam à simples
economia de subsistência.
A mineração não era localizada em áreas litorâneas, mas sim em áreas interiores,
basicamente situadas na vasta região compreendida entre a Serra da Mantiqueira, no atual
estado de Minas, e a região de Cuiabá, no Mato Grosso, passando por Goiás. Devido à alta
lucratividade resultante do achado do ouro nestas regiões, era natural que as regiões vizinhas
de tais polos de exploração elevem os preços de seus bens que produzem, como por exemplo,
alimentos. Devemos tomar em consideração também que o ouro extraído, necessitava de
transporte para áreas do litoral onde existiam os portos para serem exportados. Assim a
atividade criatória, até então de baixa rentabilidade e que atendia basicamente as
necessidades da empresa canavieira, passa a atender também as necessidades da empresa
mineira. E isso causa uma revolução nessa atividade, pois os preços elevam-se e passa a ter
uma rentabilidade substancialmente maior. Tanto para uso de transporte quanto para
alimentos, vestimentas, a criação passa ser essencial para a economia mineira, atraindo a
criação inclusive do Nordeste para os polos de mineração, onde encontravam rentabilidade
muito maior. Isso neste momento prejudicou de certa forma os engenhos do Nordeste, pois
também necessitavam dessa atividade, e para manter próximo, tiveram também de aumentar
o preço, e até criar leis proibindo o deslocamento do gado. Assim pela primeira vez na história
colonial observamos uma articulação entre as atividades em questões de regionais, onde há
migração interna da atividade de criação.
Em relação à economia Brasileira frente a economia Norte-Americana:
- Mudança do Status político do Brasil (vinda da família real, abertura dos portos,
fundação do Banco do Brasil, tratos comerciais com a Inglaterra).
Economia Cafeeira:
- plantador (fazendeiro);
- beneficiamento;
- comerciante / atacadista;
- escravo / imigrante;
- malha ferroviária.
- Teoria dos Choques adversos, como por exemplo, 1ª guerra mundial, grande
depressão, 2ª guerra mundial. Economia brasileira experimentava um aumento da produção
industrial que substitui as importações.
- Importância do Nacional-Desenvolvimentismo;
Ao fim da Segunda Guerra Mundial, foi instituída uma nova ordem econômica
internacional com o objetivo de evitar novos conflitos armados, direcionando-os para a esfera
diplomática nos novos órgãos multilaterais.
Num mundo dividido entre países capitalistas e socialistas, houve uma reformulação
do sistema capitalista, com a introdução de um sistema de proteção trabalhista e
previdenciária – o Estado de Bem-Estar Social - nos países desenvolvidos. Naqueles não
desenvolvidos, a dependência econômica em relação à agro exportação foi identificada com
atraso econômico, enquanto a industrialização significaria o desenvolvimento, e poderia ser
alcançada mediante a intervenção estatal, do Estado Desenvolvimentista.
- Teoria do comércio internacional está na origem da teoria cepalina (lei das vantagens
comparativas).
Raúl Prebisch: tendência à deterioração dos termos de troca entre produtos primários e
industrializados bloquearia o desenvolvimento das econômicas primário-exportadores.
Trata-se de uma ruptura importante por envolver também um novo papel para o
Estado, que se transforma num ativo agente promotor do desenvolvimento econômico. Esse
Estado interventor, chamado Estado Desenvolvimentista, atuava de forma direta e indireta. A
intervenção direta ocorria por meio dos investimentos das empresas públicas, enquanto a
intervenção indireta era resultado do auxílio ao investidor privado, mediante políticas cambiais
e de crédito que o favoreciam.
Com base no slogan “cinquenta anos em cinco”, o presidente JK foi responsável pela
aceleração da industrialização brasileira, completando seu parque industrial com a criação de
indústrias produtoras de máquinas e equipamentos, de infraestrutura de transporte e energia,
além da produção de bens de consumo duráveis. A partir desses investimentos, a economia
brasileira desenvolveria uma dinâmica típica de economias industrializadas.