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Novos instrumentos:
invenção da semeadora mecânica por Jethro Tull (1701), que permitiu lançar as sementes à terra com maior
aproveitamento;
generalização de instrumentos de ferro.
Inovações agropecuárias:
A associação entre a agricultura e a criação de animais permitiu fertilizar a terra e alimentar o gado;
A seleção de animais especialmente carneiros e vitelos, que foi introduzida por Robert Bakewell, para
aperfeiçoar as espécies
As inovações ao nível da estrutura da propriedade e das técnicas agrícolas tiveram consequências importantes na
produção, na distribuição geográfica da população e ao nível comercial:
As inovações ao nível da estrutura da propriedade e das técnicas agrícolas tiveram consequências importantes na
produção, na distribuição geográfica da população e ao nível comercial:
◆ generalização do vestuário de algodão e melhor higiene; ◆ a quantidade de ratos negros, responsáveis pela peste,
diminuiu;
◆ o uso do quinino (contra a malária) e a descoberta da vacina da varíola por Jenner, em 1796, favoreceu a diminuição
da mortalidade;
◆ maior assistência durante o parto e melhoria dos cuidados com as crianças nos primeiros anos de vida
(amamentação utilização do berço e abandono do enfaixamento).
Assistiu-se ainda, a uma acentuada urbanização e um êxodo rural acelerado pela revolução agrícola, que nos levou a
este tipo de consequências:
As colonias inglesas na Ámerica e no Oriente colocavam à disposição produtos e matérias-primas baratas (tabaco,
açúcar, café, algodão...), em resultados do regime exclusivo colonial, associado ao trabalho escravo.
Londres assumiu-se, a partir de finais do século XVII, como o centro financeiro da Inglaterra, associado à criação de
várias instituições:
Da bolsa de valores, organização (ou mercado) onde se transacionam valores (ações, obrigações de empresas
e seguros);
Do Banco de Inglaterra, em 1694;
Da criação de bancos privados, como o Lloyd's, em 1765.
O arranque industrial, a partir de 1750, esteve ligado a uma sério de inventos e de inovações, dos quais se destacou a
máquina a vapor. O carvão (como fonte de energia) e a máquina a vapor tornaram-se símbolos da Revolução
industrial. Esta assentou também no uso do ferro como matéria-prima.
a importação de panos de algodão indianos colocou em risco a produção inglesa, centrada dominantemente
na lã;
o algodão era barato e abundante nas colónias;
o setor do algodão não estava sujeito ao controlo das corporações (como acontecia com a lã e o linho), uma
vez que era uma indústria nova;
os custos das invenções não eram elevados e, por isso, o setor algodoeiro foi o mais propício para aplicação
das inovações que se destacam no quadro abaixo;
os produtores têxteis, nas manufaturas ou no sistema doméstico de produção (domestic system) procuraram
novas técnicas para aumentar a produção, diminuir os custos e dar resposta a um mercado em expansão e a
uma população em crescimento;
a produção estava concentrada numa unidade produtiva - a fábrica que organizava as diversas fases de
fabrico: o sistema fabril (factory system) substituiu as pequenas unidades familiares de persas (domestic
system).
As novas fontes de energia (carvão mineral) aplicadas à máquina de vapor permitiram aperfeiçoar os processos de
transformação na metalurgia e obter ferro de melhor qualidade. A utilização do ferro impôs-se sobre o uso da
madeira e
Lisboa continuava a ser o entreposto comercial onde chegavam os produtos coloniais, que, depois, eram reexportados
para as praças europeias.
No decorrer do século XVII, o comércio português dos produtos do Oriente (assente na rota do Cabo e nos circuitos
intra-asiáticos) foi perdendo relevância. Em contrapartida, o Brasil tornou--se, a partir da segunda metade do século
XVII, o principal polo económico. As riquezas que dali afluíam ao reino (açúcar, tabaco e madeiras) eram a principal
fonte do Tesouro, através do monopólio dos produtos, geralmente arrendados a contratadores, aos quais se juntavam
os impostos diretos (dízimos e quintos) e os indiretos (taxas alfandegárias) cobrados sobre todas as mercadorias que
iam de e para o Brasil.
Enquanto no Norte da Europa, no século XVII, Inglaterra e Holanda viviam um período de ascensão e prosperidade
económica, Portugal, pelo contrário, apresentava sinais de fragilidade, manifestados nos seguintes aspetos:
as exportações para os mercados europeus consistiam sobretudo em vinho e sal, cujo valor era inferior ao das
importações do reino.
o modelo económico do reino assentava numa cultura cerealífera que não garantia a autossuficiência, o que
obrigava o país a importar cereais e a ficar sujeito à disponibilidade de cereais nos mercados externos,
agravada em crises cíclicas de produção;
a economia nacional era pouco produtiva e a balança comercial era deficitária;
dependia do comércio colonial e dos mercados estrangeiros.
Foi neste quadro económico, confrontado com o elevado défice da balança comercial, que conde da Ericeira adotou as
práticas mercantilistas em Portugal, no reinado de D. Pedro II:
A Coroa incentivou os governados do Brasil, no final do reinado de D. Pedro II, a promoverem e apoiarem iniciativas
de exploração do sertão brasileiro através de várias expedições, designadas “entradas” às quais se juntaram as
bandeiras (expedições armadas para explorar o brasil e procurar escravos, metais e pedras preciosas, integradas
pelos bandeirantes).
a moeda em circulação aumentou de forma significativa e permitiu atenuar a carência monetária que tinha
caracterizado o século XVII;
a abundância em ouro permitiu que, quer as importações, quer o défice, passassem a ser pagos em ouro;
a disponibilidade financeira verificada conduziu ao abandono da política de fomento da produção interna,
assente no desenvolvimento manufatureiro que fora promovida pelo conde da Ericeira;
as relações comerciais entre Portugal e os países europeus - França, Ho- landa, Itália e Inglaterra -
intensificaram-se devido ao aumento das importações de produtos de luxo, oriundos desses mercados.
