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Durante os séculos XVI a XVIII, a rivalidade entre as potências europeias que pretendiam

dominar o comércio intercontinental ficou mais competitiva. O oceano atlântico era o principal
centro do tráfico negreiro, em que os escravos trazidos de África eram levados para a América.

No século XVIII os conflitos a nível colonial e económico aumentaram, surgindo assim a guerra
dos sete anos, envolvendo países europeus, essa situação foi resolvida com o tratado de Paris
em 1763, criando condições para promover os lucros comerciais europeus, para isso as
potências desenvolveram companhias comercias, fomentando o monopólio numa
determinada região. Os europeus desenvolveram estratégias e mecanismos financeiros que
geram capital que sendo bem investido ajudava a aumentar as trocas e o lucro das atividades
transformadoras. Com isto, criou-se assim o capitalismo comercial, ou seja, o lucro que
retiravam das atividades económicas como a agricultura. Têm como principal fonte o comércio
triangular, entre África, América e Europa. O comércio triangular tinha como principal base o
Atlântico, unindo estes três continentes, foi durante os séculos XVII, e XVIII que a compra de
escravos vindas de África, sendo mais tarde transportadas para a América e para trabalhar nas
plantações das minas.

Ainda no decorrer destes séculos, as monarquias absolutas Europeias precisaram de grandes


riquezas para a encenação da corte e do poder central, foi necessária a intervenção do estado
para proteger a riqueza nacional, surgindo assim o mercantilismo. A principal preocupação a
nível nacional era acumular dinheiro que circulava no comércio europeu, para isto acontecer a
balança comercial do país tinha de ser favorável, isto é, o valor das exportações superasse o
valor das importações. As teorias protecionistas defendiam que os governos deviam promover
as manufaturas para não necessitarem de importar produtos. Por outro lado, os governos
sobrecarregavam os produtos importados com taxas alfandegárias tornando menos lucrativos,
aliviando as taxas de produtos exportados, em Portugal foram implementadas leis pragmáticas
que proibiam a importação e o uso de determinados produtos estrangeiros com o intuito de
proteger e fomentar a indústria portuguesa.

O mercantilismo também teve impacto em França, Colbert, foi o principal responsável por isso,
procurou desenvolver as manufaturas francesas, para isso tomou medidas exclusivas diminuir
os produtos importados de outros países, assim desenvolveu as manufaturas, concedendo
privilégios fiscais aos investidores, também subsidiou e permitiu a criação de monopólios de
fabrico. A manufatura foi regulamentada e controlada, o mesmo aconteceu com a atividade
comercial. Colbert focou-se no aumento da frota mercante e da marinha francesa que em 20
anos passou de 18 a 258 embarcações. O protecionismo de Colbert foi altamente regulador
em termos de manufatura e em termos comerciais, delimitando a iniciativa e a liberdade dos
investidores particulares. O colbertismo foi assim aplicado a inúmeros países europeus.

Na Inglaterra e nos Países Baixos o mercantilismo teve mais impacto a nível comercial, pois
estes países como eram as potências que dominavam os mares e tinham o quase exclusivo
monopólio sobre o comércio marítimo, tiveram mais facilidade em transportar produtos para a
Inglaterra e para as suas colónias. Os Ingleses estabeleceram que as mercadorias importadas
por Inglaterra seriam transportadas por Ingleses ou pelo país de origem desses produtos. Tal
como a França, a Inglaterra criou várias companhias monopolistas (companhia do Leste, Índias
Orientais…) em vários países para poder controlar o comércio Inglês nesses lugares.

José Freitas 11LH1

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