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Comércio Triangular: Circuito de comércio atlântico que ligava os continentes: europeu, africano
e americano.
Capitalismo Comercial: Sistema económico caracterizado pela procura do maior lucro, pelo
espirito de concorrência e pelo papel do comércio como motor de desenvolvimento económico.
Mercantilismo
A ex p ansão d o c omércio c oincidiu com a a firmação das monarquias absolutas. Mas
agora, mais do que nunca, era necessário capital capaz d e sustentar a magnificência d os príncipes,
reforçar o aparelho do estado e mobilizar os exércitos que impusessem a supremacia do país em
relação aos seus vizinhos. Foi com o objectivo d e enriquecer o estado e os seus cidadãos (ou seja,
o p a ís), que se p ôs em p rática a primeira doutrina económica, o Mer cantilismo.
Segundo Colbert, a riqueza d e um p aís estava na quantidade d e metais p reciosos que esse
mesmo país possuía. Era imp ortante não d eixar que o d inheiro saísse do país (ou seja, menos
imp ortações) mas tinha de entrar d inheiro (ou seja, ma is exportações), para ter uma balança
c omercial equilibrada.
Para atingir o objectivo, foi necessário criar med idas proteccionistas:
• Proibido utilizar p rodutos d o estrangeiro (são as chamadas leis p r agmáticas em Portugal
porque nos outros países não era assim);
• Promover a produção nacional (e a a uto-suficiência do p aís) dando incentivos;
• São c riadas as c ompanhias de c omércio, para que sejam proporcionados mercados de
abastecimento de matérias-primas e de colocação dos produtos manufacturados;
• Ter as ta x as a lfandegárias a p reços mais elevados para produtos do estr angeiro d o que
para os p rodutos nacionais;
• O rei atribuía o direito de ex c lusividade.
Mercantilismo em Inglaterra
As medidas mercantilistas implementadas foram entrando aos poucos em Inglaterra uma
vez que à med ida que a s medidas implementadas p rocuravam r esolver os problemas que iam
surgindo, por isso, assumiram um c a racter flexível a daptando-se às circunstâncias que originou
uma grau de eficácia muito elevado.
Para além do seu caracter flexível, o mer cantilismo inglês distingue-se p ela valorização da
ma rinha e d o sector comercial.
Tal como sucedeu em frança, os produtos holandeses também “invadiam” os mercados
ingleses e por isso, foram necessárias criar uma série d e leis, chamadas A ctos d e Navegação, que
estavam d estinadas a banir os produtos holandeses d os mercados ingleses. Segundo os actos de
navegação, nenhuma embarcação p odia c hegar à Inglaterra ou à s c olonias da mesma e vender
p rodutos dos outros países, ou seja, vamos supor que uma embarcação portuguesa que
transportava uma mercadoria portuguesa, essa mercadoria seria possível ser vendida à Inglaterra,
mas se fosse uma embarcação portuguesa com produtos de holanda já não era possível vender os
produtos.
O sector comercial foi fortemente reforçado com as companhias de comércio, sendo a
mais importante a companhia das índias orientais.
Numa altura em que o c a p ita lismo c omer c ia l está a d esenvolver -se, d omina r os
mercados tornou-se, logicamente, numa p rioridade politica.
Uma vez que, c om as medidas proteccionistas a c ir c ul a çã o d e p r odu tos e n tr e p a ís es
europeus tornou-se cada vez mais rara (dado que ninguém queria importar), foi então que ex istiu
a nec essid a d e de c omeç a r -se a utiliza r a s c olonia s, contudo, isto or ig inou uma fonte d e
rivalidades. S e todos os países querem o mesmo (colónias) é nor mal que entrem em conflito , ou
seja, todos queria o tão cobiçado continente americano e por isso, começaram lutas para ficar
com os territórios.
Os c onflitos foram essencialmente entre: holanda, Inglaterra e frança e entr e esta s luta s
que existiram ao longo dos tempos, podemos dividir em 2 partes: hola nd a e Ing la ter r a ; e a
riva lid a d e a ng lo -fra nc esa . Mas, o momento que se destaca mais foi a G uer r a d os S ete A nos
(Ing la terra vs. Fra nç a ), que apesar de ter início na europa, rapidamente se alargou às colónias.
Esta guerra só teve fim c om o tratado de paris onde a Ing laterra sai vitoriosa, fazendo com que a
frança abandonasse as suas colonias na índia, cedeu o Canadá, o vale de Oaio, margem esquerda
do rio Mississípi; em áfrica as feitorias do senegal e ainda entregou a luisiana à Espanha para
compensar a perda da florida para os ingleses.
E assim, após um século de confrontos, a Ing laterra torna-se na maior p otência c olonial e
ma rítima da europa, uma vez que recebeu imensas colónias.
Os progressos agrícolas
Nos outros países, o mercantilismo voltou-se para o comércio e a indústria, sendo estes
que faziam o país avançar economicamente, contudo, em Ing laterra, o mercantilismo v olt ou -s e
p a ra a a gricultura, d ando origem ao fisiocratismo.
Foi graças aos La ndlords que todos estes p r ogressos na agricultura foram p oss ív eis , p ois
foram eles que colocaram de lado as técnicas já existentes e começaram a renovar.