Estes aproximação foi culminada través do Tratado de Methuen, consagrando: A admissão sem restrições, dos
tecidos de lã ingleses no mercado português; E a entrada de vinhos portugueses em Inglaterra a taxas mais
favoráveis que os vinhos franceses;
O tratado de Methuen promoveu, assim, a colocação dos vinhos portugueses nos mercados ingleses, afirmando-se
como maior exportador de vinho (essencialmente vinho do Porto).
À medida que entrava no reino o ouro vindo do Brasil, Portugal abandonava as restrições às importações , anulava as
leis pragmáticas e abrandava o surto manufatureiro iniciado com o conde da Ericeira, aumentando o volume das
compras a Inglaterra.
Na sequência do Tratado de Methuen, o défice da balança comercial portuguesa agravou-se: importava-se mais do
que se exportava e isso era pago com o ouro brasileiro.
A Inglaterra foi a maior beneficiária da descoberta de ouro no Brasil, quer através de privilégios especiais, quer
através do contrabando.
Apesar de Lisboa se ter tornado numa cidade cosmopolita e global, a complementaridade pretendida entre a
economia portuguesa e inglesa não se concretizou e a supremacia económica da Inglaterra acentuou-se.
Daqui resultou uma estagnação da produção nacional e um desequilíbrio da balança comercial portuguesa.
D. José ascendeu ao trono em 1750, com uma situação de crise económica, herdada do reino anterior.
As medidas reformistas adotadas, no sentido de procurar uma solução para o desequilíbrio das finanças e do
comércio, ficaram a cargo de Sebastião José de Carvalho, futuro Marquês de Pombal.
No setor comercial:
1- A criação da Junta do Comércio (1755), tinha como objetivos regular e fiscalizar as práticas comerciais, impedindo
o contrabando.
Dinamização de unidades manufatureiras do reinado anterior, como foi o caso da Real Fábrica das Sedas;
Criação de novas unidades, com apoio estatal;
Concessão de privilégios e de subsídios a privados;
Contratação de mão de obra estrangeira especializada, em diversos ramos manufatureiros;
Apoio à importação de matérias-primas e de tecnicas;
2- REFORMA DAS ANTIGAS CORPORAÇÕES (de raiz medieval) que impediam a renovação dos setores
económicos sujeitos a regulamentos de ofícios
Adoção de medidas facilitadoras da circulação no reino, entre as quais se destacam as leis de 1773 e 1774, que
estabeleceram a liberdade de circulação para mercadorias.
Pombal aspirava desenvolver uma classe poderosa de negociantes com capital e habilidade suficientes para competir,
nos mercados internacionais e português, com os seus concorrentes estrangeiros, em especial os Ingleses.
A prosperidade comercial
As políticas económicas do marquês de Pombal produziram efeitos positivos, mesmo para além do seu afastamento
do governo. Estima-se que foram criadas 96 novas fábricas entre 1750 e 1777, durante o reinado de D. José I, e mais
263 novas fábricas entre 1777 e 1788, no de D. Maria I.
O saldo da balança comercial começou a inverter a curva descendente, em 1780, e, pela primeira vez em cerca de um
século, Portugal vendeu à Inglaterra mais do que comprou, numa tendência que se manteve regular até 1792 e de
forma irregular até ao início do século XIX.
desenvolvimento manufatureiro;
aumento da produção agrícola, marcada pela introdução de novos produtos, como o milho, o arroz e a batata;
desenvolvimento da indústria do sal e das pescas;
o regime de exclusivo colonial protegeu o comércio português e dinamizou o comércio do Brasil.
a guerra da independência das colónias inglesas da América do Norte, entre 1775 e 1783;
a eclosão da Revolução Francesa em 1789;
aumento da procura europeia do algodão e do açúcar.
Resultado: reanimação da rota do Cabo; reforço da importância do Brasil na economia portuguesa; renovação da
nobreza e desenvolvimento de uma burguesia dinâmica e empreendedora.
Com efeito, desde o século XV, o conhecimento dos Antigos e o saber livresco foi questionado, o que abriu novos
horizontes na descoberta do mundo e da humanidade. A prática da observação direta e do experiencialismo abriram
caminho para a ciência moderna, nos diversos domínios do conhecimento.
A curiosidade e o espírito científico, presentes na abordagem dos fenómenos, consolidaram-se nos séculos XVII e
XVIII e apaixonaram soberanos e elites. Estes demonstraram um interesse acrescido pelas ciências, apoiando as
atividades dos filósofos, dos sábios, das academias e dos observatórios.
Foi no século XVII que o conhecimento dos fenómenos passou a basear-se na observação, na experimentação e na
Razão, ou seja, nos procedimentos do método experimental.
Era necessário repetir várias vezes as experiências, de modo a comprová-las com base na razão, ou seja, no raciocínio
e no uso da linguagem matemática, para determinar as leis e elaborar teorias sobre os fenómenos que regiam o
universo e a natureza.
Deste modo, o método científico partia da observação e da prática para construir o conhecimento (experimentação).
A valorização da Razão como única fonte do conhecimento e a recusa da experiência metafísica contribuiu para a
afirmação do racionalismo.