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Resumos Mercantilismo- Historia A

História A (Ensino Médio - Portugal)

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Objetivos para Historia A

Mercantilismo em França e em Inglaterra

Objetivo 1: Descrever o comércio triangular no seculo XVIII


O comércio triangular é um circuito de comércio atlântico que
prosperou durante os seculos XVII e XVIII e que liga o continente europeu,
americano e africano. Portugal, Espanha, França, Holanda, Inglaterra e as suas
colonias eram os países que participavam no comércio triangular pois eram
estimulados pelas oportunidades de gerar capital, investi-lo e aumentá-lo. Os
produtos comercializados eram o açúcar, o tabaco, o rum, o café, o algodão,
escravos, produtos manufaturados (têxteis) e as pedras e metais preciosos
(diamantes, ouro e prata).

Objetivo 2: Definir capitalismo comercial


O capitalismo comercial é um sistema económico que se afirmou
nos seculos XVI a XVIII e se carateriza pela procura do maior, lucro, pelo
espirito de concorrência e pelo papel determinante do comercio como motor do
desenvolvimento económico.

Objetivo 3: Enunciar genericamente os princípios mercantilistas


A expansão do comércio transatlântico coincidiu com a afirmação
das monarquias absolutas, que viram no domínio de áreas comerciais e nas
riquezas que estas proporcionavam, forma de aumentar o seu poderio, de
maneira a custear a magnificência das cortes, a reforçar o aparelho do Estado
e a impor a supremacia do país em relação aos restantes.
Foi com o objetivo de enriquecer o Estado e os seus cidadãos
aliado com a acumulação de pedras e metais preciosos que se estruturou e
que se impos o mercantilismo, que é uma teoria económica enunciada nos
séculos XVI a XVIII que defende uma forte intervenção do Estado na economia.
Com isto, os Estados pretendem ter uma balança comercial
favorável, ou seja, pretendiam que o valor de exportações fosse maior que o
valor das importações, produzindo mais internamente, reduzindo a quantidade
de mercadorias importadas e incrementando as vendas ao estrangeiro. Mas
para obter uma balança comercial favorável, os Estados necessitaram de
implementar medidas protecionistas que defendem o desenvolvimento do
comércio externo, o fomento da produção industrial, a revisão das taxas
alfandegárias e os monopólios com incentivos fiscais.

Objetivo 4: Caraterizar a política económica de Colbert


Jean Baptiste Colbert, ministro das finanças de Luís XIV entre
1661 e 1683, impos, em França, o mercantilismo, tentando resolver o
excessivo domínio do comércio holandês.
Ao resolver esse problema, Colbert apostou no desenvolvimento
manufatureiro, para que este fosse autossuficiente, concedendo monopólios,
contratando técnicos estrangeiros, proibindo a importação de produtos da
concorrência e agravando as taxas alfandegárias com incentivos fiscais e
subsídios. Apostou, também, no desenvolvimento do comércio, comprando
matérias-primas, vendendo produtos manufaturados e criando companhias
comerciais monopolistas que recebiam apoio do Estado e de frotas militares

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para exclusivo comércio com uma região ou de um produto e para dominar a


concorrência estrangeira.

Objetivo 5: Descrever o conjunto de medidas económicas encetadas por


Cromwell
Oliver Cromwell, chefe do governo republicano inglês entre 1649
e 1654, pretendia resolver o problema da concorrência holandesa, portanto
apostou no desenvolvimento do comércio, desenvolvendo a frota mercantil com
a politica de expansão territorial (disputas com a França e Holanda, criando
companhias comerciais monopolistas e publicando os Atos de Navegação (a
partir de 1651), que consistem na obrigatoriedade do transporte inglês ou do
país de origem de todas as mercadorias estrangeiras que entrassem em
Inglaterra e no exclusivo colonial, ou seja, que todos os produtos de origem em
colónias inglesas só pudessem ser exportados para Inglaterra ou para outra
colónia inglesa.

