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CONDIÇÕES ECONÓMICAS
Grande abundância de capitais, acumulados fundamentalmente no
comércio colonial.
Disponibilidade de matérias-primas, umas de origem colonial,
como o algodão, outras da metrópole como a lã e os recursos
minerais (ferro e Hulha).
Vasta rede de comunicações: excelentes portos, muitos rios e
canais navegáveis e boas estradas.
Um amplo mercado, quer externo quer interno.
OS PROGRESSOS NA AGRICULTURA
As condições sociais e políticas favoreceram as
transformações verificadas na agricultura inglesa: a
Inglaterra beneficiava de um sistema económico próspero,
baseado mo comércio do império Colonial;
Apoio do parlamento: o sistema parlamentarista produzir
inúmeras leis que favoreceram a concorrência económica
e a liberalização;
A nobreza rural foi alargando as suas propriedades através
da ocupação de terras comunais (baldios) e a através da
compra a baixo custo de pequenas propriedades;
As propriedades começaram a ser vedadas,
transformando-se assim em campos fechados (as
enclosures), destinadas à demarcação das propriedades e
à criação de gado;
Os nobres adquiriram a baixo preço terras pertencentes a
pequenos proprietários arruinados, que não dispunham de
condições para continuar a exploração da terra;
Capitalismo agrário: modernização da agricultura.
AS FONTES
“Passei parte do Verão em Hertford, cidade
que fica a cerca de vinte milhas de Londres.
[…] Os campos são belos e bem cultivados, as
herdades cercadas com sebes naturais, fortes
como muralhas verdes. Encontramos enormes
planícies verdejantes, com várias milhas de
extensão, onde pastam permanentemente
grande números de rebanhos. […] A sua lã
fina e abundante, constituindo uma das
grandes riquezas da Inglaterra”.
César de Saussure, Cartas de Viagem (1782)
“[...] As pequenas propriedades não podem nunca realizar melhorias nas terras semelhantes às realizadas em
Norfolk. A enclosure, capaz de manter um rebanho significativo, só é possível ao grande proprietário. [...] Se
se dividissem as grandes propriedades em pequenas parcelas [...] não encontraríamos senão mendigos e
ervas daninhas em toda a região.
Norfolk foi a localidade inglesa pioneira na criação de enclosures”.
A. Young, "Uma Viagem à Volta das Quintas deste Inglês", 1771
Organização dos terrenos agrícolas em zonas
de cultivo: A – Zona de cultivo de pequeno
cereal (aveia, cevada); B – Zona de cultino de
trigo; C – Zona de Pasto (pousio).
ANTES DA FORMAÇÃO DAS ENCLOUSURES DEPOIS DA FORMAÇÃO DAS ENCLOUSURES
Com a junção de
propriedades, passou-se
do minifúndio para o
latifúndio, o qual, por ser
constituído por área
cultivável maior, permitiu
a introdução e uso de
máquinas agrícolas;
Maior aproveitamentos
dos recursos de rega e
drenagem de pântanos;
Desbravamento de
floresta para
incorporação na
exploração agrícola;
Maior acessibilidade às
zonas agrícolas (por
causa das máquinas);
Vedação das
propriedades agrícolas;
MELHORIA DAS TÉCNICAS
Além da criação do gado foram introduzidas novas culturas:
batata e beterraba
Drenagem de pântanos e limpeza de solos (rochas)
Novos métodos de cultivo: introdução do adubo orgânico
(estrume de animais) do arado com lâmina de ferro;
Na região de Norfolk, experimentou-se algumas técnicas
revolucionárias:
• Seleção de sementes e de animais reprodutores
• Sistema quadrienal de rotação de culturas, que permitia
dispensar o pousio e associar na mesma terra cultivo de
cereais e pastagens para o gado.