O p rincipal p roblema era o esgotamento d os s o los . A b a se d a a lim en ta ç ão er a m os
c ereais, por isso, é normal que isso era o que mais cultivavam , c ontud o, o s c e r ea is c a ns a m a
terra, levando a o esgotamento das terras. D a í a necessidade d o p ousio, ou seja, daí a necessid a d e
de colocarem as terras aráveis em descanso. Porém, p a ra evitar o p ousio e r enovar a s t e r r as a o
mesmo tempo, o sistema d e rotação d e culturas foi r enovado e assim, passou a ser a lter na d o a s
colheitas que exigem mais esforço por parte do solo com colheitas que não exigem tanto, e este
aperfeiçoamento, não só proporcionava um aproveitamento total do solo como também existia
a p erfeita ligação entre a agricultura e a criação de gado, uma vez que algumas p la nta s que sã o
cultivadas nos campos são boas para o gado, e se o gado se encontra nos campos fertilizavam os
solos através do estrume (único fertilizante da época).
Com a renovação do sistema de culturas, deixou de fazer sentido deixarem o gado a
pastar por todo o lado e nos campos dos outros. Os campos abertos revelaram -se bastante
prejudiciais à rentabilização da terra, pelo que os grandes proprietá rios, criaram as enclosures
(vedações).
O sector agrícola aumentou a sua produtividade, que aumentou os recursos alimentares
possibilitando a mão-de-obra noutros sectores económicos, com isto, existiu um crescimento
demográfico, e riqueza económica.
Crescimento demográfico
• Prosperidade do país;
• Abundancia e criação de postos de trabalho -> aumento da taxa de nupcialidade ->
número de nascimentos -> morte diminui;
• A população começa a mudar-se para as cidades.
O crescimento populacional estimula o consumo e fornece mão-de-obra jovem.
América África
Seda, especiarias, panos de algodão, chá, corantes, porcelanas, produtos agrícolas, etc.
Arranque industrial
O processo de ind ustrialização iniciou-se em Inglaterra, devido a um conjunto d e
factores: os a va nços agrícolas, a umento d emográfic o, a la r g a men to d os m er c a dos , a
c a pacidade empreendedora d os ingleses, e o a vanço tecnológico.
Foram desenvolvidos 3 sectores: o algodoeiro (têxtil), metalúrgico, e o vapor.
Algodoeiro/ têxtil
Devido a um a umento d a p r oc ur a (interna e externa) e à a bund a nc ia em
ma térias-primas provenientes d a s colónias, houve progressos no sector algodoeiro.
Graças aos melhoramentos na tecelagem, na fiação e e s t a mp ag e m, houve um
a umento enorme na p rodutividade e na produção.
Metalurgia
Este sector foi, talvez, o sector mais importante de todos, uma vez que é ele
quem fornece máquinas e outros equipamentos para os outros sectores poderem
desenvolver.
Vapor
Com a introdução do vapor, podemos dizer que as manufacturas deram o lugar
às maquinofacturas, e aí, nasce a revolução industrial.
Crise comercial
Os holandeses foram expulsos do brasil, e com isso, levaram as técnicas de
produção do açúcar e tabaco. Mais tarde, estas técnicas também começaram a ser
utilizadas pelos franceses e ingleses.
Estes 3 países eram os principais compradores destes produtos portugueses,
contudo, com o facto destes países terem aprendido estas técnicas, eles próprios
começaram a produzir para eles próprios consumirem, e assim, deixaram de comprar a
Portugal, baixando o número de exportações. O efeito desta situação mais as medidas
proteccionistas de Colbert, levaram a que Portugal entrasse numa crise comercial muito
grave.
Conde da Ericeira
Teve como objectivo equilibrar a balança comercial de Portugal, substituindo os
produtos que importávamos por produtos que produzíamos em Portugal, por isso
tomou as seguintes decisões:
• Contratou artesões estrangeiros;
• Criou indústrias dando subsídios;
• Praticou uma política proteccionista da indústria nacional, através das pragmáticas;
• Criação de companhias monopolistas.
Tratado de Methuen
Neste tratado, fic ou acordado que Portugal teria d e aceitar as lãs o u tr a s m a n ufa ct ur a s
ing lesas, a nulando a s p ragmáticas. E m troca, os p ortugueses teriam d e vender vinho.
Foi este tratado que fez estimula r a s ex p or ta ç ões do nosso país, contudo, voltamos a
imp ortar muitas coisas aos ingleses, e assim, a os p oucos fomos p erdendo o ou r o d o b r a s il e o s
ing leses foram enriquecendo c om ele.
Apesar de o tra ta d o ter sid o bom uma vez que volta mos a os mer c a d os, voltamos a
deixar entrar produtos ingleses em Portugal e foi bom p a ra os proprietários das vinhas (visto que
enriqueceram porque os ingleses compravam muito vinho a eles), ta mbém foi p rejudicial, porque
mais uma vez, ficamos d ependentes de Inglaterra.
Nova república:
• Tolerância religiosa;
• Liberdade de pensamento;
• Valor do individuo, num contraponto claro à rigidez e ao autoritarismo dos estados
tradicionais.
Os c a rgos importantes eram d isputados tanto pelas famílias nobr es como p ela s fa mília s
burguesas. A os nobres cabiam a s funções militares (chefia dos exércitos cabia à família Orange).
Um conjunto de ric as famílias burgue sa s d om ina va o s c on se lh os d a s c id a de s e d a s
p rovínc ia s. Os chefes destas famílias encontravam-se afastados dos negócios, consagrando em
exclusivo as magistraturas. Os membros dos diversos conselhos detinham um poder quase
ilimitado em matéria de justiça, de fisco e de controlo da actividade económica.
No fim do século XVI, os Holandeses entraram nas grandes r otas comerciais do A tlântico
e d o Índ ic o . As pretensões holandesas contrariavam direitos antigos, estabelecidos em favor dos
portugueses e espanhóis. Os d ireitos d e P or tug a l e E s p a nha s o br e a n a veg a ç ão e a s t e r r as
d esc obertas eram d esrespeitados p ela concorrência e pelo corso empreendidos por outras na ç ões
europeias. A sua contestação jurídica só se instalou após 1602.