Objetivo 6: Relacionar o capitalismo comercial com a disputa de áreas coloniais


pelos estados europeus
O comércio, por ser a atividade mais lucrativa do sistema
económico do capitalismo comercial, chamou a atenção das monarquias
absolutas que viram, através do domínio de áreas comerciais, maneira de
aumentar o seu poderio, de custear os luxos da corte, de reforçar o Estado e
de impor a sua supremacia em relação aos outros Estados.
No entanto, os Estados ao quererem dominar cada vez mais
mercados começaram a disputar entre si o domínio das áreas coloniais, pois
estas fornecem matérias-primas e produtos lucrativos. Estas disputas levaram
a guerras entre algumas nações europeias como a França, a Holanda e a
Inglaterra e, devido a estas guerras, a Inglaterra impos um exclusivo comercial
que consiste em que todos os produtos coloniais seriam apenas exportados
para a Inglaterra ou outra colónia inglesa.

A hegemonia económica britânica

Objetivo 7: Evidenciar a importância das inovações agrícolas para o sucesso


económico inglês
Foi no condado de Norfolk, na Inglaterra, durante a primeira
metade do seculo XVIII, que a revolução industrial eclodiu, dando origem a
inúmeros progressos agrícolas, tal como o sistema de rotação quadrienal de
culturas (que proporcionava o aproveitamento integral dos terrenos, alternando
a agricultura (plantação dos cereais como o trigo e o cevada) e a criação do
gado (plantação de nabos e trevos) para maior produção e maior fertilidade dos
solos), a seleção de sementes, a margagem e a argilagem (com a aplicação de
calcário e argila nos solos mais arenosos), o alargamento das áreas de cultivo
(com o fim dos baldios, o arroteamento de florestas, a secagem de pântanos e
o fim do pousio) e a criação de enclosures (vedação dos campos para maior
organização e dadas a barões e outros agricultores ricos (os pobres sentiram-
se prejudicados), onde se seleciona as sementes, melhoram os instrumentos e
apuram as raças animais).
Para além destas inovações, houve, também, inovações na
criação do gado (reproduziu-se apenas os melhores animais para a melhor

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produção de carne, leite e lã) e inovações nos instrumentos agrícolas (como o


semeador de Jethro Tull (1701), a charrua triangular (1731) e a debulhadora
mecânica (movida por uma maquina a vapor ou por tração animal)) que
resultaram no aumento da produção agrícola e na libertação de mão-de-obra
para as industrias.

Objetivo 8: Mostrar as principais consequências da revolução agrícola


A revolução agrícola resultou no aumento da produção agrícola
(com o emparcelamento e vedação dos terrenos, os novos instrumentos e as
técnicas agrícolas e aumento da área de cultivo), na melhoria alimentar (com
progressos na agricultura, na higiene e na medicina) e no crescimento
populacional (com a libertação de mão-de-obra).
O crescimento populacional com a libertação da mão-de-obra
para outros setores como o das indústrias, deu origem ao êxodo rural (a
população procura alternativas de subsistência nas cidades devido ao
desemprego rural provocado à mecanização da agricultura e do movimento das
enclosures) e ao crescimento populacional nas cidades que se cobrem de
fábricas e bairros operários.

Objetivo 9: Explicar os fatores que contribuíram para a criação de um mercado


nacional
O mercado nacional foi criado devido ao grande número de
consumidores e ao aumento populacional, à inexistência de alfândegas
internas que favorecem a circulação mais barata de mercadorias, à rede de
canais (com transporte rápido e baratos de produtos) e à ampliação da rede de
estradas (com a utilização do macadame que facilita a ligação entre o interior e
as cidades portuárias).