VANTAGENS DA MODIFICAÇÃO DO SISTEMA DE EXPLORAÇÃO AGRÍCOLA
Maior produtividade; Aumento da criação de animais (mais pasto e menor
Melhor qualidade dos produtos; mortalidade);
Melhor aproveitamento dos solos; Melhoria da alimentação;
Menor desgaste humano; Aumento da área agrícola;
( FRAMPTON, Kenneth. História Crítica da Arquitetura Moderna. São Paulo: Martins Fontes, 1997)
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
MÁQUINA A VAPOR INDUSTRIAL
PIONEIRISMO INGLÊS
Condições políticas favoráveis – Revoluções Inglesas, localização do território;
Política mercantilista (comercialismo) bem sucedida, garantindo uma acumulação primitiva de capital;
Vasta rede fluvial e bons portos naturais, que favoreciam os transportes e escoamento da produção;
Mercado consumidor vasto – destacando os tratados favoráveis, como o Tratado de Methuen (panos e vinhos) com
Portugal.
Os sectores de arranque:
• A maquinização da indústria deu-se em primeiro lugar no
sector têxtil algodoeiro
• Uma evolução mais lenta aconteceu na Indústria metalúrgica,
com a descoberta do coque (1730) – uma amálgama de pó de
carvão com grande poder calórico – e o aperfeiçoamento dos
altos-fornos.
A FÁBRICA, A MÁQUINA E O HOMEM
Mais importantes que as alterações da paisagem foram as condições
humanas;
A produção fabril mecanizada – ou maquinofatura – subordinou o homem à
300
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1806 1815 1825 1835 1845
Operários Artesãos
CONSEQUÊNCIAS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Aumento da produção de mercadorias em menos
tempo;
Maior concentração de renda nas mãos dos
donos das indústrias;
Avanços nos sistemas de transportes
(principalmente ferroviário e marítimo) à vapor;
Desenvolvimento de novas máquinas e
tecnologias voltadas para a produção de bens de
consumo;
Surgimento de sindicatos de trabalhadores com
objetivos de defender os interesses da classe
trabalhadora;
Aumento do êxodo rural (migração de pessoas do
campo para as cidades) motivado pela criação de
empregos nas indústrias;
Aumento da poluição do ar com a queima do
carvão mineral para gerar energia para as
máquinas;
Crescimento desordenado das cidades, gerando
problemas de submoradias;
Aumento das doenças e acidentes de trabalhos
em função das péssimas condições de trabalho
nas fábricas;
Uso em grande quantidade de mão-de-obra
infantil nas fábricas
NOVAS IDEIAS SOCIAIS E POLÍTICAS
Com a consolidação da revolução industrial, surgem novas ideias que
contestavam o individualismo liberal que caracteriza as práticas do
liberalismo econômico e os princípios da economia clássica, configurando-se
como uma resposta aos problemas sociais que se agravavam á medida que a
industrialização avançava.
SOCIALISMO CIENTÍFICO
Surgiu na Alemanha, sobretudo na segunda metade de século XIX.
Karl Marx e Friederich Engels são seus defensores e autores das principais
obras: “O manifesto comunista” (1864) e “O capital” (1867).
Luta de Classes
Mais Valia: Lucro patronal, sendo a diferença entre aquilo que os
trabalhadores efetivamente produzem e aquilo que recebem sob a forma de
salário.
O caminho para a igualdade de classes está no fim da propriedade privada
dos meios de produção e seu controle pelo deve ser exercido apenas pelo
Estado. Dessa forma, o Estado promove a redistribuição de riquezas
eliminando a diferenças entre as classes. Quando essa diferença for nula, e a
riqueza estiver plenamente distribuída, o comunismo é atingido com a
eliminação de todas as instituições que regulam a sociedade.
F. Engels K. Marx
O DIA DO TRABALHADOR
A História do Dia do Trabalho remonta o ano de
1886 na industrializada cidade
de Chicago (Estados Unidos).
No dia 1º de maio desse ano, milhares de
trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores
condições de trabalho, entre elas, a redução da
jornada de trabalho de treze para oito horas
diárias.
Neste mesmo dia ocorreu nos Estados
Unidos uma grande greve geral dos trabalhadores.
Foram dias marcantes na história da luta dos
trabalhadores por melhores condições de
trabalho.
Para homenagear aqueles que morreram nos
conflitos, a Segunda Internacional Socialista,
ocorrida na capital francesa em 20 de junho de
1889, criou o Dia Mundial do Trabalho, que seria
comemorado em 1º de maio de cada ano.
SÍNTESE
REVOLUÇÃO NOS TRANSPORTE
IMPORTÂNCIA CRUCIAL
DOS TRANSPORTES MARÍTIMOS