O documento descreve o período de prosperidade econômica da Inglaterra no século XVIII, atribuído a fatores como avanços agrícolas, crescimento demográfico, expansão de mercados, espírito empreendedor britânico e progresso tecnológico. Também discute as reformas agrícolas e industriais implementadas em Portugal pelo Marquês de Pombal para imitar o sucesso econômico inglês.
O documento descreve o período de prosperidade econômica da Inglaterra no século XVIII, atribuído a fatores como avanços agrícolas, crescimento demográfico, expansão de mercados, espírito empreendedor britânico e progresso tecnológico. Também discute as reformas agrícolas e industriais implementadas em Portugal pelo Marquês de Pombal para imitar o sucesso econômico inglês.
O documento descreve o período de prosperidade econômica da Inglaterra no século XVIII, atribuído a fatores como avanços agrícolas, crescimento demográfico, expansão de mercados, espírito empreendedor britânico e progresso tecnológico. Também discute as reformas agrícolas e industriais implementadas em Portugal pelo Marquês de Pombal para imitar o sucesso econômico inglês.
A segunda metade do século XVIII foi, para Inglaterra, um período de
prosperidade. A agricultura, o comércio, a indústria e a banca registraram um desenvolvimento elevado, senão revolucionário.
Algumas das condições de sucesso que levou ao arranque industrial
foram:
Os avanços agrícolas A dinâmica demográfica O alargamento dos mercados A capacidade empreendedora dos britânicos O avanço tecnológico
Nos avanços agrícolas, os ingleses mudaram a supressão do pousio, ou
seja, deixou de haver. Em vez do pousio, estes substituíram para o Sistema quadrienal de rotação de culturas. Este sistema permitiu aumentar a produtividade e a produção, pois alternava as colheitas de cereais com as leguminosas, como o nabo e as plantas forrageiras (trevo). Assim também permitia alimentar o gado, que por sua vez, contribuía para fertilizar as terras.
Outra alteração que se verificou foi nos sistemas de propriedade. Os
campos que eram abertos, deram lugar a terras vedadas e emparcelados, ou seja, agrupados(enclousures). Estes campos permitiram a cada proprietário tratar da sua terra de acordo com o seu interesse, logo teve um resultado positivo. Embora, os pequenos e médios proprietários, viram-se obrigadosa vender as suas terras.
As mudanças na agricultura levaram a alterações demográficas e sociais,
como o crescimento demográfico e da urbanização.
No crescimento demográfico observou-se uma elevada taxa de natalidade,
a diminuição da mortalidade, o crescimento natural da poupulação das cidades e o aumento causado pelo êxodo rural e, por isso as cidades cresceram em número e em densidade populacional. Estas melhorias,resultou de um conjunto de fatores: Melhorias na alimentação, no clima e no estilo de vida da população Melhorias das condições de higiene, vestuário e das habitações Melhoria nos cuidados materno-infantil Progressos na medicina
O sistema político e a mentalidade empreendedora, incentivou o lucro e
os negócios, cujo foram condições favoráveis ao desenvolvimento do comércio a ao arranque industrial.
O sistema governativo estava estável, a burguesia era ativa e
empreendedora e tiveram a influência dos landlords com mentalidade virada para o lucro e para o investimento.
O mercado externo e colonial, obteve lucros avultados do comércio
colonial que eram reinvestidos nas atividades econômicas. Alguns dos produtos que a Inglaterra consumia e exportava eram: o tabaco da Virgínia, o açúcar da Jamaica, o algodão, o chá e os escravos.
A criação do mercado nacional foi mais presente no século XVIII na
Inglaterra. O mercado interno britânico não deixou de se expandir, devido ao aumento demográfico e da urbanização. Pelo motivo de haver um número crescente de consumidores, levou à inexistência de alfândegas internas que encarecessem as mercadorias e dificultassem o seu transporte. Deste modo, criou-se um verdadeiro mercado nacional, onde os produtos e a mão de obra podiam circular livremente. Com os objetivos de diminuir os custos de circulação, a Inglaterra empenhou-se em construír novas estradas e também um complexo sistema de canais, por onde expandiam as mercadorias pesadas. Isto não só favoreceu a criação do mercado nacional, como proporcionou a ligação entre as regiões do interior e as cidades portuárias. Na página 76, documento 11 “Lugares onde raramente se utilizava o carvão estão bem fornecidos desse bem essencial, a preços acessíveis...” estas são duas vantagens do transporte de mercadorias pela rede de canais.
O arranque industrial foi possível pelos seguintes fatores:
Uso do carvão, como fonte de energia
Uso do ferro como matéria prima Utilização da máquina a vapor
Estes foram aplicados na indústria têxtil do algodão e no setor da
metalurgia.
A lançadeira volante (1733), a spinning-jenny (1770), a water-frame
(1769), o tear mecânico (1785) e a mule-jenny (1779) foram algumas das inovações do setor têxtil.
A revolução industrial designa a transformação ocorrida coma introdução
da máquina a vapor, nos métodos e na organização da produção de bens. A economia agrária e manufatureira deu lugar à economia industrial. Uma das tecnologias que liderou o arranque industrial inglês foi pela indústria têxtil.
Em meados do século XVIII, a diminuição das remessas de ouro brasileiro
conduziu Portugal a uma nova crise, visível na debilidade da produção interna e quebra no preço dos vinhos, dificuldade no escoamento dos produtos coloniais, intromissão de outras nações no nosso “exclusivo” colonial, agravamento do défice da balança comercial e na excessiva dependência face à Inglaterra. Estas conjunturas coincidiram com o ministro do rei D. José I, Marquês Pombal. Este ficou impressionado com o sucesso inglês, por isso tentou implantar medidas que incutissem um sentido semelhante à economia de Portugal.
Os grandes objetivos da política pombalina foram os seguintes: redução
do défice, nacionalização do sistema comercial português, aumentar a rentabilidade do comércio colonial, diminuir as importações, desenvolver a produção manufatureira, reduzir a dependência face à Inglaterra, equilibrar a balança comercial e limitar a concorrência estrangeira, retirar o controlo aos estrangeiros e aumentar a produção agrícola. Para diminuir a importação de bens de consumo e realçar as industrias assim como oferecer ao comércio português estruturas que lhe garantissem a segurança e rentabilidade foram tomadas máximas mercantilistas.
Pombal assim criou a junta do comércio (1755), a quem competia, a
regulação da atividade económica do reino, reprimir o contrabando, intervir na importância de produtos manufatureiros, vigiar as alfândegas, coordenar a partida das frotas para o Brasil, licenciar a abertura de lojas e a atividade dos homens de negócio.
Criaram-se companhias monopolistas que procuravam constituir-se como
entidades à altura de se baterem, comercialmente, com os ingleses, concentrando capitais privados e do Estado, página 102, documento 32B “Todas as pessoas que entrarem nesta companhia (...) usarão, (...) do privilégio de homenagem em sua própria casa; naqueles casos que ela se costuma conceder”
Marquês de Pombal procedeu à revitalização das indústrias existentes e à
criação de novas. Marquês volta a dar importância ao setor manufatureiro e, por isso as manufaturas pombalinas receberam privilégios, como instalações, subsídios, exclusivos e foram providas das técnicas mais adequadas.