Objetivo 10: Avaliar o impacto do alargamento dos mercados externos na


economia inglesa
No século XVIII, a Inglaterra, ao participar no comércio triangular,
domina o comércio europeu com produtos baratos e de qualidade que vem da
América (açúcar, café, tabaco, algodão, pele, madeiras), mas alarga o
comércio até ao Oriente, através da Companhia das Índias Orientais, onde os
seus comerciantes (participantes na companhia) compram sedas, especiarias,
corantes, chá, porcelanas e algodão. Alargou, também, até Africa de onde
trazia escravos que eram levados para minas e plantações na América.
O alargamento dos mercados externos constituiu um dos fatores
de preponderância inglesa sobre o mundo, através da abertura de falhas no
protecionismo dos estados europeus e da comercialização entre as Américas e
o Oriente.

Objetivo 11: Sublinhar os progressos do sistema financeiro


Em Inglaterra havia um sistema financeiro avançado que facilitava
o desenvolvimento económico. Este sistema financeiro acolhia a Bolsa de
Londres (1566) e o Banco de Inglaterra (Londres, 1694). Na bolsa de valores
de Londres contratava-se divida publica e negociavam-se os títulos da
Companhia da Índias Orientais e os títulos de empresas industriais. No Banco
de Inglaterra havia o apoio ao comércio (onde se emitia papel-moeda, se
aceitava depósitos e transferências e se financiava equipamentos para navios)

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e os Country Banks (que faziam exatamente o mesmo, mas estavam


espalhados pelo pais).
Este progresso do sistema financeiro inglês resultou no
fornecimento de capitais aos investidores (comerciantes e industriais).

Objetivo 12: Caraterizar o arranque industrial inglês tendo em conta as


condições favoráveis que o permitiram
A revolução industrial inglesa, que ocorreu durante a segunda
metade do século XVIII, beneficiou de um conjunto de condições favoráveis ao
seu arranque, tal como o amplo mercado interno e externo consumidor, a rede
de canais e estradas (que facilitava a circulação de produtos e pessoas), a
maior mão-de-obra disponível (devido ao êxodo rural), os grandes progessos
técnicos (no caso do têxtil, a lançadeira volante, o tear mecânico (por Edmund
Cartweight, em 1785) e a maquina a vapor (por James Watt, em 1769); no caso
da metalurgia, a pudelagem (por Henry Cort e Peter Onions em 1783/84 que
purificava o ferro fundido, batendo-o em fornos com grandes barras, tornando-o
mais resistente), a nova fonte de energia (vapor), a abundancia de minas de
carvão e hulha.
Os setores de arranque da revolução industrial foram a algodoeira
(que não exige grandes investimentos iniciais nem grandes qualificações
técnicas devido ao algodão ser uma matéria-prima abundante nas colonias
inglesas mas que gera grande procura externa e interna) e a metalurgia (que é
fornecedora de máquinas e equipamentos em ferro). Conjugando tudo isto com
uma burguesia dinâmica e empreendedora, o arranque industrial ingles só
poderia correr bem.

Objetivo 13: Mostrar as principais alterações introduzidas no regime de


produção
No regime de produção deu-se algumas alterações devido à
revolução industrial: a oficina dá lugar à fábrica; o artesão dá lugar ao operário
e, consequentemente, dá-se uma desvalorização do trabalho pois o trabalhador
é assalariado; dá-se um aumento da produção pois a manufatura (produção de
uma peça única) dá lugar à maquinofatura (produção em serie); as ferramentas
de trabalho manual dão lugar às máquinas que funcionam através da energia a
vapor.

Mercantilismo em Portugal

Objetivo 14: Relacionar a adoção de medidas mercantilistas em Portugal com a


crise comercial de 1670 a 1692
A crise comercial de 1670 a 1692 deu-se devido à diminuição da
compra dos produtos coloniais portugueses por parte dos holandeses, ingleses
e franceses, à concorrência no comércio com o Oriente e às medidas
protecionistas tomadas pelos outros Estados, o que resultou numa balança
comercial desfavorável.
Para solucionar esta crise, adotou-se medidas mercantilistas para
diminuir as importações do estrangeiro e para aumentar as exportações.

Objetivo 15: Integrar estas medidas no modelo francês

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Adotar o mercantilismo foi a solução apresentada por Duarte


Ribeiro de Macedo, embaixador em Paris. No entanto, foi D Luís de Meneses,
o terceiro conde de Ericeira e ministro do rei D Pedro II, que aplicou a politica
mercantilista em Portugal, altamente influenciado por Colbert.
D Luís de Meneses, a partir de 1675, começa a tomar medidas
para desenvolver a manufatura, tais como a criação de manufaturas de lã,
sedas, chapéus, cintos, fitas, vidros e curtumes; a contratação de técnicos
estrangeiros experientes (ingleses, holandeses e venezianos) e a compra de
novos equipamentos; a publicação de pragmáticas que proibiam o uso de
artigos de vestuário de origem estrangeira; a desvalorização da moeda,
tornando os produtos portugueses mais baratos no estrangeiro; e a criação de
companhias comerciais, às quais se deram privilégios fiscais.
Mas este esforço manufatureiro só durou ate 1690, pois Ericeira
encontrou fortes opositores à sua política, acabando por se suicidar.

Objetivo 16 e 17: Explicar o retrocesso da política industrializadora portuguesa


e Mostrar a dependência da economia portuguesa face à Inglaterra:
Portugal retoma a política mercantilista e abandona a política
industrializadora (pois não era necessários devido às mina e à dificuldade de
concorrência com outro produtos estrangeiros), assim que a crise comercial
extingue-se e que os produtos portugueses voltam a vender-se no estrangeiro,
pois são descobertas minas de ouro (1693) e minas de diamantes (1725) no
Brasil que são utilizadas para pagar as importações.
No entanto, os ministros de D Pedro II negoceiam o Tratado de
Methuen com a Inglaterra, em 1705 que consistia em que os tecidos de lã
ingleses e outras manufaturas entrassem em Portugal sem proibições e que os
vinhos portugueses entrassem em Inglaterra, pagando apenas dois terços das
taxas exigidas aos franceses.
Com isto, Portugal fica dependente do mercado inglês para a
compra de vinhos portugueses e para a venda de produtos manufaturados
ingleses (três quartos do ouro português é escoado para Inglaterra devido às
facilidades de pagamento) e os produtores de vinho saem beneficiados e os
produtores de la e outras manufaturas saem prejudicados.

Objetivo 18: Descrever a política económica pombalina:


Marquês de Pombal, ministro do rei D José I entre 1750 e 1777,
volta a aplicar o mercantilismo em Portugal e herda alguns problemas
económicos, financeiros e sociais, tais como a diminuição das remessas de
ouro brasileiro, a fraca produção interna, a balança comercial desfavorável
devido ao excessivo domínio inglês sobre a economia portuguesa e o débil
desenvolvimento da burguesia.
No entanto, Marques de Pombal toma medidas sobre o comercio
e sobre as manufaturas. Em relação ao comercio, cria a Junta do Comercio
onde se reprimia o contrabando, controlava as importações e as frotas, vigiava
as alfandegas e dava licenças e cria grandes companhias comerciais
monopolistas (que desenvolveram a burguesia) como a Companhia para a
Agricultura e vinhas do Alto-Douro ( em 1756 onde se arrancou vinhas e se
demarcou zonas de produção (com marcos pombalinos), e onde se deu
exclusivos de produção e comercialização do vinho com isenção de impostos).
Em relação à manufatura, incentivou-se as manufaturas com subsídios e a

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isenção de impostos, protegeu-se e reanimou-se a produção de benefícios,


introduziu-se e desenvolveu-se os têxteis de algodão, os vidros e outros
setores como a cerâmica, a cutelaria e a construção naval.

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